As mãos dele praticamente fizeram um nó nos longos cabelos azulados quando puxou com força fazendo com que Hinata, que estava de quatro sobre a própria cama, empinasse ainda mais a traseira branca. Não satisfeito, ele inclinou-se mais, encobrindo o corpo pequeno dela colando o tórax rígido contra as costas úmidas de suor dela. Com um lento movimento lânguido, Sasuke fazia seu pau percorrer lentamente o interior apertado dela sendo engolido quase esganado. Quase rosnava como um animal completamente em êxtase do prazer sexual. A boca buscou a nuca dela que estava nua ao seu dispor. Chupava de forma intensa ao mesmo tempo que beijava a pele branquinha da garota. Deliciava-se inegavelmente enquanto afundava-se mais e mais se perdendo nos gemidos cada vez mais altos de Hinata. Aproximou os lábios do ouvido dela sussurrando coisas sujas, mas tão excitantes, que fazia-a sentir-se mais depravada do que nunca enquanto sua boceta contraia-se apertando-o mais.
—Porra, Hinata... Gostosa do caralho! – empurrou com força e certa brutalidade. Socava-se dentro dela rogando a Deus sua sanidade.
—Ohh Sa-su...
A mão soltou as mechas longas e agarrou com força o seio esquerdo amassando-o e puxando o bico do seio enquanto as estocadas aumentaram o ritmo. Os suspiros e gemidos tornaram-se mais constantes. O sutiã meia taça não passava de uma cinta na cintura enquanto a calcinha fio dental encontrava-se arrastada para o lado apenas. Nada planejando, não mesmo. Um sexo de certo modo desleixado, da qual a única coisa que imperava em ambos era a vontade crua de aplacar a excitação do momento, nem ele saberia como começou, só não queria parar de forma alguma. Para Sasuke, as peças ainda agarradas ao corpo leitoso dela davam uma visão perfeita de perversão, uma excitação que crescia quando a ideia de quem fazia algo muito, muito errado surgia.
Ainda ajoelhado sobre o colchão, ele deixou as mãos deslizarem pelas laterais do corpo macio o apertado até chegar naqueles dois montes perfeitos e cheios. Muita, muita carne a disposição e ele era um maldito carnívoro faminto que carecia se alimentar dela. Agarrou ali apertando com força ao deixar suas mãos gravadas nela e viu Hinata estremecer. Um sorriso sacana brotou nos lábios masculinos ao deixar que uma das mãos deslizasse para o clitóris dela começando a acariciá-lo. As mãos de Hinata agarraram-se com força nos lençóis enquanto ela baixou completamente o tronco ficando ainda mais arrebitada para o Uchiha.
—Puta merda! – rosnou mais, deixando-se ser engolido rapidamente pelo núcleo que pulsava quente como o inferno. Era muito poder ter aquela bunda voltada para si daquela forma, aliás, era muito poder ter Hinata toda entregue daquele jeito. Um maldito tesão que tinha naquela mulher miúda que o virava a cabeça.
Os gemidos dela era como gasolina aumentando perigosamente o seu fogo, poderia mordê-la, marca-la, chupa-la... Céus, poderia ficar trancado a merda de uma semana inteira com aquela miúda e ainda não seria o bastante.
—S-Sa-su-ke...
—O que? Hm?
As respirações ofegantes deixavam as palavras arrastadas, ele viu ela virando o rosto um pouco lateralmente enquanto aqueles lábios deliciosos entre abriram-se expressando súplicas por prazer, e para deixar mais delicioso ainda tal momento que fazia sua pele reagir a ela, ela suplicava a ele aquilo, ele era o responsável pelo prazer dela, o prazer carnal.
Impeliu-se lento, o quadril balançava bem devagar sentindo seu pau deslizando para fora e voltando forte para dentro enquanto seus dedos tocavam mais rápido. Na verdade, aquilo era algo mais para ele, porque ele buscava mesmo segurar-se para não gozar, estava quase. Hinata estava tão melada, tão apertada. Seus dedos lambuzavam-se na excitação dela e aquilo fazia seu membro latejar ainda mais.
—E-eu... Preciso... Eu quero mais...
Impulsionou-se forte de uma vez, arrancando um grito dela que apertou com força os lençóis.
—Assim, hm? Quer ser fodida com força, Hina? – a rouquidão excitada da voz vibrava por todo o corpo dela. Cada um dos seus sentidos implorava por prazer e êxtase. Hinata estava tão perdida naquilo nem mesmo lembrou-se de onde estava, o que acontecia ao seu redor e principalmente, suas malditas regras de boa convivência.
—Sa-su... Mete com força – suplicou manhosa e baixinho fazendo com que o moreno saísse quase todo e voltasse com força fazendo os corpos chocarem-se forte.
—Ahhhh cacete! – ela praguejou sem se dar conta.
—Pede, caralho! – o tom de voz dele mudou, a postura tornara-se mais agressiva e urgente tal como ela. O Uchiha puxou completamente o corpo de Hinata para si os colando ainda de joelhos na cama. Os lábios encostaram-se contra a orelha dela enquanto a envolvia possessivamente – pede, o que você quer? Quero ouvir!
Tornou a estoca-la com força enquanto Hinata fechava os olhos com força, deixando-se abrir-se completamente naquela posição. Os braços envolveram o pescoço do Uchiha, deixando-se ser completamente levada pelo prazer do toque dos dedos dele em si enquanto a fodia daquele modo. Tudo aquilo somava-se em seu corpo, sua mente, suas reações. Seu coração estava acelerado demais, sua respiração rápida e intensa. Seus músculos tensos, imploravam pelo gozo, pelo prazer e esse estava sob domínio dele. Era fato, estava completamente à mercê de Sasuke e aquilo inacreditavelmente a excitava mais. A voz rouca dele, o domínio da força e selvageria... Céus! Queria. Não, precisava! O calor alojava-se rápido demais em seu ventre, sua boceta escorria e ela sabia, precisava... Suplicaria...
Devassa!
—Fala, porra! – a voz imperou dominadora, excitada, carregada de desejo, tesão e rude. Se ela pudesse olhar nos olhos negros, esses mostrariam como trasbordavam luxuria naquele momento. O tecido da calcinha estava ensopado e tudo caminhava para a total colisão.
—Me fode, Uchiha! – bradou alto, olhos fechados, coração acelerado e desejo insano – Me fode com força, caralho!
Um sorriso mais do que profano e malicioso se fizeram nos lábios dele que sentiu aquele desejo dela vibrar por todo o seu corpo e parar no seu pau e ele enterrou-se com violência nela.
—Seu desejo é uma ordem, princesa! – falou passando a meter sem dó naquela boceta pra lá de encharcada e quente. Agarrados, os corpos quase fundiam-se colados. Os seios fartos dela chacoalharam-se forte enquanto os gritos e gemidos tomavam conta não apenas do quarto, mas de todo o andar até que finalmente atingiu o ponto máximo dos acordes daquela noite. Sasuke deixou o queixo apoiar-se no ombro de Hinata enquanto fechou os olhos com força e amassou com força o corpo miúdo contra o seu, guturalmente expeliu um gemido intenso quando seus jatos de porra fluíram acompanhados do orgasmo dela.
Satisfação não cabia ali.
Tenten, que estava na sala, inicialmente usou o fone, depois percebeu que era preciso de um bom volume, em uma dessas passagens ela ouviu todos aqueles gritos e gemidos e abanou-se. Levantou tomando um copo de água e praguejando.
—Nossa senhora das calcinhas molhadas e oprimidas, que esse cara deve fazer um estrago! – balançou a cabeça quando ouviu mais um grito de Hinata acompanhado de um palavrão – minha nossa! Olha, quer saber? Eu sempre achei idiota essa regra de nada de trepadas com uma das meninas aqui – ela apertou as coxas bebendo mais agua – mas ouvindo agora? Tem toda razão, vamos brigar amanhã porque agora eu quero sentar num pau tão grande pra me descadeirar e gritar desse jeito! – disse pegando o celular do bolso e abrindo seu whatsapp logo no seu mais completo e satisfatório pau amigo: Neji Hyuuga.
O corpo pequeno aconchegou-se sobre o de Sasuke afundando o rosto ali. A mão dele fora de encontro aos cabelos lisos e finos acariciando-os à medida que as respirações se acalmavam lentamente e a fervura dos corpos passava após descartar o preservativo usado. De mãos cheias, ele fora de encontro a bunda dela apertando com força e fazendo bater contra o seu peito e revelar aquele rosto angelicalmente rubro.
—Meu deus que vergonha! – resmungou baixinho sentando-se timidamente sobre o quadril dele que ganhara uma ótima visão dos seios nus dela outra vez. – Tem noção que eu quebrei minhas próprias regras? – viu-o arquear a sobrancelha enquanto um meio sorriso cínico formou-se nos lábios – sim, Uchiha, regras. A primeira delas, nada de caras aqui quando a outra está!
—Problemas sérios, medidas urgentes – usou um tom ligeiramente de provocação.
—Cínico! – torceu os lábios ao tornar a ajeitar o sutiã. Ele deveria admitir como aquelas peças preta e roxa se destacavam lindamente na pele branca que agora ganharam alguns roxinhos e vermelhos para acompanhar. – Eu gritei parecendo... Uma...
—Eu contribuí com isso com imensa satisfação – puxo-a para si novamente a acolhendo no seu peito. – Você fala demais. Aposto que a Mitsashi nem liga pra isso. Pessoas normais transam Hinata, ou vai me dizer que...
Ela encolheu-se.
—Não gosto da ideia de estar em um momento tão... Íntimo e... Alguém ouvindo... – sussurrou timidamente encolhendo-se mais ainda nele que a apertou. Os lábios aproximaram-se do ouvido dela:
—Deveria se sentir orgulhosa, sem dúvidas deve ter feito inveja a alguém.
—Você é um sem vergonha pervertido, Sasuke Uchiha!
—Shii, para de falar besteiras. – Ela ficou mais vermelha, mas agora era com uma zanga crescente que foi quebrada por algo inesperado vindo dele.
—Sabe, você é tão gostosa e estava tão bem, que ao invés de uma simples foto de insta, poderíamos fazer um pornô.
Ela ergueu o troco.
—Tá brincando comigo, né?
Ele gargalhou. Não conseguiu resistir aquilo.
—Claro que eu tô! – puxou-a novamente para si – o pornô seria exclusivo para mim.
—Sasuke! – ralhou roxa de vergonha, mas dessa vez ele não a soltou.
—Ei, escuta, sua barulhenta. – Chamou-a vendo ela fazer um bico, agora sim zangada. Afinal, desde quando ela era barulhenta? Bem, isso durou segundos até a ficha dela cair o porque de barulhenta. Era uma referência aos seus gritos e gemidos de pouco antes e isso a fizera ter ainda mais vergonha. Era tudo culpa dele. Ela não era assim! – Tenho um convite pra fazer.
Ela olhou um tanto desconfiada. Se ele usasse a palavra filme e pornô na mesma frase, ela o mataria.
—Então... Esse final de semana vai ter o jogo dos Saint's e os Rock's lá em Kumo – sentiu que ela se tencionou um pouco, mas ficou ainda em silêncio. – O imbecil do meu irmão e os amigos... Bem, vão pra lá.
Ela esboçou um pequeno sorriso do qual ele não conseguia ver, não era feliz, ou triste. Era quase inexpressivo. Na sua cabeça ela já desenhava o cenário, ele ia dizer: eu vou com eles então teremos que desmarcar nosso programa. Ok, estava tudo bem, afinal... Não eram tão importantes assim. Não tinham promessas, ou acordos ou... Uma relação nem nada do tipo, e mesmo que tivessem, ela não seria uma chata controladora que cobra tudo. Nunca fora, nem mesmo com Naruto que adorava tais jogos. No entanto, havia uma pequena pontadinha dolorosa em seu peito. A mesma pontada de quando sentia coisas ao lado do Uchiha. Uma... Saudade antecipada? Talvez um apego maior do que achava que teria? Bem, era fácil e ao mesmo tempo complexo seu estado. Hinata se apaixonara por Naruto ainda adolescente e formou nele uma imagem de perfeição irreal, algo que ela projetou e realmente tinha que concordar com Naruto que a disse isso. Tinha de aprender a aceitar que as pessoas eram imperfeitas, ela era imperfeita, mas o caso era, quebrar aquela imagem do Uzumaki em si era um processo. Sinceramente? Sentia uma mágoa imensa dele da qual no momento não estava pronta para libertá-la, mas tinha certeza que realmente seria uma pessoa melhor e realmente seria completamente plena de seguir em frente quando libertasse de tal sentimento. Era como o padre falava em sermões, sentimentos ruins e negativos eram como pesos, como grilhões para quem os conservava. Quanto ao Uchiha? Bem, Sasuke era uma imensa surpresa inesperada na sua vida. Como aqueles filhotes de gatinhos abandonados em sua porta. Você não conseguia simplesmente deixá-lo lá. Não era algo ruim, ou como se ele fosse um sentimento jogado, não, longe disso. Fora um sentimento que entrou inesperadamente, mas que, ponto a ponto estava sendo plantado ali. Ele estava lentamente alimentando suas inseguranças, as nutrindo positivamente e as tornando confiança. Ele a fazia sentir coisas por si mesma que ela nunca sentira, e tinha uma inacreditável e carrancuda companhia agradável. Sasuke era um ogro com coração. Um que ela... Lentamente se via envolvida e emaranhada. Bom, como ela pensava, um presente inesperado, e quando chegasse o momento de seguir em frente, seria maravilhoso que fosse com ele e era por isso que ela sentia aquelas coisas com a frase dita por ele. Sim, Hinata estava emocionalmente se comprometendo com ele, e sim, estava mais apegada a presença dele do que assumiria.
—Geralmente... Bem, nem toda garota gostas dessas coisas, mas... – ele hesitou, estava nervoso – cacete – respirou – eles têm convites, a banda idiota vai tocar e temos ingressos para o jogo. E-eu... Meio que... Sabe... Se... Quiser, mas se não quiser...
Ela sorriu francamente, levantou a cabeça e o encarou vendo-o ligeiramente constrangido. Era impressionante, Sasuke não se constrangia em ser um puta pervertido e falar aquelas obscenidades, mas constrangia-se em ser... Fofo?! Ela quase gargalhou, seu coração estava quente, estava eufórico tal como se fosse uma garotinha vivenciando as nuances de um primeiro amor.
—Tá me convidando pra... Ir no jogo?
Ele torceu um bico e olhou para o outro lado e então voltou a encará-la. Confiança, essa era a chave do negócio. Ele era péssimo com aquela coisa de flerte, romances, encontros. Aliás, ele não era um cara de gestos, muito menos grandiosos. Seus relacionamentos começaram numa cama e terminaram nela. Quase sempre frio e impassível. Bom, Hinata bagunçava suas emoções e sua racionalidade, quase sempre.
—É Hyuuga, tô te convidando pra um jogo de baseball. E tem mais.
—Estou ouvindo – ela sorriu de repente.
—Ótimo – ele colocou as mechas do cabelo dela por trás da orelha – é um final de semana em Kumo, vamos ficar na casa do padrinho de um dos caras, o Yahiko, lembra dele, né? – ela consentiu – teremos jogo, o show deles em um Pub lá e... Vamos de van!
Ele observou os olhos lunares iluminarem-se de forma tão expressiva e linda.
—Um jogo, Sasu?
—Bom, se achar ruim, não tem problema, a gente...
—Um jogo com cachorro-quente e refri na arquibancada e tudo?
Ele esboçou um pequeno sorriso. Sim, ela voltou exatamente aquele espirito de menina apaixonante.
—é... E talvez cara pintadas.
—Luvas enormes?
—Não exagera – resmungou enquanto ela agarrou jogando-se novamente nos braços dele.
—Eu quero! Eu... Nossa, fazem anos que eu não vou a um jogo. Meu pai costumava levar a gente antes da mamãe... Morrer. – Mordeu o lábio – era divertido, mas depois... Perdeu um pouco o significado.
—N-não foi minha intenção...
—Vai ser incrível! Divertido... – olhou-o e beijou os lábios masculinos lentamente. – Uau... Isso é... Nostálgico, eu tô exagerando? – ele negou com a cabeça vendo o brilho dela irradiando-se.
Levaram aquela conversa algum tempo a dentro até que sem se dar conta, ela estava sonolenta no seu peito. Linda com aqueles cabelos bagunçados e fora assim que ele alcançou o celular ao lado e clicou os dois.
—Tô horrível! – murmurou muito sonolenta.
—Tá perfeita! – ele sussurrou de volta, mas ao invés de postar a tal foto, ele a colocou de fundo de tela para si. Aproveitando-se então dos corpos intimamente enlaçados em que as pernas dela e as suas estavam enlaçadas, ele tirou a foto e essa sim fora postada não apenas no perfil dela, mas no dele. Uma postagem gêmea que diria a qualquer um: para bom entendedor, meia palavra bastava. Nesse caso, uma foto.
—Dorme comigo... Já tá tão tarde – a voz de Hinata não passava de um suave ronronado e sem esperar o segundo convite, ele puxou os cobertores e beijou o topo da cabeça dela.
—Boa noite, barulhenta.
—Boa noite, cínico pervertido.
(...)
Ele praguejou mentalmente outra vez aquilo, nem era para tanto assim, não é? Já havia "superado" aquela porcaria de foto, ou melhor, engolido. Então o que de tão especial havia em tantos murmurinhos por ali? O loiro avistou os amigos sentados em uma das muretas de contenção do jardim e se aproximou. Ainda era cedo e logo teria que ir para a sala, socializar-se antes das aulas era algo corriqueiro e quando ele se aproximou sentando-se notou novamente a conversinha e os celulares na mão. Já bastava o quanto o Uzumaki encontrava-se descontente. Estava frustrado, treinando para o próximo jogo como um puto, tinha as matérias para dar conta que, sem a ajuda de Hinata, tornaram-se simplesmente... Incompreensíveis em alguns níveis. E como se isso não fosse o bastante, desde a véspera não conseguia falar com Sakura que simplesmente o ignorava de todas as formas possíveis o fazer se sentir culpado por algo que nem ao menos se lembrava. Seu momento de sossego e alívio era ao lado dos colegas, então qualquer quebra disso era certamente mais uma pra lista do infernal.
—O que foi agora? – resmungou para Shikamaru que tirava o cigarro dos lábios naquele momento, dispersando a fumaça.
—Nada em especial. Bom, nada que te interesse.
—Mimimi, aposto – abriu uma embalagem de pastilhas tirando uma e jogando na boca – todo dia isso. Eu tô tão fodido.
—Trabalho? – arqueou a sobrancelha.
—Aquela porcaria de projeto embrião. Meu parceiro é um merda e pra piorar não saímos dos esboços. Sabe o que é isso? Culpa dela.
—Dela?
—é, da Hinata. Sério. Sempre fizemos uma ótima dupla, mas não. Ela precisava ficar toda...
—Ressentida?
—Coisa chata, né? E aquele papo que ela tinha de empatia e gentileza. De ajudar o próximo? A gente terminou? Sim, claro. Mas poderia prevalecer a amizade pelos velhos tempos. Sabe o problema? Ela é... Tão... Cheia de expectativas de tudo. Ela esperava demais.
—Bom... Talvez esperasse mesmo. Afinal, foram o que? Dois, quase três anos de relacionamento. – Opinou o Nara sentindo um formigamento incômodo diante do pouco caso do loiro.
—É... Mas é como no colégio certo? A gente não cria expectativas. Não é como se... A gente fosse casar ou algo do tipo.
—Eu enquadraria em algo do tipo. – Naruto gargalhou.
—Não... Quer dizer, eu nunca alimentei essa ideia.
—Não... – suspirou e então olhou as horas – viu a Ino?
—Não... E agora que falou, nem a Sakura. Porcaria!
—Aconteceu algo com vocês?
—A gente? Não. A gente tá ótimo. Melhor impossível. Vai ter um jantar na sexta com meus pais, sabe, para conhecê-la. Só que desde ontem ela não me atende. Talvez tenha acontecido algo de trabalho, sei lá. Ela se atrasou. Eu vou tentar ligar novamente pra ela mais tarde.
—Hm... Certo. Bom, quanto a Hinata, acredito que a frase há males que vem para o bem se aplique perfeitamente a ela nesse momento.
—Por que exatamente? – Naruto mexeu nos cabelos enquanto deixou um sorriso formar-se nos lábios em um tom de zombaria.
— Não é nada, só uma velha frase de superação. Bom, de qualquer forma ela parece estar... Muito bem acompanhada. – Virou a tela do celular com a foto da qual os olhos azuis fitaram alguns segundos antes de abrir um sorriso meio arrogante.
—Que bom para ela, é disso que eu to falando, seguir em frente e conservar amizade. Quer saber? Hinata era como todas garotas. Uma fachada.
—Então que bom que a antiga fachada se foi, o público parece curtir demais a nova – levantou-se e tocou no braço do amigo – ainda tá de pé o jogo na sua casa no sábado?
—é né... Não vou perder o jogo dos Saint's contra os Rock's é clássico.
Assim que o amigo se afastou, ele pegou o celular tentando novamente falar com Sakura, ao menos dessa vez ganhou uma resposta, mesmo que esse fosse um emoji bem... Nojento?
Suspirou passando a mão pelos fios loiros novamente. Aquela foto da garota no perfil só poderia ser sacanagem. Quer dizer? Pouco importava o que estava acontecendo ou não. Talvez Shikamaru tivesse razão, ela o estava superando.
Superando... Muito, muito rápido.
Rápido...
O cenho franziu à medida que o gosto amargo subia à garganta. Intragável e repugnante. Sua maldita mente traiçoeira colocou uma dupla imagem comparativa a si, uma na qual Sakura encontrava-se de roupas íntimas e na outra a merda da foto de Hinata no Instagram. Resultado? Bem, era melhor visitar a Haruno após as aulas, ou quem sabe... Presentear a namorada com algo mais, provocante, quem sabe assim apagaria o reflexo do princípio de ereção que o pensamento na Hyuuga o causou naquele momento. Era carnal, era isso. Ele era homem, e como homem, precisava concordar, mesmo que não ousasse pronunciar em voz alta isso, mas Hinata era uma puta de uma gostosa do caralho e deus... Ele precisava mesmo pensar em outra coisa!
...
Quando ele tomou aquela decisão de vê-la pessoalmente, não pensou que pudesse em parte se arrepender drasticamente. Naruto encarava Sakura que tinha uma expressão no mínimo definida como medonha. A garota tinha uma tala tipo trava no nariz e a região como um todo estava arroxeada, os olhos inchados e vermelhos e o humor de uma víbora faminta.
—O que... – ele começou e ela negou.
—Não fala do meu nariz! – ralhou entredentes.
—Mas tá parecendo uma Beringela! – apontou o óbvio. Claro que estava absolutamente chocado, afinal, sua gata e sexy namorada estava... Bem, tão linda quanto a fiona. Tudo bem, não era só uma questão de... Aparência. Afinal, havia coisas da qual Sakura ganhara sua atenção. Coisas que naquele momento ele esforçava-se para lembrar piamente, lá no começo o porquê de ser completamente louco por ela.
O fato era que, quem amava não via defeitos, certo? E Sakura seria sempre a sua garota perfeita, aquela garota que desde que colocara seus olhos pela primeira ele encantou, ela havia roubado seu coração, no entanto, diante de tal constatação óbvia, Naruto ouviu os próprios pensamentos ecoando com a conversa com Shikamaru: Ela é tão cheia de expectativas... Ou ele mesmo acusando você projeta demais.
Bom, seria a Haruno puro reflexo de suas projeções? Ouvia ela ao fundo xingá-lo, espernear, chorar mergulhada em algo do qual ele deveria compartilhar, certo? Afinal, era a garota dos seus sonhos e ela estava horrenda e machucada, precisava de você.
—Como diabos isso aconteceu? Foi no treino? – ele fizera uma careta maior do que planejou e a viu levantar-se assustadora e isso o fez arregalar os olhos azuis e encolher-se mais contra o sofá. Era uma piada, ele era um cara muito maior que ela, muito mais forte em estrutura física, mas parecia uma garotinha acuada.
—O que foi? – ela tentou secar as lágrimas do rosto – qual parte de que foi a gorila da tua maldita ex você não entendeu?
O cenho dele franziu muito. Deus, estava pra lá de chocado.
—Seu imbecil, aquela... Ogra dos infernos fez isso!
—A-A... Tá me dizendo que a... Hinata Hyuuga fez isso em você?
—O QUE? Não acredita? Aliás, ela, aquela irmã peçonhenta dela. Tudo é o mesmo sangue ralé nojento. São reflexos. Duas selvagens que não só me pegaram de guarda baixa como foram... Muito, muito baixas. A coitada da Ino? Esse era o seu tipinho de garota?
Naruto sorriu nasalado.
—Acho que não estamos falando da mesma pessoa. Hinata odeia violência, ela... É incapaz de bater em alguém, ainda mais sem motivo.
—Você é o motivo! – mentiu descaradamente o fazendo arregalar os olhos. De repente o coração acelerou-se mesmo que nem mesmo ele entendesse a razão. O ego inflou-se um tanto e seria mentiroso se dissesse que tal informação aguçava algo em si.
—E-eu? – tentou não sorrir, quando no fundo sentiu muita vontade de o fazê-lo. Claro, fazia todo sentido! Hinata gostava dele, tudo aquilo era para ter a atenção do loiro, sempre soube. Tudo doce que ela fazia, e o Uchiha? Realmente era um planinho imbecil.
—Claro! Ela não aceitou perder você – dissimulada e manipuladora ela apontou sentando-se ao lado do namorado – aquela... Garota infernal, ela disse com todas as letras que não aceitava a gente junto. Ela tem inveja, muito. Hinata é mesquinha e frívola e agora? Duas caras, dá pra ver! Ela não passa de uma... Interesseira nojenta querendo roubar você de mim.
O loiro sorriu mais.
—Ninguém vai me roubar de você. Eu amo você, gatinha – abraçou a rosada e a beijou levemente os lábios e essa gemeu fingidamente o afastando de si.
—Meu nariz, docinho. Viu só? Ela é um perigo. Eu vou fazer algo quanto a isso, não vou deixar assim.
—O que pretende fazer?
—Não sei, mas vou pensar em algo, é claro. E você vai me ajudar, certo? Vai cuidar da sua linda namorada.
Ele ficou inexpressivo por um instante pensando na profundidade daquilo. Valeria a pena? Talvez mais adiante ele descobriria que não.
—Claro. Eu faço qualquer coisa por você, sabe disso, né?
—Viu? Por isso eu amo você! – sorriu doce.
