Damian estava sentado na escada que dava para o jardim esperando Clark trazer sua sobrinha. Ele mexia os pés pra frente e pra trás, o tempo estava nublado e já havia caído algumas gotas de chuva, mas nada que precisasse de abrigo, pelo menos era o que achava.

Ele viu um carro passando pelo portão, ele esperou impaciente enquanto o carro parava ou longe, Clark descia do carro e ia tirar Ravena do banco de trás, quando ele viu a menina ele saiu correndo.

-Ravena. –Ele segurou a mão dela e a puxou –Vamos!

-Ei! Eu não ganho um abraço? –Clark abriu os braços e Damian o abraçou rapidamente –E um beijo? –Ravena beijou o tio. –Agora podem ir.

Os dois correram para o jardim atrás da casa, quando tiveram certeza que o Clark não podia vê-los Ravena perguntou.

-E agora gênio?

-Esperamos.

Era quase de noite quando Bruce entrou na sala para falar com Dick que assistia um filme.

-Viu seu irmão?

-Jaison tá lá em cima lendo, Tim tá na cozinha com Alfred. –Ele nem desviou a atenção da TV.

-E o Damian?

-Eu não o vi o dia todo, mas como a Ravena vai dormir ai eles devem estar brincando em algum lugar.

Bruce saiu da sala e foi para o escritório, havia algumas coisas da empresa para resolver. Depois de duas horas ele saiu da sala e foi para a cozinha.

-Alfred?

-Sim?

-Viu o Damian?

-Não senhor, nem a menina Ravena. Devem estar brincando em algum lugar.

-Mas eles já vieram comer algo?

-Creio que não, talvez a senhorita Kyle saiba.

Bruce andou pela casa até que finalmente encontrou Selina recolhendo a roupa suja do quarto do Tim.

-Viu o Damian e a Ravena? –Bruce já estava preocupado.

-Não.

-Merda!

-Bruce o que foi? –Selina soltou a camisa que segurava.

-Eu não vi ele o dia todo.

-Devem estar brincando.

-Já está tarde Selina. –Ele viu a morena olhando pela janela.

-Realmente está bem escuro.

-Eles normalmente brincam aqui dentro, ainda mais quando anoitece. E ainda não vieram comer nada. O terreno é enorme e se eles se machucaram ou se perderam e não sabem volta?

-Calma Bruce. –Selina se aproximou e segurou as mãos dele –Eles provavelmente estão se divertindo e não perceberam que está tarde.

-Eu vou procurar lá fora.

-Vou com você.

Os dois saíram e rondaram a casa procurando pelas crianças, mas não acharam ninguém.

-Vamos até a garagem ainda não olhamos lá. –Selina estava tentando manter a calma, pelo bem do Bruce.

Quando chegaram na garagem a luz estava acessa, havia vários carros e um grande espaço entre cada um.

-Damian? –Bruce chamou.

-Aqui pai.

-Graças a Deus.

Bruce caminhou até uma BMW preta e viu as duas crianças no banco de trás.

-Damian! –Já que seu filho estava bem Bruce não viu nenhum motivo para não chamar a atenção da criança –Faz ideia de como me deixou preocupado? E a Selina? Ficamos procurando por vocês o dia todo. –Ele viu os dois olharem pra ele –Ravena eu devia ligar para seu tio e contar tudo. Os dois devem ficar de castigo! Saiam agora do carro!

Como os dois não saíram Bruce perdeu a paciência.

-Damian eu não tó brincando!

-Bruce... –Selina se aproximou.

-Não Selina! Ele tem que aprender que não deve fazer isso. –Bruce voltou sua atenção para o carro – Saiam daí agora! Você está de castigo Damian.

A criança não saiu, Bruce abriu a porta do motorista e entrou.

-Saia ou eu tiro você!

-Bruce. –Selina sentou no banco do carona. –Está exagerando. São apenas crianças que perderam a noção do tempo.

-Selina por favor, não os defenda. Damian tem que saber que isso foi irresponsável da parte dele.

-Ele só estava brincando! –Sellina já perdeu a paciência.

-Ele nem deveria estar aqui! –Bruce olhou para o banco de trás –Aliás como entrou no ca... Uê cadê ele?

Damian e Ravena já não estavam no banco de trás, mais sim do lado de fora em frente ao carro. Eles olharam para frente e viram o menino apertar o botão que trancava o carro.

-O que...?! –Selina tentou abrir a porta –Trancada.

-DAMIAN! ABRA JÁ ESSE CARRO!

-Não! –O menino se aproximou da janela do pai –Vocês dois precisam se entender e vão ficar ai até se resolverem.

Damian pegou a mão da amiga e foi embora da garagem.

-FAZ ALGUMA COISA!

-COMO SE EU PUDESSE! VIU QUE ELE LEVOU A CHAVE! –Bruce gritou.

-EU VOU FICAR AQUI PRESA COM VOCÊ?

-NÃO PENSE QUE TAMBÊM QUERO ISSO!

-ALLLLLLLLLFRED!

-Para de berrar! Ninguém vai te ouvir.

-E seu celular?

-Está na casa.

-Ótimo nem pra isso serve.

-Dá um tempo! –Bruce jogou o banco pra trás até ficar deitado.

-O que tá fazendo?

-Esperando.

-Por...?

-Alfred logo vai descobrir que aconteceu algo e vai vir nos resgatar. Até lá vamos apenas esperar.

Selina apenas bufou ela fez o mesmo com o banco e virou o rosto para o lado oposto do dele.

Uma hora depois os dois ainda estavam da mesma forma.

-Minhas pernas estão doloridas. –Bruce tentou estica-las –Ele poderia ter nos trancado em um carro maior.

Bruce cutucou o braço da moça.

-Não vai falar nada?

-Dá pra fazer ligação direta nesse negócio?

-Não é igual aos filmes.

-Alfred não veio. Vamos ficar presos aqui para sempre.

-Logo vai vir.

-Você tá muito tranquilo. –Selina o acusou.

-Ficar nervoso não vai adiantar e além do mais quero guardar pra quando sair daqui e for gritar com o Damian.

-Aquela pestinha enganou nos dois direitinho. –Ela sorriu.

-Esse é o Damian pra você.

Após alguns momentos de silencio Selina resolveu perguntar.

-Porque tantos carros?

-Gosto deles e quanto mais rápido melhor.

-Hum.

-E você? Do que gosta?

Selina ficou um tempo em silencio antes de responder.

-Dançar. –Seus olhos estavam distantes e havia um sorriso doce no seu rosto –Eu me sinto livre, sinto que nada pode me atingir ou me machucar.

-Gostava de trabalhar na boate.

-Gostava do que fazia não do lugar. –Selina colocou o banco para frente.

-É um lugar barra pesada. –A morena não respondeu, Bruce fez o mesmo com o banco dele para poder olhar os olhos dela –Selina?

-Oswald é um homem muito ruim. Ele disse que se eu me tornasse sua amante podia ficar trabalhando, não aceitei é claro. Como se fosse deixar aquele homem repugnante me tocar. –Selina esperou que Bruce falasse algo, mas ele não fez –Pamela disse que se você soubesse que eu tinha sido amante do Oswald nunca me perdoaria.

-É mentira! –Bruce apertou o volante os nós dos dedos estavam brancos –Eu já desconfiava que ele tinha feito isso, desde primeiro dia que fui ao seu apartamento. Oswald é um criminoso nunca confiaria nele ao invés de você.

-Você é um homem bom.

Bruce ficou sem reação.

-Não.

-O que?

-Não sou um bom homem. –Bruce passou o braço sobre o ombro dela trazendo mais perto dele –Enquanto estava noivo de outra queria ter você. Imaginava você tremendo em meus braços, gemendo de prazer toda vez que estava com Pamela. Queria beijar seus lábios até que implorasse por ar. –Bruce aproximou seu rosto e sussurrou –Queria poder te fazer gritar meu nome de prazer até ficar rouca. –Ele deslizou a mão sobre a coxa dela fazendo sua saia subir. –Todos os dias que te vejo tenho vontade de te atirar na cama, deixa-la nua e faze-la minha de todas as formas possíveis.

Bruce deslizou um dedo por entra as pernas dela e começou a penetra-la.

-Hum... –Selina jogou a cabeça pra trás. –Ah!

-Quero ouvir esses sons saindo da sua boca todas as noites.

Bruce sentiu ela chegar ao clímax, Selina olhou para o homem sua cabeça estava girando ela colocou a mão no ombro dele. Bruce tirou a mão do meio da perna dela sua voz sussurrando no ouvido dela.

-Ainda acha que sou um bom homem? –Bruce mordeu seu pescoço.

-Senta direito!

Selina o empurrou para que suas costas encostasse

no banco, ela sentou no colo dele e começou a beijá-lo. Bruce levantou a camisa dela e passeio suas mãos pelas curvas até chegar nos seios aonde ele apertava e massageava. Selina ergueu os braços para que ele tirasse sua camisa, ele a jogou no banco de trás, tentou abrir o sutiã dela mas não conseguiu.

-Merda! –Ele o arrebentou e jogou no chão.

-Era meu preferido.

-Eu compro outro. –Bruce voltou a beijar o seio dela.

-Ah!

Selina sentia a protuberância dele por cima das calças, ela sentou mais em cima e escutou Bruce gemer.

-Está me provocando.

-Essa é a ideia. –Ela puxou a camisa dele. –Tira!

Bruce tirou a peça e jogou junto a dela. Eles se beijavam e se tocavam como nunca fizeram antes. Bruce fez com que ela ficasse com as costas contra o volante enquanto ele a beijava na região intima dela, Bruce a saboreava e Selina apenas agradecia pelo carro ser grande o suficiente para isso.

Selina quase atingiu o clímax quando o interrompeu. A morena não queria assim, queria senti-lo dentro dela explodindo de prazer juntos. Ela foi pra frente dele e sentou no seu colo de novo, Bruce sentia as mãos dela abrindo o zíper da calça, com ajuda ele conseguiu tirar as peças de roupa. Selina sentou sobre o membro dele e começou a se movimentar.

Bruce a abraçou com força e estocava no ritmo que ela mandava, Selina estava no comando e isso era maravilhoso. Quando ela ia devagar ele ia devagar, quando ela ia rápido ele ia rápido. Bruce a beijava, chupando sua língua sempre ouvindo os gemidos dela se confundindo com os seus. Essa mulher era sua perdição.

-Bruce!

Ouvir ela gritando seu nome o levou à loucura, eles estavam uma dança rápida e maravilhosa que a melodia era seus gemidos e seus nomes saindo a boca um do outro.

-Selina!

Os dois atingiram o êxtase juntos, Selina ficou em cima dele recuperando o folego, Bruce nem pensava em solta-la. Ele a abraçou bem forte ainda estavam conectados e seus corpos não queriam se soltar.

A respiração deles foi se acalmando e lentamente Selina voltou para o banco ao lado, ela colocou a primeira camisa que viu.

-Ficou bem em você. –A voz dele ainda estava carregada de prazer.

Ela reparou que era a dele.

-Obrigada. –Selina não reconhecia a própria voz.

Ela arrumou a saia enquanto Bruce fechava o zíper da calça, depois de alguns minutos de silencio Bruce ficou de costas pra ela e começou a chutar o vidro dele.

-O que tá fazendo?!

-Tirando a gente daqui!

Depois de três chutes sem resultado ele pegou o instintor de incêndio que tinha embaixo do banco e quebrou o vidro. Ele saiu pela janela com dificuldade e logo Selina fez o mesmo.

-Você é louco.

-O que?

-VOCÊ É LOUCO! –Selina gritou rindo.

Bruce riu e se afastou ele pegou uma chave e foi para

outro carro. Era um Porche preto, o homem parecia amar essa cor.

-Vem.

-Pra onde? –Bruce pegou a mão dela e a guio pra dentro do carro. –Bruce?

-Eu não vou deixar essa noite acabar assim. –Ele beijou os lábios dela com paixão, ligou o carro e saiu da garagem. –Vou te levar pra um motel. –Bruce terminou envergonhado –Quer ir?

Selina sorriu. Amava como esse homem podia ser cavaleiro e sexy ao mesmo tempo.

-Me sentiria ultrajada se não fossemos. –Ela mordeu o lóbulo da orelha dele de leve.

-Sua maluca. –Ele guio o carro pela noite.

Mais cedo naquela noite, Pamela esperava Oswald se decidir.

-É um bom negócio. –A ruiva estava impaciente. –Sai no lucro de várias formas.

-Eu quero ver aquela vadia sofrer...

-Então...?

-Temos um acordo.

Oswald e Pamela riram e brindaram com as taças cheias de vinho tinto.