Os lábios estavam quentes e muito úmidos. A suculência e inocência que ela exalava o deixava ainda mais louco, o excitando a cada instante mais. Naquele espaço apertado, os juízos pareciam ter fugido completamente e esqueceram-se de onde estavam, e principalmente, a situação que estavam. As mãos pequenas dela enfiaram-se em meio aos fios negros de Sasuke, enquanto sentia as mãos grandes e quentes dele apertando sua cintura e deslizando sem cuidado para a traseira. Hinata deseja ar, mas ao mesmo tempo ansiava morrer sufocada. Seu corpo todo começava a se incendiar como uma floresta seca que recebeu apenas uma mínima fagulha.
A língua tocava aveludada e sexy, molhava os lábios e a fazia sentir o gosto mentolado que ele tinha. O perfume de Sasuke era algo irresistível, um cheiro amadeirado oriental intenso que parecia fazer com que ela simplesmente buscasse o contato com a pele nua dele aspirando irremediavelmente mais. Contra os lábios dele, ela gemeu baixinho sentindo-os formigando e castigados pela intensidade daquele beijo. Tinha que admitir, Sasuke tinha mesmo um beijo de incendiar e molhar calcinhas. E pensando em sua calcinha naquele momento, ela apenas sentia aquela protuberância dura como pedra, sentindo o ego inflar-se um tanto por fazê-lo ficar de pau duro. Sem pensar muito na situação vulgar e comprometedora que estava, ela apenas começou a dar suaves reboladas ali. Por que? Porque ela não era de ferro e naquele instante sua boceta fervia, pulsava e gritava desesperadamente por alívio, e o que aliviava era a fricção.
— Sasu – gemeu baixinho contra os lábios dele, que sorriu ladino ao mesmo tempo que emitiu um grunhido louco e excitado. Seu membro começava a latejar dolorosamente sendo fodidamente comprimido em suas calças.
E o que aquela garota fazia? Rebolava em cima dele, aquilo era chutar cachorro morto e ele se mordia de vontade de literalmente tocar um foda-se nela.
Seu autocontrole tão precioso foi indo e dizendo adeus à medida que seus dedos desviaram em direção a calcinha dela que estremeceu. Os dedos dele logo sentiram entre as pernas dela toda aquela umidade, e aquilo funcionou como uma eletricidade ferrenha de excitação correndo seu corpo e acelerando ainda mais seu coração, bem como fazendo seu pênis dar um latejo desesperador. Não era um adolescente, longe disso, mas naquele momento estava mesmo pensando com a cabeça de baixo e essa gritava: fode ela, fode ela.
Oh, ele ia fazer alguma merda, tinha certeza absoluta. E fora pensando no tesão que aquela garota despertava em si, que ele com rudez afastou a calcinha dela levando a ponta dos dedos indicador e médio direto ao clitóris inchado e sensível a fazendo gemer mais alto, no entanto, abafado contra os lábios dele.
Hinata afastou-se buscando o ar desenfreadamente. Seu corpo era tomado pelo prazer e ela odiava Sasuke naquele momento. Suas unhas afundaram-se na pele dele, enquanto amaldiçoava-se ao aumentar o rebolado contra os dedos dele. Mordia os lábios com força e agora tinha os olhos profanos do Uchiha a encarando como um devorador de mundos, embora ela tinha certeza que a única coisa que ele parecia querer devorar era a si mesma. Ela então estremeceu sentindo aquele calor do inferno tomar seu corpo, incapaz de mandá-lo parar. Tudo aquilo a agitou, ela estava tremendo. Havia um misto insano em sua mente e veias.
—S-Sa-su... V-vão... Ver...
Mas surpreendeu-se com a resposta dele:
— Adrenalina, Hina... Parece que tudo é ainda mais intenso.
Ela mordeu o lábio, havia uma súplica desesperada, ela ia gozar e era inevitável, seu rosto estava vermelho como um tomate e sentia-se tão depravada por se permitir sentir aquilo daquela forma.
Ele a viu arfar cada vez mais rápido, bem como rebolava mais e mais e então aquilo veio e quem quis gemer foi ele com a mordida dela em seu ombro para conter a vontade de gritar e gemer alto, mas no segundo seguinte o barulho bem pertinho deles fizera os dois congelarem. Os corações acelerados demais, e realmente, a adrenalina corria veloz. Afinal, o maldito faxineiro havia acabado de pegar a lixeira que estava a alguns centímetros de onde estavam.
Os olhos encaravam-se em temor e ao mesmo tempo com o desejo insanamente querendo explodir enquanto o corpo dela ainda sentia os efeitos orgásticos.
—Ele ouviu – ela resmungou e ele ficou balançando a cabeça em negativa até que o barulho do aspirador acabou. Ouviram passos em direção a mesa e então podiam ver os pés do faxineiro bem ali, ele estava literalmente parado frente a mesa, muito provavelmente limpando.
Sasuke viu que Hinata estava apavorada, ele conseguia sentir o coração dela arrebentando no peito contra o seu e tirando os dedos de dentro da calcinha dela ele levou aos lábios os chupando e viu a careta dela que estava mortificada e ainda o acusando de ser pervertido.
Então o sujeito se afastou, e logo ouviram os passos se distanciando e a porta sendo fechada.
—Será que já foi? – murmurou ela.
—Vamos ver – ele a ajudou a sair empurrando a cadeira e logo depois ergueram-se um pouco apenas vendo que estavam novamente sozinhos.
—Deus, se eu sair dessa intacta eu nunca faço loucuras assim – ele ouviu Hinata resmungar e sorriu com aquilo.
—Deveria tomar cuidado com essas juras.
—Eu as cumpro! – disse ainda muito vermelha e irritada. - Bom... Tento.
Ele sorriu ladino e olhou a volta. De repente a ideia era perfeita, afinal, ele ainda estava com um tesão do caralho.
Sem hesitar, ele a puxou para si, tomando os lábios novamente, e embora tentasse resistir num segundo inicial, as pernas bambas de Hinata e as mãos envolvendo o pescoço dele a denunciou.
Afastaram-se buscando fôlego.
—Viu como é fácil quebrar? – disse ele e rapidamente a ergueu sentando-a sobre a mesa de Tobirama.
—Sasuke! – ela bradou mesmo baixo – não...
—Sim
—Você é lunático, completamente louco!
—Eu to com a porra do pau duro! – disse ele encaixando-se entre as pernas dela que sentiu contra o sexo o tesão dele. – não acha isso maldade, Hyuuga?
Ela mordeu o lábio. Se dissesse que não estava tentada, ela seria uma puta mentirosa, mas daí a fazer aquilo assim, na mesa do professor, no meio da faculdade, de porta destrancada e correndo riscos?
Sentiu os lábios dele em seu pescoço enquanto as mãos apalpavam seus seios sem cuidado instigando seus mamilos, e ela, em vez de repeli-lo, era safada ao ponto de abrir-se mais e gemer baixinho.
Xingou-se mentalmente novamente. Sasuke definitivamente era a pior das influências em sua vida. Queria dizer não, mas o contato dele em sua boceta fizera o oposto quando ela gemeu o nome dele.
—Vamos minha pequena donzela safada – ele sussurrou no ouvido dela com uma voz rouca e carregada de tesão.
Ela era de carne e osso, como dizer não?
—Quer me reivindicar? - murmurou ela com a voz tão doce, tão indecentemente ingênua e provocante. O pior? Ela fazia de propósito naquele momento e ele quis fode-la mesmo, pra valer, pra fazê-la gritar e urrar, embora não pudesse se dar a esse luxo ali.
Sem esperar o segundo convite. Ele tirou a camisinha da carteira e afastou a calcinha dela e metendo de uma vez enquanto tomava a boca já vermelha e inchada dela, o que fora uma sensata decisão diante do grito que ela daria. As coxas roliças envolveram completamente os quadris dele que levou as mãos a cintura dela apoiando e começando a afundar-se dentro dela com ânsia sendo engolido pela carne quente, molhada e macia. Sim, definitivamente ele urrava em desejo ao sentir seu pau sendo engolido todinho por aquela bocetinha tão pequena e apertada. Céus, ela o mataria de desejo e tesão.
As unhas dela passeavam em sua nuca e os dedos enroscaram em seus cabelos. Ele só queria fode-la mais, socava com força aumentando o som de choque dos sexos encaixados. A suculência quente da intimidade melada e excitada que o envolvia em um aperto cada vez mais forte o fazia querer rugir alto estocando fundo nela. As suas mãos certamente ficariam prensadas na pele dela. Sentiu o sopro da respiração quente dela em seu pescoço enquanto os lábios macios e gostosos beijavam sua pele.
Bem, era aquilo. Ela o tinha na palma das mãos. Ele simplesmente era um cara de um e oitenta e três, cativo de uma miúda de um e sessenta de olhinhos doce.
Os gemidinhos dela ao pé do seu ouvido funcionaram como um chamado. Como se fossem nada além de animais no cio naquele momento, e ele sentia apenas o aperto quente dela enquanto ele começava a latejar duro. Suas mãos desceram para a bunda dela e puxou forte contra si quando se enterrou a última vez deixando seus jatos de gozo fluírem. Seus olhos fechados fortes, seu maxilar travado contendo seu urro e o gemido intenso dela em seu ouvido lhe dizendo que ela também havia chegado ao ápice. Estavam ofegantes e tensos ao mesmo tempo. O rosto dela deslizou em contato com o queixo dele e logo as testas encontraram-se uma contra a outra, que se mantiveram de olhos fechados sentindo o coração desacelerar.
Ele abriu os lábios para falar algo, mas o dedo dela foi de encontro o impedindo, os olhos negros abriram-se e encarou os perolados.
—Foi a coisa mais... Insana que eu fiz na minha vida, Uchiha.
Ele sorriu ladino e então depositou um beijo na testa dela e saiu de dentro dela tirando assim a camisinha e descartando na lixeira.
—A primeira de muitas, princesa – disse ele a ajudando a descer da mesa. Olhou no relógio – pega as coisas e vamos embora. O almoço tá quase acabando.
Ela mais que depressa o fez, ajeitou-se precariamente e antes de saírem, abriram a porta conferindo se alguém o veria, então fugiram correndo como cúmplices de um crime extremamente errado e pervertido, mas completamente em sintonia. Quando chegaram a ao corredor que levava a saída leste para o estacionamento, eles pararam completamente ofegantes, ela corada, ele com um meio sorriso bobo sem perceber. Incrivelmente divertido naquele instante. Ele a olhou com os cabelos bagunçados, bochechas rosadas, lábios vermelhos intensos e inchados se dando conta de como ela era perfeita, em todos os sentidos, e em como ela era simplesmente capaz de despertar em um lado que ele mesmo aprisionava. Ela era sim sua chave.
Suas pupilas estavam dilatadas, seu coração a mil e seu corpo em êxtase. Em um impulso a empurrou contra a parede voltando a beija-la intensamente como se toda a vida do universo dependesse daquilo e sentiu-a o corresponder. Completamente entregues e envoltos na própria neblina de paixão que não notaram que eram observados por um par de olhos azuis que havia saído a pouco do banho pós treino com o time, e que agora se dirigia ao estacionamento por igual. E naquele momento, vendo-os ali, daquela forma, naquela intimidade quente, sim, porque conseguia sentir de longe, ele sentiu uma espécie de nó na garganta, e esse piorou quando os viu se afastando e o sorriso que havia nos lábios de Hinata, ou ainda mais ao ver o maldito Uchiha enlaçar a mão pequena dela a puxando para o estacionamento.
Finalmente engoliu, mas parecia ser arame farpado. Uma sensação ruim apossada em si e ele nem sabia bem o que, só que era dolorosa e irritante. Sorriu frustrado.
—Eu tenho que ir, vou me atrasar para o trabalho – disse ela.
—Eu te levo. – Ofereceu ao puxá-la em direção a sua moto, sentiu-a tensa, mas ela não negou.
Assim que pararam frente a moto, ele pegou o capacete a entregando, e ela mordeu o lábio o encarando. Ela tinha pensado em tanta coisa para falá-lo no dia anterior e depois aquela coisa que sentiu pela manhã e então... Lá estavam.
—Sasuke... – ela o chamou com um tom de voz baixo e manso natural dela e o viu a encarar.
—Fala.
Ele a viu desviar um pouco o olhar, estava claro que estava nervosa.
Esperou o tempo dela, mesmo que a vontade rugisse para berrar para ela falar logo.
— A gente... Isso... Que... Eu não quero... Criar expectativas e nem...
Ele entendeu completamente aquele ponto dela, meias palavras, para ele eram palavras inteiras. Ele deu um passo à frente e segurou o queixo dela a fazendo olhar.
—Hey. Pra que pressa, certo? Eu não vou a lugar algum, Hyuuga.
Ela desviou o olhar, sentiu o coração bater acelerado.
—E-eu não posso... Quer dizer, você é um cara todo... Tem tantas garotas e...
Ele gargalhou e ela arregalou os olhos o encarando.
—Vamos fazer o seguinte... A gente se envolve, se conhece, se permite. Sem cobranças, sem exigências, sem obrigações. E quando chegar a hora – ele usou a outra mão deslizando sobre o rosto dela e então aproximou-se dos lábios dela e beijou, mas diferente de antes, era calmo, envolvente, sexy. – A gente decide, certo?
Ela mordeu o lábio, sentia o rosto arder, deveria estar mesmo como um pimentão.
—Sasuke... Eu... Nunca estive numa situação assim, diferente do que possa parecer eu... Só...tive o...
—Uma das regras: sem exigências, eu aceito seu tempo. Sempre.
Ela sorriu sentindo o calor espalhando pelo corpo, mas não era um calor sexual, era ternura.
Hinata levou a mão ao rosto dele, que fechou os olhos um segundo apenas, e ela pensou: seria tão ruim se Sasuke tivesse sido o seu príncipe de cavalo e armadura a vida toda?
—Eu acho justo – ela murmurou sorrindo e ele abriu os olhos e a ajudou com o capacete, era uma pequena corrida até o apartamento dela e ele também tinha que trabalhar ainda.
(...)
Ela largou o mouse do computador que usava no trabalho e reclinou-se remexendo na cadeira. Os braços ergueram-se enquanto ela se espreguiçou aliviando aquela súbita dorzinha de má postura do trabalho sentada. As mãos pequenas pegaram a embalagem térmica do chocolate quente que ela ainda tomava, mas que agora não passava de um morninho, quando um loiro platinado entrou no seu campo de visão, completamente esbaforido e vermelho como um tomate – uma das características da qual ambos dividiam – e notoriamente trêmulo. Aquilo definitivamente a assustou, parecia que algo sério tinha acontecido e por isso ela esticou o pescoço além do seu cubículo e viu que todos mantinham-se concentrados e alheios ao chefe ali.
—Pelo bom Deus, Toneri. O que aconteceu? Foi assalto?
—Assalto? – ele deu uma gargalhada baixa e nervosa enquanto passava os dedos pelos cabelos. – Bom... Um atropelamento.
Os olhos dela arregalaram-se. E os lábios abriram. Ele para então corrigir seu exagero, acalmou-a:
—Eu só 'tô apavorado com algo que aconteceu. E-eu preciso falar.
Ela olhou para a pilha de documentos na mesinha e arqueou a sobrancelha para ele.
—Que se dane os papéis, Hyuuga, é uma crise minha! - Ela quis mesmo rir, mas pegou seu chocolate novamente e saiu atrás do chefe em direção ao terraço.
Assim que passaram pela porta de acesso, ele desatou a falar colocando para fora tudo e uma vez.
—Eu não acredito que tive mesmo coragem de fazer isso, eu só posso ser maluco, eu... Como posso olhar pra ela – ele agarrou os cabelos platinados, que constantemente estavam muito arrumados, e os puxou em puro nervosismo.
—Ou, ou, ou... Vamos devagar. O que tá acontecendo?
—E-eu chamei a Temari para sair. – Os olhos de Hinata arregalaram-se – quer dizer, ela tá lá, e 'tava linda e aí eu não resistir, uma praga dentro de mim falou: Você consegue, Toneri. E o pior? Eu dei ouvidos a mim mesmo! E quando dei por mim, eu estava no refeitório de frente pra ela igual um imbecil.
—Calma, chefinho. Respira bem devagar – ela o apoiou e ele fora tentando realmente conter a respiração – isso... Fica calmo, tá? Chamou ela para sair. É ótimo, tomou... Coragem, né? – ele assentiu e suspirou afastando-se dela e indo em direção ao parapeito do lugar.
—Eu deveria me atirar daqui! – exagerou e Hinata pensou em todo drama que ela costumeiramente fazia. Tenten, sentia tanta vontade de dar na sua cara quanto ela sentia naquele momento de fazer com Toneri?
—Não é pra tanto... Vamos, me diga. Você a chamou para sair e ela te deu um fora? Pelo seu estado, deve ter sido péssimo – ela se aproximou colocando a mão sobre o ombro dele em sinal de apoio e ele sorriu frustrado.
—Não foi bem assim – começou e então apoiou os dedos sobre o cenho os esfregando dando um longo e pesaroso suspiro – foi humilhante, claro, eu... Eu gaguejei muito e comecei a suar e me embananar com as palavras. Foi ridículo, me senti com cinco anos.
—E ela? – Hinata arqueou a sobrancelha enquanto o olhava de lado. Viu ele formando um biquinho nos lábios e ficar com aqueles olhos azuis claríssimos um tanto mais brilhante.
—Ela disse que eu parecia um filhotinho assustado, daqueles husky.
Hinata levou a mão à boca segurando o riso pra valer, pigarreou e falou:
—Jura?
—Juro, né?! – ele finalmente a encarou.
—E aí?
—E aí ela gargalhou do meu pânico, e eu dei graças a deus estarmos sozinhos ali porque se me humilhasse ninguém saberia, mas então me disse que minha sorte era ela "gostar" de filhotinhos fofos. Que raios isso quer dizer? – disse ele com as bochechas mais coradas ainda.
Os olhos de Hinata arregalaram-se tanto que ela achou que sairia da órbita.
—Ela... Gosta de filhotes...hm... Então meio que foi um sim ao seu convite, certo?
—Ela foi mais direta. Ela segurou minha gravata e eu realmente achei que ela me socaria, aí ela disse: "Eu gosto de um bom vinho branco e lagosta" e saiu, e o pior, o cheiro do perfume dela, por deus... Até o hálito dela no meu ouvido.
—Então... Foi algo bom, né? Poxa... É a Temari, quem diria que... Que ela gosta de cachorrinhos fofinhos – Hinata não aguentou e começou a gargalhar.
—Não tem graça, Hinata! E ainda fiquei mais patético, parecendo um garotinho assustado e de pau duro. E agora ainda preciso dar um ótimo encontro.
Hinata torcia-se de tanto gargalhar, abraçava a própria barriga.
—Chega! Tá piorando meu estado mental.
—Desculpa – ela limpou a lágrima no canto do olhar – olha... De repente ela será a futura senhora Otsutsuki, ou... Você ganha uma coleirinha escrito Sabaku'No – voltou a gargalhar o deixando bastante corado.
(...)
Ela flexionou o tronco o deitando todo para frente enquanto suas pernas estavam estendidas. Os dedos das mãos tocaram a ponta dos pés e então ela respirou profundamente enquanto continuava a conversa.
—Ele é um maldito cretino arrogante. – Reclamou novamente. Sakura havia contado para Ino o que ocorreu entre ela e Sasuke nos corredores, com riqueza de detalhes, com o óbvio: ela era a versão principal daquela história.
—Ai amiga... Tenso isso. Se acha que ele pode tá gostando da songa monga?
—Nunca! – quase urrou com tal possibilidade – é algum joguinho sádico dele, mas o que ele ainda não percebeu é que se fazer de difícil só me atiça mais. Ele vem de chicote e esquece que eu adoro a dor.
—Se não acha que... É um tiquinho assim exagerado? – disse Ino gesticulando enquanto ficava de quatro pronta para fazer outra posição de pilates.
—Claro que não! Eu sou perfeita, Ino, e não aceito nada menos que eu quero e mereço. Mas isso? Como dizem os tolos: "algo de errado, não está certo."
—Olha... Sendo bem sincera, e como sua amiga linda – ela riu mexendo no franjão e o jogando de lado – Você deveria mesmo só deixar rolar, sabe? Desencana do Uchiha, segui em frente. Olha só o Naruto. Ele é legal, parece burro o bastante para fazer tudo por você. Te ama, é popular.
—Burro igual uma porta – disse Sakura com tédio. – Me amar é o mínimo que ele faz de certo na droga de vida dele.
Ino suspirou.
—Então... Porque não deixar o Sasuke de lado, e aproveitar. Você e o Naruto ainda estão bem e... Se continuar assim pode... Perdê-lo, sei lá.
Sakura gargalhou avidamente.
—Aí porquinha, cada uma que você fala. – Sentou-se no tatame – Naruto nunca deixaria de me amar, nunca! Anos apaixonado... Eu faço assim – ela estalou os dedos – e ele vem. Tudo bem, eu admito que esteticamente a gente é bem bonito também. Ficamos lindos nas fotos e ele tem bastante carisma com as pessoas, a popularidade emocional dele favorece a minha. Não sei porque embora eu seja incrível, existe alguma resistência a minha imagem.
—Porque será? – resmungou Ino com desdém e baixinho
—Enfim, mas minha imagem com Sasuke é... Como posso definir? Eletrizante. Você mesmo tá vendo os burburinhos por trás das paredes. A popularidade dele que mal chegou está subindo frenética. Todo aquele ar arrogante e malvado dele contribui, sabe?
—Hm...
—E também tem a família dele, já te falei que...
—Countryclub... É... Falou.
—Isso mesmo. Se minha família é... Importante, precisa mesmo saber da dele.
—Conheceu a família dele?
—Eu me apresentei. Ele sempre foi insensível, se eu esperasse pelo convite dele nem passaria da porta da frente – resmungou Sakura. – A família dele tem contato com governadores, figuras poderosíssimas. As festas? Amiga, eu guardei uma leva de revistas com edições de festas que eles vão, quer dizer, meus futuros sogrinho e sogra. Sasuke detesta essas coisas.
—Uma lista enorme ele tem – ela falou com um tom de provocação e deboche.
—Humhum, por isso mesmo eu não abro mão do Uchiha, porque no final, desistir é papo de gente fracassada, e Sakura Haruno não é fracassada.
—Saky – suspirou pesadamente
—Quando eu jogo, é sempre para ganhar. Quer saber? A arte da guerra tá aí pra isso. Eu só preciso fazer ele vir até a mim, certo?
—É – Ino riu com escárnio — como pretende fazer isso exatamente?
Ela se emburrou.
—ainda não sei, mas vou pensar em algo. Eu guardo tudo sobre ele, sobre a gente. De repente eu acho algo. Aliás, eu preciso mesmo conseguir o endereço atual dele.
—Tarefa difícil
— Não se você for da secretaria da universidade, certo? – um sorriso travesso cortou os lábios dela.
—Saky, como assim?
—Chantagem, querida. Ela move o mundo. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Assim que ela finalizou aquela frase, seu celular começou a vibrar e tocar o que a fez fazer uma careta e esticar-se pegando o aparelho.
—Viu só? Me ama – disse virando a tela para Ino que viu o nome de Naruto piscando ali – igual um cachorrinho. – Ela deslizou o dedo no ecrã e atendeu – oi meu bebê lindo.
Uma troca de palavras e eles combinam de se encontrar mais tarde no apartamento do loiro.
—Odeio mesmo como ele é meloso e grudento. – disse jogando o celular na bolsinha novamente e voltando a se exercitar.
...
Assim que finalizou aquela chamada, o loiro enfiou o celular novamente no bolso do jeans que usava e voltou a pegar a caneca de cerveja à sua frente. Naquele finalzinho de tarde e início de noite ele estava em um dos barzinhos perto de casa junto de seu melhor amigo Shikamaru, enquanto bebiam algo e jogavam conversa fora, mas no fundo o motivo daquela conversa fora era o incômodo do Uzumaki em apenas falar com alguém algo que parecia apenas não deixá-lo quieto, por assim dizer. Acontece que ter visto o Uchiha e a Hyuuga bem mais cedo havia plantado alguma sementinha do mal da sua mente, uma inquietação que nem mesmo ele sabia que já estava plantada ali, no seu subconsciente.
—E pelo visto isso te incomoda, certo? – o Nara perguntou direto enquanto olhava as reações de amigo, o observado de soslaio.
—Não! Claro que não. Minha namorada é a Sakura. – Riu um pouco nervoso e encabulado com tal pergunta de Shikamaru.
—Que é um poço de amor. – Sugeriu com ironia fazendo o loiro dar um pequeno sorriso frustrado.
—Eu sei que não vai com a cara dela.
—E quem vai? Sinceramente... Isso é tão problemático. Sabe que a popularidade dela é ligada ao título dela a torcida, enfim, mas quem tem que gostar da garota é você, certo? Afinal quem vai fode-la é você; é a voz dela, o rosto... A... Personalidade – ele fez uma careta que não passou batida por Naruto que bufou.
Pensou alguns segundos antes de respondê-lo.
—Ela é quente –argumentou – na nossa cama? Uau... – ele virou a bebida em um só gole – quer dizer, olha só o corpo dela, e... Tem toda a flexibilidade por ser líder de torcida. Sakura não é só bonita, ela é... Muito gostosa, sempre foi.
Shikamaru quis gargalhar, mas conteve-se. Esse era o senhor trunfo do amigo para aquela relação? Pelo visto Naruto não fazia ideia do que realmente vinha a ser amor de verdade.
Decidido a ser um bom amigo, ele resolveu dar toques sutis.
—humhum... E os momentos de casal devem fazer valer. – Afirmou, mas com tal argumento dele, Naruto franziu o cenho ligeiramente e deixou um meio sorriso escapar dos lábios.
—Sakura gosta de coisas... Diferentes. Nossos programas de casal são...
—Controlados por ela? É... Eu sei e é um pé no saco.
—Nem é pra tanto – resmungou pedindo mais uma caneca de chopp.
Um pequeno sorriso formou-se nos lábios do Nara, que continuou a provocá-lo.
—Você curte futebol, ela não frequenta estádios, a menos que vá animar. Admita ela é um pé-no-saco. Nada do que você gosta ela topa fazer.
Sem ter um argumento realmente sólido, ele deu de ombros. Afinal, nunca tivera problemas com Sakura escolhendo os programas, era algo que ela sempre fizera desde quando eram adolescentes e até então, amigos.
—Tanto faz, ela não encheria o saco nesse caso. Quando eu quero fazer algo que eu gosto eu vou, ué.
—Mesmo sem a sua namorada?
—É Shikamaru, mesmo sem minha namorada.
O Nara pensou no quanto Naruto era o problemático, era tão idiota e cego por aquela garota, que absolutamente nada parecia faze-lo tirar a Haruno daquele pedestal.
Suspirou...
—Sabe... Eu não sou um cara de relacionamentos. Aliás, eu gosto de uma garota completamente problemática e nem ouso me manifestar, mas eu sempre achei que relacionamentos não deveriam ser um jogo, tipo um cabo de guerra.
—Mas o meu não é!
—Tem razão. Você é o capacho e ela pisa.
Com aquelas palavras do melhor amigo, Naruto riu sem humor.
—Tá enganado. – Afirmou, embora não houvesse realmente uma firmeza em sua voz, e sim uma pontada de melancolia - ela é difícil, mas ela sempre foi assim, é o jeito dela.
—Hm... -o Nara deu um sorrisinho – já que você gosta... Quem sou eu pra palpitar. Só não esqueça que você também é um cara legal.
(...)
O som tocava ao fundo no quarto enquanto o casal estendia o encontro daquela noite. Pulando as preliminares, após o jantar chinês que foi pedido por ela, os dois literalmente se devoravam na cama, mas embora tal expressão figurasse algo bom, não era de fato o que acontecia, talvez porque na verdade os dois, o Uzumaki e a Haruno, estavam na verdade com a cabeça voando longe o que tornou o instante mecânico e pragmático. Ela moveu-se novamente trocando a posição deles pela terceira vez.
Encararam-se ofegante, lábios inchados e ardidos, e as mãos dele foram de encontro aos seios dela, uma vez que a Haruno estava sentada encaixada em seu corpo. Naruto a viu fechar os olhos e deixar a cabeça pender ligeiramente para trás como se estivesse começando a sentir bem. Sem hesitar, o loiro avançou com a boca em direção aos seios pequenos dela os chupando com força, mas logo sentiu seus cabelos puxados com força e ouviu um grunhido vindo da rosada.
—Não tá funcionando assim! – bradou ela o jogando de encontro ao colchão novamente, ato que o fizera bufar irritado, estava, quase, faltava bem pouco para seu amigão ficar duro.
Frustrado, esfregou o rosto com raiva e movido pela brutalidade, virou seu corpo arrastando consigo Sakura a derrubando no colchão e ficando por cima. Naquele instante, ele emitiu um som parecido um rosnado e avançou aos lábios dela novamente enquanto ela abriu um tanto mais as pernas para recebê-lo em seu eixo.
Naruto, que tinha os olhos muito bem fechados, praguejava-se mentalmente naquele instante, porque já estava difícil a coisa toda, mas quando mais concentrava-se, mais a voz de Shikamaru voltava em sua mente, e junto com ela as malditas imagens do Uchiha engolindo aquela coisinha pequena da Hyuuga, mas se concentrar no ali, no seu sexo, na sua linda e gostosa namorada estava impossível naquela droga de noite. Parecia uma praga, isso sim!
E se para o Uzumaki estava difícil assim, para Sakura não estava nem um pouco menos. A mente trabalha em formas de conseguir o endereço de Sasuke, ou naquela coisa que ele achava que tinha com a Hyuuga maldita. A Haruno só rosnava em ódio se lembrando do Uchiha a mandando ficar longe, a negando... Santa senhora da raiva. E foi justamente naquela hora da raiva que suas unhas grandes se afundaram na carne das costas do namorado o arranhando como uma ariranha, ato que o fez gemer, mas de dor profunda.
Ele parou aquele beijo e se já não havia muito sinal de vida, essa morreu completamente.
—Cacete, vai me retalhar?
Os olhos esmeraldinos dela arregalaram-se e ela se deu conta do que fez e amaldiçoou ainda mais Hinata, era tudo culpa dela. Felizmente, agiu rápido e sem dar chance de Naruto fugir, ela transformou aquilo em um ato de tesão puro de si e não de ódio perverso, então segurou com brutalidade o rosto dele que realmente sentiu a mão pesada dela.
—Me beija, caralho. Não fala nada! – mandou completamente dominante.
Naruto se assustou com tamanha agressividade, não que não gostasse de algo mais selvagem, mas aquilo já era brutalidade o que era assustador vindo de uma garota. No entanto, depois daquele estopim, a agarração deles atingiu o novo patamar em que ele era bruto se igualando a ela e ela tentava ser ainda mais, e o resultado? Lábios mordidos de forma dolorida, mais rasgos de unha, chupões dolorosos, cabelos puxados, tapas trocados, mas o principal não chegava simplesmente porque naquele momento a droga da mente de Naruto focou na última coisa que ele poderia ao menos supor: Hinata.
Em como ela sempre era suave, macia, manhosa. Em como os seios eram volumosos e chocavam-se contra seu peito, de como ela gemia baixinho, mas então lembrou-se do sorriso e abertura dela mais cedo junto de Sasuke, dele praticamente a engolindo e só então Naruto percebeu que seu pau estava literalmente oscilando entre o duro e mole.
Deus... Aquilo não podia estar acontecendo. Era praga demais para um dia só. Depois de todas aquelas escoriações provocadas por Sakura em seu corpo, o mínimo que ele deseja era só gozar, e nem precisava ser lá essas coisas não. Estava quase choramingando preso no próprio desespero quando Sakura o empurrou de si com raiva. Ela entendeu muito bem que daquela moita não ia sair absolutamente nada. Ela bem que tentou pensar em Sasuke, bem no fundo do seu ser, mas não era igual. Deveria se contentar com o que tinha, mas não...
Ambos vermelhos, doloridos, e de egos feridos encararam o teto do quarto em silêncio, um gigante e constrangedor silêncio que foi quebrado por Sakura saindo abruptamente da cama e começando a juntar as suas roupas. Imediatamente, Naruto, virou-se e se sentou na cama.
—Pensei que ia dormir aqui?!
—Mudei de ideia. – Ela praticamente rosnou com ódio. Ele não sabia as razões pessoais dela, mas imaginava que a culpa era sua e por isso constrangeu-se ligeiramente.
—A gente pode... Tentar outra coisa e...
—Eu só quero tentar dormir e esquecer essa porra de fiasco. – Ela vestiu a blusinha e pegou o celular o enfiando no bolso da saia.
—Eu juro que... – Ele falou ao tentar se levantar, no entanto o olhar dela fora direto para o seu pênis que àquela altura estava tão sofrível e quietinho na dele, e tornou a olhar nos olhos azuis. Segurou a boca dele e aproximando-se de forma ameaçadora, disse:
—Isso é desculpa de brochas, sempre a mesma coisa. Deixa-me adivinhar, foi a primeira vez? – ela gargalhou com ódio e o soltou saindo batendo a porta com força.
Naruto deixou-se cair no colchão novamente e pegou travesseiro e o apertou contra a própria cara urrando de ódio.
Definitivamente só queria que o dia chegasse ao fim pra valer.
