Capítulo 69 – Indiana Jones da cidade

Campfire's burning, campfire's burning,
Draw nearer, draw nearer.
In the gloaming, in the gloaming,
Come sing and be merry.

Música: Campfire's burning - Scout Songs


"Vamos House!".

"Eu não quero ir mãe!". Ele falou com voz manhosa.

"Desligue esse vídeo game".

"Eu nunca posso jogar em paz. Ou é Ethan quem fica querendo pegar o controle ou é Wilson que quer ir para a selva".

"Não é selva, é um camping".

"Ah agora sim estou animado". House falou sarcástico.

"Nós já tivemos essa conversa antes, pelo menos dez vezes... Eu estou cansada de repetir sempre a mesma coisa".

"Então vamos ficar e descansar em nossa casa confortável com a nossa cama quente".

"As crianças já estão na casa da Julia. Mariana está na casa da Julia".

"Melhor ainda, podemos aproveitar a casa só nós dois. Qual foi a última vez que isso aconteceu?".

"Vamos aproveitar a viagem só nós dois".

"Nós dois, a selva, Wilson e a podóloga".

"É algo diferente... Voltaremos amanhã à tarde, será só uma noite".

"Por favor!".

"Por favor, digo eu".

House precisou ir a contragosto. Wilson passou para buscá-los com um jipe 4x4 que ele havia alugado.

"Oh meu Deus". House falou para Cuddy quando viu o jipe.

"Eu estou no clima". Wilson falou saindo com roupa de escoteiro.

"Você pode estar vestido como o Indiana Jones, mas você não tem dez porcento das habilidades do Indiana Jones". House disse enquanto entrava no jipe. "Você está parecendo um tio velho escoteiro, isso sim".

"Eu acho que ele está tão sexy vestido assim, como se fosse um xerife". Cris falou.

"Você sabe que xerife se veste como no faroeste, Indiana Jones não tem nada a ver com faroeste, certo?". House perguntou enquanto Cuddy continha uma risada.

"Ela sabe disso". Wilson interveio.

"Ok". House falou sarcástico e Cuddy apertou a mão dele.

"Ai!". House reclamou.

Cuddy olhou pra ele arregalando os olhos como quem dizia 'cale-se'.

"Ok, quanto tempo daqui até a selva do Tarzan?". House perguntou.

"Só uma hora e meia". Wilson respondeu.

"Você trouxe barracas de camping?".

"Uma barraca de camping grande, será suficiente para nós".

"Ei, eu não quero ver vocês fazendo sexo essa noite". House reclamou.

"Nós não faremos sexo essa noite". Wilson respondeu corando.

"Mas nós sim". House disse.

"NÃO!". Cuddy e Wilson responderam ao mesmo tempo.

"O quê? Eu vou para um final de semana fora com a minha esposa sem as crianças... Terei que aturar dormir no chão duro de um camping adolescente, sem conforto, com a minha perna ruim, ainda nem posso ter sexo?".

"Não!". Cuddy respondeu rapidamente.

"Aproveite outras coisas da viagem...". Wilson complementou.

"Posso ficar em casa?".

"House, cale-se!". Cuddy disse.

"Não... não... eu não sei por que estou indo voluntariamente para o inferno".

Cuddy estendeu uma manta no colo dela e do marido, pois fazia muito frio, House nem desconfiou de nada até que... ela começou a esfregar o pênis do marido por sobre a calça e ele gemeu em apreciação.

"Cale-se e aproveite". Cuddy disse baixo no ouvido dele.

House encostou-se no banco do jipe enquanto Cuddy continuava o trabalho. Em pouco tempo ele estava duro.

"Vamos ouvir musica". Wilson disse e colocou um CD: Bob Dylan – Blowin' in the Wind.

"Eu Adoro John Lennon". Cris disse feliz. House não a corrigiu, pois ele estava em outra sintonia.

"É Bob Dylan, querida". Wilson disse.

"Oh... Parece com John Lennon".

Wilson entrou em uma conversa com Cris explicando sobre Bob Dylan e Cuddy começou a intensificar o trabalho de mão que dava em seu marido.

"Cuddy...". House sussurrava, mas ela não parava.

House estava sentindo que chegaria ao orgasmo se ela não parasse.

"Cuddy...". Ao mesmo tempo em que ele precisava que ela parasse ele queria que ela continuasse.

Cuddy não parou...

"Wilson, pode aumentar o volume da música, por favor?". Cuddy pediu para o amigo sentindo que seu marido estava chegando perto.

"Claro, fico feliz que você goste de Bob Dylan".

"Eu adoro!". Cuddy mentiu.

Então House gozou na mão da esposa. Ele tentou controlar os gemidos, por sorte Wilson estava concentrado demais na estrada e em Cris para perceber o que acontecia no banco de trás do jipe.

Cuddy continuou até que ele terminou de ejacular, depois ela retirou a mão e limpou com uma toalha que ela tinha na bolsa. Então Cuddy olhou para House sorrindo.

"Você é maligna". Ele disse.

"Quer?". Cuddy ofereceu a toalha pra ele.

House pegou e começou a tentar limpar a lambança. Ele havia gozado na calça, no cobertor, no banco do jipe, e provavelmente respingou no tapete também.

"Está uma catástrofe". Ele disse e Cuddy sorriu.

"Do que você está rindo?". House perguntou ainda atordoado.

"Parecemos dois adolescentes com tesão indo para um acampamento de verão". Ela respondeu.

"Eu nunca fui para um acampamento de verão".

"Nunca?".

"Eu sempre odiei acampar".

"Uh...".

"Espere... Você oferecia trabalhos de mão para os garotos nos acampamentos?". House perguntou enciumado.

"Só aconteceu uma vez".

House olhou pra ela sério.

"Eu era virgem e... Era a única diversão".

"Wow, que bom saber disso". Ele disse virando o rosto.

"Ei, pare de ser infantil. Eu era adolescente".

House continuou sério.

"Se te conforta, ele tinha um pinto pequeno e eu não deixei ele gozar na minha mão".

House continuou sério.

"E eu te amo! Muito. E fiquei muito excitada depois disso e teremos mais, com ele eu não tive mais nada...".

"À noite eu vou te comer". House disse.

"Não podemos".

"Sim. Nós podemos".

Aquelas palavras fizeram Cuddy ficar muito excitada, ela estava realmente se sentindo como uma adolescente descobrindo o sexo com o seu namorado.

House tentou disfarçar quando saiu do carro. O banco tinha pequenas marcas de esperma, imperceptíveis para quem não sabia o que havia acontecido. O problema era a calça dele com uma grande marca que o denunciava.

"Tudo bem... Eu preciso tomar um banho". House falou.

"Mas já? Mal chegamos". Wilson contestou.

"Minha perna precisa de água quente". House mentiu.

"O banheiro é ali". Wilson apontou e House se dirigiu até lá.

Chegando lá House viu que não havia cabines fechadas para o banho.

"Ótimo!". Ele ironizou.

Como tinha pouca gente ele logo tirou a roupa e entrou na ducha que estava fria, considerando a temperatura ambiente.

"Eu mato Wilson!". Ele falou em voz alta.

"Wow!". Ele ouviu uma voz feminina.

"Esse banheiro é masculino". House explicou.

"Desculpe". Ela falou encarando o pênis dele. "Você é... grande".

House não sabia o que fazer, sentiu-se envergonhado e tampou as suas partes masculinas com as mãos.

"Eu sou médico, esse é meu estetoscópio". Ele disse tentando trazer algum humor para aquele momento esquisito.

"Desculpe!". A jovem mulher saiu do banheiro sem jeito.

House logo saiu do banho, enxugou-se e vestiu uma roupa limpa.

"Wilson... Essa água do banheiro é fria e não temos nenhuma privacidade". Ele reclamou.

"Não era assim antes...". Wilson disse surpreso.

"Faz quanto tempo que você não vem aqui?".

"Quinze anos...".

"Vá se foder Wilson!". House falou irritado. "Você nem sabia como funcionava esse lugar nos dias atuais e nos trouxe aqui?".

"Calma, é só um dia". Cuddy disse.

"E você tem que saber que uma mulher me viu nu".

"Ah?". Cuddy perguntou surpresa e ele explicou a situação.

"Para de mentir!". Wilson disse. "Ela não ficou encarando o seu pênis e disse que era grande...".

"Bom, se pensar que é mentira te faz sentir-se mais homem...". House ironizou o amigo.

"James tem satisfatórios quinze centímetros". Cris falou. "Eu não sei a largura exata mas... é grosso".

House e Cuddy riram alto.

"É sério, eu medi com uma régua".

"Oh Wilson...". Cuddy falou e Wilson estava corado.

"Não é bem assim...".

"É sim, você mesmo mediu. Lembra que eu estava usando a régua do lado errado e você me corrigiu?".

"Tudo bem, talvez essa viagem já tenha valido a pena". House falou rindo.

"Cale-se! Eu vou pegar a barraca de camping".

"É bom você pegar uma barraca mesmo porque a sua nem deve fazer volume...". House falou fazendo Cuddy rir.

Wilson tinha uma barraca de camping moderna, ela era auto inflável. Era razoavelmente espaçosa. Os dois casais entraram e começaram a ajeitar as suas coisas.

"Eu não vou dormir em sacos de dormir, eu me nego". House falou. Ele e Cuddy haviam trazido um colchonete mais grosso e confortável. House também havia levado uma mochila com lanches e petiscos e o seu Game boy.

"Vocês vão perder a essência de acampar com tudo isso". Wilson contestou.

"Ótimo, essa é a intenção". House respondeu.

"Vamos fazer uma trilha até o rio. Tentar pescar algum peixe".

"Logo vai chover". House falou.

"Não há previsão de chuva, eu chequei".

"Pois você está errado, vai chover!".

"Não vai". Wilson insistiu.

"A minha perna sabe melhor do que ninguém se vai chover ou não, e ela está me dizendo: Chuva a vista".

"Pare de me encher o saco, vamos para o rio". Wilson informou e saiu.

"Sim senhor chefe dos escoteiros". House respondeu.

Cuddy riu. "Você é impossível, por isso eu te amo".

"Eu sei esposa". Eles trocaram um beijo suave.

"Preciso ver como as crianças estão". Cuddy saiu procurando sinal em seu celular.

Minutos depois eles saíram em direção ao rio.

"Espero que esse rio esteja perto, pois vocês esqueceram que eu sou aleijado".

"Você tem feito academia há alguns anos, está na fisioterapia e no programa de controle da dor, sua perna nunca esteve mais saudável". Cuddy disse enquanto estavam a caminho.

"Você está do lado de quem afinal?".

"Do seu, sempre!". Ela respondeu sorrindo.

"Pois a sua maneira de demonstrar é muito estranha".

Ela riu.

"O rio é perto". Wilson disse.

"O rio é tão perto que se cavarmos um buraco de dentro de nossa barraca conseguimos pescar". Cris disse bem humorada.

"Ela é realmente muito imbecil". House sussurrou para a esposa.

"Cale-se". Cuddy falou rindo.

"Você não manda eu calar a boca". House a ameaçou.

"Eu posso. Eu te fiz gozar hoje cedo, no banco de trás do carro de Wilson enquanto ele dirigia". Cuddy se gabou.

"Você me fez gozar na calça. Eu fiquei uma bagunça".

Ela riu. "Na minha mão também".

"Eu parecia um adolescente".

"Nós sempre vamos parecer adolescentes quando estivermos juntos".

"Isso não é muito bom... Adolescente não dura muito...".

"Mas tem muito vigor".

"Algumas partes são boas. Podemos ficar só com as partes boa?".

Eles riram.

Wilson e Cris iam à frente guiando o caminho.

"Eles são muito apaixonados, não são?". Cris perguntou.

"Muito! Acho que eu nunca vi um casal mais apaixonado". Wilson respondeu.

"Nós!". Ela o abraçou. Wilson não esperava por isso e caíram os dois no chão.

"Wilson!". Cuddy gritou e correu até eles.

"Que droga! Eu não gravei isso". House lamentava bem humorado.

"Ai... Ai...". Wilson reclamava.

"O que aconteceu?". Cuddy estava preocupada.

"Indiana Jones ralou o joelho?". House perguntou sarcástico.

"Eu machuquei o cóccix". Wilson informou.

"Isso é a sua cara: machucar o osso da bunda". House disse rindo.

"Oh Jimmy, desculpe!". Cris falou envergonhada.

"Tudo bem, não é nada demais Indiana Jones quebrando o cálice sagrado". House falou.

"Você consegue andar?". Cuddy perguntou.

"Sim... Vamos continuar a trilha". Wilson respondeu envergonhado e dolorido.

"Você machucou o que mesmo?". Cris queria saber.

"Não foi nada". Wilson tentou contornar a situação.

"Eu explico. Ele machucou o osso da bunda!". House se intrometeu.

"Vamos continuar!". Wilson o cortou e saiu andando na frente.

"Oh não, tem certeza Jimmy? Não é melhor voltarmos para o conforto da barraca? Você não precisa repousar a bunda dolorida?". House perguntou irônico.

Wilson o ignorou e eles seguiram. Em cinco minutos chegaram ao rio.

"Esse lugar é lindo!". Cuddy disse.

"É um rio comum". House falou.

"Vamos nadar?". Cris perguntou.

"É perigoso entrar em um rio que você não conhece" Cuddy informou.

"Eu conheço". Wilson disse.

"Como a palma de sua mão. Por isso não vem aqui há vinte anos". House ironizou.

"Quinze". Wilson o corrigiu.

"Baby eu prefiro pescar". Wilson informou e foi ajeitar sua vara de pesca. Cris entrou no rio.

"Baby, você quer nadar?". House perguntou irônico pra Cuddy que riu.

"Vamos tomar um sol?".

"Aproveite porque logo o tempo mudará".

"Como você tem tanta certeza disso?".

"Minha perna nunca erra".

Os dois sentaram-se a beira do rio. Cuddy havia trazido protetor solar e aplicou em ambos.

"Uh... é bom ficar assim com você". Ela disse enquanto relaxava com a cabeça no ombro do marido.

"As crianças estão bem?".

"O pouco sinal de telefonia que consegui me permitiu falar por um minuto com Julia, ela disse que tudo está ótimo".

"Bom".

Os dois sentiam falta dos filhos.

De repente eles ouviram um grito e Cris estava expondo seus grandes seios, sem a parte de cima do biquini.

"Oh meu Deus!". Cuddy disse assustada. "O que aconteceu?".

House riu.

"Pare de olhar!". Cuddy falou para o marido.

"Eu não estou olhando".

"É claro que você está olhando".

De repente eles perceberam que o anzol da vara de Wilson foi o responsável por retirar a parte de cima do biquíni de Cris.

House riu alto. "Ótima pescaria, escoteiro".

Cris recuperou a sua peça de roupa enquanto Wilson estava muito envergonhado.

"O que você achou dos enormes peitos de Cris?". Cuddy perguntou.

"Prefiro os seus".

"Ok, resposta certa, mas diga a verdade".

"São seios...".

"E desde quando você é maduro sobre isso? Você implicava com Ethan porque ele mordia os seus mamilos enquanto mamava".

"É diferente. Ele estava te machucando... Ele não tinha direito de machucar os seus seios, eu havia os emprestado para ele".

"Ele era o seu filho e eu estava o amamentando".

"Ok. Eu achei os seios dela grandes, exageradamente grande. Prefiro os seus que são mais lindos e cabem perfeitamente em minhas mãos".

Cuddy sorriu. "Mesmo depois de todos esses anos?".

"Sempre!".

Eles se beijaram quando sentiram pingos de chuva.

"Oh não, vai chover!".

"Eu disse". House respondeu.

De repente um temporal começou.

"Oh meu Deus. Vamos voltar para a cabana". Cuddy falou se levantando rapidamente e recolhendo sua bolsa.

"Filho da puta!". Wilson gritou.

"Eu? Foi você quem nos trouxe pra esse fim de mundo no meio de um dilúvio".

"Você é bruxo?". Cris perguntou pra ele. "Estava um dia lindo e de repente começou a chover".

"Sim, eu sou bruxo. Isso explica tudo". House disse ajudando Cuddy a organizar as coisas e sair de lá.

Minutos depois eles chegaram encharcados na barraca.

"Ótimo... O que faremos aqui com essa chuva torrencial?". Wilson perguntou desanimado.

"Eu trouxe o Game boy". House disse sorridente.

"Não. Vamos jogar um jogo". Cris propôs.

Todos a encararam em silencio.

"O jogo se chama: Eu nunca". Ela começou a explicar.

"Eu sei jogar esse jogo". House falou. "Todo mundo sabe".

"Então vamos?".

"NÃO!". Os três responderam.

"Vamos, vai ser legal. Poderemos nos conhecer melhor".

"Tem coisas que é melhor continuarem desconhecidas". House disse.

"Ok, vamos jogar". Cuddy sentiu curiosidade sobre o que o marido disse e queria descobrir.

"Mas o que nós iremos beber?". Wilson perguntou.

"Aquelas cervejas que eu trouxe". House falou sorrindo. Ele havia trazido um engradado de cervejas.

"Você quer jogar?". Wilson perguntou curioso para House.

"É uma boa". Ele disse pensando que seria uma ótima maneira de descobrir algumas coisas...

Minutos depois...

"Eu começo". Cris disse. "Eu nunca... fiz um boquete em ninguém".

"Nunca?". House perguntou chocado.

Wilson corou.

Cuddy bebeu um gole da cerveja. "Eu odeio cerveja". Ela fez cara de nojo.

"Wilson, você precisa beber". House o provocou.

"Eu nunca fiz um boquete em ninguém". Wilson respondeu irritado.

"Espere... Vocês dois? Você já fez um boquete em House?". Cris perguntou confusa.

"NÃO!". Wilson gritou em resposta.

House riu alto.

"Espere... Vocês nunca... certo?". Cuddy estava preocupada.

"Claro que não Cuddy, você está louca?". Wilson falou irritado.

House continuava rindo.

"Wilson... Eu tenho pena de você. A sua namorada não te dá sexo oral. Todos acham que você é gay e que já se ajoelhou pra mim".

"Cale-se! Eu sou o próximo".

"Antes preciso tirar uma duvida. Por que você nunca fez um boquete em ninguém?". House perguntou para Cris.

"Por que... é nojento".

Cuddy riu alto. Se ela soubesse as loucuras que já havia feito com House...

"Conheço coisas mais nojentas...". Cuddy falou bem humorada.

"Ainda bem que a minha mulher não pensa assim...". House disse dando um selinho na esposa.

"Minha vez!". Wilson só queria mudar de assunto logo.

"Eu nunca tive uma overdose". Ele falou para provocar o amigo propositadamente.

House o encarou e bebeu a cerveja. Ele virou o copo.

"Você já teve uma overdose? Então você é um espírito?". Cris perguntou chocada.

"O quê?". Cuddy perguntou sem entender.

"Você teve overdose, você está morto!". Cris falou assustada.

"Querida, nem sempre a overdose é fatal". Wilson explicou.

"Depois desse comentário eu vou beber outra dose". House bebeu mais um gole de cerveja.

"House teve uma vida difícil por conta da dor, graças a Deus isso é passado". Cuddy disse acariciando o bíceps do marido.

House sorriu sarcasticamente para Wilson. "Minha vez".

"Eu nunca fui preso porque fiz uma serenata para uma ex-esposa e os vizinhos chamaram a policia". House disse.

Cuddy arregalou os olhos. "Dessa eu não sabia".

"Pois é...". House disse sorrindo.

Wilson olhou para House com raiva e bebeu um gole da cerveja.

"Oh coitadinho". Cris disse fazendo carinho no rosto do namorado.

"Eu nunca beijei Wilson na boca". Cuddy falou e Cris foi a única que bebeu.

"Você está querendo nos testar?". House perguntou malicioso.

"Quem sabe...".

"Sinto muito senhora Cuddy-House, mas eu e Wilson nunca chegamos tão longe".

"Eu não acredito que você está desconfiado que tivemos alguma ação nesse departamento". Wilson falou chocado.

"Todo mundo desconfia de você Jimmy, e como eu ando sempre com você, sou maníaco por tênis...".

Wilson arregalou os olhos. "Eu não sou gay!".

"Mas poderia ser bissexual ou ter tido um momento de fraqueza, sabe que eu sou tão sexy...". House disse fazendo Cuddy rir alto.

"Você é bissexual?". Cris perguntou sem entender nada.

"NÃO!". Wilson gritou.

House e Cuddy riam alto.

"Eu nunca fiz sexo anal". Cris disse.

"Você já fez algum tipo de sexo na vida?". House perguntou sarcástico.

Cuddy bebeu com relutância.

"Espere... Cuddy...". Wilson perguntou chocado.

"Qual o problema?". Ela perguntou séria para Wilson.

"Nenhum...".

"Eu sou um homem de sorte. Diga que você me inveja". House falou para Wilson.

"Você tem que beber então". Cris disse para House.

Cuddy riu alto.

"Entenda... Eu sempre fui a pessoa ativa no sexo anal e não o contrário". House explicou.

"Mesmo assim... Você fez sexo anal". Cris explicou.

"Ok, se essa é a sua visão da coisa". House bebeu um gole da cerveja.

"Vocês fazem tudo, tudo na cama?". Wilson perguntou curioso.

"O que queremos e quando queremos". Cuddy explicou.

"Você são privilegiados". Wilson falou.

"Eu sei Jimmy, eu sei...". House disse acariciando o joelho da esposa.

"Eu nunca... Achei que havia engravidado uma prostituta". Wilson disse e House arregalou os olhos, mas não bebeu.

"Alguém tem que beber". Wilson disse olhando para House.

"Sério?". Cuddy perguntou indignada.

"Não! Não é sério".

"Como não é sério?". Wilson contestou.

"O preservativo estourou uma vez, só uma...".

"Eu não acredito!". Cuddy estava indignada.

"Nada aconteceu. Nada!".

"Wow isso deve ter sido tenso!". Cris falou empolgada.

"Isso foi há muito tempo...". House olhou com raiva para Wilson.

"Eu nunca... Cortei as minhas bolas tentando depilá-las". House disse e Wilson corou.

"Sério, baby?". Cris perguntou para ele que forçosamente tomou um gole de cerveja.

Cuddy ainda estava irritada.

"Ei... Isso foi há muito tempo... Não estávamos juntos...". House tentou argumentar.

"Eu pensei que você se cuidava com as... prostitutas".

"E eu me cuidava... Foi um acidente!".

De repente eles ouviram um grito do lado de fora da barraca e foram ver o que era.

"Uma cobra!". A mulher disse.

"Onde?". Wilson perguntou.

"Não sei, ela está por aqui...".

Wilson se trancou na barraca.

"O que você esperava? Estamos em um camping". House disse.

"Eu não gosto de cobras". Cuddy falou assustada.

"Só da minha?". House perguntou malicioso e Cuddy olhou pra ele irritada.

"Você tem uma cobra de estimação?". Cris perguntou sem entender.

House riu. "Ela não entende o significado, pois Wilson tem uma minhoca".

Wilson começou a prender a barraca no chão em todos os pontos, evitando que qualquer bicho rastejante pudesse entrar por baixo da lona.

"Wilson, pare com isso. A cobra não entrará aqui". House disse.

"Quem sabe disso?".

"Então vamos embora pra casa".

"Está escurecendo e chovendo muito, é perigoso. Além de que parte do caminho é de terra e deve estar um lamaçal a essa altura".

"Ótimo, então vamos ficar aqui e encher a cara até amanha". House anunciou.

"E se continuar chovendo amanhã? Como iremos embora?". Cuddy perguntou preocupada.

"Eu devia ter trazido mais cervejas". House falou.

"Você está preocupado com as cervejas ao invés de estar preocupado com os nossos filhos". Cuddy disse indignada.

"Eles estão bem, confortáveis em um local seco, sem animais silvestres. Nós é que estamos aqui".

"Tudo bem, vamos jogar cartas". Cris disse pegando o baralho.

"Eu não quero...". Cuddy ainda estava incomodada.

"Ei... Vamos jogar cartas, por favor!". Cris tentou convencê-la.

Eles jogaram cartas por horas, contaram piadas, histórias de terror e a chuva não passava.

"Está tudo alagado a essa altura. Estamos ilhados". Cuddy observou preocupada.

De repente eles ouviram alguém chamando fora da barraca. House foi olhar quem chamava.

"Desculpe, minha filha precisa da ajuda do homem de pênis grande, ela disse que ele é médico". Uma mulher falou.

"O quê?". Cuddy apareceu fora da barraca. "Quem é o homem do pênis grande?".

House riu alto. "Esse seria eu, com certeza".

"Escute, como a senhora ousa entrar aqui comentando sobre o tamanho do pênis do meu marido?". Cuddy estava vermelha de irritação.

"Porque a minha filha foi picada por uma cobra e precisa de ajuda. Ela me disse que o homem de pênis grande é um médico".

Cuddy não sabia se xingava a mulher ou se ia ao encontro da filha dela.

"Onde ela está?". House perguntou e a mulher apontou para uma barraca.

Os dois entraram. Wilson estava com muito medo da cobra para sair da barraca.

"Onde você foi picada?". Cuddy perguntou e a mulher apontou a perna.

"Realmente é uma picada de cobra". Ela comentou com House.

"Como era a cobra? Você viu alguma coisa? A cor dela, o formato da cabeça?". House perguntou.

"Não vi nada".

"Temos que achar a cobra...". House informou.

"E como faremos isso?". Cuddy perguntou.

"Se ela for peçonhenta nós temos um problema aqui".

"Eu sei". Cuddy tentou encontrar algum sinal no celular, mas nada. Nem internet e nem sinal de rede para que ela fizesse uma chamada telefônica.

"Ótimo!".

"Ok, não mexa a perna, deixe a sua perna o mais parada possível". Então ele olhou para a mãe da jovem "Mantenha a sua filha hidratada. Traga-me água e sabão, vamos limpar o local da picada".

House higienizou o local.

"Pegue o kit medico de Wilson". Ele disse para Cuddy que correu para a barraca deles.

Quando Cuddy voltou com a maleta de primeiros socorros ele auscultou os batimentos cardíacos e aferiu a pressão arterial. Tudo normal.

"Continuem tentando algum sinal para chamarmos ajuda, enquanto isso eu vou procurar a cobra". House disse.

"House espere! Eu vou com você". Cuddy foi com ele.

Olharam ao redor e nada foi encontrado.

"Ela pode morrer caso a cobra seja peçonhenta".

"Eu sei". House respondeu.

"Devemos fazer alguma coisa".

"Você tem antidoto universal contra picadas de cobras? Porque eu esqueci isso no bolso da minha outra calça". House respondeu irônico.

"Vamos tentar pegar o carro e tirar ela daqui".

"Você ouviu Wilson, tudo está alagado a essa altura".

Então eles ouviram o grito de Wilson.

"Acho que Wilson encontrou a cobra". Cuddy disse e correu até lá.

"A cobra!". Wilson apontou para o canto da barraca.

"Você fechou tanto essa barraca pra que?". House falou sarcástico se aproximando da cobra.

"House cuidado!". Cuddy falou preocupada.

Ele sorriu. "Boas noticias. Essa é uma Pantherophis guttatus, ou cobra-do-milho".

Todos os três ficaram olhando curiosos para House.

"Ela é inofensiva. É muito usada como animal de estimação". House a pegou nos braços.

"Oh meu Deus! Saia daqui com isso!". Wilson gritou.

"Ela não fará mal para a jovem".

"Como você sabe identificar cobras?". Cuddy perguntou chocada.

"Eu tenho os meus segredos". House falou misterioso.

"Wow! Você parece o Indiana Jones". Cris disse.

"Você vai matá-la?". Wilson perguntou.

"Claro que não, vou levá-la pra longe daqui". House informou e saiu com a cobra. Cuddy foi atrás dele.

"Você... Você me deixa com tesão quando age assim".

Ele sorriu. "Como Indiana Jones?".

"Não, como Gregory House, o gênio".

"Fazer o que, eu sou bom assim".

Mais tarde eles se preparavam para dormir. A chuva havia dado uma trégua e agora só havia uma garoa insistente do lado de fora da barraca.

"Não tem nenhuma chance de algum animal ou outra cobra querer entrar aqui?". Wilson perguntou.

"Você nos arrastou pra cá, sábio escoteiro. Então você é quem me diz". House respondeu irônico.

Mas meia hora depois Wilson e Cris dormiam exaustos.

"Ei... A diversão vai começar". House anunciou.

"Eles podem nos pegar". Cuddy falou.

"Onde foi parar todo aquele tesão? Todo aquele espírito adolescente?".

Ela o beijou com intensidade. "Eu quero você!".

"É pra já senhora!".

House desceu pelo corpo da esposa e abaixou a calça dela junto com a calcinha. O tecido ficou na canela dela. Então ele se alinhou entre as pernas de Cuddy e começou a beijar a virilha da esposa. Cuddy pegou o travesseiro para abafar os gemidos. Logo ele chegou ao alvo e Cuddy já estava mordendo o travesseiro a essa altura. Quando ele notou que Cuddy estava perto do clímax ele parou e subiu pelo corpo da esposa.

"Eu te mato!". Ela sussurrou e ele riu.

"Você vai gozar comigo dentro de você".

Então ele se ajeitou sobre ela, com cuidado abaixou a calça e liberou o seu membro inchado. Pegou o pênis com a mão e direcionou para a entrada da esposa.

Ambos gemeram com a sensação da penetração.

"Shhhh...", House pediu silencio.

"Você também gemeu".

"Eu sei".

Então eles ficaram um tempo parados, para avaliar a reação de Wilson e de sua namorada. Eles pareciam dormir profundamente, então House começou a se movimentar lentamente.

"Coisa boa é que colchão no chão não faz barulho".

"Se concentre em me foder e cale-se!". Cuddy disse deixando House ainda mais excitado.

Os movimentos começaram a acelerar e o barulho do pênis de House envolvidos pelos fluidos de Cuddy estava cada vez mais alto.

"Temos que fazer silêncio". Cuddy disse enquanto escondia o rosto no ombro do marido para abafar os gemidos que fazia.

"Então você precisa ficar menos excitada e menos lubrificada". House respondeu.

O risco de serem pegos, o lugar em que estavam, tudo aquilo trouxe um ar de proibição e logo os levou para a borda. Ao final eles estavam se movimentando rapidamente sem se importar com quem pudesse ouvi-los. Por sorte Wilson e Cris estavam em um sono profundo.

Ao final Cuddy não conseguiu conter um grito quando chegou ao ápice.

"Você gritou".

"Eu tentei me controlar".

"Eu sou bom assim...".

"Cale-se!". Ela disse suando e sorrindo.

Ele a beijou, Cuddy não esperava por isso.

"Eu posso dizer que fiz sexo em uma barraca de camping enquanto o meu melhor amigo dormia ao lado".

"Você não dirá nada, isso ficará entre nós".

"Claro que não direi nada, hoje. Talvez daqui a uma semana...".

"House controle-se! Nem tudo o que fazemos temos que divulgar".

"Se eu divulgasse metade do que fazemos...".

"É bom que não divulgue nada do que fazemos".

"O mundo seria mais triste se ninguém soubesse sobre nós".

Ela riu. Ele era impossível.

"Se vista, eu não quero que nos peguem nus".

"Seria interessante".

"Gente demais te viu nu aqui no acampamento...".

"Ciúme?".

Ela jogou a boxer dele.

"Eu preciso ir ao banheiro...". Cuddy falou.

"Você sabe que terá que sair da barraca pra isso, não sabe?".

Ela respirou fundo. "Eu vou tentar dormir então".

"Ótima escolha".

Cuddy pegou uma toalha para que os dois se limpassem. Ambos dormiram abraçados.

De manhã Wilson acordou e os dois ainda dormiam.

"Ei não acorde eles, sabe que se você acordar alguém a pessoa pode morrer?". Cris perguntou para o namorado.

"O quê?".

"É, eu li em um livro que é perigoso acordar pessoas que estão dormindo".

"Você quer dizer... Acordar sonâmbulos".

Cris ficou pensativa.

"E mesmo sonâmbulos... essa história é um mito". Wilson esclareceu.

House abriu o olho. "Vocês podem calar a boca, por favor?".

"Nada de cobras essa madrugada, certo?". Wilson perguntou preocupado.

"Só a minha cobra mesmo". House respondeu sarcástico e levou um cutucão da esposa por debaixo da coberta.

Continua...