Com a ajuda de Tim Selina achou o quarto do Jaison. Assim que entrou reparou no garoto todo esticado no meio da cama, os braços estavam bem abertos e a coberta estava enrolada na sua perna direita. Selina sentou na cama e começou a acorda-lo.
-Jaison. –Ela tocou no ombro dele de leve –Acorde que já está na hora de ir pra escola.
-Selina? –Jaison abriu os olhos.
-Bom dia gatinho –Ela sorriu –Levante e se troque quero você lá embaixo em cinco minutos.
-Tá bom.
Selina deu um beijo na testa dele. Ela saiu do quarto e foi acordar Damian.
Diferente do irmão Damian dormia todo enrolado abraçado no elefante de pelúcia, seu nariz estava encostado no brinquedo.
-Damian. –Selina passou a mão pelo cabelo dele que lembrava muito o de Bruce.
-Hum... –Ele abriu os olhos lentamente.
-Hora de acordar.
-Quero dormir mais.
-Eu sei querido, mas se não levantar e se arrumar vai se atrasar.
-Tá bom. –Damian sentou na cama.
-Eu vou acordar seu irmão e já venho te ajudar.
Selina foi para o quarto do Dick, o menino estava dormindo de barriga pra baixo, um braço estava pra fora da cama. Ela sentou e começou a acorda-lo.
-Selina?
-Oi gatinho, vamos levantar.
-Não quero ir pra aula. –Dick sentou na cama –Acho que estou doente.
-Hum... –Ela tirou a temperatura dele –Acho que você tem é preguiça aguda –Dick começou a rir –Vai se arrumar.
Selina voltou para o quarto de Damian e arrumou o cabelo dele ela o pegou no colo, foi para o quarto de Jaison o ajudou com a mochila, Dick logo apareceu e os quatro foram pra cozinha.
Eles sentaram e Selina ajudou Alfred a servir o café deles. Ela viu Bruce entrando na cozinha, ele vestia seu terno impecável e seu cabelo estava arrumado como se ele tivesse passado muito gel.
-Bom dia.
-Bom dia –Respondeu as crianças.
A morena viu Bruce se abaixar perto da cadeira do Tim.
-Não vai comer?
-Se eu tomar café... Talvez abra meu apetite –A criança sorriu.
-Tá bom –Bruce sorriu –Mas só um pouco e tem que comer. –Bruce fez uma xicara com café e leite e deu para o filho. Ele viu o menino começar a comer e sorriu. –Dick hoje vamos fazer seu trabalho de ciências.
-Eu ainda não sei sobre o que fazer.
-Podemos fazer um vulcão se quiser.
-Todo mundo faz vulcão pai. –O garoto falou indignado –Vou fazer um projeto sobre o sistema solar.
-Tudo bem, vou comprar as coisas hoje e fazemos. –Bruce parou do lado do Jaison –Eu corregi seu dever de casa ontem Jay tirando matemática o resto estava certo.
-Eu detesto matemática!
-Eu sei por isso vou te explicar hoje uma forma mais fácil de resolver aquela equação. –Bruce sentou e olhou para Damian –Eu comprei um jogo de pinceis pra você levar pra aula Dami.
-Obrigado pai, mas não sei se os meu desenhos merecem tanta atenção assim.
-Seus desenhos são lindos, nunca deixe dizerem o contrário. –Damian sorriu com o comentário.
Selina olhava a cena admirada, ele pode ser arrogante, mandão e até mesmo paranoico. Mas Bruce Wayne gostava mesmo dos seus filhos.
-Ravena também acha meus desenhos bonitos. –O garoto sorriu.
-Ravene e Damian sentados juntos de baixo de uma árvore. –Jason cantava.
-Estão se beijando e se abraçando. –Tim sorria.
-Eles dão as mãos e sorriem. –Dick cutucava Damian.
-Parem com isso! –Damian estava vermelho –Eu não gosto de Ravena!
-Gosta sim!
-Cala a boca Jaison! –Damian ficou em pé em cima da cadeira.
-Meninos já chega. –Bruce tentava controlar seus filhos – Damian desça da cadeira.
Damian sentou e cruzou os braços.
-Mas que o Dami gosta da Ravena gosta. –Tim tomou um gole de café.
-EU NÃO GOSTO DELA!
-Então porque tá tudo vermelho?
-Jaison, Tim parem! –Bruce falou mais alto.
Selina assistia a cena com um sorriso nos lábios, Damian ficava lindo quando estava emburrado e apesar de ela querer saber quem é Ravena sabia que não era a hora certa de perguntar, já que todos se acalmaram.
-Vamos vou leva-los pra escola. –Bruce saiu da cozinha.
Selina ajudou a todos entrarem no carro, ela ficou olhando eles partirem. A morena sorriu e voltou para ajudar Alfred nos afazeres domésticos.
Com o passar dos dias Selina se acostumava com a nova rotina, ela chegava cedo na mansão Wayne acordava as crianças, ajudava Alfred com os afazeres coisa que ele não permita muito, arrumava o quarto dos meninos, esperava eles voltarem da escola, os ajudava a se trocar e dava um lanche para eles.
Essa era a rotina dela e claro brigar com Bruce Wayne.
-O senhor é impossível! –Selina largava a bandeja de lanche que trazia na mão.
-A única coisa que pedi foi para me trazer um copo de suco. –Ele disse com calma.
-Eu trouxe e o senhor disse que faltava açúcar, quando coloquei açúcar disse que estava muito doce.
-Mas ficou mesmo. –Bruce sorriu.
-HAAAAA Eu não te aguento! –Selina saiu do escritório batendo a porta com força.
Bruce começou a rir, ele colocou as mãos na barriga de tanto que ria. Era divertido irritar a morena ver seu rosto contorcido de raiva era muito engraçado.
-Ela fica linda irritada. –Bruce mexia no copo com suco de laranja.
Ele não podia negar o quanto Selina era linda, não importa se seu rosto estava com expressões de raiva ou sorrindo a beleza dela o fascinava. Mesmo com o uniforme de babá, que basicamente era uma saia vermelha e uma blusa branca Bruce optou por essas cores já que Selina ficava linda com esses tons, ela continuava bela.
E saber que essa mulher mexia com ele dessa forma o deixava muito preocupado... E fascinado.
Era mais uma manhã comum Selina andava até o ponto de ônibus para poder chegar ao trabalho. Era muito cedo não havia ninguém na rua além dela dizer que Selina não ficou surpresa quando ouviu passos atrás dela seria um eufemismo.
Selina sentiu alguém agarrar seu braço e a puxar para trás, suas costas bateram na parede de um prédio próximo.
-Aonde a mocinha pensa que vai? –O homem que tinha bafo de cigarro falou bem próximo do rosto dela.
-Vamos agilizar isso. –Selina tentou disfarçar o medo na voz – Eu tenho que ir trabalhar então agradeceria se me deixasse ir.
A morena tentou se soltar, mas o aperto se intensificou no seu braço. Selina deu um chute em uma região sensível do homem e saiu correndo.
-SUA VAGABUNDA!
Ela não foi muito longe já que mais dois homens saíram de um beco próximo e a agarraram, eles a empurraram no chão.
-Não se preocupe querida –Um deles se inclinou sobre ela com uma faca na mão –Vai acabar logo.
