Capítulo 67 – Beijos e revelações

Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta e não aprendi a amar

Bobeira é não viver a realidade
E eu ainda tenho uma tarde inteira
E eu ando nas ruas
Eu troco cheque
Mudo uma planta de lugar

Dirijo meu carro
Tomo o meu pileque
E ainda tenho tempo pra cantar

Música: Malandragem – Cássia Eller


"House!". Cuddy apareceu na porta da sala.

Ele se virou para olhá-la.

"Você não vem pra cama?".

"Sim, eu já estou indo".

"Estou te esperando...". Ela disse.

House franziu a testa, o que aquilo queria dizer exatamente?


Ele respirou fundo e caminhou até o quarto. Cuddy estava sentada na cama o esperando. House olhou pra ela e não disse nada, eles trocaram um olhar em silêncio por alguns segundos.

"O que está acontecendo, House?".

"Sobre o que você está falando?".

"Você está alheio a mim, afastado...".

Ele riu. Não que ele quisesse irritá-la, mas ele não podia evitar. "Você é quem se afastou de mim".

"Você sabe a razão".

"E eu já pedi desculpas, mas aparentemente não resolveu. Então eu decidi dar o tempo que você precisava, eu não quero te irritar, eu sei que se eu ficar no seu pé eu vou te irritar".

"Então você resolveu se afastar?".

"Eu não me afastei, eu estou aqui todos os dias. Diga que eu estou errado? Diga que você gostaria que eu ficasse puxando o seu saco e te adulando vinte e quatro horas por dia?".

Ela engoliu seco, pois ele estava certo. Era por isso que ela gostava tanto daquele idiota, porque ele não era como os outros homens em sua vida, ele a fazia querer matá-lo e depois beijá-lo no minuto seguinte. Além disse, ele não a adulava como os outros homens costumavam fazer.

"Não, você não está errado".

"Então...".

Cuddy respirou fundo. "Eu não acho que devemos continuar assim".

House gelou. O que ela queria dizer com isso?

"Você não vai dizer nada?". Cuddy perguntou.

"Eu vou dizer quando eu souber o que você quer dizer".

"Sente-se aqui". Ela bateu a mão na cama ao lado dela.

Ele sentou-se, com o coração acelerado em seu peito, ele não tinha ideia do que viria a seguir.

"House... Eu te amo muito!".

"Mas...".

"Sem mas... Eu te amo e eu não quero ficar distante de você. Nunca!".

Ele sentiu que voltou a respirar depois de uma breve parada respiratória.

"Você devia começar por essa parte, poupar-me-ia de ter uma parada cardíaca".

Ela riu. "Você é um idiota, mas é o meu idiota. Só não precisa se isolar quando tiver algum problema, por favor, me inclua na sua vida".

"Mais? Você já tem a minha vida toda em suas mãos".

Aquilo foi tão romântico e fez Cuddy agarrá-lo. Ela o abraçou tão forte e o beijou apaixonadamente.

"Eu senti falta de você". House disse. Sua calça já começava a evidenciar um volume que o entregava. Cuddy notou e sorriu maliciosa.

"Eu posso dizer...". Ela começou a massagear o membro inchado de seu marido por sobre a calça do pijama.

"Uh...". Ele gemeu em apreciação.

"Você é um menino grande".

Ele riu. "Eu prefiro que você me chame de um homem grande".

"Uh... Então tá bom, meu homem grande e grosso...".

"Assim está melhor!".

Ela montou no colo dele e começou a roçar as suas partes intimas com as partes masculinas dele. Ambos gemendo com o contato. House estava tão excitado devido ao tempo sem sexo que pensou que gozaria nas calças.

"Tire isso de mim". Ele pediu.

"Ansioso?".

"Você não está?".

"Muito!".

Então eles arrancaram as roupas com urgência e Cuddy desceu pelo corpo dele e o engoliu.

"Oh... Deus é bom!".

Ela riu enquanto o sugava com maestria.

"E você também é muito boa, muito gostosa!".

Cuddy continuou sua saga pelo pênis do marido.

"É melhor você parar antes que eu...".

"Você vai gozar na minha garganta, doutor House?".

"Com certeza...". Ele precisou usar todo o autocontrole possível.

Ela se retirou sorrindo. Não que ela não quisesse isso, mas hoje ela preferia que ele gozasse dentro dela. Então Cuddy o montou. Ambos gemeram com o contato.

"Como você se sente dentro de mim?". Ela o provocou enquanto fazia movimentos lentos, com as mãos no colchão para ter o apoio necessário e com os seios muito a mostra para ele.

"Você quer me matar?".

"Só se for de prazer e bem devagar...". Ela falava com a voz acompanhando o seu movimento do quadril.

"Você é tão fodidamente boa, apertada... Molhada... Quente".

"E você se sente tão bem dentro de mim. Tão grande... Grosso... Tão certo".

House não aguentaria muito mais, ele começou a tentar pensar em algo que não fosse tão erótico como a maneira que ela falava e se movia sobre ele. Mas os seios dela não estavam ajudando.

"Você é muito gostosa. Pelo amor de Deus! Você me deixa louco, completamente louco".

"E você é muito gostoso também, você me deixa fora de mim desde sempre! Você está tão duro...".

"Oh meu Deus!".

Com isso House não conseguiu segurar e gozou profundamente dentro de sua esposa. Quando Cuddy começou a sentir o calor do esperma do marido dentro dela, ela não resistiu e gozou também.

Eles ficaram olhando para o teto por alguns segundos.

"Você... Eu amo você!". House disse deixando seus dedos acariciarem a barriga da esposa.

Ela respirou fundo com um sorriso no rosto. "Eu nunca vou te deixar, está ouvindo? Você nunca irá se livrar de mim".

"E quem disse que eu quero me livrar de você?". Ele se virou para olhá-la.

"Ainda bem que você não quer. Senão eu corto o seu pau fora e o guardo em uma caixa só pra mim".

"Ow!".

Ela riu alto.

House começou a acariciar os seios dela, havia suor nos mamilos e aquilo era muito erótico. Depois ele viu o seu esperma escorrendo pelas coxas da esposa e aquilo era mais erótico ainda. House começou a dar sinais de que estava se empolgando outra vez.

"Você está tomando Viagra?". Cuddy perguntou chocada.

"O meu Viagra é você!".

"Você está melhor do que os jovens de vinte anos".

"Dê-me só mais alguns minutos e estarei pronto para outra rodada".

"Eu quero quantas rodadas pudermos ter. Tenho muito tesão acumulado para liberar".


No dia seguinte o casal chegou muito bem humorado ao hospital.

"Ora, ora... Deve ter sido muito boa a noite de vocês". Wilson falou para House.

"Caro Jimmy, eu não sou homem de me gabar porque eu acertei o gol três vezes ontem à noite".

"Três vezes?".

"E uma hoje pela manhã. Eu sou bom assim".

"Oh que humilde. O máximo de vezes que eu fiz sexo em um dia foram quatro vezes".

House riu. "Só quatro vezes?".

"Não dá pra ser muito mais do que isso...".

"Olha Jimmy, acho que o meu recorde é umas oito vezes em um dia".

"Impossível! Você ficaria esfolado e a mulher também".

"Você tem muito a aprender". House falou arrogante.

"Ok, ok, Deus do sexo!".

Nesse momento Treze entrou na sala. "Nós temos um paciente, Deus do sexo".

House riu e Wilson corou.

"Tudo bem. Eu assumo! Wilson é o meu súdito e aprendiz". House falou bem humorado.

"Não... eu não sou...".

Mas já era tarde, Treze e House saíram rindo e deixaram Wilson envergonhado para trás.

Enquanto isso na sala de Cuddy...

"Veja, eu preciso que você preencha essas colunas da planilha com as informações de orçamento. Eu sei que é uma estimativa, mas por enquanto precisamos apenas disso para o budget do ano que vem".

Cuddy falava para a Dra. Sarah. Uma endocrinologista de seu hospital. O chefe do departamento de endocrinologia estava em férias, então a Dra. Sarah faria a atividade pela primeira vez na vida.

"Mas eu estou tendo problemas com as fórmulas da planilha, posso te mostrar?". Ela perguntou para Cuddy.

"Claro".

Dra. Sarah se aproximou de Cuddy e usou o seu laptop para explicar as duvidas com relação à planilha.

"As células em amarelo não devem ser preenchidas, você não pode modificá-las...". Cuddy estava explicando, mas ela cheirava tão bem e era tão segura do que dizia que doutora Sarah não resistiu e a beijou. Na boca!

"Doutora Sarah, o que é isso?". Cuddy se afastou rapidamente.

"Desculpe doutora Cuddy, eu não pude resistir...".

"Recomponha-se!". Cuddy saiu de perto da médica.

Sarah era uma médica de vinte e nove anos, muito bonita e atraente.

"Desculpe doutora Cuddy...".

"Eu sou a reitora desse hospital, eu sou casada, eu nunca dei intimidade para você".

"Sim, eu sei... É que...".

"É melhor você sair". Cuddy disse.

Sarah saiu tropeçando e muito sem jeito.

Cuddy ainda estava chocada com o corrido. O beijo não passou de um selinho, pois ela cortou antes que fosse possível aprofundá-lo, mas... Era um absurdo! Ela era a reitora! Isso era assédio em tantos níveis...

Cuddy foi ao banheiro se recompor, respirou fundo e imaginou como seria possível fazer algo para evitar que aquela fofoca se alastrasse pelo hospital. Ela teria que tomar alguma ação com relação à doutora Sarah. Ela era uma ótima médica, mas essa postura era inadmissível. Uma vez que ela fez isso com a reitora ela poderia repetir o mesmo com algum outro colega ou paciente.

Cuddy ligou para House. "Preciso que você venha a minha sala imediatamente".

"Eu não fiz nada, mãe!".

"Venha já!".

House estranhou, afinal a sua esposa estava muito bem humorada pela manhã. Ele apareceu na sala dela em menos de quinze minutos depois de ser chamado.

"Eu não fiz nada". Ele entrou dizendo.

"Eu sei. Entre e sente-se".

"Isso não está me cheirando bem...".

"House, eu quero te dizer algo antes que vire uma fofoca e você ouça por outras pessoas. Aliás, antes que você ouça uma versão mentirosa do que aconteceu".

House arregalou os olhos e começou a ficar tenso.

"Eu nem sei como dizer isso...".

"Fala logo Cuddy!".

"Doutora Sarah, a endocrinologista... Você sabe quem é?".

"Não pelo nome. Descreva a doutora Sarah".

Cuddy respirou fundo. "Uma morena, alta, olhos verdes...".

"Ah sim... Claro... A novata gost...". Ele parou porque falaria bobagem. "A novata que tem grandes seios".

"Você está reparando nos seios dela?".

"Desculpe-me amor, mas todos repararam. Os médicos desse hospital estão eufóricos".

"Homens são porcos".

"É verdade. Mas o que tem a doutora peituda?".

"House, respeito!".

"Desculpe. O que tem a doutora Sarah?".

"Os homens não deviam ficar atrás dela, pois acho que seria tempo perdido".

"Ela é lésbica?". House arregalou os olhos.

"Não sei... Ela pode ser bissexual".

"Ow!". House sorriu. "Ela te disse isso?".

"Não. Ela me mostrou isso".

House ficou em silêncio tentando entender o que a sua esposa dizia.

"Ela me beijou". Cuddy esclareceu.

House arregalou os olhos. "Oh meu Deus! Na boca?".

"Eu não tive nada a ver com isso. Eu estava mostrando para ela como se preenche a planilha de Excel do orçamento...".

"Com certeza você estava muito sexy enquanto fazia isso. Eu sempre quero te beijar quando você está trabalhando em uma planilha de Excel".

"House!". Cuddy estranhou a reação dele.

"Quem pode culpar a doutora Sarah? Eu a entendo completamente".

"Vocês homens são... escrotos!".

"Nós e a doutora Sarah, aparentemente". Ele respondeu bem humorado.

"Você não ficou irritado? Outra pessoa me beijou. Na boca!".

"Eu preferia ter participado da ação...".

"House!".

"O quê?".

"Homens realmente são...".

"Homens são diferentes de vocês mulheres, sim. Nós precisamos manter o instinto animal para garantir a procriação e a continuidade da espécie. Se outro homem a tivesse beijado eu iria castrar o idiota, mas uma mulher... Uma mulher bonita...".

"Não tem nenhuma diferença. Outra pessoa me beijou e ponto. Eu fui vítima de assédio, isso é sério".

"E você retribuiu o beijo? Teve língua envolvida?".

"NÃO!". Ela respondeu indignada.

"Ela pegou nos seus seios?".

"NÃO! House saia, agora!".

"Você queria que eu tivesse ficado irritado?".

"Eu não sei... Eu não esperava essa reação...".

"É que duas mulheres bonitas juntas é uma imagem agradável".

"Uma delas é a sua esposa! Esqueceu-se disso?".

"Minha esposa gostosa".

"Eu ficaria muito incomodada se um homem te beijasse".

"Eu também". House fez cara de nojo.

"Isso não é diferente...".

"É completamente diferente". House a interrompeu. "O corpo masculino não é nada agradável aos olhos...".

"Eu não acredito que estamos tendo uma discussão dessas...".

"Você deveria ficar orgulhosa. Depois dos quarenta anos, com três filhos, ainda ser desejada e assediada por uma jovem bonita".

"Você é realmente insano. Eu vou precisar dar uma advertência para a doutora Sarah, talvez até suspendê-la, não há orgulho nenhum nisso".

"Você irá falar com o RH?".

"Sim".

"Todos vão ficar sabendo, você sabe disso, não sabe? E vão inventar milhões de histórias".

"E você irá inventar a história mais imbecil, eu tenho certeza disso".

Ele sorriu e se aproximou dela.

"Dê-me um beijo pra tirar o gosto de uma mulher da sua boca".

"Não!".

"Você não quer tirar o gosto dela?".

"Eu já escovei os dentes e reapliquei o batom".

"Mesmo assim...". House a puxou pra ele e lascou um beijo profundo nela. Cuddy tentou resistir, mas cedeu. Nesse beijo houve línguas envolvidas, muita língua...

"Pronto! Agora é quase verdade dizer que eu beijei as duas". House falou e Cuddy jogou o grampeador nele.

"Saia!".

Ele sorriu e abriu a porta.

"House!". Ela o chamou de volta. "Se eu souber que você falou algo pra alguém, eu farei aquela castração de que te disse ontem. Seu pênis ficará em uma caixa no meu guarda-roupas".

Ele sorriu novamente. "Você precisa reaplicar o batom novamente, querida".


Mais tarde naquele dia...

"Eu não acredito!".

"Acredite Wilson, a minha esposa é tão gostosa que até uma mulher jovem e gostosa a assedia".

"Wow! Isso é demais!".

"Só não conte a ninguém ainda... Deixe que a fofoca se espalhe sozinha".

"Claro!". Wilson estava chocado. "Coisa ruim é que Dra. Sarah aparentemente prefere mulheres...".

"Ou não... Ou ela só tem a mente aberta para o que é atraente e, eu posso dizer, Cuddy é muito gostosa".

"Ela é. Definitivamente". Wilson concordou.

"Ei, é da minha esposa que estamos falando".

"Mas você disse...".

"Uma coisa é doutora Sarah assediando a minha esposa, eu até posso aceitar. Outra coisa é você".

"Mas eu não estou...".

"Cale-se Wilson, você pode piorar as coisas".

Minutos depois...

"Sério? A dra. Sarah?". Uma enfermeira perguntou chocada.

"Sim. Doutora Sarah agarrou Cuddy na sala dela e a beijou".

"Oh meu Deus, eu sempre desconfiei!". Outra enfermeira chegou dizendo.

"Não sei se ela não será suspensa agora...".

"Obrigada por nos informar, doutor Wilson".

Horas depois...

"Você soube?". Chase perguntou para os seus colegas.

"O quê?". Taub perguntou curioso.

"Hoje mais cedo houve uma orgia na sala de Cuddy. Ela, House e a doutora Sarah".

"Ok, claro que sim". Taub desmereceu a informação.

"É verdade, está todo mundo falando".

"E porque está todo mundo falando torna isso verdade?". Treze cortou o assunto.

"Doutora Sarah está no RH nesse momento". Chase informou.

"Então, se houve uma orgia, todos os três serão demitidos?". Treze perguntou.

"Eu não havia pensado nisso...". Chase falou confuso.

Todos riram.

O assunto correu solto pelo hospital, criaram as mais diversas histórias possíveis. Em uma delas House se divorciou de Cuddy depois de pegar a esposa com Dra. Sarah em flagrante. Em outra Dra. Sarah era transexual que tinha um caso com a reitora. E ainda havia uma outro história que dizia que House gostava de assistir sua esposa com outras mulheres e que filmavam tudo e divulgavam na internet, muitos passaram a tarde procurando por tais vídeos online.

Naquela noite Cuddy chegou em casa cansada, havia sido um dia tenso.

"House...".

"Eu não falei nada pra ninguém". Ele apareceu dizendo com Ethan no colo. As duas meninas estavam tirando uma soneca.

"Corta essa merda, eu sei que você contou para Wilson".

"Ok, talvez só pra ele. Eu precisava tirar isso do meu sistema... É uma noticia muito importante".

Ela balançou a cabeça. "O fato é que Wilson deve ter contado para mais um monte de gente porque o assunto se espalhou em velocidade impressionante".

"Wilson... Seu linguarudo!".

"Doutora Sarah foi suspensa e será direcionada para avaliação psicológica".

"Wow, você não é tão ruim assim. Por que ela precisa passar por psicólogo? Então eu também preciso?".

Cuddy respirou fundo. "House, ela me atacou na minha sala".

"Mas foi só uma demonstração de afeto".

"Eu não vou mais discutir esse assunto com você".

"Ok, mais tarde discutimos de uma maneira que não envolva palavras".

"Eu não farei sex... nada com você hoje".

"Por quê?".

"Porque se fizermos aquilo... você ficará pensando em doutora Sarah durante o processo".

"Ei, qual é o problema em falar 'sexo'?".

"Cale-se. Ethan está aqui!".

"E você acha que ele entende o que é sexo?".

"Não quero criar esse habito perto das crianças".

"E quer que elas sejam alienadas e acreditem em cegonha?".

"House, você está impossível hoje".

"É você quem está... gatinha do sexo. Ninguém resiste a você hoje...".

"Cale-se!". Cuddy tentava conter uma risada.

"Vamos... Depois eu quero dar uma volta nesse galope...".

"Não!".

"Eu não vou pensar em doutora Sarah... Não mais do que eu pensarei em você".

"Cale-se e segure o seu filho". Cuddy entregou Ethan para ele e saiu.

"Sua mãe me deixará louco ainda".

"Eu ouvi isso!". Ela gritou de longe.


Naquela noite, após fazer sexo com a sua esposa, House não conseguia dormir. Ele se levantou lentamente para não acordá-la e pegou o diário de John para continuar a leitura.

Gregory é oficialmente um médico, isso é inacreditável. Eu considerava uma profissão para poucos, para talentosos, estudiosos e disciplinados, estou repensando meu ideal relacionado a profissão de medicina. Não é possível que esse bastardo tenha conseguido se formar, mesmo sendo expulso de uma universidade. Blythe está tão orgulhosa que vive repedindo para todos que o filho é medico. Eu servi a pátria, me coloquei em risco e nunca tive a mesma consideração por parte dela.

'John tinha ciúme de mim com a minha mãe? Patético!', House pensou.

Então um recorte de jornal caiu no chão. Era um recorte de jornal divulgando os formandos em medicina naquele ano, o nome dele estava lá.

'Por que John guardou isso?', House pensou. 'Só se for para olhar todo dia e ter certeza de que eu havia conseguido me formar'.

Mas ele folheou as próximas páginas e viu muitos recordes de revistas e jornais. Em todos eles House estava presente. Artigos, depoimentos, casos difíceis que o filho havia solucionado, fotos, etc..

House ficou espantado, ele colecionava essas coisas?

Eu nunca imaginei que Gregory se tornaria um profissional de renome, mas ele é um médico talentoso e renomado mundialmente. Isso não oculta as suas falhas de caráter e disciplina, mas o bastardo conseguiu chegar a algum lugar. Eu sempre me esforcei para conseguir qualquer coisa na minha vida, ele... As coisas parecem que vêm fácil para Gregory.

"Oh, as coisas foram realmente muito fáceis pra mim, pai". House disse em voz alta com tom sarcástico.

Continua...