Bruce estava tomando um gole do seu whisky, ele se sentou na cadeira em frente ao balcão do outro lado um barmen de meia-idade passava um pano nos copos para limpá-los. Isso parecia ser um padrão de todos os barmens do mundo, mas Bruce não se importava muito com isso.

Tudo que queria era ficar tão bêbado a ponto de esquecer todas suas decisões já feitas nas últimas 24 horas ou de sua vida.

Ele tomou o resto do liquido e colocou mais no seu copo, á muito já tinha pedido para ficar com a garrafa para beber o quanto realmente precisava.

-Uau! Nunca pensei em ver você bebendo dessa forma. –Clark sentou do seu lado –Nem quando Talia disse que estava indo embora.

-Nunca precisei de um motivo útil pra isso. –Bruce já sentia sua língua arrastada –O que faz aqui?

-Alfred ligou ele não sabe o que houve, mas pediu para eu vir vê-lo. –Clark pegou um copo e se serviu de whisky –Então o que aconteceu?

-Vou me casar. –Bruce cruzou os braços e colocou a cabeça em cima deles.

-Eu sei. –Clarke bebeu um pouco do liquido.

-Em um mês.

Clark cuspiu o liquido no balcão, o barmen limpou rapidamente e se afastou como se nada tivesse acontecido.

-O QUE?!

-Pamela me deu um ultimato. –Bruce ergue a cabeça –Depois que ela me viu quase beijando a Selina.

-O QUE?!

Bruce encheu seu copo e o do amigo.

-Ela me deixa louco.

-Pamela?

-Selina. É a mulher mais linda e sexy que já vi, tudo nela me deixa louco seus olhos, sorriso, sua voz sensual, seu corpo...

-Tá vamos parar por ai! Se gosta da Selina porque vai casar com a Hera?

-É a mulher certa pra ser a mãe dos meus filhos. –Bruce estava cansado demais para repreender o apelido que o amigo usou.

-Bruce seus filhos nem gostam dela.

-Mas vão gostar. Pamela gosta deles.

-Tenho minhas dúvidas. –Bruce olhou pro amigo –Qual é? Pamela tem muito ciúmes seus com eles.

-Vai se acostumar.

-Tá vamos deixar isso de lado por enquanto, se gosta da Selina deveria falar com ela.

-Eu não sei o que sinto por essa mulher, além de desejo.

-Termine com Pamela e fique com a Selina.

-Se fosse fácil.

-Parece pra mim.

Clark tomou o resto da sua bebida, Bruce olhava para o copo e o liquido âmbar lá dentro. Ele pensou no que o amigo falou parecia fácil é verdade, mas... E se ele se enganasse com Selina. A última vez que deixou seus sentimentos tomarem decisões por ele não deu muito certo, Bruce ainda lembrava da dor que sentiu por Talia.

Ele não queria passar por isso de novo.

Selina não conseguia dormir, a cena da cozinha repassava na sua mente toda vez que fechava o olho.

-Você não pode fazer isso com seu patrão. –Ela se virou para ficar no meio da cama de barriga pra cima –Ele está noivo, com uma mulher histérica e doida que não o merece.

Ela suspirou, ainda se lembrava das suas mãos percorrendo seu corpo. Cada toque dele a incendiava e a fazia tremer, um fraco gemido escapou dos seus lábios quando Selina se lembrou do Bruce apertando seus seios.

-Para com isso Selina! –Ela sentou na cama –Maldito seja Bruce Wayne!

Selina levantou e foi para a cozinha, todos estavam dormindo a muito tempo já e como não queria acordar ninguém ela fez o menor barulho possível. Quando a água ferveu ela colocou na xicara e fez um chá de camomila.

-Espero que isso me ajude.

Selina cheirou o doce aroma convidativo quando ela ia tomar o primeiro gole um barulho alto veio da entrada.

Ela colocou a xicara lentamente no balcão pegou o rolo de massa que Alfred deixava em cima da pia e foi para a entrada. Estava tudo muito escuro, mas Selina podia ver o vultou encostado perto de um vaso que ficava no lado esquerdo da escada.

Selina ergueu o rolo de massa e deu uma pancada na cabeça do intruso.

-Ai!

Ela conhecia aquela voz. Selina ligou a luz do abajur e viu Bruce caído no pé da escada sangue escorria de sua cabeça.

-Meu Deus! –Ela largou o rolo e se abaixou até ficar na altura dele –Me desculpe achei que fosse um ladrão.

-Que tipo de ladrão tem a chave da casa? –Bruce estava vendo tudo em dobro.

-Eu sei lá. –Selina o ajudou a levantar –Vem.

Eles foram até a sala que ficava ao lado da escada ela colocou o homem sentado no sofá. Assim que a luz da sala foi acessa Selina pode ver melhor o ferimento dele, apesar de estar saindo sangue não parecia que ia ter que levar pontos ela foi até a cozinha pegar água limpa e panos, Selina encontrou um Kit de primeiro socorros que ficava em cima do armário.

Quando voltou para a sala Bruce estava deitado no sofá com os olhos fechados.

-Acorde! –Ela balançou os ombros dele –Senhor Wayne preciso que fique acordado.

-S-Selina?

-Sente. –Ela o ajudou a sentar.

-Mandona.

-O que?

-Você é sempre mandona. –Bruce nem conseguia deixar os olhos abertos –É tão linda.

Ele agarrou sua cintura e a fez cair sentada no seu colo. Selina podia sentir o cheiro de bebida vindo dele.

-Está bêbado.

-Desde que te conheci. –Ele cheirou o pescoço dela.

-Esteve bebendo até agora. –Bruce não respondeu em vez disso tentou beija-la.

Selina desviou o rosto e pode ouvir o rosnado de raiva que ele soltou.

-Olhe pra mim! Quero te beijar! –Havia autoridade e urgência em sua voz.

-Chega. –Selina tentou se soltar.

-Quero te beijar. Eu menti quando disse que não. Quero beijar você. Agora! –Bruce a trouxe pra mais perto.

-Senhor Wayne por favor...

-Bruce, esse é meu nome. –Ele estava irritado.

-Bruce...

Ela sentia as mãos dele passeando pelo seu corpo, leve beijos era distribuídos pelo seu pescoço. Selina tentou manter o alto controle, mas Deus, era difícil. Ela respirou fundo e se afastou.

-Me deixe cuidar do seu machucado primeiro.

-Não.

-Por favor está sangrando e não quero que infecione.

-E depois disso eu posso te beijar? –Ele parecia uma criança ansiosa pela sua sobremesa.

-Pode.

Bruce afrouxou seus braços e Selina logo se levantou. Ela limpou o ferimento e percebeu a careta de dor que Bruce fez quando pressionou o pano com um remédio para infecção. Enquanto ela enrolava uma faixa na cabeça dele, Selina reparou como os olhos do Bruce mal estavam abertos ela não sabia se era pela bebida ou pela pancada que levou.

-Pronto. –A morena guardou as coisas na caixa –Acho que como está acordado por um tempo já poderia tentar ir dormir sem problema, vou ficar acordada caso...

Ela foi interrompida pelos braços fortes do homem a puxando pra baixo, pela segunda vez na noite ela estava sentada no seu colo. Uma perna em cada lado do corpo dele, sua camisa subiu um pouco e dava pra ver o shorts vermelho curto que ela usava por baixo. Antes que Selina pudesse entender qualquer coisa os lábios dele estavam sobre os dela.

Era uma beijo carregado de luxuria, o gosto do whisky deixava tudo mais sensual, a língua dele brincava com a sua chupando e explorando toda sua boca. Bruce praticamente a dominava e tudo que Selina podia fazer era tentar acompanhar. Uma das mãos dele estavam em suas costas e a outra entrou pelo shorts da moça.

-Hum!

A mão dele percorreu sua intimidade sobre a calcinha dela, Selina se aproximou mais para permitir um melhor acesso. Os braços da moça apertavam o pescoço dele com força. Bruce a acariciava enquanto Selina permitia sem saber ao certo como agir.

-Selina. –Bruce a beijou no pescoço teria uma marca roxa no dia seguinte mas ela não se importou. –Eu quero.

-O que? –Ela mal reconhecia sua voz carregada de desejo.

Ele parou a caricia nela e voltou a beijar seus lábios com força, Selina se sentiu triste por Bruce ter parado, mas continuou a beija-lo.

-Eu quero... –Sua respiração ofegante.

-O que Bruce?

-Você.

Bruce a deitou no sofá com mais força que o normal ele caiu em cima dela havia um pouco de sangue na bandagem em sua cabeça, mas eles não se importaram. Ou melhor deveriam porque com o movimento brusco que Bruce fez ele acabou desabando em cima da moça e quando Selina percebeu Bruce estava dormindo profundamente.

Bruce Wayne havia desmaiado em cima de Selina Kyle, que respirava rapidamente ainda sentindo todo seu corpo vibrar por esse homem.