Capítulo 60 - De volta para o futuro

Quanto tempo o tempo tem?
Eu não sei, não lembro muito bem
Mas aquele sentimento eu não esqueço

Foi pensando em alguém
Que eu quis fazer uma canção
E as palavras só agora eu entendo

Deixa o pensamento livre para imaginar
Qualquer coisa que você quiser cantar
Sei lá, é só deixar
A canção vai te levar
Onde você quer chegar

Música: Quanto Tempo - Marisa Monte


Ele abriu o embrulho e se deparou com um diário a mão e muito antigo. A letra ele não reconheceu, provavelmente era de John, ele não tinha certeza, viu ele viu qualquer coisa escrita à mão pelo seu pai.

Ele abriu o caderno antigo de capa dura marrom e logo na primeira página havia uma foto dele e John grudada com um conjunto. Ele se desviou dos cinco anos e John estava com o uniforme da marinha ao lado do pequeno Gregory House, John parecia orgulhoso e feliz. Ele começou a ler como anotações.

Hoje o meu pequeno filho completou quatro anos. Eu não pude estar presente para a festa de aniversário, estou viajando a trabalho. Sinto falta dele e de sua mãe, mas meu dever me chama, afinal, que homem eu seria se não cumprisse o meu dever com a pátria?

Os olhos de Casa arregalaram. Houve um tempo em que John gostou dele.

Ele continuou a leitura e encontrou trechos reveladores. As horas passaram e House não conseguia pensar em parar de ler o diário de John.

Meu filho será um rapaz e tanto, ele tem oito ano maior aluno da sua turma, ele é forte e inteligente, eu mal posso esperar para vê-lo crescer saudável e, quem sabe, servindo o exército como o seu velho pai? Parece-me que ele leva jeito.

Uma foto de House com roupas da marinha estava anexado a página. Atrás da foto algumas palavras escritas por Blythe.

O jovenzinho sente falta do pai e quer ser como ele quando crescer.

Em seguida mais anotações de John:

Eu já disse para Blythe e para a mãe dela que eu não admito filho meu tocando piano, isso é coisa de mulher.

House lembrou-se perfeitamente das inúmeras discussões sobre o piano. Isso o deixou triste e irritado, que mal poderia haver em um garotinho tocando piano?

Hoje eu recebi a noticia mais triste de todas, se um homem tem coração, o meu foi arrancado do peito. Uma carta chegou até o meu conhecimento dando conta de que Gregory não é meu filho. Eu não posso duvidar da carta, são tantas as evidências. Gregory não se parece nada comigo, ele tem olhos azuis celestes, é alto e tem cabelos e porte muito distintos, sem contar o comportamento e as afinidades. Eu sempre soube que eu era oco, um homem com as bolas ocas, mas eu me enganei com a possibilidade de ter gerado um filho, aparentemente Blythe esconde de mim alguns segredos. O que farei agora? Estou longe de casa e descobri que minha família é uma mentira. Meu filho com oito anos não é meu. Minha esposa não é fiel. Estará ela agora dormindo com alguém? Ou foi um fato isolado que resultou nesse garoto? Meu desejo é ir para a linha de frente e morrer em combate, a única coisa em que eu sou bom: combate e estratégias de guerra.

"House, o que você está fazendo?". Cuddy apareceu interrompendo a leitura de House. "Por que você não está na cama?".

Ele olhou pra ela com o diário na mão.

"Ele sabia!".

"O quê? Quem sabia do que?".

"John sabia que eu não era filho dele, por isso ele mudou comigo".

"Do que você está falando?".

"Do diário de John". Ele mostrou pra Cuddy que arregalou os olhos.

"Oh... O diário dele?".

"Sim".

Nas próximas horas os dois ficaram lendo mais alguns trechos juntos.

O rapaz é teimoso, desorganizado, desobediente. Parece que ele faz de tudo para me provocar. Hoje Blythe brigou comigo porque eu deixei Gregory na chuva por algumas horas, ela não está falando comigo e ameaçou pegar as coisas dela e ir embora, e se ela soubesse que eu sei de tudo? O que ela faria? Por que eu não digo que sei? Por que eu não a mando embora com esse bastardo? Se ela me traiu e se ele não é meu legitimo filho? Será porque eu não quero assumir publicamente a vergonha?

House ficou sério e Cuddy o abraçou.

"Vamos parar por aqui?".

"Não, eu quero continuar. Eu quero entender porque ele deixou isso pra mim".

"Depois continuamos, já é quase cinco horas e você não dormiu nada. Durma um pouco para ir trabalhar mais tarde".

Ele bufou, mas aceitou.

Cuddy ficou preocupada depois das leituras, como House encararia aquilo? Ser renegado, chamado de bastardo... Ela não queria, mas ela odiava ainda mais John por isso.

Naquela noite ela fez questão de dormir abraçada com ele, House precisava saber que era amado.


A semana passou e House não quis abrir o diário novamente, ele sentia medo do que encontraria a seguir, mas não comentou o assunto com ninguém, nem com a Dra. Layla. Cuddy esteve extremamente ocupada naquela semana atrás dos preparativos para o casamento. Ela reservou voos e quartos no hotel para todos os poucos convidados. A lista era:

- Arlene

- Julia e seu marido com os filhos

- Blythe

- Wilson

- E o time de House (incluindo Chase e Cameron que estavam namorando na ocasião).

"Eu não vou chamar ninguém do hospital senão começarão os rumores de que eu tenho preferências. Lá é minha vida profissional, não a pessoal". Cuddy disse.

"Mas o meu time vai estar lá. E Chase... E Cameron...".

"Eles irão como os seus convidados, você que lide com o problema depois".

"Sim, pois eu tenho que ter evidências para a aposta, afinal, tem uma boa grana rolando". Ele respondeu fazendo Cuddy arregalar os olhos. "E eu não me importo com que ninguém pense...".

"O quê? Você vai ganhar dinheiro apostando em nosso casamento?". Cuddy arregalou os olhos indignada.

"Veja bem, é uma boa coisa. Todos estavam apostando em quanto tempo eu te enrolaria, e a maioria irá perder, pois vamos nos casar logo".

"Você quis se casar comigo no próximo final de semana só para ganhar essa aposta?". Ela perguntou lívida.

"Claro que não! Eu apostei depois de que combinamos a data".

"Você não pode apostar sobre isso. Você tem a informação da data... Não é justo!".

"Não fui eu quem apostei, foi Chase. Estamos nessa juntos. E você é quem? A auditora das apostas?".

"Vocês... vocês não podem fazer isso no meu hospital".

"Sinto muito, mas você não sabe de metade das coisas que acontecem no seu hospital. Essa aposta não é nada...".

"House!".

"Cuddy-House!". Ele a provocou e ela sorriu, apesar de estar irritada.

"O dinheiro que eu ganharei irá para os seus filhos, os frutos do nosso amor!". Ele falou dramático.

Ela riu.

"Veja como é um ganha x ganha... Nós vamos nos casar, eu vou ganhar um bom dinheiro pra pagar todas as despesas envolvidas. Será como um patrocinador do nosso casamento. Você se dedicou tanto aquele hospital que merece colher os frutos".

"Por que eu me deixo levar por você?".

"Porque você me ama?".

"Talvez...". Ela falou maliciosa.

"E porque eu sempre tenho razão?".

"Menos!".

Ele riu e trocaram um beijo suave.


Nos dias anteriores, Cuddy teve uma conversa com a filha.

"Gwen, papai e mamãe vão se casar. Você sabe o que é um casamento?".

A menina sinalizou que não com a cabeça.

"É quando duas pessoas se amam tanto que elas querem ficar o resto da vida juntos".

A menina arregalou os olhos.

"Você quer participar do nosso casamento?". Cuddy perguntou e a menina fez que sim com a cabeça.

"Então a mamãe vai te levar hoje para provar um vestido lindo que nem o da mamãe, tudo bem?".

"SIM!".

Cuddy riu. "Eu te amo demais sabia?".

"SIM!".

Cuddy a beijou.

"Rack?".

"Você quer saber se Rachel vai ao casamento?".

"SIM!".

"Rachel também vai participar, eu vou leva-la também conosco para provar um vestido lindo. Ficaremos nós três com vestidos lindos!".

"Eba!".


Eles alugaram um salão próximo do Campus de Michigan. Era um espaço pequeno apenas para receber os poucos convidados. Seria servido um jantar e haveria música.

Chase iria realizar o casamento, Wilson e Julia seriam os padrinhos e Arlene estava inconformada em ter que viajar para Michigan e com os poucos convidados da lista.

"Só essas pessoas?".

"É o que eu e House queremos, nós estamos felizes assim".

"E tinha que ser aqui em Michigan só porque aqui você foi devassa o suficiente para deixá-lo entrar nas suas calças".

"Mamãe!".

"Eu não sou uma puritana, você pensa que eu não sei que você era uma jovem aberta as coisas do mundo?".

"Tudo bem mamãe, você demonstrou a sua insatisfação, mas já basta...".

"Ele deve ter sido mesmo muito bom para você nunca ter esquecido o bastardo".

"Mãe, cale-se, por favor! Ajude-me com o vestido".

"Você fez o que fez na vida e vai se casar de branco?".

"É o meu desejo, ninguém tem nada a ver com isso, afinal".

"De qualquer forma, você está linda!".

Cuddy se surpreendeu.

"Obrigada?".

"Lisa... Você está maravilhosa". Era Julia que entrava trazendo Gwen vestida.

"Oh filha, você está linda!". Cuddy falou para a sua primogênita.

A menina usava um vestido igual ao de sua mãe.

"E Rachel?". Cuddy perguntou.

"Já vestida, mas dormindo. É melhor deixa-la descansar um pouco".

"Sim, Rachel pode ficar irritadiça com a falta de sono". Cuddy disse. "House já chegou?".

"Não, ele deve estar a caminho".

"O hotel fica a dois minutos daqui, como ele pode ter se atrasado?". Cuddy estava nervosa.

"Ele não está atrasado, ainda temos tempo. Relaxe Lisa!". Julia a acalmou.

"Isso se o bastardo não tiver desistido".

"Nunca o chame assim, mamãe!". Cuddy lembrou-se das palavras de John.

"Ok... ok... Foi só uma brincadeira".

Na noite anterior eles chegaram ao hotel perto das oito horas da noite, mas Julia e Arlene proibiram o casal de dormirem juntos. Eles levaram House do quarto de Cuddy para que ele ficasse em um quarto separado.

"Ei... você pode falar?". House ligou para a noiva uma hora depois.

"Sim, elas não estão mais aqui, só Rack e Gwen dormindo".

"Podemos nos encontrar escondidos".

Ela riu.

"É sério!".

"Sério?".

"Sim. Eu tenho um lugar para onde eu gostaria de te levar".

"House... Não podemos... E Gwen? E Rachel?".

"Wilson pode cuidar delas, eu já falei com ele".

"House...".

"Você irá gostar, eu prometo!".

"Cadê Wilson?".

"Ele está do lado de fora do seu quarto".

"E como você sabia que eu aceitaria o seu convite?".

"Eu conheço a minha esposa".

O coração de Cuddy bateu mais rápido com aquelas palavras.

"Tudo bem, eu vou me trocar, peça para Wilson me dar cinco minutos".

"Espere!". Ele disse.

"O quê?".

"Wilson trouxe uma roupa para você vestir". Ela ficou surpresa.

"O quê?".

"Abra a porta e pegue a roupa".

"House!".

"Faça isso Cuddy!".

E ela fez. Era uma saia preta curta e uma blusa azul com botões frontais e enchimento nos ombros. Ela sorriu e vestiu.

Depois ela deixou Wilson entrar no quarto e deu algumas orientações. "Elas devem dormir pelas próximas horas. Se Rachel acordar tem mamadeira na geladeira e fralda no armário. Você sabe trocar fraldas, certo?".

"Sim, claro que sim. Agora vá antes que o esquadrão Cuddy apareça". Era mentira, ele nunca trocou uma fralda, mas havia vídeos no Youtube que ensinavam como fazer isso, não havia? Não devia ser tão difícil, afinal.

Ela riu. "Obrigada!".

"Espero não me arrepender por isso, pois a sua mãe é assustadora. Ah... House me disse para que você o encontre fora do hotel, ele estará esperando encostado a maior árvore do outro lado da rua".

Cuddy franziu a testa, mas adorou o mistério.

"Tudo bem. Obrigada novamente!".

Cuddy desceu as escadas sentindo-se uma adolescente. As roupas, o segredo, a proibição. Muito excitante.

Quando ela chegou à rua olhou ao redor procurando a maior árvore e viu uma silhueta de um homem encostado em uma árvore, ele estava de costas e parecia alto e sedutor. Ela foi até ele.

"House!".

"Ei senhorita Lisa Cuddy!". Ele disse ao se virar. Ele estava com uma calça jeans, uma camisa branca justa e uma bota de motociclista nos pés. Ela sorriu, ele estava exatamente assim naquela noite em que fizeram amor pela primeira vez.

"Eu tentei encontrar uma roupa semelhante para você, parecida com a que você vestia naquela noite, acho que não ficou mal". Ele disse a examinando de cima a baixo.

"Eu tinha dezoito anos, agora tenho mais de quarenta".

"Continua gostosa!".

Ela sorriu meio tímida, por que ela estava tímida com o seu futuro marido e pai de seus filhos? Coisas que só aquele homem conseguia fazer com ela.

"Eu fiquei louco da primeira vez que a vi, e continuo até hoje". Ele disse.

"Mentiroso!".

"Eu não minto!".

"Eu que fiquei te perseguindo por semanas, você nem reparou em mim".

"Porque eu não tinha te visto ainda, não como deveria...".

Ela riu, ele se aproximava sedutor.

"Eu sei que tenho menos cabelo e menos músculos, uma perna defeituosa, mas eu ainda posso te dar o que você quer".

"Com certeza você pode".

E eles se beijaram apaixonadamente.

"Eu nunca vou me esquecer do nosso primeiro beijo naquela festa, você me deixou tonta, foi o melhor beijo da minha vida". Cuddy falou um tanto zonza assim que eles se afastaram.

"Eu tentei arrumar uma festa no Campus para ir hoje e repetirmos a cena toda, mas não tenho tantos contatos mais".

Ela riu e o abraçou. "Isso aqui está perfeito!".

"Vai melhorar". Ele disse apontando para uma moto no meio fio.

"Não!".

"Sim!".

Ela balançou a cabeça.

"Eu te dei uma carona de moto naquele dia, eu vou te dar uma carona de moto hoje".

E então House repetiu exatamente a mesma frase que disse para ela anos atrás.

"Onde fica o seu dormitório?".

"É melhor irmos para o seu". Ela também se lembrava de cada palavra.

Ele sorriu.

"Então o meu será!".

Eles subiram na moto e partiram.

Cuddy o abraçou forte, como fez naquela ocasião e não tinha ideia de para onde ele a levaria.

Ele estacionou e Cuddy reconheceu o lugar.

"Não!".

"Sim!".

"Aqui? Como você conseguiu isso?".

"Eu tenho contatos. Não tantos... Mas ainda tenho alguns".

Ele a levou pelas mãos, assim como naquela ocasião, subiram a pequena escada e entraram no quarto escuro.

"Esse quarto...". Cuddy falou emocionada olhando tudo ao redor assim que House ascendeu a luz.

"Já não é mais tão bem decorado".

Ela riu entre lágrimas. "Eu me lembro daquela tabela periódica pornográfica que você tinha nessa parede".

"Era criativa"

"Era pornográfica. Eu não sei como você não espantava mulheres com ela".

"Não te espantou..."

"Eu queria muito dormir com você... Só por isso".

"Você me queria inteiro".

"Sim, é verdade". Ela admitiu.

"Eu também te queria inteira".

"Tanto que você sumiu depois...".

"Ei... Nós já falamos sobre isso, o propósito dessa noite não é esse".

"Desculpe, são muitas emoções que vieram à tona".

"Eu sei!".

"Esse quarto...".

"Sim, eu sei".

"Como você conseguiu? Qual é o seu contato afinal?".

"Segredo! Eu fiz minha fama aqui, você se esqueceu?".

"Foi alguma mulher?". Ela perguntou enciumada.

"Não. Fique tranquila".

"Eu nunca entendi porque você não morava no Campus como todos os alunos".

"Sério?". Ele perguntou chocado.

"Não. Eu entendo... Você sempre tinha que ser diferente de todos. Isso é muito atraente por sinal, pois veja bem, eu estou aqui, anos depois...".

"O Campus era barulhento demais, e normal demais...".

"Nós... Aqui foi a nossa primeira vez. Aqui!".

"Não exatamente nessa cama dura, mas sim. Aqui!".

"E foi a nossa única vez também naquela ocasião".

"Não se lembre do depois... Lembre-se apenas daquele momento. Daquela noite".

"A noite perfeita! A noite que eu nunca mais fui capaz de me esquecer".

"Agora estamos falando a mesma língua". Ele disse se aproximando. "Afinal, quem sabe o que seria de nós se tivéssemos ficado juntos naquela época? Talvez não estivéssemos aqui... agora".

Ela sorriu. "Eu lembro que você me trouxe de moto pra cá e eu fique tão fascinada com tudo. Com você, com tudo o que você fazia e pensava...".

"Eu sei. Você estava louca na cama aquela noite. Depois de três vezes você ainda queria mais".

"E você me deu mais".

"Sim. Você sempre foi fogosa".

"Só fogosa?".

"Não... Gostosa, interessante, inteligente...".

"E você? Não me diga que você não estava com tesão que eu sei bem que você não conseguia deixar as suas coisas pra baixo". Ela disse maliciosa.

House já estava muito duro ...

"Eu não conseguia deixar as minhas coisas pra baixo e ainda não consigo".

Ela lambeu os lábios. "Faça amor comigo aqui novamente!".

"Você não precisava nem me pedir". Ele respondeu já se inclinando para ela.

E então eles se beijaram. Anos depois eles estavam loucos de desejo um pelo outro naquele mesmo quarto que colheu os primeiros sussurros de amor e paixão daquele casal.

House começou beijando o pescoço dela, assim como fez na primeira vez, ele foi descendo os lábios e a língua o acompanhava.

"Confesse que eu fui o primeiro homem a te dar sexo oral".

"Não, você não foi o primeiro".

"Mas eu fui o primeiro que a fez gozar assim".

"Sim, você é irritante. Como você percebeu isso?".

Ele riu e beijou entre as coxas dela. "O seu corpo fala comigo desde sempre".

Ela gemeu quando o hálito dele chegou perto das partes femininas. Ele sempre teria o dom de deixá-la louca?

"Os outros que tentaram não tiveram êxito, foi... ruim".

"E eu... quem diria, te fiz gozar em um minuto com a minha língua mágica?".

"Eu não queria ter gozado tão cedo...".

"Eu adorei que você gozou tão rápido... Só me deixou mais duro". E ele começou a lambê-la relembrando porque ele era bom nisso desde sempre.

"Oh meu Deus, se um dia você for embora, deixe essa língua pra mim".

"Só a língua?". Ele falou com o rosto enfiado nas partes dela.

"Tudo! Me deixe você inteiro! Melhor... Nunca vá embora!".

Em pouco tempo ela estava experimentando o primeiro orgasmo da noite.

"É, eu ainda te faço gozar rápido". Ele se exibiu e continuou a beijando, agora na barriga já que ela estava sensível após o orgasmo.

Algum tempo depois ela se levantou e começou a abrir a calça dele.

"Não foi assim da primeira vez...". House lembrou.

"Não, nós fizemos sexo antes de eu te chupar. Mas dessa vez eu vou te chupar antes da penetração".

As palavras dela o deixaram ainda mais duro, se é que era possível.

Ela abaixou a calça jeans e a boxer dele e o membro latejante saltou em toda a sua gloria.

"Eu lembro que quando eu vi o seu pau pela primeira vez me deu um misto de medo e desejo".

"Muito grande?". Ele perguntou malicioso.

"Muito bonito! O seu pau é... perfeito!".

Ele sorriu com o canto da boca. "E eu sou muito higiênico".

Ela riu. "Não quebre o clima".

"Isso quebra o clima? Isso deveria ser bom!".

Ela caiu de boca nele sem aviso, ele gemeu profundamente.

"E muito grande também...". Ela complementou entre lambidas.

"Da outra vez nós usamos camisinha só na primeira vez, as outras rodadas foi pele a pele". Ele a lembrou.

"Nós fomos irresponsáveis". Ela disse entre lambidas.

"Nós estávamos loucos de tesão".

"Foi a minha primeira vez sem preservativos". Ela confessou.

"Eu fui o cara que gozou dentro de você pela primeira vez?".

"Sim".

"Uhhh...". Ele gemeu pelo movimento da língua dela, mas também pela excitação que aquela informação causou.

"Você me disse que estava tomando anticoncepcionais e que estava limpa".

"Você acreditava em todas as garotas?".

"Você nunca foi igual a todas as garotas. Você foi a primeira aqui no Campus com quem eu não encapei o meu pau".

"Sério?".

"Sim, mas continue. Não pare!".

Ela continuou. Em breve o pênis dele estava na garganta dela.

"Oh meu Deus! Pare!... senão eu vou gozar!".

Ele se retirou da boca dela e já a virou para a penetração.

"Uhhh...". Ambos gemeram com a sensação.

"É bom desde sempre!". Cuddy disse.

"Mas você demorou para se acostumar ao meu tamanho naquela noite".

"Você é... grande".

"E você é apertada. Até hoje...".

Eles gemiam alto. A excitação de estarem fazendo sexo no mesmo local onde fizeram pela primeira vez os levou ao êxtase rapidamente.

"Oh meu Deus! Nós somos tão bons ainda". House disse.

"Nós nunca deixaremos de ser bons juntos". Ela falou escorada no tórax dele.

"Deus te ouça!". House falou.

"Você é ateu. Quantas vezes terei que te lembrar?". Cuddy disse sorrindo.

"Com você ... Eu acredito até em Deus!".

Aquele quarto sempre estava na memória de ambos, definitivamente. Mas dessa vez ela esperava que ele não desaparecesse no dia seguinte.

Continua ...