Notas do autor
Olá, pessoal.
Que saudade que eu estava de postar minhas histórias por aqui.
Se você é das antigas e reconheceu esse título e essa premissa, pode ficar tranquilo que sou o dono de ambas as histórias! só mudei de conta novamente. A primeira vez que postei essa história era com intensão de fazer um Harmione, mas eu sempre fracasso nisso. rsrsrsrsrsr.
Acabei me complicando e não dei continuidade na época, aí minha conta foi denunciada o que acabou fazendo eu abandonar a história de vez! Mas aí surgiu algumas ideias para fazer uma releitura dessa história, mas como não estou hypado com Haphne atualmente, resolvi tentar a sorte e acabou saindo. Atualmente estou escrevendo o capítulo 9, mas estou bastante incentivado! Acho que dessa vez vai dar certo. Rsrsrsrsrsrsr
Aliais eu quero aproveitar esse espaço para me desculpar com vocês, minhas outras histórias estão paradas ou excluídas graças a um problema que tive, um dia eu volto com elas. A história Harmione que esta postada na minha segundaria não está abandonada ou esquecida, e que focando nesse projeto aqui e trabalhando, ficou difícil arrumar tempo para escrevê-la.
Mas voltando para essa história, para quem leu a primeira versão que escrevi, irá notar algumas semelhanças no começo, mas ao longo dos capítulos irá se distanciar cada vez mais! Minha ideia era pegar a premissa, alguns personagens e criar uma nova história, e foi isso que eu fiz! Eu realmente espero que vocês gostem!
Capitulo 1: O jardim de Freya
Harry sentia sua varinha junto ao peito, mas não fez tentativa alguma para sacá-la. Sabia que a cobra estava muito bem protegida, sabia que, se conseguisse apontar a varinha para Nagini, cinquenta feitiços o atingiriam primeiro. E Voldemort e Harry continuaram a se encarar, e agora o lorde inclinou ligeiramente a cabeça para o lado, examinando o garoto parado à sua frente, e um sorriso sem alegria encrespou sua boca sem lábios.
"Harry Potter" disse ele, muito suavemente. Sua voz poderia fazer parte das fagulhas da fogueira. "O menino que sobreviveu."
Nenhum dos Comensais da Morte se moveu. Aguardavam: tudo aguardava. Hagrid se debatia, e Bellatrix ofegava, e Harry inexplicavelmente pensou em Gina, em seu olhar radioso e na sensação dos seus lábios nos dele... Voldemort erguera a varinha. Sua cabeça ainda estava inclinada para um lado, como a de uma criança curiosa, imaginando o que aconteceria se ele prosseguisse. Harry encarou os olhos vermelhos e desejou que acontecesse naquele instante, rapidamente, enquanto ele ainda se mantinha de pé, antes que se descontrolasse, antes que traísse o seu medo... Ele viu a boca se mover e um clarão verde, e tudo desapareceu.
(J. K. Rowling)
A escuridão tomou meus olhos no primeiro momento. O feitiço de Voldemort me atingiu no peito e fez a luz deixar meus olhos, acredito que dessa vez seja para sempre. Não sei por que, mas pensei que iria sentir dor quando fosse atingido novamente pela maldição da morte, quando na verdade foi o oposto! Assim como Sirius descreveu, foi rápido como adormecer.
Minha mente começava a vagar por lembranças quando uma luz atingiu meus olhos que estavam fechados. Não era uma luz como num fim de túnel, era mais semelhante à luz do sol incomoda que me acordava quando eu acabava deixando a cortina do meu dormitório aberta. Abrir meus olhos e sentir a sensação muito semelhante a acordar de uma noite mal dormida, porém, me deparei com um lugar completamente desconhecido.
Eu estava a pouco dormindo num extenso jardim de flores. Usar a palavra extenso é um eufemismo, afinal eu sequer conseguia ver seu fim. Tudo que meus olhos alcançavam eram flores das mais variadas cores e formados, dando um contraste formidável. O céu estava limpo e claro, com o sol forte me cegando a tentar encará-lo.
Me levantei bastante confuso, com mil perguntas passando por minha mente. "Onde exatamente estou?" "É isso que acontece após a morte?" "Minha história finalmente acabou?" Tudo isso é muito difícil de ser respondido considerando que não existia uma alma viva naquele lugar.
— Olaaaaa?
Gritei para o vácuo e tive o silencio perturbador como resposta. Na verdade, a única coisa que eu ouvia naquele momento era o fino vento que passava pelas flores as balanceando levemente. Quase como se fosse uma resposta a minha percepção, comecei a ouvir algo. Parecia uma garota, ela parecia sussurrar. Não, soluçar parece mais certo. Parecia chorar. Mas era bem baixinho, quase tão sutil quanto o barulho do vento.
— Oiii
Chamei novamente enquanto começava a caminhar na direção que ouvi o choro, mas ele desapareceu e começou a surgir de outra direção. Era tão baixo que eu tive que parar novamente e me concentrar para tentar descobrir de onde vinha, o problema é que parecia vim de todas as direções ao mesmo tempo. Como isso é possível? Mas o som não parou, na verdade ele aumento, agora com pequenos soluços e sussurros, mas ainda não estava alto o suficiente para que eu consiga entender as palavras ditas. Eu só tinha duas certezas, a primeira era que eu conhecia a voz da garota! Não consigo me lembrar de onde, mas certamente eu reconheço. O sentimento era quase de culpa por eu não reconhecer imediatamente, como não reconhecer a voz de alguém que viveu com você a vida inteira. A segunda certeza era que definitivamente eu deveria reconhecer a dona do choro, pois a cada soluço que ela dava, fazia meu coração doer e se apertar mais. Era como se ele fosse exprimido por um sentimento de impotência, um sentimento de fracasso.
Sentindo-me um inútil eu continuei vagando sem rumo entre as flores desse estranho lugar. O som da garota chorando continuou sendo o único que meus ouvidos captaram por longos minutos de caminhada. Pareceu para mim uma eternidade, pois mesmo sem saber o motivo, eu estava completamente arrasado! Como se tudo que eu tivesse feito não tivesse valido apena, muito pelo contrário, eu abandonei a pessoal que está chorando. Seja lá quem for, precisa de ajuda, e eu não consigo entender por que sinto na minha alma que era a minha ajuda que essa pessoa esperava. Meus questionamentos depressivos só foram interrompidos quando vi de longe uma espécie de construção de pedra, talvez um santuário, mas era enorme. O choro da garota continuava, mantive uma pitada de esperança de que ela se encontrava naquele templo e seguir a passos largos para lá. Ao mesmo tempo que o som aumentou fortemente conforme eu me aproximei, simplesmente desapareceu assim que botei meus pês no santuário, sendo substituído por aparente pássaros que cantavam alegremente e vozes desconhecidas agitadas. Eu subi as escadarias de pedra meio receoso enquanto ouvia as vozes aumentando, mas ainda não entendi o que falavam. Quando terminei de subir as escadas dei de cara com um enorme e espaçoso corredor, com várias estatuas de pelo menos 10 metros de altura e feitas também de pedra. As estatuas possuíam formas de seres estranhos, julguei pelo tamanho delas que provavelmente se tratava de uma homenagem a divindades de alguma religião que desconheço. Afinal havia diversas estatuas uma mais estranha que a outra, uma vestia uma aparente armadura antiga e tinha um capacete de cabra, enquanto outra tinha a exatamente mesma armadura, mas possuía um capacete pontudo que cobria todo seu rosto. Também tinha diversas mulheres esculpidas e bonitas, todas com vestidos elegantes tirando uma, que vestia uma armadura de prata e um arco e flechas nas costas. Tudo era enorme me fazendo parecer uma pequena formiga por ali, mas as vozes não tinham diminuído e pareciam vim do fim do corredor. Caminhando pelo corredor sendo acompanhado pelas estatuas ali presente, finalmente vi uma extensa mesa com algumas pessoas aparentemente conversando. Tive que dar mais alguns passos na direção para ter detalhes, mas não demorou muito para eu chegar na sala que era um campo aberto, onde pássaros cantavam e interrompia a discussão entre as três pessoas ali presentes.
A mesa era dourado e era maior do que as mesas que se encontrava no salão principal de Hogwarts. Parecia grande o suficiente para servir um banquete de um castelo inteiro. Eu fui me aproximando até conseguir ouvir o que as pessoas ali presentes conversavam, mas nenhum deles pareciam notar ainda minha presença.
— Já disse a você Freya, não irá acontecer! Você pode insistir o quanto quiser.
O homem que falava era um senhor com clara alta idade. Suas costas eram bastante curvadas e ele carregava uma arma em sua mão direita semelhante a uma foice.
— Não depende mais de você, isso está afetando a todos nos.
Eu não conseguir ver bem a mulher que rebateu o senhor, pois minha visão estava tapada pelo homem que falou a seguir.
— Seja mais razoável Cronos. Precisamos da colaboração de todos nesse momento.
O homem que acaba de falar fez os pelos da minha nuca se arrepiarem. Ele tinha uma voz grosa e assustadora. Vestia uma armadura azul-marinho que cobria cada pedaço do seu corpo. Para esconder seu rosto, ele vestia um capacete de cabra com dois chifres enrolados. O velho bateu na mesa com certa violência fazendo eu me assustar e recuar um passo institivamente.
— Razoável? É fácil para vocês falarem, não estão perdendo nada. Imagina se fosse o contrário Freya, imagina que para eu ganhar algo, tivéssemos que separar uma das suas tão queridas almas gêmeas, como você se sentiria?
O tom do velho era tão furioso que me fez recuar mais um passo, mas o som da minha recuado pareceu chamar atenção fazendo os três olharem para mim um pouco apreensivos. O velho bufou claramente a notar minha presença, o homem de armadura fica difícil perceber qualquer reação dele. Já a mulher que até agora não tinha conseguido ver seu rosto, abriu um largo sorriso satisfeita.
— Bem-vindo Harry, chegou bem na hora.
Falou ela indicando a cadeira ao seu lado com a mão esquerda. A mulher agora que conseguir vela melhor, era claramente uma das pessoas que as estatuas do lado de fora estava homenageando. Tinha cabelos castanhos, usava um vestido branco com detalhes em verde limão e um símbolo estranho no meio, parecia uma bandeira que não reconheci. Tinha olhos castanhos assim como seu cabeço e feições extremamente delicadas.
— Quem são vocês?
— Detalhes da nossa existência é extremamente complicado e ironicamente estamos com o tempo apertado.
O tom de voz utilizado pela mulher era alegre e relaxado, embora suas feições denunciassem algo semelhante a preocupação. Essa estranha mistura acabou me lembrando um pouco Ninfadora Tonks.
— Eu acho que não entendi.
O velho rolou os olhos e o homem do capacete bateu na mesa com a mesma violência que o velho batia a alguns instantes.
— Nunca concordei tanto com você Freya, estamos sem tempo! Então por que não cortamos o papo furado e partimos logo para o que interessa?
A mulher não pareceu ofendida ou assustada nem por um segundo embora o tom usado pelo homem era agressivo para dizer o mínimo.
— Por que não se senta Harry?
Perguntou ela num tom gentil indicando a cadeira ao seu lado novamente. Eu analisei os três e rapidamente cheguei à conclusão que eles não pareciam muito confiáveis, mas não vejo muitas opções, preciso de informações. Eu me sentei na cadeira que a mulher tinha indicado anteriormente e me engoli diante do olhar de todos.
— Sabe o que é mais irônico Freya? — perguntou o velho me assustando levemente — é você realmente querer passar por cima de mim botando toda a sua esperança nesse garoto. O que te faz pensar que ele não irá fracassar?
A mulher que imagino se chamar Freya sorriu gentilmente para o velho como Hermione sorria quando era questionada por um professor.
— Eu vou estar o orientando! Sei que ele conseguira porque sei fazer o meu trabalho.
— E se ele ignorar? Eu vou ser desrespeitado atoa? Você ainda tem a coragem de dizer que minha raiva é injustificada?
— Eu não disse injustificada. Eu disse que você não estava sendo razoável e que só estava pensando no seu próprio umbigo.
O velho golpeou novamente a mesa a fazendo balançar e disparando meu coração.
— Não seja hipócrita deusa do amor! Quem escuta pode até pensar que você se preocupa com a existência de alguém além de si mesmo e de suas cobaias que nomeia de almas gêmeas.
Pela primeira vez que vi uma expressão de raiva aparecer no rosto da mulher fazendo os pelos da minha nuca se arrepiarem. O velho também parecia ter percebido, pois abaixou levemente seu olhar junto com um sorriso meio constrangido que parecia medo ou arrependimento.
— Será que um de vocês poderia me explicar o que está acontecendo ou do que estão falando?
Embora eu esteja um pouco assustado com o semblante nervoso da mulher, tive que me intrometer, pois estava um pouco frustrado com eles discutindo como se eu não estivesse na sala. Freya que a um segundo encarava o velho com olhos assassinos, olhou para mim com um sorriso de aquecer o coração.
— Nos perdoe Harry — pediu ela — como você pode ver, além da falta de tempo, também não é o melhor momento.
Eu confirmei com a cabeça.
— Vocês poderiam começar se apresentando e me explicando como sabem quem eu sou.
Ela suspirou levemente enquanto seus olhos vagavam pela sala aleatoriamente, não sei se ela estava procurando por alguém ou somente organizando suas ideias.
— Eu não sei por onde começar Harry, tem tanta coisa a ser dita.
— Como sabe meu nome?
— Tenho acompanhado você a vida inteira, mas sei que isso abre mais perguntas do que responde.
Eu confirmei com a cabeça, enquanto via a mulher fazer pequenas caretas até se virar para o homem de capacete e armadura.
— Não quer explicar Moros? Você é melhor em encurtar a história.
O homem da armadura que agora imagino se chamar Moros, somente negou com a cabeça fazendo a mulher suspirar.
— Deusa do amor, eu peço que seja brevê. Alguém com minha idade não tem paciência para tanta enrolação.
Informou o velho do outro lado da mesa. Agora podendo observar ele de perto e de frente, ele tinha uma pequena cicatriz na bochecha e tinha uma aparência mais velha até mesmo que Dumbledore. De qualquer forma a mulher bufou com a intromissão, mas concordou com a cabeça.
— Certos, sejamos brevês e diretos então. — falou ela guiando seu olhar penetrante em mim — Harry você está diante de três divindades. Eu me chamo Freya como você ouviu, e sou a deusa do amor! Responsável por fazer as pessoas notarem e se apaixonarem por suas almas gêmeas. O grandão com armadura e capacete se chama Moros, ele é o deus do destino! Pode parecer intimidador, mas ele é extremamente mole por dentro.
O homem na armadura claramente bufou com a descrição, mas a tal deusa do amor continuou.
— E o velhote do outro lado se chama Cronos, ele é o deus do tempo. Estamos aqui discutindo o que iremos fazer com você, já que como você deve imaginar, Tom Riddle te matou na floresta negra com a maldição da morte.
Ela fez uma pequena careta com sua conclusão. Minha mente estava em parafusos com tudo que foi dito. Claramente é um enredo de uma piada de mal gosto, mas antes que eu pudesse externa esse pensamento a mulher respondeu como se pudesse ouvi-los.
— Eu consigo sentir o seu ceticismo Harry, mas não temos tempo para muitos questionamentos ou provas, iremos te explicar tudo o que está acontecendo e te fazer uma proposta, aí você analisa qual possibilidade seria melhor para você.
Visto que ela não me deu muitas opções, somente acendi e observei a mulher respirar fundo buscando o oxigênio necessário para voltar a falar.
— Antes de mais nada, eu quero te pedir desculpas em nome de todos nos. Definitivamente nosso trabalho falhou e você junto com algumas outras pessoas que sofreram as consequências.
Eu ia questionar sobre o que ela estava falando, mas a mesma sutilmente pediu para que esperasse ela terminar para depois questioná-la, então continuou.
— Mas acho que você merece saber o porquê merece um pedido de desculpas oficial. — Ela suspirou enquanto erguia sua visão para o teto aberto da estrutura de pedra me fazendo olhar na mesma direção buscando o que ela olhava. O céu era somente decorado com os inúmeros pássaros que voavam por ali, mas não parecia ser isso que Freya observava. De qualquer forma ela voltou a falar desviando seu olhar do teto e o direcionando novamente a mim — Como todos os seres humanos, mágicos ou não mágicos, você tinha um destino a ser seguido, destino planejado pelo próprio Moros! Já com os momentos corretos que eu ou outro deus interviraria para sutilmente mudar algo, mas nada drástico. Você viveria uma vida muito diferente se as coisas saíssem como foi escrita, mas um velho problema ressurgiu e acabou afastando você e vários outros ligado a você de seu verdadeiro destino.
Eu retrair levemente a boca a perceber que não entendi quase nenhuma palavra que a mulher falou.
— Você terá que explicar isso melhor.
Pedi gentilmente fazendo a mulher concordar com a cabeça.
— Harry, o que você sabe sobre Merlin?
Um pouco supresso pela mudança radical no assunto eu respondi.
— Só que ele foi um dos primeiros bruxos que existiu, ou talvez o mais poderoso.
— Ambas as afirmações estão corretas! O que não saiu nos livros de história é o fato que o velho fez alguns favores num momento de crise para os deuses. Como não podíamos ficar em dívida com nenhum mortal, foi acordado que estávamos proibidos de traçar o seu destino ou o destino de suas futuras encarnações.
Ela deu uma longa pausa como se me desse tempo para eu entender onde ela estava querendo chegar, como eu não expus nenhuma reação, ela continuou.
— Merlin reencarnou novamente no talvez pior momento da história, pois teríamos uma pessoa extremamente talentosa num momento extremamente delicado e que não poderíamos intervi em suas ações, então o inevitável aconteceu, em um momento de crise ele arruinou diversos outros destinos, e você está incluso nisso.
Minha mente ainda se encontrava confusa, na verdade eu pouco entendia o que ela falava, parecia na verdade que não estava falando nada com nada. Mas eu tinha que dar o braço a torcer sobre uma coisa, Voldemort realmente me matou na floresta, isso pode ser um sonho, mas também faz sentido ser uma espécie de vida após a morte. Mesmo que todas as alas logicas do meu celebro gritem que é bastante improvável que estou diante de três divindades.
— Tudo que estava planejado para você foi por água abaixo logo nos primeiros anos de sua vida. — Continuou ela independente dos meus pensamentos — Infelizmente estava escrito e estávamos cientes da guerra. Sua família se tornar alvo era algo lamentável, uma triste variante dentro das linhas de Moro, mas estava lá! A morte de seus pais também estava escrita, mesmo não se tratando da linha principal. No fim aconteceu de uma forma completamente diferente, mas aconteceu, seus pais morreram e você acabou salvando o mundo do maior bruxo das trevas da história. Deu trabalho para Moros adaptar seu destino a partir daí, pois o fator que te salvou foi uma supressa até mesmo para a gente, mas Moros conseguiu, escreveu o seu destino já prevendo o retorno de Tom Riddle, mas aí entra o nosso velho problema.
Ela suspirou e novamente respirou fundo trazendo mais oxigênio necessário para continuar.
— Você nunca deveria ter ido parar nas mãos dos Dursleys, não era isso que tínhamos planejado.
Eu franzi levemente a testa a menção dos Dursleys. A pessoa que me entregou aos Dursleys foi...
— Foi Dumbledore que me deixou na porta dos Dursleys. É dele que você estava se referindo com a explicação sobre Merlin?
A mulher a minha frente concordou com a cabeça receosamente, como se temesse que eu não acreditasse nela. Já o homem de capacete que agora sei se chamar Moros, deu uma pequena, porém arrepiante risada.
— Aquele velho — falou ele misturando sua voz entre irritação e divertimento. Dois sentimentos muito estranho de se ter em conjunto. — Com o passar dos anos ele sempre dava um trabalho aqui, e ali. A crise com Grindelwald foi uma verdadeira tragedia! Mas sempre conseguimos resolver com uma pouco de dor de cabeça. agora nessa nova crise envolvendo Tom Riddle e você, o velho conseguiu se superar. Parecia até que ele tinha acesso ao destino que eu planejava, pois atrapalhava e traçava a linha para o exato oposto que estava escrito. Como Freya disse anteriormente, você jamais poderia ter ido parar com os Dursleys, somente isso já causou uma mudança radical e irreversível em sua personalidade até para nós, isso sem contar na tragedia que foi durante mais de 13 anos.
Eu tinha que admitir que ele estava certo, mas ainda estava achando difícil acredita na história de Dumbledore ser a reencarnação do próprio Merlin. O homem como se pudesse ler meus pensamentos também, riu novamente e continuou sem explicar o motivo de sua risada.
— Tive que me adaptar a estupides do velho, não era a primeira vez que isso acontecia, era só ele não continuar a interferir radicalmente na sua vida que ainda dava para dar um jeito. Porém, logo antes de você ingressar na escola o velho interveio em algo extremamente sutil a olhos despercebidos, mas mudou tanto o seu destino que até mesmo eu fiquei impressionado.
Eu supreendentemente estava curioso que ele continuasse. Certamente a pessoa que mudou as coisas que ele se refere é Dumbledore, mas o que Dumbledore mudou de tão grave antes deu entrar na escola? Sequer tive contato com ele até então, quem me levou ao Beco Diagonal inicialmente foi Hagrid e quem me levou a estação foram os próprios Dursleys. Talvez ele esteja se referindo ao evento exagerado envolvendo as cartas que foram enviadas aos Dursleys. Mas como isso mudaria alguma coisa em meu destino? Esperei passivelmente que o homem continuasse, pelo jeito só irei obter as respostas assim.
— Acredito que nem mesmo Dumbledore sabia o que estava fazendo quando forçou sua primeira inteiração com os Weasley, mas isso mudou pelo menos 90% de tudo que planejei para você durante toda a sua vida.
Eu ergui as sobrancelhas levemente. Essa era a última coisa que eu imaginava que ele iria dizer. Simplesmente não fazia sentido.
— Dumbledore não forçou meu primeiro encontro com os Weasley, eu os encontrei por acaso na plataforma. E como exatamente isso poderia mudar tão drasticamente as coisas?
— Tolo
Respondeu ele enquanto respirou fundo tentando provavelmente conter e irritação que minha pergunta causou. Freya que estava quieta observando os passarinhos no céu novamente, voltou sua atenção a mim a perceber que conseguir irritar o homem, mesmo que eu não tivesse essa intenção.
— Harry, você nunca se questionou sobre aquela primeira interação que você teve com os Weasley?
Eu simplesmente negue com a cabeça.
— Aquilo ali foi tudo obviamente combinado. Dumbledore queria que sua primeira interação com uma família bruxa fosse com uma família que ele julgue "certa". Uma família do lado da luz. Para assim tentar prevenir que você não se tornasse um futuro substituto de Tom Riddle. Afinal, nem mesmo ele sabia o porquê exatamente você sobreviveu e temia que poderia ter um poder oculto em você ainda maior que o bruxo das trevas.
Eu neguei com a cabeça não conseguiu esconder um pequeno sorriso irônico que se formou em meus lábios.
— Eu encontrei Dumbledore pela primeira vez já dentro do castelo. E mesmo que tudo que você diz seja verdade, que Dumbledore forçou meu encontro com uma família bruxa decente, como isso mudou meu destino tão drasticamente?
— Simples — voltou a conversa o homem do capacete, agora com a voz um pouco mais calma — aquela primeira interação que você teve com os Weasley foi a responsável por você ser selecionado para a casa Grifinória. Isso alterou sua rotina, seu ciclo de amigos, sua personalidade, tudo. Aquela viagem de trem mudou absolutamente tudo.
Novamente não fazia muito sentido o que o homem falava, mas com medo de irritá-lo novamente, eu olhei para Freya pedindo socorro e ela suspirou entendendo.
— Certo eu vou explicar melhor. — Respondeu ela para meu alívio — Se você tivesse perguntando para alguém um pouco mais inteligente como sua amiga Hermione, ela também acharia estranho essa primeira interação que você teve com os Weasley. Harry, quantas vezes você chutaria que a senhora Weasley já andou naquela estação trouxa e atravessou aquela viga para o mundo bruxo assim chegando na plataforma 9 ¾?
Eu não tinha certeza se era uma pergunta retorica ou não, mas como os segundos se passaram com Freya aguardando, resolvi responder.
— Não sei, dezenas de vezes?
Ela confirmou com a cabeça
— Exato Harry. Todos os filhos dela estudaram em Hogwarts. Àquela altura, dois deles já havia até terminado o colégio. Ela mesmo estudou na mesma escola e traçou aquele mesmo caminho dês que tinha 13 anos de idade. Como diabos ela não sabia onde ficava a estação? Porque exatamente você acha que ela usava a palavra "Trouxas" num alto tom de voz em uma estação rodeada de não mágicos? mesmo sabendo que não é recomendado fazer isso até por questões legais com o ministério. Já disse Harry, se você pensar bem em como as coisas aconteceram, irá ficar claro que foi forjado.
Eu engoli em seco. Definitivamente ela tem um ponto! Nunca tinha visto dessa forma, mas quem viria?
— Certo mais que diferença faz? Mesmo que Dumbledore tenha planejado meu encontro com os Weasley, é uma ótima família. Como isso mudou tanto as coisas? Como exatamente isso me fez ser selecionado para a Grifinória?
— O encontro com os Weasley na estação em realmente nada. O que realmente mudou foi o fato que esse encontro fez que o mais novo dos Weasley fosse sentar com você em sua cabine, aí sim tudo foi mudando conforme vocês conversavam naquela cabine.
Eu retrair levemente o rosto lembrando das divertidas conversas que tive com Rony naquele dia. Literalmente a primeira amizade que fiz na vida.
— Aonde quer chegar? O que mudou durante a viagem.
— Você ser amigo dele já era uma coisa completamente fora dos planos de Moros, mas isso não é o problema, o problema foi a parte que ele descreveu cada uma das casas de Hogwarts a você. Com a visão limitada e extremista do Weasley somado ao fato que você sabia que Tom Riddle ou Voldemort como você o conhecia na época, era da Sonserina, fez que você implorasse para não ser selecionado para lá.
Moros negou com a cabeça lamentando, Freya abaixou levemente seu semblante e o velho parecia tão entediado agora quanto estava quando me sentei a mesa.
— Isso mudou tudo em todos os setores. Moros tinha planejado outra coisa para você, tinha pessoas que precisava de você do outro lado, aí é que envolve o motivo deu estar aqui, porque isso destruiu qualquer chance de você se aproximar de sua alma gêmea também, que antes estava destinada a entrar em sua vida durante seu período escolar.
Eu fiquei um pouco confuso. Tudo foi a merda porque eu não fui para a Sonserina? Isso é quase irônico! E que papo era aquele de alma gêmea?
— Porque eu não ir para a Sonserina é um problema? e o que exatamente você quer dizer com almas gêmeas?
Freya abaixou levemente o olhar passando uma sensação de tristeza imensa.
— Você estava no meu jardim a pouco, ele é maravilhoso, mas tem uma punição. Você escuta em tempo real os sussurros da sua alma gêmea deixada pra trás. É um sentimento bastante desagradável, certo?
Quando me dei conta já tinha confirmado com a cabeça. Cada soluço que eu ouvia era como uma facada no peito.
— Almas gêmeas não se trocam Harry. Estamos falando de amor de verdade, não dá para simplesmente trocar considerando seu novo destino. Vocês estavam tão afastados que nem mesmo eu conseguir fazer alguma coisa! Na verdade, eu piorei bastante.
Ela falava encarando as próprios mãos que estavam acima da mesa. Eu suspirei diante de seu tom de culpa, mas ainda faltava uma parte.
— Ta, mas e Gina?
Somente essa pergunta fez o semblante da mulher mudar de tristeza e culpa para algo semelhante a indignação mal disfarçada. Respirando fundo e se ajeitando na cadeira, a deusa aparentemente tentou jogar o sentimento para dentro e perguntou com a voz meio falhada.
— O que tem ela?
— Ela é ou foi a minha namorada. Sou completamente apaixonado por ela. Não tem como ela não fazer parte dessa história.
Freya franziu levemente o rosto e o levantou lentamente. Ela mexeu os dedos, num ato que eu tinha pensado que era distração enquanto pensava, mas logo na sequência uma pequena xicara apareceu na mesa que ela recolheu no mesmo instante a levando a boca.
— Eu não sei se sou a pessoa certa para falar sobre Gina Weasley. Minha visão é parcial, prefiro que você se convença sozinho.
— O que quer dizer?
Ela bicou novamente sua xícara como se pensasse bem em quais palavras usaria.
— Posso te dizer que ela não é o que você pensa! Nem todo mundo acaba ficando com sua alma gêmea, essas coisas infelizmente acontecem! Quando acontece, não existe nenhum problema ela seguirem suas vidas com outras parceiras, mesmo que não seja o ideal, mas com você e Gina é diferente. — Ela suspirou e novamente levou a xícara aos seus lábios. — Fazia tempo que algo não me enojava tanto.
Ela parecia falar mais consigo mesmo do que comigo, mas isso não evitou que eu ficasse irritado com o comentário.
— Então eu não posso gostar da Gina?
— Você poderia, mas não é essa a questão.
— Então qual é?
Ela franziu novamente o rosto antes de se desviar do assunto.
— Como eu disse, minha visão é parcial. Prefiro que você descubra com seus próprios olhos, para que ninguém possa falar que eu te manipulei.
Ela discretamente olhou para o velho como se o acusasse. O mesmo parecia tão entediado que sequer reparou.
— Então, o que exatamente vocês querem comigo? Dumbledore estragou meu destino, tudo poderia ser diferente, Gina não é a pessoa certa. Onde querem chegar com tudo isso?
Eu aparentemente conseguir chamar a atenção dos três. Freya devolveu sua xícara para a mesa delicadamente como se temesse que ela quebrasse e me olhou nos olhos. Moros que antes olhava para frente como se fosse uma espécie de estatua, agora direcionou seu olhar para mim também. O velho bufou em pura frustração, acho que cheguei na parte que a presença dele se mostrara necessária.
— Queremos fazer uma proposta Harry. — falou Freya meio receosa — você tem três opções e iremos listá-las.
Ela respirou fundo como se buscasse por essas informações em sua mente e uma pequena fumaça pode ser vista saindo do capacete do homem ao meu lado. Me perguntei se isso demonstrava ansiedade.
— Como você sabe: você morreu na floresta logo após ser atingido pela maldição da morte. — comentou Freya após uma longa pausa — Daí que surgi as três opções. A primeira é a comum que acontece com todos quando morrem, você passara para o outro lado, se tornando quase uma energia que irá auxiliar seus companheiros que ainda não passaram para o outro lado.
A ideia parecia maravilhosa, me juntar aos meus entes queridos que já se foram e somente dar forças para os que ficaram. Parecia perfeito para mim, estou exausto e fardo de tudo isso, porém Freya ainda não tinha terminado.
— A segunda você poderia considerar um pedido de desculpas dos deuses por tudo que aconteceu. Nós podemos te ressuscitar nesse exato momento, acho que Tom Riddle está marchando para Hogwarts agora. Você poderia retornar, lutar contra seu inimigo e tentar a sorte.
Eu franzi um pouco a testa. Só faltava a cobra a ser destruída, como eu morri, não sou mais uma Horcrux, meus amigos com certeza irão conseguir! Essa luta não é mais minha.
— Antes deu falar a terceira opção, vamos considerar o que irá acontecer nas duas que falei anteriormente.
A mulher então olhou para Moros que fez um barulho meio estranho, parecia metal sendo raspado. Então o homem estalou os dedos e um pequeno livro apareceu em sua frente. Ele arrastou o livro na mesa para Freya que o pegou com firmeza.
— No caso que você escolhe morrer. — Começou ela abrindo o livro entregue por Moros e o analisando de perto — É lamentável. Tom Riddle irá anunciar sua morte em alguns minutos a todos. Seus amigos irão resistir bravamente, mas isso não será suficiente! Eles cairão um por um! Nessa variante Tom Riddle vence e domina o mundo durante um longo período, criando uma dinastia horripilante. Ninguém irá conseguir pará-lo, pois a resistência morreu com você seus amigos.
Eu engoli em seco quando ela revelou o que previa que irá acontecer, mas ela não me deu tempo de pensar muito, pois logo já continuava.
— Mas se você decidir por voltar agora essa história vira outra. Neville Longbottom irá destruir a última parte que falta da alma de Tom Riddle e você o derrotara no salão principal na frente de todos.
Eu não pude resistir a um sorriso. Imaginar a cena de Voldemort finalmente caindo e o mundo liberto para sempre é surreal, mas Freya infelizmente não tinha terminado.
— Você irá se casar muito jovem com Gina Weasley — pude reparar que ela fez uma pequena careta a dar essa informação e continuar — Nunca retornara a Hogwarts, usara de sua influência para pular essa etapa e ir direto para a escola de Auror. Podemos dizer que assim como foi na primeira guerra, a maioria dos bruxos envolvidos com atividades de comensais não foram punidos, isso acontece pois o sistema bruxo é completamente corrompido e irá favorecer essas pessoas novamente. Você irá viver sua vida praticamente obcecado em colocar as pessoas que você sabe ser culpado em Azkaban, mas descobrira que sua fama de salvador não será suficiente para isso. Você terá três filhos com a Weasley que serão pessimamente nomeados. Seu casamento irá acabar quando você completar 32 anos pelo mesmo motivo que a Weasley me enoja. Sua vida irá terminar aos 35 anos, um novo comensal da morte que você estava tentando prender ira te matar com uma maldição da morte enquanto você estiver distraído em seu escritório. Sua morte desencadeará uma nova guerra entre os bruxos, pois como eu disse, pouquíssimas pessoas foram punidas durante a era de Tom Riddle. Esse o seu destino considerando as mudanças que Dumbledore fez.
Eu fiquei chocado com o futuro que me aguarda. Não tinha uma resposta certa, se eu escolher morrer agora, meus amigos irão morrer. Se eu voltar, nada irá mudar e em poucos anos tudo ira se repetir, atacando a provável nova geração.
— Qual era a terceira opção?
Freya abriu um largo sorriso, Moros curvou um pouco suas costas e encostou na mesa para nos observar direito. Já o velho fechou completamente a cara como se Freya o tivesse ofendido novamente.
— É aí que entra o velhote e toda aquela discussão que você presenciou quando chegou aqui. Como eu já disse, esse homem com aparência antiga e foice na mão, se trata do deus do tempo. Ele tem poderes que você só poderia imaginar Harry, mas o mais importante agora, ele poderá te enviar para um passado distante, antes de tudo virar uma bola de neve.
Se meus ouvidos não estiverem me enganando. Ela acaba de me dar a chance de mudar tudo? antes que eu pudesse disser qualquer coisa, o velho bateu no chão com sua foice de forma violenta, disparando meu coração no mesmo segundo.
— Não me lembro de ter concordado com isso.
Moros foi quem respondeu parecendo irritado.
— Você não tem mais escolha Cronos! Estamos tratando algo que é unanime entre os deuses e já tivemos a permissão superior. Foi dado a você uma ordem e não um pedido.
Parecia que fogo ia sair dos olhos do velho. O clima ficou tão pesado que eu temia que o velho usasse aquela foice que já balançava de um lado para o outro em sua mão direita.
— E por que exatamente vocês pensam que mandá-lo de volta no tempo irá resultar numa variante diferente? Nem com seu maldito livro você conseguirá prever ou escrever um destino de seu agrado.
— Eu confio que ele fara o que é certo, pois irá receber a orientação correta.
Respondeu Freya com convicção, um pequeno, porém maligno sorriso brotou nos lábios enrugados do velho.
— Você fala de interferência direta. Isso não é exatamente aquilo que o velho Merlin ou Dumbledore como é chamado agora, fazia? Só estão mudando os manipuladores?
Freya rolou os olhos com a argumento, mas Moros deu um soco tão violento na mesa que um pequeno buraco surgiu onde o punho coberto do homem acertou.
— Não nos compare a nenhum mortal.
O velho também pareceu sentir pelo menos receio, pois recuou um pouco seu sorriso irônico e o substituiu por um quase arrependido.
— Então não acha como um! — rebateu o velho mantendo o tom embora tenha recuado seu sorriso — O que vocês estão planejando é inútil para dizer o mínimo.
Freya bufou e respondeu antes que Moros o faça, já que fumaça novamente saia de seu capacete.
— Como Moros disse, não estamos planejando nada, já está decidido! Se o Harry escolher a terceira opção, isso que será feito! Você gostando ou não da ideia.
Então eu resolvi intervi, pois reparei que se deixasse o velho rebater, iria ficar para sempre apreciando sua discussão.
— Você poderia me explicar melhor essa terceira opção? Já que está gerando tanto problema.
Freya então se virou para mim com um grande sorriso em seu rosto.
— Posso sim Harry, mas diferente do que parece, não é nada complicado. Enviaremos você de volta no tempo, mais especificamente para o ano de 1994, durante o início do torneio Tribruxo. Antes de Tom Riddle recuperar seu corpo, antes de Sirius morrer, antes de você ingerir o que não devia. Você poderá mudar tudo, pois iremos enviar você com sua memória intacta. E como você passou pelo meu jardim, sua alma está livre de qualquer coisa impura, ou seja: iremos enviar você sem a Horcrux de Tom Riddle em sua cicatriz.
Eu não pude acreditar no que estava sendo oferecido a mim. Eu poderia evitar dezenas de morte, eu poderia literalmente evitar uma guerra. Eu poderia rever Sirius. Tudo isso é muito para a cabeça, mas Freya ainda não tinha terminado.
— Como tudo na vida tem um preço. — Continuou ela — no cenário onde você escolhe essa terceira opção, você não poderá contar sobre o futuro ou sobre essa conversa que estamos tendo para ninguém, nem mesmo para seus amigos próximos. Pelo menos não no começo. Para prevenir isso, iremos mandar você com escudo de Oclumência, assim tornando invasões como as de Severus Snape ou Dumbledore impossíveis.
Achei justo, afinal quem iria acreditar em mim se eu contasse tudo isso? nem eu tenho certeza se tudo isso é real ou só uma longa alucinação.
— Digamos que eu aceite a terceira opção, eu poderia mudar o que eu quisesse?
Perguntei temendo o que o velho disse sobre manipulação. Freya concordou com a cabeça no mesmo instante.
— A partir do momento que você retornar ao mundo dos mortais, você é livre para fazer o que quiser. Até mesmo contar a Dumbledore sobre tudo isso! As regras anteriores eram mais pedidos do que regras. Sequer conseguimos punir ou agir contra um mortal que está do lado de lá. conseguimos contactá-los, mas isso é só! Caso contrário eu conheço uns 15 deuses que adorariam botar as mãos em Dumbledore quando estava vivo.
eu não conseguir segurar um pequeno e rápido sorriso que brotou em meus lábios com a quase piada. Freya novamente estalou os dedos e a xícara que estava na mesa pareceu se encher com um líquido beje e a mulher rapidamente a recolheu e a levou a boca. Parecia esperar que eu tomasse a minha decisão. Moros também parecia aguardar ansioso, já o velho mostrava a mesma cara irritada e entediada de antes. Pelo jeito muita coisa dependente dessa minha decisão, mas não precisei pensar muito! De acordo com tudo que me disseram, só tem uma opção.
— Eu vou aceitar. — Anunciei fazendo todos na mesa me olharem — quero a chance de mudar tudo.
Freya sorriu calorosamente como se a vida dela dependesse que eu dissesse aquilo. Moros suspirou aliviado e o velho bufou.
— Então esta decido, não tem mais nada a ser conversado. Cronos, pode fazer as honras?
Ela perguntou esse final com um sorriso bastante vitorioso para o velho que só pode suspirar enquanto largava a foice na mesa, estalava os dedos e cruzava os dois dedos mindinhos. O movimento extremamente estranho fez aparecer uma grande ampulheta no meio da mesa que o velho tratou de mexer em algo no grande e majestoso objeto. A parte de fora era toda dourada enquanto e a areia dentro era roxa, dando um contraste estranho para o objeto, mas ainda assim formidável
— Lembre-se que não irei esquecer disso Freya! Sei bem de onde que veio o pedido e porque você o fez.
Freya somente ignorou o velho o velho e voltou a olhar para mim.
— Em nome dos deuses Harry, quero novamente pedir desculpas por tudo isso ser necessário e você tem que tomar uma decisão tão difícil. Muitas coisas deram errado e está prejudicando deuses de vários setores, se você conseguir consertar, estaremos em eterna dívida com você.
Eu confirmei com a cabeça não sabendo muito bem como reagir. Parecia algo importante, mas sinto que era muito maior que isso.
— Está pronto, é só o garoto tocar a parte superior e estará feito.
Anunciou o velho empurrando a ampulheta para nosso lado da mesa. Eu olhei para Freya esperando que ela fosse disser mais alguma coisa, mas a única coisa que a deusa fez foi confirmar com a cabeça indicando o objeto a minha frente. Eu ergui meu torço e estiquei minha mão na direção da ampulheta, mas antes que eu pudesse encostar um forte arrepio percorreu minha espinha junto de uma voz clara e grosa que encheu meus ouvidos.
— Freya, eu permitir tudo isso graças a um pedido pessoal seu! O menino é de sua extensa responsabilidade, se ele falhar haverá consequência! Espero que você entenda o que isso significa.
A voz era imponente e até assustadora. Olhei para Freya que pareceu congelar a princípio, mas logo voltou a si confirmando com a cabeça novamente e me dando o aval para continuar e tocar na ampulheta. Seja lá o as "consequências" ditas signifique, não deve ser nada bom. Então tentando afastar isso da minha cabeça, eu encostei no topo da ampulheta dourada e sentir uma sensação de sucção. Era como seu eu estivesse sendo puxado para dentro da ampulheta. No instante seguinte tudo já havia desaparecido, me forçando a encarar o vazio. Me sentindo tonto eu perdi completamente a consciência.
