Mais um casamento Huddy que escrevo. Ok, esse provavelmente será o último deles… Espero que se divirtam.


Capítulo 18

"Está vendo o meu buquê de rosas vermelhas?". Cuddy perguntou enquanto tiravam fotos após a cerimônia.

"Sim".

"É pra lembrar-se de nossa paixão e do nosso sexo". Ela disse maliciosa citando o bilhete que House a mandou quando fizeram um ano de namoro.

Ele sorriu. "É por isso que eu te amo!".

Cuddy o beijou suavemente. A fotógrafa agradeceu aquela interação espontânea, pois ela pode tirar lindas fotos.

"Vamos começar a festa?". House estava ansioso. Os convidados já estavam ocupando as mesas e os garçons já passavam servindo comes e bebes.

"Mais algumas fotos só". A fotógrafa disse e House bufou.

"Eu disse que queria poucas fotos, não quero entediar o meu marido". Ela explicou pra ele. Cuddy gostou do som daquilo 'marido'.

"Rachel!". Cuddy chamou. "Eu quero uma foto de nós três".

"Rachel!".

A menina correu até eles.

"Vamos tirar uma foto filha". Cuddy disse.

"Venha aqui macaca". House a levantou e tiraram uma foto.

"Eu não sou macaca"? Mas Rachel riu quando ele a levantou, aquilo fazia cócegas.

Cuddy olhou ao redor e poucos estavam por perto naquele momento.

"Escute, eu estou grávida, mas ainda não divulguei, eu queria uma foto de meu marido com a mão na minha barriga". Ela disse para a fotógrafa em tom de voz baixo.

"Oh, meus Parabéns!".

"Obrigada. Mas precisamos ser discretos".

"Ok, faremos isso rapidamente".

Rachel ficou no chão perto deles enquanto House abraçava Cuddy por trás e envolvia a mão na barriga dela. Na outra foto House deixou uma mão na barriga da esposa e a outra no ombro da menina, afinal, ela também era a sua filha e não devia sentir-de excluída.

"Está ótimo assim". A fotógrafa disse após as fotos.

"Agora vamos tirar uma das alianças?".

"Pra que? Não pretendemos colocar as alianças à venda em nenhum site". House disse.

"É tradicional". A fotógrafa explicou.

"Não sei se ela te disse, mas nós não somos exatamente tradicionais". House falou.

"Só mais essa House e depois vamos pra festa". Cuddy pediu.

"Posso ir comer?". Rachel pediu impaciente.

"Claro que sim macaca. Sorte a sua poder ir…".

"House, só mais essa foto…". Cuddy pediu manhosa.

"O que eu não faço por você…". E ele concordou.

Depois eles dançaram uma valsa.

"Mais alguma tradição senhora?". House perguntou irônico.

"Mais tarde, na nossa noite de núpcias".

"Ok, essa tradição me interessa".

Ela sorriu.

Eles passariam as núpcias em um hotel luxuoso próximo ao Buffet, mas como não teriam tempo para desfrutar de uma lua de mel mais longa, ficariam em um hotel também luxuoso em Atlantic City. Seria uma hora e quarenta de viagem para um final de semana longe de todos e de tudo. Além disso, Wilson pagou pelo hotel e por uma charmosa limusine que os acompanharia desde a saída da festa.

Treze apareceu com a namorada e Arlene achou um absurdo. A senhora ficou seguindo Treze por toda a festa e fazendo comentários com todos.

Wilson começou a beber e House o alertou.

"Wilson daqui a pouco você estará só de cuecas em cima da mesa de Arlene. Ou no palco tocando Air Guitar enquanto chora em alguma musica romântica".

"Não, eu vou maneirar hoje". O homem respondeu. "Desculpe pelas alianças, a propósito".

"É, você sabe que eu vou usar isso contra você pra sempre, não sabe?".

"Infelizmente sim".

"Então estamos entendidos".

"House... Você se casou!". Ele disse com um sorriso bobo no rosto.

"Corra para as montanhas!".

"As pessoas mudam".

"Não... Elas cansam de sofrer e se adaptam".

Wilson riu. "Você é inacreditável".

"Isso é bom?".

"Nem sempre".

Eles riram.

"Você deveria ficar sóbrio e arrumar alguém pra transar assim como Chase fez ontem à noite". House propôs.

"Por que você está tão preocupado se eu transo ou não?".

"Porque você não é celibatário e o acumulo de sêmen nas suas bolas tem afetado o seu cérebro e tornado minha vida difícil".

"Oh, claro que não seria um motivo altruísta".

"Eu sou tão altruísta que eu vou te ajudar com Helen".

"Helen a sua fisioterapeuta?".

"Não conheço outra".

"Mas Chase está a fim dela e eu não posso competir com aqueles cabelos loiros e ar de surfista australiano".

"Chase quer todo mundo. Helen é legal e merece mais do que Chase".

"Você me acha mais do que Chase?".

"Chase só quer entrar nas calças dela, você iria querer se casar".

"Ela é recém-divorciada".

"E você tem plena experiência com isso. Pense: É Ganha-ganha".

Wilson ficou introspectivo, ele nunca havia pensado em Helen assim.

Do outro lado do salão de festas...

Cuddy se preparava para jogar o buquê e, como habitual, as mulheres se aglomeraram. Até Rachel foi tentar pegar.

"Eu vou jogar!". Cuddy ameaçou bem humorada.

"Joga logo que eu não tenho a festa inteira!". Tia Aby falou divertida.

Lisa jogou. As mulheres gritaram. Blythe pegou e corou.

Cuddy agradeceu por House não estar por perto nessa hora.

"Velhas não deveriam pegar o buquê". Arlene reclamou.

"Mamãe!". Julia chamou a atenção dela.

"Nunca é tarde…". Michelle disse simpática.

Blythe parecia longe de lá, seu pensamento devia estar a milhas de distância.

"Ei Lisa, parabéns!".

"Obrigada Michelle". A mulher interrompeu.

"Levou vinte e cinco anos, mas você conseguiu amarrar Greg".

"Como se isso garantisse a felicidade eterna". Cleo falou amargurada, ela tinha se divorciado recentemente.

"Oh, mas no caso de Lisa isso é amor verdadeiro que sobrevive ao tempo e a idiotice continua do marido". Michelle disse rindo. "É um exemplo de perseverança".

Cuddy riu.

"Você deveria ser coaching: Como perseverar e trazer quem você ama para você".

Elas riram.

"Ontem eu dormi com o seu funcionário". Michelle confessou.

"Eu imaginei quando a vi saindo com ele".

"Ele me surpreendeu para alguém que tem cara de anjinho ele é um tanto depravado".

"Ok, poupe-me dos detalhes". Cuddy disse.

Enquanto a festa seguia, música e muita comida e bebida eram servidas. Os convidados estavam se divertindo, House e Cuddy circulavam ao redor recebendo cumprimentos e elogios. House odiava aquilo, mas fazia parte do pacote casamento.

"Ei você se casou. Quem diria! É como estar vendo um unicórnio".

"Ei Cameron. E você veio de penetra, quem diria?".

Ela riu. "Eu precisava ver com os meus próprios olhos".

"Não sabia que anunciaram meu casamento nos jornais". House falou.

"Foreman me contou".

"Uh... Quem diria... Eu apostaria no baixinho para ter sido o linguarudo. Até Wilson...".

Ela riu.

"Parabéns! Eu desejo muitas felicidades". Ela o abraçou.

"Dra. Cameron, que surpresa". Era a voz de Cuddy. House sorriu.

"Dra. Cuddy, eu estava parabenizando House".

"Oh eu notei". Ela disse sarcástica.

"Parabéns pra você também!". Cameron a abraçou meio sem jeito. "Você conseguiu o inimaginável".

Cuddy tentou disfarçar e sorrir. "Obrigada querida".

House queria rir. 'Obrigada querida?'.

"Desejo muitas felicidades. Eu mesma irei me casar em breve". Cameron anunciou.

"Ah que ótimo. Onde está o felizardo?". Cuddy perguntou.

"Ele ficou na Filadélfia".

"Oh... Muitas felicidades pra vocês!". Cuddy disse e pegou na mão de House. "Agora se não se importa eu preciso do meu marido". Cuddy o puxou para longe de lá.

"Wow, nós mal nos casamos e já sinto o poder da esposa fazendo xixi em mim pra marcar o território".

"Acostume-se com isso". Ela respondeu.

House sorriu. Cuddy o beijou.

Cuddy queria estar perto dele o tempo todo, mas era tanta gente exigindo atenção, tanta coisa acontecendo.

"Ei, vocês terão tempo para essas safadezas depois. Agora preciso que me digam quem são aquelas depravadas". Arlene apontou para Treze e sua namorada.

"Ela não é uma depravada mamãe". Cuddy falou irritada.

"Ela é o que então? Se atracando com outra mulher?".

"Ela não está se atracando". Cuddy disse e ia puxando House para longe.

"Arlene, Treze é gostosa e pega homem ou mulher, o que ela quiser. Qualquer um. Você deveria ter inveja". House falou bem humorado.

"Inveja disso?".

"Deixa ela House, não responda mais".

"E sua mãe… Trás um homem e ainda tem a coragem de pegar o buquê" Arlene o provocou.

Cuddy o puxou pra longe.

"Minha mãe pegou o buquê?". House perguntou para Cuddy.

"Sim… Não é grande coisa…", ela tentou contornar a situação.

"Oh Deus!".

"Você é um homem da ciência, não acredita nas tradições…".

"Não, mas eu acredito que se minha mãe ficou lá tentando pegar o buquê, isso diz algo…".

Julia cumprimentou ambos e puxou sua irmã. House ficou sozinho e foi pegar uma bebida, afinal, ele não havia comido e nem bebido nada até aquela hora.

"Filho eu estou tão feliz". Blythe se aproximou dele e o abraçou. House quase derrubou seu drink nela.

"Seu pai ficaria orgulhoso". A senhora disse.

"Eu não sei sobre qual pai estamos falando, mas se você refere-se a John, eu não penso que ele se importaria". House respondeu.

Blythe corou, pois eles nunca haviam falado sobre a paternidade dele.

"Aliás eu soube que você pegou o buquê".

"Não surte sobre isso, foi uma brincadeira inocente".

"Foi isso o que vocês falaram quando me conceberam?".

Cuddy se aproximou quando os viu conversando.

"Ei Blythe é um prazer vê-la".

"Oh Lisa, eu estou tão feliz de tê-la como nora. Rachel estava linda como a mãe, ela é uma menina preciosa".

"Obrigada! Rachel chama House de pai, ela o considera como um pai". Cuddy respondeu e House corou.

"Ah, isso alegra o meu coração. Eu sempre sonhei em ter netos". A senhora disse e House queria se enterrar em um buraco muito profundo.

Nesse momento Alex se aproximou. "Parabéns Gregory! Parabéns Lisa!".

"Obrigado". Ambos responderam. Cuddy estava preocupada com a reação do marido.

"Sei que você me conhece desde pequeno…". O homem falou.

"Amigo do meu pai, certo?". House perguntou de forma sarcástica.

"John era um bom homem". Ele falou.

"Talvez pra quem não conviveu com ele". House disse.

Cuddy apertou a mão do marido. Alex parecia culpado e abaixou a cabeça.

"Greg, Alex e eu estamos começando em um relacionamento". Blythe explicou tentando melhorar o clima.

"Ótimo pra vocês! Bom também que com você na menopausa não existe nenhum risco de gravidez não programada". House respondeu e Cuddy corou junto com os dois.

"House, precisamos ir... Temos mais fotos para tirar...". Cuddy inventou qualquer desculpa para tirá-lo de lá antes que ele estragasse a festa ou que ficasse muito tenso e estressado.

Assim que ele se afastou ele a agradeceu. "Obrigado!".

"É pra isso que os casais vivem: Para aliviar o sofrimento alheio". Cuddy respondeu sorrindo e tentando desanuviar o clima.

Ele sorriu. Ele amava aquela mulher.

De repente ouviram um som de microfonia.

"Atenção!". Era Julia. "Como madrinha eu quero dizer algumas palavras".

Cuddy parou onde estava e apertou a mão do marido.

"Como minha irmã sempre foi muito segura de si e controladora, ela nunca encontrou alguém que a desafiasse como Gregory House. E ela não conseguia controlá-lo, não plenamente. Então o que ela fez? Casou-se com ele!".

Todos riram.

"Agora Gregory House, sinto dizer que você está fadado ao controle da esposa, que é o pior de todos eles. Um brinde a minha irmã que sempre consegue o que quer!".

Todos brindaram e riram.

"Ela não sabe o que diz". Cuddy cochichou na orelha de House.

"Eu tenho a impressão de que ela sabe muito bem o que diz, e de que eu cai em uma armadilha ardilosa". Ele respondeu bem humorado.

Wilson sentiu-se coagido a falar, já que ele era o padrinho de casamento de House. Mas ele já havia bebido e não estava em pleno domínio de suas faculdades.

"Eu também quero falar".

"Oh não, ele está bêbado. Vai arrancar a roupa no meio do discurso". Cuddy falou.

"Seria interessante". House disse bem humorado.

"Eu conheço esses dois desde... sempre, pelo menos me sinto assim". Wilson começou com a voz embriagada.

"Oh não, um bêbado falando de um drogado". Arlene disse. A sorte é que só Julia ouviu.

"Mamãe, Greg não está mais usando remédios. Não fale isso assim que você vai magoar Lisa".

A mulher deu de ombros.

"Eu sempre soube que os dois tinham sentimentos um pelo outro, sentimentos contraditórios. Todos notavam isso, pelo menos todos os que conviviam com eles. E olha que House não havia me dito que ele e Cuddy fizeram sexo na faculdade". Wilson falou.

Cuddy corou. Arlene olhou pra filha. Vários burburinhos.

"Eu mato Wilson!". Cuddy falou.

"Agora não importa mais, estamos casados". House tentou consertar as coisas.

"Mas apesar de tudo eu nunca imaginei que eles se casariam, quer dizer... Cuddy até poderia se casar com alguém, mas House não. É um milagre ele estar casado". Wilson riu alto. Gargalhou.

"Eu não sei como me sinto a respeito desse discurso". House falou pra Cuddy.

Tentaram aplaudir para que Wilson finalizasse o discurso, mas ele resistiu.

"House casando? Impossível. Acredito que eu estou muito bêbado mesmo. Ele me enche porque fui casado algumas vezes... Três vezes, ok, nem é tanto assim".

Todos riram.

"Mas agora vê-lo casado e Cuddy esperando um bebê? Um não... dois!".

O burburinho foi geral. Cuddy queria matá-lo e House precisou contê-la. "Não vale a pena".

"Oh desculpe, eu não devia...". Wilson saiu correndo. Ele tropeçou na escada e quase caiu. Depois desapareceu.

O silêncio foi geral.

Arlene subiu ao palco e pegou o microfone. "Gregory House e Lisa Cuddy, se expliquem imediatamente!".

Um olhou para o outro. Cuddy o puxou pela mão até o palco.

"Olá". Cuddy começou. "Primeiramente quero agradecer a presença de todos vocês nesse momento tão especial para nós". House sorriu forçadamente e acenou.

"House está treinando para ser miss mundo?". Chase perguntou rindo.

"Falta muita naturalidade". Treze falou rindo também.

"E sim... Eu estou grávida". Cuddy admitiu em publico pela primeira vez.

Ouvia-se burburinho, conversas, alguns aplaudiram, outros assoviaram.

"Eu estou grávida de gêmeos". Ela continuou.

O burburinho aumentou.

"Não gostaríamos de dar a noticia dessa maneira, mas já que aconteceu... É ótimo que todos estejam presentes". Cuddy tentava conter a irritação por ter sido obrigada a falar sobre isso com tanta gente, ela que ainda estava se adaptando a ideia.

"Eu também quero dizer algumas coisas". House pegou o microfone. "Não foi inseminação artificial, foi uma fecundação natural".

Muitos riram. Cuddy olhou pra ele em choque.

"Qual a diferença? Por que precisamos ser tão específicos?". Ela perguntou baixo.

"Ah acredite em mim, é diferente". House respondeu baixo.

"Para o seu ego?". Cuddy perguntou.

"Também".

Ela balançou a cabeça.

"Além disso". House continuou o anuncio. "É Cuddy-House a partir de agora".

Todos riram e Cuddy achou fofo, mas não iria admitir.

Assim que eles desceram do palco, sob aplausos, Arlene foi tirar satisfação.

"Agora não mãe".

"Agora sim".

"Temos convidados".

"Pensasse nisso antes de omitir algo assim de sua mãe".

"Ninguém sabia".

"Aparentemente Wilson sabia".

"Ele é nosso amigo, trabalha conosco".

"Eu sou a sua mãe, eu te pari".

"Não seja chata mãe". House disse.

"Eu não sou a sua mãe! Quantas vezes terei que dizer que eu não tenho um filho velho assim…".

"Oh, mas você sempre será mais velha do que eu…".

"Não mudem de assunto… Quero saber tudo sobre essa gravidez".

"Cuddy, vamos tirar mais fotos". House a puxou dali.

"Obrigada". Ela falou.

"É para isso que os maridos existem. Para isso e para sexo quente".

Ela riu. Ela o amava demais.

Minutos depois House saiu à caça de Wilson, mas ele não estava em lugar algum.

"Greg eu estou tão feliz!". Era Blythe outra vez.

"Ok mãe".

Ela o abraçou e não o largava mais. House estava sem jeito. Ele não se lembrava da última vez que sua mãe o abraçou tanto.

"Depois precisamos fazer alguma coisa juntos, eu quero me aproximar de você e de sua família".

"Claro que sim". Ele respondeu.

"Eu falo sério".

"Eu também. Mas eu preciso ir agora, tenho uma coisa importante pra fazer...".

Blythe estava acostumada com esse padrão, Greg sempre fugiu dela, desde a adolescência foi assim.

House continuou a busca por Wilson.

"Wow Parabéns!". Cameron se aproximou de Cuddy.

"Obrigada Dra. Cameron".

"Você é minha ídola. Casou e engravidou de Gregory House. Ainda mais de gêmeos".

Cuddy não tomou tão bem aquele comentário.

"Não foram coisas planejadas, aconteceram. Mas obrigada".

"Parabéns Dra. Cuddy". Então todo o time de House se aproximou.

Ela só queria se livrar daquilo, Cuddy ainda não estava totalmente a vontade com a coisa toda da gravidez. Isso era algo privado, ela não pretendia tornar isso publico tão cedo.

House foi até a dispensa de mantimentos do Buffet e encontrou Wilson. Lá estava o homem nitidamente bêbado sentado no chão e encostado na parede. House sentou-se ao lado dele no chão duro e gelado.

"Isso vai acabar com a minha perna".

"Desculpe. Eu sinto muito".

"Wilson, eu acho que você deveria entrar no grupo dos alcoólicos anônimos".

"Vá se ferrar!".

"Vá você!".

"Desculpe, eu não pretendia estragar a noite de vocês".

"Uh... Uma hora todos iriam saber de qualquer maneira".

"Mas não assim. Cuddy deve querer me matar".

"Com certeza".

"Droga!".

"Foi surpreendente, mas não foi uma forma chata de dar a noticia".

Eles riram.

"Cuddy vai me matar!".

"Cuddy-House irá superar".

Novas risadas.

"Você agora vai chamá-la assim?".

"Por um período, até ela me xingar".

Wilson riu alto.

"Arlene talvez te castre".

"Oh não, eu tenho medo dessa mulher". Wilson respondeu.

"E quem não tem?".

Eles riram novamente.

"Vamos Wilson, volte para a festa e não beba mais. Bom, pelo menos você ainda está vestindo uma calça".

Quando saiam da dispensa de mantimentos eles encontram Cuddy.

"Onde vocês estavam?".

"Oh você nos pegou! Estávamos fazendo sexo quente!". House disse.

"Cuddy desculpe!".

"Por fazer sexo com o meu marido antes de termos a nossa noite de núpcias?".

"Não... Por falar demais". Wilson respondeu confuso.

"Wilson você precisa parar de beber em eventos".

Ele corou de vergonha.

"Eu pensei que estaria mais irritada com você, mas agora a irritação se dissipou".

"Que bom".

"Mas eu vou pensar duas vezes antes de dizer algo pra você novamente".

"Oh, por favor, eu não quero perder a confiança de vocês".

"Wilson, depois nós conversaremos. Precisamos ir. Traga Rachel aqui para nos despedirmos dela. Mas sutilmente, por favor".

E ele obedeceu sem hesitar.

"Você pegou muito leve com ele". House reclamou.

"Wilson está sozinho, ele não sabe viver sozinho". Cuddy justificou.

"Oh finalmente você entendeu o meu ponto. Wilson precisa estar casado e infeliz para ser um homem responsável".

"Não quero dizer isso…". Eles foram interrompidos pela chegada barulhenta de Rachel.

"Mamãe, nós teremos um bebê". Rachel perguntou assim que a viu.

Cuddy riu.

"Quem te disse isso querida?".

"Vovó".

"Oh. Filha quando mamãe e papai voltar nós conversaremos, tudo bem?".

"Tudo bem".

"Agora me dá um abraço. Se comporte com tia Julia, tudo bem?".

"SIM!". A menina gritou.

"Eu te amo mamãe!".

"Eu também te amo querida".

"Eu te amo papai!".

House corou. "Eu… eu também Rachel". Ele respondeu sem jeito e a menina o agarrou em um abraço apertado.

"Ei… Logo estaremos de volta e eu vou te vencer naquele jogo do pato idiota". House disse e Rachel se animou.

"Não vai não!".

"Ah eu vou sim macaca!".

"Não vai não! Eu vou arrancar os seus olhos e comer".

"Rachel!". Cuddy chamou a atenção da filha.

House riu.

"Eu nem vou perguntar onde ela aprendeu a falar assim…". Cuddy balançou a cabeça.

Depois eles entraram na limusine e em vinte minutos estariam no hotel para as núpcias.

House apertou o botão para que subisse o bloqueio do vidro entre motorista e passageiro.

"Como você sabia desse botão?".

"Anos de experiência com limusines".

Ela riu.

"Admira-me você não saber. A grande reitora de medicina".

"Eu nunca andei em uma limusine".

"Nunca?".

"Talvez na faculdade com as meninas, mas estávamos focadas em beber".

"Uh... Havia rapazes?".

"Não!". Ela disse sorrindo do ciúme dele.

House pegou o champanhe que estava no gelo e brindaram.

"A nós!". Cuddy disse, mas não bebeu por conta da gravidez.

Eles se beijaram demoradamente. Era o primeiro beijo que trocavam sem ninguém os encarando, desde que se casaram.

"Cuddy... Eu não sou o perfeito material para marido, eu sei disso, eu tentei te alertar, mas você é teimosa".

"Eu adoro um desafio". Ela respondeu maliciosa.

"Mas eu prometo que farei de tudo para ser menos egoísta, para te ajudar com as coisas do dia a dia, aturar a sua TPM, seu temperamento controlador e autoritário. Prometo que me esforçarei para ser um bom pai, ou sei lá o que isso quer dizer, pois isso me assusta como o caralho".

Meu Deus, ele estava falando os votos dele? O estomago de Cuddy embrulhou e seu peito acelerou.

"Prometo continuar sempre sendo o Deus do sexo".

Ela riu.

"Mesmo que um dia num futuro distante eu tenha que apelar para as pílulas azuis, eu não te desapontarei".

Cuddy riu ainda mais.

"Também prometo que vou me esforçar muito para manter uma comunicação com você e evitar usar Wilson como intermediário".

"Isso é bom". Ela respondeu.

"Também prometo que sempre te acharei uma esposa gostosa".

"Isso você não pode dizer".

"Eu tenho certeza disso".

Ela sorriu.

"E prometo que sempre vou gostar de comer comida mexicana diretamente da sua hoo hoo".

Cuddy riu ainda mais alto. "Isso nunca mais acontecerá, não depois da primeira e última vez".

"Eu te amo Cuddy-House. Te amo muito!".

Ela o abraçou forte. "Eu também te amo demais!".

Eles trocaram mais beijos apaixonados.

"Você pode dizer o que quiser, e eu concordo que sou controladora, louca, workaholic, muito exigente, mas você é tudo o que eu quero. Perdoe-me pelos momentos em que não deixei isso claro, pelas vezes em que eu te coloquei para fora, eu simplesmente não sabia lidar com o tamanho do meu sentimento por você. É algo tão forte que me assusta. Eu sabia que se te perdesse nunca mais encontraria o que temos, então eu colocava muito pressão em mim e em você. Mas eu acho que acordei a tempo, espero... Você é o único marido que eu queria ter. Eu não queria estar aqui com ninguém mais agora, ninguém no mundo".

"Nem Brad Pitt?".

"Ninguém".

"Sinto-me honrado".

"Eu te amo, mais do que você imagina. Eu nunca estive mais apaixonada por alguém na minha vida. Eu te amo e eu quero te amar".

House sorriu.

"Olha o que tenho aqui". Cuddy mostrou o anel de noivado de papel que ele havia dado pra ela na ocasião daquele pedido de casamento peculiar.

"É aquele anel?".

"O próprio".

"Uau, você ainda o tem?".

"Claro que sim. Esse anel é muito valioso pra mim".

Eles começaram a se beijar novamente e os beijos tornaram-se mais erráticos. Eles estavam muito excitados.

"Temos tempo?". House perguntou olhando para a janela que era toda blindada para olhares externos.

"Não aqui...".

House a ignorou. Ele apertou um botão. "Motorista dê voltas pelos arredores do hotel até que eu avise pra parar".

"Tudo bem, senhor".

"House...".

"O que foi?".

"Como você sabe tudo sobre esse carro? Onde ficam os botões?".

"Não importa. Venha aqui!".

"Ele saberá que estamos transando".

"E você acha que somos os primeiros a fazer isso aqui?".

Ela franziu a testa.

"Cuddy, venha!". Ele a puxou para o seu colo. Então retomaram os beijos e caricias, em pouco tempo House estava dentro dela. Ele só abaixou a calça e a boxer o suficiente e arrancou a calcinha dela. Cuddy ainda vestia o lindo vestido de noiva.

"Eu estou uma bagunça... Você tem lenço de papel?". Cuddy perguntou quando terminaram.

Eles olharam ao redor, mas não encontraram nada.

"Eu preciso de um banho". Cuddy disse tentando recolocar a calcinha e rezar para nada escorrer por suas pernas enquanto ela não chegasse ao quarto deles.

House também se ajeitou, subiu as calças e orientou o motorista a parar no hotel.

Finalmente chegaram para a noite de núpcias, apesar de que já haviam antecipado uma pequena amostra.

Continua...