Como prometido estou atualizando a fanfic semanalmente.

Espero que tenham gostado da introdução dessa estória. Por favor deixe-me saber, é sempre útil (e desejável) receber feedback.


Capítulo 02 – Lidando com a notícia

Cuddy respirou fundo. "Então quando agendaremos a colocação do DIU?".

"Não agendaremos".

"Patrícia eu não quero ser tratada de maneira diferente só por conta de ser a reitora... Eu tenho que agendar os procedimentos como todos...".

"Não Lisa, você não está entendendo. Nós não podemos introduzir o DIU em você agora".

Cuddy arregalou os olhos. "Algo errado? Contraindicação?".

"Sim, há uma contraindicação".

"O quê?".

"Gravidez!".

[H] [H] [H] [H] [H]

Cuddy riu, mas Dra. Patrícia permaneceu séria.

"Patrícia, não é momento de brincadeiras...".

"Não é uma brincadeira, você está grávida, uma gestação recente, eu diria que você engravidou durante esse mês que esteve fora da pílula".

"Mas nos prevenimos...".

"Todas às vezes?".

Cuddy se lembrou de tantas vezes em que usaram a técnica do coito interrompido, e naquela vez em particular onde o coito interrompido não aconteceu, definitivamente.

"Eu sabia...". Dra. Patrícia disse ao notar a expressão no rosto dela.

"Oh meu Deus!".

"Isso é boa noticia, não? Lembro-me de que você queria engravidar".

"Queria! Passado! Agora eu tenho Rachel".

"E não há espaço para mais um bebê no coração e na casa dessa mãe?".

Cuddy rapidamente se derreteu com aquelas palavras 'um bebê?'. Mas então ela se lembrou de quem era o pai e de toda a história sobre o aborto na juventude.

"Oh Patrícia, House não vai lidar bem com isso".

"É... Pode ser que não...". Dra. Patrícia disse conhecendo o histórico do médico.

Cuddy estava pálida. Então Dra. Patrícia pegou um copo de água para ela.

"Obrigada!".

"Tome o seu tempo, fique aqui. Eu sei que é uma grande noticia".

"É uma noticia enorme que pode mudar tudo".

"Respire!".

"Eu... Eu nunca consegui engravidar, nem naquela época da inseminação in vitro".

"Sim, eu me lembro".

"Meses e meses e eu não engravidei nenhuma única vez. Quando pensei estar grávida era alarme falso".

"Eu sei".

"E agora? Meu corpo e bebês não são compatíveis".

"Ou não Lisa. As coisas mudaram".

"Sim, eu estou mais velha, útero mais velho, óvulos mais velhos".

"Você fez isso naturalmente, relaxada, com amor. Há quem diga que essas coisas interferem".

"Você acha isso?".

"Talvez...".

Cuddy ficou mais alguns minutos pensando em tudo e em nada ao mesmo tempo.

"Obrigada pelo seu tempo Patty, por favor, não comente com absolutamente ninguém".

"Com certeza não farei isso".

"Ok, obrigada".

Cuddy saiu de lá com algumas vitaminas, pedido de alguns exames adicionais e todo o peso do mundo em seus ombros.


"E aí? Quando será a inserção do meu concorrente?". House invadiu o escritório dela horas depois.

Cuddy respirou fundo ao ouvir a voz do namorado, ela ainda não estava pronta para falar, Cuddy só queria algum tempo a sós.

"Só você para pensar que um DIU é seu concorrente".

"Mas ele vai tentar impedir meus meninos de chegar ao pote de ouro, não?".

Cuddy gelou. "Podemos falar hoje à noite sobre isso?".

House estranhou. "Por quê? É uma pergunta simples".

"Eu não vou ter um DIU implantado em meu útero ainda".

"Por quê? Algum problema?".

"Você pode chamar assim... Eu não sei como eu chamo ainda...".

Ele franziu a testa.

"À noite falamos". Cuddy disse novamente tentando voltar a focar nos papeis sobre a mesa.

"NÃO! AGORA!".

"House...".

"Cuddy!".

Ele conseguia sugar todas as energias dela as vezes. Cuddy sabia que lutar com House era ainda mais perda de energia do que dar o que ele queria. "Feche a porta".

House franziu a testa ainda mais. "Está fechada".

"Com a chave".

Ele estranhou, mas fechou. "Cuddy fale logo!". House estava muito preocupado.

"Eu não quero que ninguém nos interrompa".

"Oh Deus! Você vai morrer?".

"Todos iremos morrer eventualmente".

"Logo?".

"Só Deus sabe".

"Porra Cuddy, fala logo!".

"A razão pela qual eu não estou apta para fazer uso do DIU agora é que...".

House aproximou a cabeça para tentar captar as próximas palavras logo.

"É que...".

"É que?". House perguntou muito tenso.

"Eu estou grávida, é isso".

House ficou olhando pra ela sem palavras.

"Você dirá alguma coisa? Vai me levar para uma clinica de aborto e resolver o problema?".

Ele continuou paralisado.

"House?".

"Eu não sei quem eu sou...".

"House, você está bem?". Ela foi até ele quando viu que ele estava branco como papel. "Sente-se".

Ele se deixou jogar na cadeira.

"House respire!".

"Você está grávida?".

"Sim. E você está branco como neve".

"Você está grávida?".

"House, quantos números?". Ela mostrou a mão para ele.

"Você está grávida? Grávida?".

"Oh meu Deus! Você teve uma concussão com a noticia?".

"Você está grávida?".

"Sim House! Eu estou grávida! Nós fizemos um bebê juntos porque o nosso coito interrompido falhou. Eu te avisei sobre a ineficiência dessa técnica".

"Oh Deus!".

Cuddy respirou aliviada quando ele saiu do transe.

"O que faremos sobre isso?". Ele perguntou desesperado.

"Nós vamos esperar".

"Esperar o quê? O nascimento?".

"Esperar o tempo passar e ver se a gestação vai se consumar".

"Você quer isso?".

"Eu descobri sobre isso há duas horas, eu estou processando...".

House respirou fundo, levantou-se e se dirigiu para a porta.

"Você não dirá nada além disso?". Ela perguntou.

"Eu não sei...". Ele respondeu com sinceridade e saiu.

Cuddy teve ímpetos de chorar, o que seria da vida deles agora?


House foi direto para o telhado do hospital e lá ficou por uma hora, pareceu cinco minutos, pois a mente dele era um vazio total. Um homem que se guiava sempre pela razão e lógica não conseguia raciocinar.


"Wilson, onde está House?".

"Se você não sabe...".

"Ele não te procurou?".

"Não. Ele deveria?".

Cuddy respirou fundo. Ela parecia preocupada, tensa.

"O que houve?".

"Nada... Se você o vir me diga".

"Cuddy, o que houve?". Wilson a impediu de sair de sua sala. Ele estava sinceramente preocupado.

"Eu dei a noticia para ele".

"Noticia?".

"Eu estou grávida, Wilson".

"Oh Deus! O coito interrompido".

Cuddy arregalou os olhos. "Você sabia?".

Wilson corou. "Oh não...".

Ela franziu a testa e deu o olhar ameaçador.

"Ok, não o culpe. Um homem precisa de um amigo pra falar".

"E uma mulher precisa confiar em seu namorado. Há assuntos privados!".

"Não é como se ele me contasse detalhes". Wilson mentiu.

"Oh claro que não". Cuddy ia saindo irritada.

"House está ferrado. Duplamente ferrado". Wilson falou consigo mesmo.

Quando ele saia do elevador ainda atordoado Wilson o encontrou.

"Onde você estava? Eu não tive culpa".

House ignorou e continuou seguindo em direção a sua sala.

"Ei, House. Você está bem?".

"Eu não sei...".

Wilson franziu a testa preocupado, não era usual seu amigo ficar sem palavras.

"House, como você se sente?".

"Como um adolescente que descobriu que a namorada está grávida".

"Justificável".

"Você soube?".

"Cuddy pode ter mencionado algo".

"Eu não sirvo pra gerar uma vida".

"Sorte que será ela quem irá gerar a vida, a menos que você tenha um útero e eu não saiba".

House ignorou o comentário sarcástico. "Como eu serei um pai? Eu?".

"Você vai aprender".

"Não, nunca! Eu não sou exemplo pra nenhuma criança".

"Você passou por muita coisa e optou por mudar... Talvez você seja um exemplo melhor do que imagina".

"Tudo culpa dessa maldita ginecologista que colocou bobagem na cabeça de Cuddy".

"Eu acho que a responsabilidade é mais de vocês dois que fizeram sexo desprotegido".

"Se ela ainda estivesse tomando os anticoncepcionais".

"Se vocês tivessem usado preservativos...".

"Você parece meu pai".

"Não, eu não estou te recriminando, eu acho que vai ser bom uma criança na vida de vocês dois".

House olhou pra ele em choque.

"Você vai ver!".

"Wilson você me assusta".

"House, deixe-me falar. Eu posso ter, sem querer... Eu posso ter comentado com Cuddy que eu sabia sobre... O coito interrompido".

Os olhos de House se arregalaram ainda mais. "Você o quê?".

"Foi um choque pra mim e acabou... escapando".

"Você é mesmo um linguarudo".

"Ei, não sou. Foi um acidente".

"O acidente foi eu ter te contado".

"House... Desculpe-me...".

Mas o amigo não esperou, partiu em direção a sua sala. Ele precisava focar no trabalho para esquecer aquele dia terrível.


Cuddy teve um dia péssimo. Ela estava muito preocupada com o seu estado atual, pânico em passar novamente por um aborto espontâneo e pânico também em não passar, pois isso significaria que ela seria mãe novamente, teria uma gestação e que House seria um pai. Além disso, ela estava tensa por House ter sumido e não tê-la procurado durante todo o expediente.

Quando Cuddy chegou em casa não esperava encontrá-lo, no mínimo ele iria para algum bar encher a cara com todo o álcool existente. Mas ela se enganou, House estava com Rachel, eles brincavam no chão da sala.

"Oi". Ela disse surpresa.

"Oi mamãe!". Rachel respondeu sem dar muita atenção, pois o que ela fazia com House era mais interessante.

"Olá!". House respondeu fingindo naturalidade.

"Você chegou há muito tempo?". Ela perguntou.

"Há uma hora, mais ou menos...".

"Ok". Ela disse pensativa e foi para o quarto, Cuddy precisava de um longo banho.

Durante o banho ela pensou como abordaria o assunto com House novamente, ou seria melhor não comentar nada? Não, ela precisava conversar, eles precisavam conversar, definitivamente.

Os três jantaram, House e Cuddy tentaram manter a naturalidade, mas havia um enorme elefante na sala, isso era inegável. Se Rachel fosse um pouco mais velha perceberia que algo estava acontecendo entre os adultos. Quando a menina dormiu, House foi para o quarto e continuou fingindo estar alheio a tudo, mas Cuddy precisou iniciar a conversa.

"House... Nós precisamos conversar".

"Eu esperava por isso".

"Wilson...".

"Wilson é um idiota!".

"Você também!".

"Ok, eu acho que começamos bem nosso dialogo".

"Desculpe. Mas por que você falou sobre nossa intimidade pra ele?".

"Ele é meu amigo, é assim que os homens fazem...".

"Ele é seu amigo e eu sou a sua amante! Se você continuar falando sobre nossas intimidades, vou repensar continuar a ser a sua amante".

"Isso é uma ameaça?".

"É um fato".

Os dois pararam de falar e ficaram emburrados. Mas Cuddy não resistiu.

"Não é legal saber que o seu namorado, o homem com quem você dorme todos os dias, fala sobre as intimidades...".

"Não é como se eu tivesse desenhado como é a sua hoo hoo".

Ela arregalou os olhos. "Oh, obrigada por isso".

"Nós falamos de coisas... Tenho certeza de que você e suas amigas também falam".

"Eu não falo de minhas intimidades com você para elas".

"Oh Cuddy... As mulheres no hospital passaram a me olhar diferente depois da última vez que você e o clã poderoso do hospital tiveram aquela festinha feminina".

Dois meses atrás...

"Há quanto tempo estamos trabalhando no hospital já?". Laura perguntou.

"Não sei sobre todas vocês, mas eu estava lá há dois anos quando Lisa chegou". Donna comentou. Ela era a chefe da enfermagem.

"Eu entrei seis meses depois de Lisa". Laura, médica ortopedista disse.

"E eu estava lá desde a fundação do hospital". Leonora, a chefe do departamento de pediatria, falou.

"Somos quatro dinossauros do hospital então". Laura respondeu divertida.

"Não, a única dinossauro é Leo". Cuddy disse rindo.

As quatro eram amigas. Não se viam com tanta frequência fora do ambiente de trabalho, pouco se falavam quando estavam lá, mas mantinham contato pelas redes sociais e, quando podiam, faziam alguma confraternização, reencontro ou happy hour.

"Quero que saibam que apesar de eu estar lá há tanto tempo, só tenho 48 anos". Leonora se defendeu.

"Não! Você nunca envelhece". Donna disse rindo. "É a própria Dorian Gray".

"Dorian Gray é Lisa. Cada dia mais bonita". Leonora elogiou a amiga que corou.

"Obrigada por isso, mas definitivamente posso dizer que meu corpo não pensa assim". Lisa entrou na diversão.

"Esperem! Quem é a mais nova de nós?". Leonora perguntou.

"Laura e Lisa, claro". Donna respondeu.

"Ah é verdade, mas Lisa parece tão velha as vezes... Sempre tensa". Laura disse.

Todas riram, menos Cuddy. "Eu não concordo...".

"Talvez agora que ela esteja transando pode-se dizer que está mais relaxada". Donna provocou.

Cuddy corou.

"Transando com Gregory House, um detalhe que faz toda a diferença". Leo pontuou.

Elas riram.

"Ok, eu estou transando e feliz". Cuddy disse corando muito.

"Gregory House deve ter os dotes certos para te deixar apaixonada por ele desde sempre". Leo continuou a provocação.

"Eu não sou apaixonada por ele desde sempre". Cuddy contestou.

Todas riram.

"Ok, talvez eu sempre tenha tido uma paixonite por ele, pelo gênio que ele é".

"Ok Lisa". Ela falaram de forma sarcástica e continuaram rindo.

"Ele também é gostoso, isso ajuda". Cuddy admitiu, começando a relaxar e a entrar na brincadeira.

"Ele tem que ser muito bom de cama pra justificar". Laura disse.

"Oh, ele é sexy". Donna falou.

"Vamos parar de falar sobre a minha vida pessoal". Cuddy exigiu.

"Só uma pergunta que não quer calar". Leo começou. "Ele realmente é bom ali... Onde realmente interessa?".

"Se não fosse eu não estaria com ele...". Cuddy respondeu tentando cortar o assunto.

"E só mais uma coisa...". Agora era Laura.

"Não...". Cuddy contestou.

"Ele é... A 'bengala' dele é realmente respeitável?".

"Eu não estou respondendo isso...". Cuddy estava mais corada do que nunca.

"Vamos Cuddy! O que tem de mais? Eu disse que Ivan era... Lamentável". Leonora falou. Ela era divorciada. "Isso que dá casar virgem".

"Mas eu não perguntei... E Ivan não trabalha conosco e não é meu funcionário". Cuddy respondeu.

"Ah não Lisa, não banque a profissional agora. Estamos aqui como amigas". Donna contestou.

"Ok, eu confesso algo para que você confesse algo também". Laura disse. "Sabe Josh?".

"Josh?". Todas perguntaram.

"Josh Sullivan".

"O reumatologista lindo?". Leo perguntou.

"Esse mesmo. Lembram que eu sai com ele uma vez?".

"Sim. Mas nada aconteceu, certo?".

Laura começou a sorrir.

"Laura! Sua mentirosa!". Donna contestou.

"Aconteceu, mas era como se nada tivesse acontecido... Não foi uma mentira completa".

"O quê?".

"Era tão... pequeno... que eu não senti nada. Era como se ele não tivesse feito nenhum mal pra mim, se é que me entendem".

As mulheres arregalaram os olhos e riram alto.

"Eu não posso acreditar, tão bonito e tão... inofensivo". Leonora disse rindo.

"Decepção total". Laura admitiu.

"O que você disse pra ele?". Cuddy perguntou curiosa.

"Oh...".

Elas riram.

"Provavelmente ele pensou que era um elogio, mas era frustração".

"Ele não tem espelhos?".

"Ele não parecia pensar que havia sido desprestigiado pela natureza".

Elas riram.

"Mal precisei desenrolar o preservativo para encapá-lo".

Mais risadas.

"Ok, Lisa... Sua vez!".

"Eu não tenho esse problema com House. Definitivamente não é um problema, pelo contrário, a primeira vez que vi o meu 'oh' foi de medo. Não sabia se aquilo tudo caberia em mim".

Todas riram alto.

"Eu sabia que Greg House não decepcionaria". Leo falou.

"Mas não é só sexo. House é um namorado fofo, acreditem ou não".

"Oh Deus! Isso acaba com a moral de Greg House". Laura disse rindo.

De volta aos tempos atuais...

"Não falamos detalhes de nossa vida intima". Cuddy respondeu para o namorado.

"Eu duvido!".

"Ok, ficaremos nessa discussão a noite toda então".

"Cuddy me desculpe! Mas eu não disse nada demais, se quer saber, eu só tenho elogios para você".

"Ótimo saber disso, mas não quero que mais ninguém saiba dessas coisas, além de nós dois".

"E pra quem iremos nos exibir?".

Ela balançou a cabeça. "Não precisamos nos exibir por aí".

"Oh, então você pertence a uma espécie diferente, pois a raça humana...".

"Ok House, agora eu preciso dizer algo mais importante".

"Sobre o feto".

"Sobre a gestação".

"Você definitivamente vai manter isso".

"Não é isso. E sim, eu jamais faria um aborto. Mas não garanto que meu corpo não faça um...".

"Você acha que vai abortar?".

"Talvez".

"Por quê?".

"Meu corpo nunca foi bom em manter um feto. Eu tentei inseminação três vezes e em nenhuma delas vingou".

Ele estava surpreso. House sabia sobre a inseminação, mas não fazia ideia que haviam sido três tentativas.

"Introduziram três embriões em cada tentativa. Eu falhei nove vezes".

"Você não falhou... Talvez o esperma não fosse tão bom"

"Não tente amenizar o meu fracasso". Ela disse desanimada. "E eu estava com tão pouca fé em mim que nem percebi os sinais de gravidez agora".

"Sim, eu pensei nisso também... Sou um diagnosticador e não consegui ver o óbvio em minha própria namorada".

"É diferente quando é conosco".

"Não deveria ser".

"House... Eu quero saber onde você está nessa coisa de gravidez? Eu não sou a garota de Hopkins".

"Definitivamente meu espermatozoide está em algum lugar dentro de você".

"Eu falo sério".

"Eu também".

Ela bufou.

"Cuddy eu não sei. Estou sendo sincero. E você não é a garota de Hopkins, eu me arrependi de compartilhar essa história com você".

"Por quê? Você preferia ter mentido?".

"Não. Mas omitido".

"Eu prefiro saber!".

"Pra ficar incomodada com algo que aconteceu milhões de anos atrás? E que não diz respeito a nós dois?".

"Ok...". Ela disse por osmose.

"No mais, você agora tem um esperma diferenciado, não vai abortar naturalmente".

Ela balançou a cabeça, claro que ele se exibiria de tê-la engravidado.

"Tudo bem. Vamos dar um tempo pra nós".

"Ok".

"Ok".

E Cuddy apagou a luz. Naquela noite eles não fizeram amor, e tão pouco dormiram.

Continua...