Espero que estejam curtindo essa fanfic. Deixe seus comentários, é sempre importante.
Capítulo 11
"Ei... Você quer mais bife?".
"Não eu já comi dois bifes enormes".
"Quer um pouco de vinho? Cerveja?".
House franziu a testa. "Desembucha".
"O quê?" Cuddy se fez de desentendida.
"Você está me dando comida, me dando bebida e muito atenciosa, há alguma coisa...".
"Eu não posso apenas ser legal?".
"Não assim. Eu te conheço".
"Ok. Eu sei que provavelmente você não vai gostar".
"Cuddy...".
"Eu tenho uma viagem anual que faço junto com alguns amigos e...".
"Você quer que eu fique com Rachel? Acho que já passamos dessa fase. Eu e Rachel somos melhores amigos agora".
"Não. Rachel ficará com Julia".
"Então?".
"Você vem comigo".
Ele riu.
"É sério".
"O quê? Eu irei com você para Oregon?".
"Como você sabe que é Oregon?".
"É onde você sempre vai anualmente para encontrar alguns amigos estúpidos".
"Como você sabe disso?".
"Eu me lembro. Você fez isso algumas vezes ao longo dos anos".
"Sabe... Você consegue ser um namorado muito atencioso de uma maneira esquisita as vezes".
"Eu presto atenção a você".
"Mesmo antes de termos qualquer relacionamento amoroso, isso é esquisito".
"Não me enrole... Eu não vou pra Oregon".
"Portland. House, por favor. Eu pagarei pela passagem".
"O problema não é dinheiro".
"Eu sempre estou sozinha lá".
"Você teve namorados...".
"Mas eu não levei nenhum deles lá. Eles não eram bons o suficiente".
"E você acha que eu sou?".
"Você é".
House arregalou os olhos.
"Você é meu noivo. Eu quero te mostrar pra eles. Eu quero ir com você".
"Quem vai estar lá?".
Amigas do ensino médio com seus respectivos. Carl e Donna. Kevin e Jodi.
"Você os vê uma vez por ano e considera isso uma amizade?".
"Nós nós falamos também. Mas é um coleguismo que eu gostaria de manter. Vá comigo, por favor!".
"Você vai me compensar?".
"E quando eu não te compenso?".
"Quero dizer... Você fará valer a pena?".
"Eu sempre faço valer a pena, você sabe disso...". Ela disse maliciosa.
"Oh droga! Por que eu estou cogitando ir com você?".
"Por que você me ama?". Cuddy perguntou esperançosa. "Por favor!".
"Eu sinceramente espero que esses amigos não sejam insuportáveis".
"Eu te amo!". Ela se jogou nos braços dele.
O fato é que dias depois eles estavam desembarcando em Portland. Depois eles pegaram um táxi e chegaram a uma cabana no lago. Cuddy só queria um final de semana diferente, longe de tudo, inclusive do pensamento perturbador sobre o feto que se desenvolvia em seu ventre.
"Eu pensei que seria algo mais... Urbano".
"Essa casa é de Carl e é muito tranquila. Você vai amar".
House não tinha muita certeza disso.
"Agora tenha paciência com eles, você será o homem da vez. Todos estão curiosos para te conhecer, pois Lisa Cuddy sempre estava sozinha, quem é o homem que ela escolheu? A expectativa é alta". Cuddy disse dando um tapinha na coxa dele.
"Que ótimo!". House respondeu sarcástico. "Bom que você esperou estarmos aqui pra me dizer isso".
"Oh, tudo tem a hora certa. Vamos!".
House pegou sua mochila e a mala de Cuddy e seguiu para a porta. Nesse momento Carl apareceu.
"Oh, eu não sabia que você era aleijado, cara Me deixe segurar isso".
Cuddy arregalou os olhos esperando pelo pior. House engoliu seco.
"Não. Está tudo bem. Eu não sou um inútil".
Começou bem. Cuddy pensou.
"Eu eu sou Donna. E eu sou Jodi". As mulheres correram para vê-lo.
"Esse é Greg House". Cuddy apresentou.
"Você é praticamente um unicórnio aqui". Donna explicou.
House olhou para Cuddy que corou.
"Não exagerem". Ela disse.
"Como não exagerar? Anos e anos e Lisa nunca trouxe um namorado aqui".
"Noivo". Lisa disse mostrando a aliança em seu dedo.
"Oh meu Deus! Mais inacreditável ainda". Donna falou e as duas mulheres foram abraça-la.
Kevin apareceu e o cumprimentou. "Quer uma cerveja?".
"Por favor!".
"É preciso pra aguentar essas mulheres". Ele disse divertido.
House sorriu. Aquele parecia ser um cara legal.
Eles foram levados para o quarto e deixaram suas coisas lá.
"Desculpe House. Carl é inconveniente as vezes".
"Ele tem razão. Eu sou um aleijado".
"Não".
"Cuddy, você pode não me ver assim, mas ele sim. Ele não me conhece a minha perna é parte de mim".
Cuddy o abraçou.
"Ei, eu não preciso de compaixão".
"Não é compaixão. Eu te amo".
"Oh Deus... Acho que a viagem me fez mal".
Cuddy correu vomitar.
"Você não comeu nada depois do café da manhã".
"Não fale em café". Ela voltou para o banheiro.
"Você está bem?". Ele perguntou preocupado.
"Sim. Vamos!".
House respirou fundo e foi.
"Greg, me fale um pouco sobre você". Era Donna.
"Ele é médico, chefe do departamento de Diagnóstico. Ele trabalha no meu hospital".
"Lisa deixe o homem falar". Donna disse divertida.
Ela corou.
"Como é foder a chefa?". Carl perguntou.
Cuddy corou ainda mais.
"Carl!". Donna chamou a atenção dele
"Cuddy já resumiu tudo". House falou encarando Carl. "Eu sou médico, nos conhecemos em Michigan e trabalhamos juntos atualmente. Ela é a reitora do hospital e faz jus ao cargo que tem. Eu sou funcionário lá dentro, em casa nos somos namorados".
"Noivos". Cuddy o corrigiu.
"Isso".
"Oh, eu acho isso fofo. Vocês se conheceram há anos e só ficaram juntos agora. Parece conto de fadas". Josi disse.
"Tecnicamente nós ficamos meio que juntos antes...". House falou.
"Lisa é uma chefa gostosa, convenhamos cara". Carl disse dando um tapa no ombro de House.
"Ei, deixe o cara em paz. Que tal outra cerveja?". Kevin falou.
House gostou daquele sujeito.
Eles tiveram um alívio, mas House notou que Carl olhava pra Cuddy a todo momento e que as mulheres olhavam pra ele o avaliando.
"Ei... Que tal sairmos pra pescar? Só os homens?". Carl propôs.
"Eu não estou muito no clima de pescar". House falou. Ele realmente não queria passar um tempo em um barco com esse tal de Carl.
"Não sei... Vai chover". Kevin disse.
"Vocês vão ficar aqui como dois gays? Eu vou".
House olhou pra Kevin que falou: "Ele tem que ser o macho mais macho da cabana, não ligue pra ele".
House sorriu. Os dois ficaram conversando enquanto Carl foi sozinho.
"Ele parece ser inteligente e ele é alto ..." Donna falou pra Cuddy. "É verdade o que dizem sobre a altura ter relação com o pênis?".
Jodi riu.
"Olha eu achava que isso era mito porque eu tive um namorado alto que não correspondia. Mas no caso de House...". Elas riram.
"Oh meu Deus Lisa. Você é muito sortuda". Jodi falou.
"Vocês se casarão quando?".
"Não definimos ainda. Mas não será nenhum evento grandioso, será algo mais íntimo".
"Oh você tem que me convidar!". Donna disse.
"Vamos ver ...".
"Sem pressão". Jodi caçoou da amiga.
House e Kevin se deram bem desde o início. Eles resolveram jogar cartas e assim passaram o tempo. Kevin não fazia perguntas, House não queria falar, era perfeito.
"Ei, olhem o que eu trouxe". Carl falou com um enorme peixe nas mãos.
"Oh meu Deus que peixe enorme!". Donna correu até ele.
"Sim. Eu sozinho pesquei".
House queria vomitar, esse cara era insuportável.
"Ok, vamos assar". Ele disse.
Cuddy olhou pra House que fez uma cara de vômito. Ela riu e se aproximou dele. Cuddy sentou-se no colo dele e falou em sua orelha. "Ele não é ruim, só é chato quando tenta se exibir. E você está causando um desconforto pra ele. Ele precisa mostrar que é macho".
"Ele está irritado que sou eu com você e não ele".
"Não fale bobagem, ele é casado com Donna".
"Mas tem uma enorme queda por você".
"Não, isso não é verdade".
"Oh é...".
"Eles se conhecem desde o ensino médio".
"Grande coisa...".
Eles foram interrompidos pelos outros e Cuddy ajudou no preparo do peixe.
No jantar House não quis comer.
"Eu não sou fã de peixe".
Na verdade ele não queria comer o peixe que o idiota do Carl tinha pescado.
"É uma pena, porque ele está delicioso". Carl falou.
Ele contou em detalhes como foi a captura do grande peixe e House só queria sumir de lá.
Mais tarde eles foram para o quarto e Cuddy se trocou e deitou-se na cama.
"Apesar de Carl eu gostei do dia de hoje".
"Eu vou gostar mais da noite". Ele falou a abraçando.
"House você sabe que temos que ficar muito quietos, não sabe?".
"Isso não é um problema pra mim. Já pra você...".
"Ok, eu vou me controlar".
"Será?".
House já começou a beija-lo no pescoço e a arrancar a roupa dela. Cuddy tentou nem gemer, mas estava falhando miseravelmente.
O maior problema foi quando ele chegou as partes femininas dela. Cuddy gritou. House riu entre as pernas dela e continuou. Ele era um bastardo que sabia exatamente o que fazer e como fazer. Alguns minutos depois e gemidos em excesso ela gozou alto.
"Eu acho que não é segredo pra ninguém que eu te faço gozar". Ele falou bem humorado.
"Filho da puta!". Ela respondeu divertida indo pra cima dele.
Fizeram sexo, com direito a cabeceira de cama batendo na parede e a gemidos de prazer.
No dia seguinte era óbvio que eles foram ouvidos.
"Bom dia". Donna falou. "Espero que tenham dormindo bem depois da orquestra sinfônica".
Todos riram.
"Se você considerar que eles terminaram perto da uma hora da manhã e agora é nove horas, eles tiveram uma quantidade razoável de sono". Jodi entrou na brincadeira.
Carl estava emburrado.
Cuddy corou, mas depois resolveu entrar na onda e relaxar, afinal, era óbvio que ela e House tinham feito sexo e muito bom sexo. Quem poderia negar? E quem poderia se envergonhar disso?
Antes de sair o telefone da cabana tocou e House atendeu, era um tal de James Dohn.
"Diga a Carl que temos mais peixes frescos como aquele que ele comprou ontem".
House sorriu. "Claro que eu direi a ele. Obrigado".
Minutos depois, o grupo iria caminhar até uma cachoeira.
"Se você não puder ir eu entendo". Carl disse para House.
"Cara, se eu posso foder minha noiva tão bem eu posso caminhar alguns metros".
Cuddy arregalou os olhos, ela não esperava por isso.
"Ele está certo Carl". Donna o puxou de lá.
"House...".
"Ele é um babaca que está com ciúme e inveja".
"Deixa ele pra lá". Ela pegou na mão dele e foram andando devagar.
Quando chegaram na cachoeira eles se divertiram.
"Posso dizer uma coisa pra vocês?". Kevin se aproximou de House e Cuddy.
"Sim".
"Carl é um idiota, mas ele tem uma queda por você desde o ensino médio, Lisa".
"O quê?".
"Eu fico impressionado em como você é cega as vezes mulher". House falou balançando a cabeça.
"Vir e te ver solteira de algum modo alimentava o ego dele, mas agora... Ele está tendo dificuldades em lidar com isso. De repente você apareceu noiva e feliz".
"Então ele terá que lidar com isso". Cuddy informou.
"Ah… Carl". House o chamou em alto e bom som para todos ouvirem. O homem estava se exibindo na cachoeira. "Um tal de James ligou dizendo que há mais peixes grandes e frescos onde você comprou aquele ontem".
Todos olharam pra Carl. "Ué, você não pescou aquele peixe?". Donna perguntou.
"Claro que sim, isso é um mal entendido".
"Aparentemente Carl se deu ao trabalho de ir até uma peixaria na cidade para comprar o maior peixe disponível, desculpe Carl, se eu soubesse de todo o esforço que havia feito eu teria ao menos provado o peixe ontem". House disse sarcástico.
Cuddy e Kevin riram. Carl fechou a cara.
"Ano passado você não trouxe Lucas?". House perguntou para a noiva quando ficaram sozinhos.
"Ano passado eu não vim".
"Por que?".
"Eu não queria vir".
"Você estava com vergonha de apresentar Lucas?". House perguntou rindo sarcástico.
"Eles não entenderiam".
"E eu que não sou nenhum pouco convencional".
"Eu te amo e você será o meu marido".
"É sério que eu sou o primeiro que você trouxe?".
"Seríssimo". Ela disse o beijando.
"O amor dos dois é tão bonito, não é?". Donna perguntou para Carl.
"Não sei, é muito forçado".
"Forçado? Pois eu acho tão natural. Eu nunca vi Lisa tão feliz e ele deve ser uma coisa na cama a julgar pelo que ouvimos ontem...".
"Ei pare de falar da vida alheia". Carl saiu nervoso.
House e Cuddy passaram o resto do dia juntos e ao final da tarde foram para o aeroporto.
"Você quer voltar pra isso ano que vem?". House perguntou.
"Não sei...".
Ele ficou quieto.
"Ok, eu não quero voltar. Eu acho que algumas coisas mudaram na minha vida. Isso não faz mais sentido pra mim".
"Bom".
Ela sorriu. Realmente as coisas haviam mudado pra ela. E era só o começo.
Na noite seguinte House e Cuddy estavam assistindo a uma série de televisão após transarem. De repente ouvem batidas na porta.
"Coloque a calça!". Cuddy orienta enquanto se levanta e coloca a sua roupa.
"Oi baby, algum problema?".
"Eu não consigo dormir".
"Você tem alguma dor?".
"Não. Posso ficar na sua cama?".
Ela olha pra House que permanece vidrado na televisão que ele insistiu para Cuddy instalar no quarto.
"Venha, deite até você dormir, depois nós te levaremos pra sua cama".
"Obrigada mamãe". Ela pulou na cama.
Na série dois adolescentes começam a falar coisas impróprias e uma cena de sexo oral teve início.
"House, desligue isso já!". Cuddy falou chocada.
Ele mudou de canal rapidamente.
Ela olhou feio pra ele.
"Eu não sabia que os adolescentes estavam tão depravados atualmente".
Ela continuou olhando feio enquanto se cobria com o edredom.
"Mentira. Eu sabia!".
"Papai, você é engraçado".
"Por quê?".
"Porque você é!".
"Que bom pra mim". House disse e Cuddy riu.
Eles ficaram assim na cama, como uma família. Até às duas da manhã, quando House levou Rachel até a cama dela e voltou para dormir.
Na manhã seguinte Cuddy acordou e vomitou, depois voltou para se vestir.
"Não é normal uma virose durar tanto". Ele falou.
Cuddy gelou. "Já estou melhorando".
"Isso é provado, sobretudo pelo fato de que você acabou de vomitar".
"Não foi nada. Foi mais refluxo".
Ele precisava fazer algo a respeito e não passaria daquele dia.
"Como está a situação?".
"Qual situação?". Cuddy perguntou.
"A situação no seu abdômen". Wilson respondeu tentando parecer sutil.
"Está aqui".
"Sim, mas... Você falou com House?".
"Não ainda".
"Por quê?".
"Porque eu não sei. Eu tenho medo".
"House vai reagir bem".
"Como você pode ter certeza disso?".
"Ele tem tentado...".
"E se não for o suficiente? E se eu pressionar demais e ele fugir? E se ele voltar às drogas?".
"Ei, você está pensando demais".
"Eu penso o tempo todo!".
"Acalme-se, esse stress não é bom para o bebê".
Ela respirou fundo.
"Você fará ultrassom?".
"Sim, mas não já. Daqui a uma semana. Então eu quero vê-lo primeiro pra garantir que está tudo certo, depois eu falo para House".
Wilson não sabia como aguentaria segurar o segredo até lá.
"Cuddy está estranha". House invadiu o consultório do amigo.
"Eu poderia ter um paciente aqui".
"Eu não sei o que fazer". House o ignorou e sentou-se.
"O que ela tem?".
"Eu acho que ela está grávida".
Wilson arregalou os olhos. "Você disse isso pra ela?".
"Claro que não!".
"Por que não?".
"Porque você não diz simplesmente para a sua namorada que acha que ela está grávida".
"Noiva". Wilson o corrigiu.
"Não muda esse fato".
"House... Converse com ela".
"E dizer o quê?".
"Diga o que você me disse".
House riu.
"O quê?".
"Você não conhece Cuddy...".
"O que tem?".
"Ela toma pílulas".
"As pílulas falham".
"Ou eu posso ter feito algo...".
"O que você fez House?".
"Eu?", ele se arrependeu do rompante de confissão. "Eu a enchi com meus meninos férteis. Repetidamente".
"Ok, eu não quero saber disso".
"O que eu farei se ela estiver grávida?".
"Será um pai? Na verdade você já é um pai, Cuddy me falou que você se saiu muito bem na festa do dia dos pais".
"A professora de Rachel deu em cima de mim".
"Sério?".
"Sim".
"Ela é bonita?".
"Não Wilson, eu não vou te apresentar a ela".
"Eu não ia pedir isso...".
"Eu preciso descobrir se Cuddy está grávida".
"Você não precisa fazer nenhuma bobagem. Converse com ela".
"É mais fácil descobrir por mim mesmo".
"House, vocês irão se casar. Precisam começar a conversar sobre as coisas".
"Eu posso colocar um plástico no vaso sanitário...".
"House não!".
"Se ela estiver grávida, será minha culpa".
"Tecnicamente vocês dois serão os responsáveis. E a empresa farmacológica que produz os anticoncepcionais".
House sabia que era culpa dele e só dele, mas era melhor manter isso pra si, para sempre.
"E o que eu faria? Uma gravidez. Um bebê... Você me conhece, você me imagina com um bebê?".
"Sim, você sempre se saiu muito bem com bebês e crianças".
"Você imagina o desastre de Gregory House criar e educar uma criança?".
"Cuddy te ajudará".
"Ela vai perceber que eu sou uma escolha insana e me dará um pé na bunda. Pra sempre!".
"Eu tenho certeza de que vocês ficarão bem".
House franziu a testa e olhou atentamente para ele. "Você sabe de algo!".
"Eu? Não!". Wilson corou.
"Fale Wilson!".
"Eu não sei de nada".
"Ela te falou, não foi?".
"Não, você está louco".
"Wilson fale agora!".
"É o seguinte...". De repente Wilson levantou-se e saiu correndo para longe de sua sala. Ele desapareceu.
House balançou a cabeça. "Ela está grávida".
"Pode falar?".
"O que foi Wilson?".
"House está desconfiado".
"O quê?".
"Ele está desconfiado que você estivesse grávida e que eu estou escondendo esse fato".
"Como ele soube?".
"Ele é House".
Cuddy respirou fundo.
"Acho que vocês precisam conversar".
Cuddy continuou pensativa.
"Você não está feliz com esse bebê?".
"CLARO QUE SIM, WILSON!". Ela falou mais alto do que pretendia. "Mas... Eu não sei se vai durar... Eu já tive outras experiências frustradas e eu não posso repetir. Não posso perdê-lo". Cuddy colocou a mão sobre o abdômen de maneira protetiva.
"Cuddy, contar para House não fará com que você perca esse bebê...".
"Mas vai tornar isso real".
"Mas a sua gestação é real".
"Não até... Eu não sei o que fazer Wilson". Uma lágrima escorreu dos olhos dela.
"Pois você deve contar para House e decidirem juntos. Ele é o pai. Ele tem direito de saber!".
"Eu sei. Eu vou!".
"Ótimo!".
Cuddy falaria com ele aquela noite, ela havia decidido. Mas antes disso House invadiu sua sala.
"Quando você vai me dizer?".
"House... eu...".
"Cuddy, quando você vai me dizer que está grávida?".
Ela respirou fundo e levantou-se da cadeira indo em direção a ele.
"Eu soube recentemente".
"Não tão recente já que Wilson sabia. Eu devo me preocupar com a paternidade?".
"CLARO QUE NÃO!".
"Porque o pai é o último a saber...".
"Desculpe. Eu estou assustada...".
"Você fez o teste?".
"Sim".
"Você está bem?".
"Enjoo, sonolência, indisposição...".
"E toda a coisa da virose. Eu sei".
"No inicio eu realmente pensei que era uma virose. Eu não sei como isso foi acontecer, eu não pulei nenhuma pílula".
House tentou disfarçar. "Pílulas falham".
"Você está bem com isso?".
"É provado em laboratório, pílulas tem eficácia, mas ainda assim existe o risco de 0,3% se você tomar corretamente".
"Não... Eu quero dizer, você está bem com essa gestação?".
Ele respirou fundo. "Se você quiser manter eu...".
"Se eu quiser manter? Eu nunca abortaria".
"Ok, está ok".
"Isso se o meu corpo permitir que esse bebê fique...". Lágrimas começaram a escorrer pelo rosto dela.
"Você não se sente bem?".
"Não é isso, eu só... Eu já tive um aborto antes e dificuldade para engravidar".
"Você teve um aborto antes?".
"Sim".
"E você nunca me disse nada?".
"Eu passei por todo aquele horror sozinha, eu era sozinha. Não vi o ponto em compartilhar a minha falha e frustração com ninguém". Ela chorava mais e House a abraçou. Cuddy chorou com o rosto encostado no peito dele. "Eu tenho medo de que aconteça novamente".
"Não vai acontecer".
"Como você sabe disso?".
"Eu sei".
E House sentiu-se extremamente culpado e preocupado. Se algo acontecesse com Cuddy ele jamais se perdoaria.
"Vamos fazer um ultrassom".
"Não, eu... Não apareceria quase nada, é recente".
"Como você sabe a data de concepção".
"Eu não sei".
"Vamos... Eu farei".
"Não! Teria que ser um ultrassom transvaginal".
"Tudo bem".
"Não!".
"Cuddy, não é como se eu nunca tivesse visto a sua hoo hoo".
"Não assim... Como médico".
"Vamos Cuddy, isso não vai tirar o meu tesão em você".
"Eu não quero!".
"Então arrume alguma médica que faça isso agora".
"Elas estão ocupadas".
"Você é a reitora desse hospital, pelo amor de Deus!".
"E eu não quero ter privilégios".
"Aceite isso: o mundo é injusto. Agora ligue pra alguém e peça pra vir imediatamente aqui".
"Não, House".
"Ok, eu farei isso".
"House, eu não estou grávida de seis semanas ainda, não conseguiremos ver nada até lá".
"Então vamos fazer um exame de sangue completo. Eu estou pedindo".
"Ok". Ela concordou para fazê-lo parar.
"E vitaminas. Você está tomando vitaminas?".
"Dra. Sara me receitou alguns".
"Quais?".
Ela foi até a mesa e pegou os frascos entregando pra ele, pois Cuddy sabia que não adiantaria contestar.
"Ótimo". Ele disse saindo sem dizer nada. Depois ele voltou com uma seringa e tubos de coleta de sangue.
"O que você está fazendo?".
"Coletando o seu sangue para exames".
"Você não precisa fazer isso. Temos médicos".
"Cuddy, eu farei de qualquer maneira, então relaxe e torne isso mais fácil".
Ele a preparou e começou a coletar o sangue.
"Você vai drenar todo o meu sangue assim". Ela reclamou quanto ele enchia o oitavo tubo.
"Você não é um recém-nascido".
"Você pretende fazer todos os exames do mundo?".
"Nem todos. Próstata por exemplo, você não precisa desse".
Cuddy esperava que House surtasse e sumisse quando soubesse sobre a gravidez, que ele a culpasse, que ele ficasse obcecado em descobrir como ela engravidou tomando pílulas, que ele fosse até o laboratório farmacológico e fizesse o inferno, tudo o que ela não esperava era por isso. House paranoico com a saúde e bem estar dela e do feto.
"Pronto!".
"Dez tubos?".
"Se precisar de mais eu venho pegar".
"House, sem paranoia!".
"Paranoia? É você quem acha que vai perder esse feto. Eu vou provar que meu esperma é diferenciado".
Ela sorriu.
"Agora se alimente!".
"Eu vou".
"É bom mesmo...".
E ele saiu a deixando completamente surpresa.
"House esteve aqui?". Wilson invadiu o escritório dela meia hora depois.
"Eu preciso trabalhar!". Ela respondeu frustrada, pois a todo o momento alguém invadia o seu escritório.
"Desculpe se eu me preocupo com você". Wilson respondeu magoado.
"Já chega House se preocupando comigo".
"O que houve?".
"House já sabia sobre a gravidez".
"Oh Deus! Ele surtou?".
"Sim, mas não como você imagina".
"O que isso quer dizer?". Wilson perguntou confuso.
"Ele está paranoico com relação ao meu bem estar".
"Wow! Isso é bom, não é?".
"Sinceramente? Não sei. Ele tirou dez tubos de sangue para exame".
Wilson riu.
"Ele queria me fazer um ultrassom transvaginal".
"Você fez?".
"Não! Ele é meu noivo e não meu médico. No mais, eu ainda não estou nem perto de seis semanas".
"Você tem certeza?".
"Sim. Eu devo estar no máximo com quatro semanas gestacionais".
Wilson ficou pensativo fazendo as contas da data da concepção.
"Wilson, se me dá licença, eu preciso trabalhar".
"Ok, claro".
Cuddy estava almoçando quando foi interrompida por House. Não era habitual que eles almoçassem juntos no hospital, mesmo depois de serem um casal. House geralmente almoçava com Wilson e Cuddy almoçava muito depois do horário, na maioria das vezes sozinha ou com alguém da alta administração.
"Ei".
"Ai que susto!". Cuddy quase engasgou com a comida.
"Desculpe, eu não queria te assustar".
"Tudo bem".
"Você está mesmo bem?".
"Sim, House. Eu não vou ter um... aborto por conta disso". Cuddy falou a palavra com a voz sussurrante.
"Você está comendo só isso?".
"Você veio checar a minha alimentação?".
"Ainda bem que eu fiz isso, hein?".
"House, isso é o que sempre como".
"Exato! Você precisa comer melhor agora".
Ele nem ouviu o que ela tinha a dizer e se levantou. Ele pegou macarrão, pães e um bife e trouxe para a mesa. "Coma!".
Ela o olhou em choque. "Eu não vou comer isso, e não preciso que você seja o meu nutricionista também".
"Cuddy, você não pode se alimentar como um passarinho enquanto você tem um feto dentro de si".
Ela respirou fundo e pegou um pouco do macarrão e um pão. "Satisfeito?".
"Não! Você tem que comer proteína".
"Eu peguei esse tofu".
"Isso não é proteína".
"Eu sou vegetariana".
"Então teremos um problema".
"Eu vou agendar uma consulta com a minha nutróloga".
"Hoje?".
"Não. Em breve".
Ele a olhou desconfiado.
Cuddy pegou o telefone e fez uma ligação. "Oi Lena, poderia marcar um horário pra mim? Amanhã? Ótimo". Então ela desligou. "Satisfeito?".
"Não. Mas é melhor que nada. Pensei agora em começar a almoçar com você diariamente".
"E Wilson?".
"Ele pode vir junto".
"Você sabe que eu não tenho horário para o almoço".
"Pois é, algumas coisas precisam mudar".
Cuddy mordeu o lábio. Era fofo o cuidado e preocupação dele, mas ao mesmo tempo era irritante e doentio.
"Ok, amanhã almoçaremos juntos".
"Quer que eu vá com você?".
"Aonde?".
"Falar com o nutrólogo amanhã?".
"Não precisa".
House olhou pra ela chocado.
"Você irá para o ultrassom comigo, não precisa ir ao nutrólogo".
"Mas eu faço questão".
"Tudo bem. Será amanhã as oito, acorde cedo". Ela disse se levantando.
"Ei... E quanto a sobremesa?". Ele a chamou.
"Eu tenho uma reunião agora".
"Você não pode se sobrecarregar com reuniões e trabalho além do horário agora".
"Ok, House". Ela cortou o assunto, pois ele começou a falar alto e, tudo o que ela não queria, era que sua gravidez virasse um assunto de conhecimento geral. Não ainda.
Às seis horas House apareceu na sala dela.
"Estou ocupada". Ela avisou enquanto fazia uma ligação.
Ele entrou e sentou-se no sofá.
"Sim Dr. Simon, nós precisamos garantir que esse valor seja disponibilizado até o terceiro quarter".
House continuava a encarando.
"Eu não consigo realizar as manutenções necessárias. Não, eu não tenho Capex aprovado para novas aquisições, eu preciso manter essa despesa como Opex".
House bufou impaciente.
"Só espero que sigamos o combinado. Eu me comprometi com base nisso. O hospital sofrerá sanções caso o senhor não cumpra a sua parte no acordo". E ela finalizou. "Eu espero por uma resposta amanhã, espero que o senhor cumpra a sua palavra".
Ela desligou e respirou fundo. "O que você faz aqui?".
"Seis horas, você deve ir embora".
"Tenho algumas coisas pendentes".
"Não Cuddy, você tem que descansar. Vamos!".
"House, eu não estou brincando aqui".
"Nem eu".
Cuddy respirou fundo. "House, não me entenda mal, mas eu não vou aguentar essa perseguição durante nove meses".
"Então haja como uma mulher responsável".
"Olha quem fala...". Ela riu irritada.
"A partir de amanhã você virá para o hospital comigo e voltará comigo, eu dirigirei".
"Desde quando eu estou doente?".
"É apenas por precaução".
"Eu estou bem House, eu sou independente".
"Foi você mesma quem disse que passou por aborto anterior e que não quer passar por isso novamente".
"Pensei que não havia esse risco já que você me presenteou com o seu super esperma".
"Cuddy, qual o problema de você trabalhar das oito às cinco?".
"Não dá tempo de fazer tudo o que eu preciso fazer".
"Você terá que adaptar. Contratar alguém pra te ajudar. Tantos inúteis nesse hospital, mande alguns embora e contrate alguém pra te ajudar".
"Não é assim simples".
"É simples, mas você não quer abrir mão".
"Ok, você venceu. Eu vou pra casa!".
"Ótimo".
Ela arrumou as coisas e saiu com ele a tiracolo. Se despediu da assistente e das enfermeiras e foi.
"Você quer que eu dirija o carro?".
"E a sua moto?".
"Amanhã eu a pego".
"Não House, eu estou bem".
Ela estava começando a ficar muito, muito incomodada com aquilo.
Continua...
