Bom, esse vai ser a primeira historio que vou estar escrevendo e publicando na internet, seja lá quem estiver lendo sinta-se livre para escrever um comentário dizendo sobre o que você achou, muito obrigado e espero que goste.

Não sou o autor das histórias ou personagens de Fate/stay night ou de Boku no hero academia, todos os direitos reservados aos seus respectivos criadores.

"Falando"

"GRITANDO!"

'Pensando'

"GOLPE ESPECIAL/FANTASMA NOBRE"

Prologo

Muitos acreditam que são os sonhos das pessoas que movem a humanidade para frente, alguns sonham com serem famosos por todo o mundo, alguns sonham em revolucionar em suas respectivas áreas de trabalho de tal maneira que o rumo de toda a história poderia mudar para sempre. Mas outros sonham com poder, o poder de realizar as suas maiores fantasias, de controlar tudo e a todos, de que o impossível se torne a sua nova realidade.

Então a humanidade, repentinamente passou por uma mudança brusca, e os sonhos, se tornaram realidade. Tudo começou a duzentos anos atras na cidade de Qing Qing na china, com a notícia do nascimento de um misterioso bebê que era capaz de emanar luz do seu corpo, pouco tempo depois, fenômenos semelhantes foram noticiados pelo mundo inteiro, pessoas capazes de mover objetos com a mente, expelir fogo, criar gelo do nada, e muitos outros poderes que nunca foram vistos por se manterem escondidos nas sombras, longe dos olhos das demais pessoas.

Muitas teorias surgiram tentando entender como tal evento teve início, mas a causa desses poderes nunca foi descoberta, e no início houve caos, muitas pessoas deixam o fato de ter poderes subirem a cabeça, as pessoas super especiais foram taxadas como monstros e capturadas e submetidas a experimentos desumanos. Mas à medida que o tempo passou, o que uma vez foi taxado como extraordinário, atualmente, é encarado como algo corriqueiro e toda a população mundial, aproximadamente oitenta por cento desenvolveu habilidades únicas denominadas de "peculiaridades". Fazendo a humanidade entrar em uma nova era, uma sociedade de super humanos. E neste mundo repleto de caos, surgiu uma nova profissão, a qual as pessoas apenas desejavam em seus sonhos mais loucos. Assim, esse ofício deu um passo às luzes da realidade.

O grande fenômeno acompanhou-se pelo aumento nas taxas de criminalidade, e enquanto as nações se preocupavam em efetuar mudanças radicais nas suas respectivas leis, homens e mulheres corajosos, inspirando-se nos personagens fictícios, trajaram o "manto do heroísmo".

Eles começaram policiando este novo mundo e defendendo os inocentes do mal. Subitamente, por meio da opinião pública massiva, o heroísmo ascendeu a uma profissão legalizada. E graças a seus repetidos méritos em serviço eles começaram a ser remunerados pelo Estado e reconhecidos pela população. E o que uma vez foi um ato vigilante criticado por muitos, ser tornou a profissão mais admirada que todos queriam ter quando crescer.

Mas e os outros vinte por cento das pessoas? O que houve com elas? Como passaram a viver nesse mundo aonde o seu anteriormente normal é considerado o novo anormal? Alguns se perguntam, e essa história, talvez poderá responder algumas delas. Pois esse é o relato de como um menino que foi desconsiderado e alvo de piadas por muitos, acabou se tornando o maior herói de todos os tempos, que salvou a todos, que podia e esteve lá para aqueles que ele não foi capaz de salvar, lutou contra o maior mal de todos, um ser tão perverso que era considerado por todos como um rei demônio, com um grande sorriso em seu rosto, movido por uma única vontade.

Ajudar o maior número de pessoas possíveis era e foi até o fim o seu único e maior desejo, carregando com sigo o peso de todas as responsabilidades que lhe foram passadas. Seguiu o caminho que ele escolheu, lutando sem nenhum arrependimento no seu coração, pois esse era o caminho que ele quis seguir, nunca estando sozinho, afinal, seu corpo era feito de um número incontável de espadas.

Perto do centro da cidade de Musutafu no Japão numa creche nos seus últimos minutos de aula, em uma de suas salas haviam várias crianças entre quatro e cinco anos ansiosas para voltar para suas casas ou passarem o tempo com seus amigos durante a tarde, entre elas um garoto com o cabelo verde escuro e olhos cor verde claro, com pintas que formavam o desenho de um losango em baixo de cada um de seus olhos, uma criança aparentemente comum e animada quanto as demais, mas não pelo mesmo motivo, o seu nome era Izuku Midoriya.

TRIIIIIIIIIIIM

Quando o sinal que marcava o final da aula finalmente tocou, quase todas as crianças saíram correndo da sala ao mesmo tempo. Izuku estava ansioso para poder chegar logo em casa, mas já que seu compromisso não era tão cedo durante a tarde, não havia motivos para ele se apressar tanto. Ele pegou a sua mochila e estava prestes a sair pela porta quando alguém repentinamente chamou pelo seu apelido.

"EI DEKU, ESPERA AI!" Izuku não tinha muitos amigos, e muito menos ainda o chamavam por esse nome, apesar de não gostar do significado por trás dele, era um nome que seu melhor amigo havia pensado, então ele havia o aceitado com muito gosto.

Izuku parou o passo e se virou para sorrir para aquele que ele considerava a pessoa mais incrível do mundo, atrás apenas do próprio All might, Katsuki Bakugou, um garoto com quatro anos de idade com o cabelo loiro claro espetado para os lados, olhos de cor vermelho intenso e um sorriso confiante sempre presente em seu rosto, olhava para Izuku com um olhar de alegria contida.

"Oi Kacchan, o que foi?" Izuku respondeu rapidamente, ambas as mães de Katsuki e Izuku foram amigas durante o colegial e como se não fosse o bastante suas casas se encontravam no mesmo bairro, então naturalmente ele e Katsuki se tornaram amigos, e apesar de não haver vivido muito ainda, até onde Izuku é capaz de lembrar, Katsuki sempre esteve por perto.

O sorriso de Katsuki se tornou maior ainda com a resposta imediata de um de seus admiradores mais fiéis. "Eu e os outros extras aqui vamos até a flores como sempre para brincar de heróis e vilões! E você com certeza vai com a gente né?" Katsuki respondeu enquanto apontava para atras aonde estavam os seus outros dois amigos, como se fosse o fato mais natural do mundo, como se Izuku tivesse ido imediatamente até ele para acompanha-lo depois do final da aula.

O sorriso de Izuku vacilou apenas por um instante antes de voltar quase no mesmo segundo. "Desculpa Kacchan hoje eu não vou poder ir brincar com vocês, tenho que chegar cedo em casa hoje." Izuku respondeu da forma mais doce que sua mente de quatro anos foi capaz de achar.

"Hein?" No mesmo momento o rosto de rosto de Katsuki deixou e sua expressão feliz para dar lugar a uma de completo enojo, uma expressão que não se esperaria ver em um garoto de sua idade. "O RAIOS VOCÊ TEM MELHOR PRA FAZER DO QUE BRINCAR COM A GENTE DEKU?!" A tarde mal havia começado e Katsuki já estava se irritando por algo não estar indo como deveria acontecer, segundo ele próprio.

"Não é isso Kacchan, é que hoje eu tenho que chegar cedo em casa porque eu e minha mamãe vamos ao médico mais tarde." Izuku não tinha se incomodado com os gritos de seu amigo, ele já tinha passado tempo o bastante com Katsuki para saber que esse era apenas o seu jeito de ser.

"humn?" O rosto de Katsuki se suavizou um pouco com a resposta de Izuku, mas ainda estando com a testa um pouco franzida por não intender o porquê esse extra tinha que ir a um médico.

"Médico? Pra que raios você precisa ir a um médico Deku? Tem algo de errado de você ou algo assim?" Katsuki respondeu sem pensar direito em suas palavras, sem se importa que a sua maneira de falar pudesse acabar entristecendo seu colega caso ele realmente estivesse passando por algo.

"Não, nada disso." Ele negou com a cabeça. "Eu estou bem, é só que já que minha peculiaridade não se manifestou ainda, eu e a mamãe vamos ao médico ver qual é a minha peculiaridade." Izuku disse sem abandonar seu entusiasmo. "Mas obrigado por se preocupar por mim, mas eu realmente estou bem ok?" Ele realmente havia confundido o real significado pelo qual Katsuki havia se dado o trabalho de perguntar.

"A é? Acho que tudo bem então." Katsuki respondeu enquanto balançava os ombros, seu rosto mostrando que ele havia perdido qualquer interesse no assunto. "Bem tanto faz, porque não importa o que seja com certeza não vai ser nada em comparação a minha peculiaridade!" Katsuki respondeu enquanto levantava a suas mãos para o alto aonde pequenos estalos do que seriam mini explosões surgiram da palma delas para enfatizar o seu ponto. "Afinal, o ajudante de um herói nunca pode se destacar mais do que o próprio herói." Katsuki respondeu como se o que ele dissesse fosse uma lei universal que todas as pessoas deveriam seguir.

Izuku não intendia muito bem ainda, mas até aonde ele sabia a peculiaridade de Katsuki fazia com que o seu suor excretasse alguma outra substancia que ele não conseguia lembrar o nome, mas quando ela entrava em contato com o ar ela gerava explosões por causa de alguma reação química que Katsuki também não soube muito bem explicar como funcionava. Mas de qualquer maneira, Izuku sabia que com uma peculiaridade tão incrível como essa Katsuki praticamente tinha o destino de se tornar um herói, e ele esperava poder estar do lado dele quando isso acontecer.

"Bom, já que você não vem hoje vê se aparece na minha casa sedo amanhã então" Hoje foi o seu último dia de aula da semana e amanhã era o dia de folga, Katsuki sabia que Izuku, assim como ele, terminaria de fazer qualquer lição ainda pendente em casa para que eles pudessem brincar durante o dia. "E amanhã é melhor que você já tenha descoberto qual é o seu poder de extra, já ficou chato te dar uma surra toda vez que brincamos, você realmente não presta nem pra ser um vilão Deku" O que deveria ser um simples convite de um amigo convidando outro para brincar, de alguma forma, acabou ser tornando uma exigência e um insulto ao mesmo.

"Sim!" Izuku respondeu com sua animação se quadruplicando, mesmo que Katsuki e seus amigos sempre exagerando um pouco na violência quando eles brincavam, ele se sentia muito feliz por Katsuki deixar ele brincar com ele e os demais. "E quando eu finalmente ter minha peculiaridade, nós vamos nos tornar heróis tão incríveis quanto All might!" Izuku sempre quis ser um herói desde a primeira vez que explicaram para ele o significado dessa palavra, os heróis eram incríveis e eles ajudavam as pessoas, então ele seria um herói.

Mas por alguma razão estranha, as vezes quando Izuku pensava em seu sonho, ele sentia que algo distante, bem no fundo de sua mente se incomodava com tal ideia, como se isso o ofendesse de alguma forma. Mas sempre que essa sensação estranha surgia, ela desaparecia como vapor quase que no mesmo instante, então Izuku não se incomodava em perder seu tempo pensando nisso e ignorava o sentimento enigmático.

"há, sei" Katsuki sabia que ele seria um herói melhor até que o All might, todos disseram que sua peculiaridade era incrível para ser um herói, então ele se tornaria o herói número um em tempo recorde. Katsuki saiu pela porta da sala acompanhado pelo seus outros dois admiradores enquanto ele sonhava acordado com seu futuro como herói número um.

"Tchau Kacchan. Eu vejo você amanhã quando eu tiver minha peculiaridade!" A despedida Izuku ao seu melhor amigo caia em ouvidos surdos enquanto Katsuki virava a esquina do corredor, apenas por um segundo Izuku se sentiu um pouco triste por Katsuki ter o ignorado, mas então ele lembrou o que o aguardava durante essa tarde e seu ânimo voltou ao seu esplendor inicial.

Retomando o mesmo passo de antes que Katsuki o interrompesse, Izuku iniciou seu caminho para casa. Por viver sozinho com sua mãe, por ela ter que trabalhar desde manhã cedo, e por eles não terem um carro, Izuku sempre teve que voltar para casa sozinho ou com Katsuki, o qual era obrigado pela sua própria mãe a fazer tal coisa, mas na mente de Izuku, Katsuki também gostava de passar um pouco mais de tempo com ele, o que não poderia estar mais errado, seu pai nunca foi busca-lo porque ele sempre estava trabalhando fora no exterior. Se não fosse pelas fotos que ele tinha em casa, Izuku provavelmente não saberia como era o rosto de seu próprio pai, mas ele sempre atendia quando ele ligava pelo celular da sua mãe, então Izuku estava satisfeito com isso.

Apesar de Izuku não gostar de estar sozinho na rua, ele não estava tão assustado quanto ele poderia, afinal, mesmo que um vilão aparecesse, um herói com certeza viria logo depois para salva-lo, era isso que os heróis fazem certo? Eles salvavam todos não importasse o que, certo? Mesmo acreditando em sua ideia pura e infantil do conceito de um herói, ele não deixar de sentir esses estranhos sentimentos no fundo da sua cabeça, dessa vez havia sido uma mistura entre raiva, enojo, tristeza e... culpa? Izuku não entendia bem essas sensações estranhas dentro de si mesmo, mas ele fez como sempre, balançou a cabeça e ignorou o que acabava de acontecer como se não houvesse ocorrido.

Depois de uma caminhada Izuku finalmente chegou no seu complexo de apartamentos, subiu as escadas na lateral do seu prédio até o quarto andar e continuou seguindo pelo corredor até a quinta porta, apoiando a sua mochila em um dos seus ombros ele começou a procurar seu par de chaves, após alguns segundos Izuku as encontrou no bolso em que ele sempre as deixava, ele destrancou a porta e entrou.

"Eu estou aqui, hihihi" Izuku riu da sua própria piada por dizer a frase característica de All might invés de típica frase de aviso quando se chega em casa.

"Olá Izu-kun." Sua mãe, Inko Midoriya, era uma mulher adulta em seus trinta e um anos com um e sessenta de altura, uma parte de seu cabelo comprido verde escuro estava amarrado em um pequeno coque atrás de sua cabeça enquanto o resto se encontrava solto indo um pouco abaixo da altura dos seus ombros, seus olhos verdes claros e tranquilos viam seu filho trancar a porta de casa e tirar os seus sapatos para entrar. "Como foi seu dia hoje querido? Aconteceu algo de interessante na escola ou no caminho de volta?" A Inko não lhe gostava nem um pouco a ideia de deixar se bebê caminhando pelas ruas de Musutafu sozinho, mesmo que Mitsuki tenha a garantido que seu filho Katsuki sempre acompanhasse Izuku no caminho de volta, ela não conseguia deixar de se preocupar, afinal, ela era sua mãe.

"Não, hoje a aula foi normal e eu não consegui ver nenhum herói enquanto voltava para casa." O ânimo de Izuku diminuiu consideravelmente, ele realmente adorava poder ver os heróis em ação. Isso fazia ele querer ter mais ainda sua peculiaridade para poder ser como eles o mais cedo possível. Esse pensamento fez com que toda sua energia voltasse de uma única vez, Izuku se apressou para terminar de tirar os seus sapatos vermelhos e correu até a sua mãe que estava sentada no sofá da sala. "Mamãe, mamãe, já podemos ir ao médico para saber qual é a minha peculiaridade?" Izuku disse enquanto pulava e se sentava de joelhos no sofá ao lado de sua mãe.

Inko sorria enquanto assistia o entusiasmo de seu filho "Ainda não bebê, só vamos sair para ir a consulto com o doutor daqui a duas horas." Ao concluir sua frase, notou como a alegria de seu filho sumia para dar lugar a uma onda de decepção, sempre partia o seu coração ver seu filho triste dessa forma, ela teve uma ideia de como anima-lo, mesmo que a própria não gostasse muito. "Bem, a mamãe ainda estar um pouco ocupado resolvendo alguns assuntos de casa. Então que tal você ver o seu vídeo favorito de novo?" Ela propôs já sabendo a resposta.

O sorriso de Izuku não só havia retornado como também estava tão grande e brilhante que poderia competir com a do próprio All might "SIM!" Izuku gritou de alegria enquanto corria para seu quarto, pegava a sua figura de ação mais recente de All might da estante e sentava na cadeira em frente ao seu computador, agora sua alegria era tão grande que ele não conseguia mais se conter, a agitação era tamanha que ele sacudia a cabeça para frente e para trás sem parar. "Mamãe, anda logo! Rápido!"

"Calma, calma Izu-kun. Sinceramente bebê, de tanto assistir esse vídeo já teve ter milhares de visualizações." Sua mãe sorria enquanto pesquisava no computador o vídeo tão querido por seu pequeno, ela clicava em iniciar e já começava e se afastar lentamente "Já que é bem assustador para a mamãe, eu vou deixar você aqui assistindo tudo bem?" Para ela, eram realmente muito pesadas as senas nessa gravação, ela já não tinha um espirito muito forte para situações estressantes, então ela tentava evitar coisas desse tipo o máximo possível, e mesmo que ela não gostasse da ideia de seu filhinho de apenas quatro anos ver esse tipo de conteúdo, não tinha como ela tirar esse prazer se seu bebê tinha em ver tudo relacionado aos heróis.

Izuku só havia percebido que sua mãe tinha se afastado quando o vídeo se iniciou, esse vídeo era uma gravação de momentos de tensão após um grande desastre. A câmera esta tremula e a qualidade da imagem não era das melhores, mas era o bastante para mostrar o que um homem, em meio a tanto caos, queria imortalizar em forma de vídeo. A imagem estava desfocada e não conseguia forcar direito no que estava acontecendo, vários focos diferentes de luz confundiam a pequena e simples inteligência artificial da câmera para se ajustar automaticamente a luz do ambiente aonde ela se encontrava, após o primeiros dez segundos a imagem finalmente havia se ajustado para mostrar um senário dos destroços de uma parte de uma cidade, os antigos focos de luz se revelaram com múltiplos incêndios acontecendo ao mesmo tempo, um prédio inteiro havia sido derrubado no que Izuku acreditava ser o resultado final de uma grande luta entre heróis e vilões. Era possível ouvir o som das sirenes de caminhões de bombeiras, ambulâncias, carros da polícia e de várias pessoas gritando, não de desespero ou medo, mas tentando colocar ordem em meio a tudo essa confusão, mas isso não era o real motivo de Izuku querer ver esse senário de fim de mundo, o que ele estava tão ansioso para ver começava agora os vinte e cinco segundos de vídeo.

"VOCÊS CONSEGUEM VER ISSO?!" O homem que registrava tal evento em, provavelmente em seu celular, gritou, ele parecia estar chorando, mas não triste por estar em meio a esse desastre, mas de alivio, como se todo desespero e aflição que preenchiam o seu coração tivessem sido trocadas por uma quantidade incalculável de alivio e esperança. "ELE JÁ RESGATOU MAIS DE CEM PESSOAL! É INACREDITÁVEL!" Ao fundo da gravação era possível ver uma silhueta do que aparentava ser um homem muito grande carregando algo em suas costas aparecia enquanto passava por cima de um caminhão caído, se Izuku já não tivesse visto esse vídeo ele poderia estar assustado pela figura imponente que se mostrava em tela, mas seu respeito por saber quem estar preste a aparecer por completo fazia com que todos os fios de cabelo do seu corpo se arrepiassem por antecipação. "E NÃO SE PASSARAM NEM DEZ MINUTOS! INCRIVEL, ISSO SO PODE SER UM MILAGRE!"

Esse vídeo foi gravado e postado na internet a aproximadamente vinte anos, mas até hoje ele é lembrado como um marco no mundo dos heróis, foi o dia da estreia de um herói único. "HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ." Conforme o cameraman chegava mais perto, era possível ouvir o som de uma risada vindo desse homem, ele estava carregando doze pessoas em suas costas, ele sorria e ria com tanta confiança e tranquilidade como se não estivesse em meio os destroços de uma batalha de níveis épicos. "ELE ESTAR RINDO" O cidadão que registrava todo o acorrido não parecia acreditar no que os seus olhos e ouvidos estavam mostrando-o, como isso é possível? Deveria ser a sua principal dúvida em sua mente, mesmo sendo um herói profissional, como uma pessoa pode ser capaz de sorrir em meio a uma tragedia como essa? "Não a mais o que temer cidadãos!" Ele havia finalmente chegado perto o suficiente para ter uma visão clara do rosto de novo herói, ele era grande, passando facilmente o dois metro de altura, seu corpo era tão musculoso e definido que daria inveja a todos os fisioculturistas do mundo, mesmo suja pela sujeira, era possível ver que seu traje era composto principalmente de azul com alguns detalhes em branco e vermelho, a maior parte de cabelo loira estava penteado para trás, enquanto duas mechas da sua frente subiam para frente e se mantinham, desafiando qualquer lei da física imposta sobre elas. "Sabem por quê?" Sua voz era calma, mas forte, trazendo esperança aos corações dos civis e ao mesmo tempo desespero a alma dos vilões que ousassem cruzar o seu caminha para salvar o dia. "PORQUE EU ESTOU AQUI!" E esse herói viria as ser permanentemente lembrado como All might, o herói número um do Japão de do mundo, a símbolo da paz.

Não importava quantas vesses Izuku visse esse mesmo vídeo, a sensação era como se ele estivesse vendo pela primeira vez. All might era o herói número um, o maior herói de todos os tempos, e ele não era capaz de pensar em alguém que pudesse ser um herói tão incrível como ele. "ELE É TÃÃÃO LEGAL!" Izuku acabou gritando em meio a toda a sua alegria, "QUANDO EU TIVER A MINHA PECULIARIDADE, EU VOU QUERER SER IGUALSINHO IGUAL AO ALL MIGHT!" Izuku não era capaz de controlar o seu entusiasmo de ver All might ser um herói tão incrível, e apesar de não compartilhar os mesmos sentimentos, essa estranha e sempre distante parte de si não poderia ser capaz de evitar possuir um pouco de respeito ao herói que ganhou o título de símbolo da paz.

Inko observava perto da porta, quase saindo do quarto de Izuku, enquanto seu filho explodia de alegria por ver seu herói favorito em cena, mesmo que ela estivesse preocupada com o quão perigoso poderia ser para Izuku caso ele realmente quisesse ser um herói quando ele crescesse, ela imaginava que ter uma das peculiaridades dela ou do seu marido poderiam ser uteis o suficiente para ele poder ajudar as pessoas em segurança. Ela havia finalmente saído por completo deixando seu pequeno sozinho no quarto, ela precisava terminar de verificar se todas as contas haviam sido pagas com a quantia exata de dinheiro, ligar uma última vez para o doutor para assegurar que a consulta de hoje iria acontecer sem nenhum imprevisto, separar o dinheiro para o taxi de ida e volta do consultório, deixar algumas partes do jantar de hoje prontas, e se sobresse um pouco de tempo ligar para Hisashi para saber se ele finalmente estaria livre por tempo o suficiente para poder ficar um pouco com ela e Izuku, tentar criar um filho praticamente sozinha era muito trabalhoso, mas ela poderia fazer isso, ela já tinha passado por situações mais difíceis quando ela era mais nova.

O vídeo continuou mostrando como All might ia e voltada uma vez após a outra do prédio em ruinas, cada vez que retornava ele trazia com sigo uma pilha maior de civis machucados, perto do fim da gravação All might já não conseguia encontra mais nenhum sobrevivente em meio aos destroços, as chamas já haviam diminuído consideravelmente graças ou trabalho em conjunto dos bombeiros e de outros heróis, os sobreviventes que não estavam com ferimentos graves e eram atendidos por médicos e heróis com peculiaridades curativas, tentavam encontrar palavras de agradecimentos em meio as lagrimas para o homem que havia permitido que elas pudessem viver mais um dia.

All might sorria a cumprimentava todos com tanta simpatia que era como se ele estivesse se reencontrando com um amigo que ele não via visto em muito tempo. Uma leve luz de uma lanterna em sua visão periférica havia capitado a sua atenção, ele se virou para ver o mesmo homem que estava gravando todo o ocorrido com seu celular, e All might viu esse como o melhor momento para mandar sua mensagem ao mundo. Fechando as mãos em punhos e apoiando-as em sua cintura, seu sorriso cresceu mais ainda. "Não se preocupem cidadãos, a partir de hoje vocês não precisaram mais ter medo ao sair de suas casas, pois quando o mau surgir eu estarei lá para salva-los com um sorriso em meu rosto." O homem que gravava o discurso de All might não foi mais capaz de se segurar e também caiu em lagrimas, o seu celular tinha caído no chão com a câmera virado para baixo, só era possível ouvir alguns ruídos do que era os choros de alegria das pessoas presente.

Izuku não fazia ideia de como o tempo havia passado desde que sua mãe tinha indo embora, o vídeo continuou se repetindo uma vez após a outra, não importava quantas vezes ele visse isso, nunca deixaria de ser incrível de ver All might sendo ele mesmo. Izuku provavelmente teria continuado assistindo isso de novo e de novo até a hora do jantar se sua mãe não tivesse entrado no seu quarto. "Izu-kun, se arrume rapidinho que daqui a pouco nós vamos descer para ir até o médico, tudo bem?" Se Inko não se enganava, de carro até o consultório levaria no máximo dez minutos, ainda faltava meia hora para o horário marcado, mas não havia como prever quanto tempo levaria para um taxi aparecer, então seria melhor sair um pouco mais cedo só por precaução. "Tudo bem!" Izuku respondeu alegremente, ele nem havia se incomodado em ter que parar o que ele estava fazendo, o seu vídeo preferido de todo o mundo havia sido uma boa distração, mas nem por um único segundo ele havia parado se pensar sobre qual poderia ser sua peculiaridade, mas para ele não importava como ou qual tipo fosse, ele com certeza iria se torna um herói.

"É melhor você desistir." Essas foram as palavras ditas de maneira simples e despreocupada pelo doutor em frente de Izuku, e essas foram as únicas que ele não esperava ouvir, o choque havia sido tão grande que sua figura de ação do All might tinha caído de suas mãos até o chão. "Doutor...! Você quer dizer que há algo de errado?" Sua mãe estava quase tão surpresa quanto ele nesse instante, mas Izuku estava travado por completo em seu acento, então ela tinha que ser quem fazia as perguntas para entender melhor a situação. "Todas as outras crianças da idade dele já manifestaram algo, mas Izuku ainda... não..." Só podia ser um mal intendido, não poderia ser o que ela e seu filho estavam pensando, certo?

"Desculpe-me pela indiscrição senhora, mas você é da quarta geração, certo? Quero dizer, a sua peculiaridade..." O pequeno doutor de bigode volumoso disse enquanto arrumava seus excêntricos par de óculos que não se encaixavam em sua profissão e se endireitava na sua cadeira, Izuku estava tão em choque que não havia notado que sua estranha parte interna estava mais ativa do que nunca e por sua mente estar praticamente em branco, ela se destacava mais do que nunca, "Ư̸̖̈́̋͜... t҉̮̗͕̓̐͌͜͡a҉̡͍͍҇͊̃r̷̢̫̩̪̈́͌͗͠... á̷̢̞͓̈̿͞c̴̨̛͎̖̝͒̒̄h̷̡̛̜̀a̶̢̩̳̪̍̌̑̕?" Eram apenas sussurros cortados quase inaudíveis, mas eles ainda estavam lá, porém, não fortes o suficiente para serem gravados em sua memória, ela parecia haver notado seu deslise, pois no mesmo momento ela se encolheu no mais profundo de sua mente, tentando fingir que nunca esteve lá a princípio.

"Sim, naturalmente..." Inko não tinha certeza de como prosseguir. "Mas eu só consigo atrair pequenos objetos ocasionalmente." Inko explicava enquanto atraia o boneco de seu filho do chão até a sua mão. "E meu marido cospe um pouco de fogo pela boca" Apesar de ter sido elogia por sua peculiaridade, a capacidade de Hisashi de cuspir fogo nunca havia sido muito potente, era forte o suficiente para acender uma vela, mas nada muito além disso, o que infelizmente fez Hisashi ganhar o vício de fumar bastante, devido os seus pulmões serem mais resistentes contra os produtos químicos da fumaça nos cigarros. "Entendo, dê uma olhada aqui..." O doutor tinha começado a explicar que praticamente todos as pessoas que manifestavam uma peculiaridade tinham três juntas em seu dedo mindinho do pé, e por seu filho ter apenas duas, ele não seria capaz de manifestar um poder.

Izuku já não estava prestando atenção a muito tempo, ele já não escutava mais nada, seu rosto estava congelado em sua expressão alegre de antes do doutor contar uma das notícias mais terríveis de sua vida. Ele não conseguia nem pensar direito, tudo que ele conseguia era escutar as palavras que destruíram sua infância a marcaram sua vida de novo e de novo sem sessar. 'É melhor você desistir.' Ele não tinha uma peculiaridade, 'É melhor você desistir.' Ele não tinha um poder, 'É melhor você desistir.' Ele não era especial, 'É melhor você desistir.' Ele não poderia ser um herói. Por que? Ele tinha feito algo de errado? Isso era alguma forma de castigo? Não. Não. Não, não, não, não, não, NÃO! Ele não queria acreditar, isso não podia ser verdade, podia?

A mente de Izuku havia voltado a funcionar parcialmente quando seu cérebro percebeu que seu corpo tinha se movido da maneira brusca repentinamente. Izuku olhou ao seu redor, ainda afetado por antes, para perceber que ele estava sentado no banco de trás de um taxi ao lado de sua mãe, pela janela era possível ver um céu quase escuro de fim de tarde. Eles estavam em frente de seu prédio e sua mãe o estava e encarando com uma mistura de tristeza, preocupação e pena, "Izuku nos já chegamos, vamos entrar em casa, vamos?" Sua voz era calma e doce por ter percebido que Izuku não tinha reagido bem ao saber sobre sua... nova condição.

Ele não disse nada, nem acenou com a cabeça para demonstra que havia intendido, Izuku simplesmente saiu do carro e começou a andar em direção as escadas. Inko estava preocupada, ela nunca tinha visto seu filho inexpressivo assim, ela havia imaginado na hora que ele não tinha reagido nada bem a essa notícia, mas parecia ser pior a cada segundo que passava. Eles subiram as escadas em um silencia incomodo até a porta de casa, quando eles entraram Inko viu Izuku tirar os seus sapatos com os próprios pês sem olhar para o chão ou arruma-los, ele simplesmente continuou andando até entra no seu quarto, e sua preocupação aumentava, hesitando por alguns segundos até finalmente entrar no quarto de seu filho.

Seu quarto praticamente gritava herói por causa de toda a decoração presente, o que mais se destacava eram seus postes com os rostos de vários heróis diferentes, com o de All might em mais da metade deles. "ELE ESTAR RINDO" O olhar de Inko se concentrou em Izuku quando sua mente parou de divagar tentando atrasar o inevitável. Ele estava sentado em frente ao seu computador assistindo o mesmo vídeo de antes deles saírem de casa, a sua preocupação se transformou em pânico quando Izuku finalmente disse suas primeiras palavras desde o consultório.

"Mamãe." Sua voz erra um sussurro baixo que Inko apenas podia ouvir, tão fraca que poderia quebrar em qualquer momento "Não importa em quais apuros as pessoas estejam, ele vai e salva a todas com um sorrisão..." As lagrimas já começavam a brotar em seus olhos, mas então seu filho virou para ela enquanto apontava para a tela sorrindo, com seus olhos vermelhos cheios de lagrimas. "Porque ele e um super-herói incrível. Você acha..." Ele engoliu a saliva acumulada em sua garganta e continuou. "A senhora acha... Que também posso me tornar um, mamãe?" Foi nesse momento que seu coração quebrou, o filho não estava apenas perguntando se ele poderia ser um herói como sempre, ele estava perguntando se ele poderia realizar o seu maior sonho, ele estava em pânico, confuso, com medo, ele queria sua ajuda, a ajuda da sua mãe, ele queria que ela o salvasse, que ela salvasse o seu sonho.

Ela correu em direção ao seu filho desesperançado, se ajoelhou ao seu lado e chorou, "ME DESCULPA IZUKU, POR FAVOR ME DESCULPA, EU SINTO MUITO BEBÊ." Ela queria fazer como sempre, sorri e dizer que ele seria um herói maior até do que o próprio All might, que tudo era possível desde que ele se esforçasse, mas ela não conseguiu, ela não conseguiu dizer algo que não era verdade, não nessa situação, ela se sentia péssima, por ver pequeno bebê desse jeito, por ele nunca ser capaz de realizar seu sonho, por ela não ter sido capaz de dar nenhuma maldita peculiaridade para seu filho, tudo por que ela queria agora era se desculpar por não poder fazer mais nada.

Mas não eram essas as palavras que Izuku queria ouvir, ele não sabia o que ele queria ouvir, mas não eram essas, 'Porque a mamãe estar chorando? Por que ela estar se desculpando? Ela não fez nada de errado. Isso não faz sentido, nada estar fazendo sentido hoje.' Por que isso tinha que estar acontecendo com ele? Izuku queria que tudo isso não passasse de um pesadelo e que logo acordaria em sua cama, a mesma cama que estava logo atras dele. Mas isso não era um sonho, isso era real, ele não poderia se tornar um herói, Izuku sentiu uma mão encostar em seu ombro direito, ela era grande, como a mão de um homem adulto, ela o apertou com um pouco de força, mas com delicadeza, tentando consola-lo, como se dissesse 'Sinto muito' sem usar palavras, mas isso não fazia sentido, só ele e sua mãe estavam em casa hoje e seu pai estava trabalhando, não tinha como ter mais alguém ali. Então, ele simplesmente ignorou isso junto com todo o resto do mundo ao seu redor, ele não seria saber disso, ele não queria pensar em mais nada, ele estava cansado, confuso, triste, desolado e com sua mente e coração quebrados. Nada estava fazendo sentido para Izuku hoje.

Nome: Katsuki Bakugou

Peculiaridade: Explosão

Capacidades: Gerar explosões através de seu suor por armazenar nitroglicerina

Nome: Inko Midoriya

Peculiaridade: Atração

Capacidades: Poder atrair pequenos objetos até as palmas de suas mãos

Nome: Izuku Midoriya

Peculiaridade: Nenhuma/C̶̡̞̲̝҇͒̍̓ō̷̢͖͖̥̽̀͝ṇ̷͛͢͝ t̷̡̲́̀̓͞r҉̰̑͢͠a҉̧͈̑͝ g҈̳͑͜͡ų̸͙̇̂͆̕ ȧ̴̛͕̙̥͢r̶̬͓̓̓̕͜ d̴̨̪̯̟́͂͑͠i҉̧̣̭̥҇̑͐͆ą̸̯̟̣̃̋͗̕o̸̢̽̈͌͝ͅ/̶̢̝͚̈́͡ e҉̦̽͢͝ s҈͉҇́͜ p҈̣͛̂̓͜͠ i̵̧͔̤̽̅͆͠ r̵̩͋͆͢͠i̸̢̪̦͔҇̄́̍t̸̰̀͐͜͝õ̴̡̤̦̪͝ h҈͈͙͔͌̒͢͡e̷̤̓͜͝ ṛ̷̝̔͜͡ơ̵̝͙̋͜į̷̜͎̔̏͡c̷̡̘͈̾̄͡ơ̵̡͙̌̈́͗ͅ a҉̡̘͓̄̏͞r҈̨̛͖̓̌́ q̴̡̪̖͎̐̾̓͝ų̵̞͛̈͒̕e̷̛̝̍̐͂͜ i҈̨͍̝̓̍̕ r̷̛̟͖̔͛͢ ȏ̴̰͚̈́͜͠

Capacidades: Nenhuma/?̵̢̳̝̰̏̅̇͛͞?҉̨̫͖̤̫̜̅̂̆̾̎͝?҈̡͚̝͑̋͂͞