Escrito por Teisu (Teisu@my.host.net)
Traduzido por Verythrax Draconis (verythrax@myrealbox.com)

Tradução Autorizada pelo Autor

18/07/2001 Script ver. 1.1

No Love Hina original, parece que Narusegawa e Keitaro serão
o casal prometido (Pelo menos até agora). Eu ofereço para a
sua consideração a seguinte história. Os personagens não são
meus. Eu agradecidamente parabenizo os escritores e autores que
trouxeram esta série à vida, a exibição pela TV Tokyo e a
miríade de pessoas que o trouxeram até a mim. Minha compreensão
de Kanji é limitada e eu não posso oferecer mais créditos que
isso. Assistir todos os vinte e quatro episódios, mais o
Especial de Natal de 2000 definitivamente será útil para a
compreensão desta história.
Esta história pode ser reproduzida eletronicamente enquanto
mantida em sua forma completa. Créditos adicionais aos
escritores, produtores e diretores da série podem ser
adicionados depois do título do capítulo.

Eu não me lembro ao certo como cheguei até aqui. Eu nunca sei
como qualquer coisa que eu escrevo vai se desenrolar. Este é
o prazer e o mistério de escrever.

Moe-chan agora está entre as garotas, aparentemente uma
competidora pelo amor do rapaz. Eu tenho escrito restritamente
por prazer. Obrigado ao Wataru-kun da Universidade da Carolina
do Sul por me permitir dar uma segunda olhada na série.

Uma gentil cutucada as meus queridos amigos em retaliação por
minha dificuldade em aprender o "R" japonês.

Teisu
(Teisu@my.host.net)


Love Hina Parte 3 - O Dilema de Motoko - A Boneca Viva

"Quando você começou a lavar roupa, Motoko-san?" Keitaro olhou
para a pilha de roupa suja que ela estava separando e começou a
andar ali em volta.

"Ai não..." Shinobu olhou assustada.

"O vestido! Ele vai acabar vendo. He vai pensar que..." se
encolheu diante daquele pensamento. "Moe-chan está com sua
família por gerações!"

"Urashima-senpai." Motoko assumiu uma posição educada, mas firme.
"Os trajes íntimos de uma dama não devem ser vistos casualmente."
Ela indicou a pilha de roupas íntimas que ela estava separando.

"Oops. Desculpe." Motoko assentiu e ele saiu rapidamente,
fechando a porta.

"Obrigada, eu achei que ia acabar vendo o vestido." Suspirou
Shinobu.

"Deixe o vestido de lado, com cuidado, com muita naftalina. Nós
precisamos perguntar para alguém especializado como fazer para
lavá-lo.

Shinobu pôs cuidadosamente o vestido numa caixa, jogando os
pequenos cristais brancos encima dele. As meias de feltro estavam
um pouco desfiadas. As rendas das roupas de baixo estavam
amarelas.
O veludo vermelho estava escuro, um pouco por causa da cor com
que foi tingido, e muito empoeirado.

"É muito pouco provável que este vestido tenha sido lavado alguma
vez." Presumiu Motoko. "Você tem algum vestido que Moe possa
usar? Ela é um pouco mais baixa que você, mas é quase do seu
tamanho."

"Sim, eu vou lhe dar um dos meus, há também uma caixa de roupas
de convidados e hóspedes anteriores, que não foram reclamadas. Eu
vou dar uma checada para ver se eu acho alguma coisa."
O rosto de Shinobu iluminou=se.

"Vamos lá!" Exclamou Shinobu.

"Onde?"

"Tomar um banho, Motoko-baka." Shinobu corou, dando conta o que
tinha acabado de dizer, e saiu correndo pela porta.

(Nota: Baka quando referindo-se a garotas, pode também significar
jovem e bonita [N.T. - gracinha] assim como estúpido ou bobo.
Acho que fiz um trocadilho!)

"Espere por mim!" Motoko correu atrás dela.

"Uhh," Motoko enrubresceu quando viu Moe nua, tentando lavar suas
próprias costas. Ela tinha um corpo formidável e sua pele era
perfeita, exceto pela pequena pinta em seu rosto.

"Ques qie c'est?" Perguntou Moe. "Nan desu ka? What is it?"
"Japonês está ok." Respondeu Motoko. "Geralmente, nós tomamos
banho vestindo estas roupas de banho. Tomar banho nu é geralmente
comum com os membros da família, ou de famílias próximas, ou
amigos íntimos."
"Entendo, então eu deveria tomar banho nua com o Keitaro-kun." A
garota assentiu, enquanto pegava a roupa de banho. Ela observava
com atenção enquanto Motoko esfregava as costas de Shinobu,
segurando sua roupa à frente, cobrindo seus seios.
Shinobu corou, e baixou a cabeça, embaraçada. "Bem, não exatamente."

"Pour quoi? Desculpe, eu preciso prestar mais atenção. Por que
isso?" Moe parecia intrigada. "Eu conheço Kei-kun desde que ele
tinha 10 anos, seu pai, seu avô e seu bisavô. Eu acho que isso
nos torna próximos e íntimos."

"Você é a próxima." Motoko segurou o pano ensaboado de Moe. Moe
imitou o que que ela tinha acabado de ver, abrindo a parte de
trás de sua roupa, segurando à sua frente. "Firme e gentil."
Instruiu Motoko. "Sauna só depois do banho. A água quente é para
abrir os poros, para vitalizar e relaxar o corpo. Nunca entre nas
termas sem se lavar muito bem antes."
Motoko virou-se, oferecendo suas costas para Moe. "Seu toque é
bom!" Pensou Motoko, enquanto tinha suas costas esfregadas.
Terminando o ensaboamento, o banho de água gelada lhes causou
arrepios.

"Mais um balde para ter certeza que o sabão foi todo enxagüado."
Motoko tornou um balde em Shinobu, outro em Moe e virou outro
sobre se mesmo, se enxagüando por completo.

"Agora podemos entrar na piscina." Motoko prendeu bem a toalha
ao redor de seu corpo entrou cuidadosamente na termas quentes,
sem conseguir esconder um arrepio.
"Está muito quente!" choramingou Moe, tirando seu pé rapidamente.
"Como vocês aguentam isso!" Ela observou enquanto Shinobu também
entrava na piscina.
"Lá no lado esquerdo, perto depois das pedras grandes, é cerca
de 5 graus mais frio." Sugeriu Motoko.
"Eu acho que posso agüentar isso." Moe contraiu o rosto a
princípio, mas então lentamente começou a se acostumar. "Ah, eu
estou começando a entender. Primeiro limpa-se por fora, e então
por dentro!"
Shinobu assentiu e as três ficaram em silêncio, escutando o
borbulho da água nas termas.
"Quando Kei-kun vem tomar seu banho? Eu gostaria de lavar-lhe as
costas." Ofereceu Moe.
""Ele usa o banho masculino." Disse Motoko embaraçada, pecebendo o
que viria em seguida.
"Entendo, ele usa o banho masculino, e um outro cavalheiro deve
esfregar-lhe as costas." Concluiu Moe.
Shinobu parecia terrivelmente sentida e começou a chorar. Os
olhos de Motoko começaram a lacrimejar também.
"Eu não entendo porque o que eu disse pode magoar vocês!" Exclamou
Moe.

"Lições na vida não são aprendidas sem algum desconforto." Suspirou
Motoko.
"Eu vou te dizer como é o banho masculino." Ele toma banho sozinho,
em um banheiro normal, com um tanque. E para mostrar o meu respeito
por ele, eu começarei a lavar as costas do Senpai, como a prometida
deveria." Motoko inclinou-se reverentemente para a boneca viva.
"Agora eu entendo por quê você assumiu forma humana, para nos ensinar."
"Sim, e se ele rejeitá-la, para se tornar sua noiva em seu lugar,
e ser a mãe de seus filhos."

"Imaginei que fosse isso." Motoko encarou duramente sua rival.
Shinobu olhou para o seu belo rosto e para o corpo bem-
prorcionado dela, e então desviou o olhar, derrotada.

"Agora que nós entendemos uma a outra," Disse Motoko. "Como nós
devemos chamá-la?

"Keitaro-san ficaria aterrorizado se eu usasse meu apelido." Eu
não tenho um nome de verdade além do nome da filha de que me
construiu. "Marie Encriver."

"Você não saberia o seu nome do meio, saberia?"
"Olivier."

"Isso encaixa!" Disse Motoko.

"Parece uma boa idéia, mas eles não se importariam se você o
usasse?" Objetou Shinobu.

"Isso foi a cem anos atrás. Shinobu. Baka." Motoko devolveu o
gentil insulto.

"Oh! Eu acho que não." Shinobu calou-se.

"Todo mundo aqui paga por seu quarto, comida e direito à banho.
Exceto Shinobu, que paga sua estadia cozinhando e cuidando da
lavanderia. Keitaro-kun permite que Mutsumi-san tome café e banho,
porque ela é seu parente, e uma paciente parceira de estudo."

"E aquela garota violenta, Naru?"

Motoko percebeu que Marie (Eu vou abandonar o "Moe" por enquanto!)
não havia utilizado o "san".

"Naru paga por sua estadia como as outras." Kaolla-chan é da
realeza, nós aceitamos o dinheiro de seu país, mas é praticamente
impossível trocá-lo por yen, então nós normalmente encaramos suas
compras como presentes. Geralmente, nós compramos as contas de
volta dos comerciantes locais, então ele continuam aceitando-o.
Ela é uma criança inocente, e nós não queremos ferir seus
sentimentos."

Marie assentiu com a cabeça. "Eu devo ter o dinheiro do meu
primeiro mês de aluguel ao fim desta semana!"

"Eu tenho certeza que o Senpai vai concordar com isso." Disse
Shinobu novamente.

***

"Bon Jour."

"Bon Jour Madamoiselle!" O gerente olhou para a jovem dama bem-
vestida.

Je m'appelle Marie, Marie Encrivez, et vous?

Ele estava deliciado em ouvir sua língua natal ser falada tão
fluentemente. Ele se levantou rapidamente e se apresentou.
Bem-vinda ao Banco de Zurique, Filial de Tóquio. Como posso
ajudá-la?

"Por favor, poderíamos ir a algum lugar reservado, isso é sobre
uma conta numerada." Requistou Marie.
O gerente sorriu. Contas numeradas são um tanto freqüentes e não
são mais tão grande coisa como eram antigamente. Mas para manter
as aparências, ele foi cordialmente a conduziu a um escritório
mas reservado. "Gostaria que uma senhorita nos acompanhasse?"

Marie assentiu, percebendo sua preocupação com sua reputação.
"Por favor feche a porta, pois gostaria de tratar de negócios."
O gerente não contou a ela sobre a câmera de vídeo sobre sua
mesa, gravando todas as suas ações mas não revelando o cliente.

"Esta conta não tem sido usada por cerca de 80 anos, de acordo
com meus registros. Eu tenho total conhecimento dos códigos para
acessá-la."

"Isso não é problema. Mas porque tanto tempo? Não que isso seja
da minha conta!" Explicou ele, rapidamente.

"O dinheiro era para ser usado apenas no caso de uma emergência.
Com a morte de minha mãe e o fim do dinheiro do seguro, eu tenho
que sacar estes fundos para viver e terminar minha educação.

"Então onde você está morando agora?"

"Na peguena cidade de Hina, em Hinata Sou. Eu tenho que pagar
algumas dívidas maiores, mas isso deve ser menos que 5% do valor
disponível."

O gerente conectou-se no sistema e acessou a conta. Virando o
console de modo que ele não pudesse ver a tela, ele ofereceu o
teclado à Marie. Ela cuidadosamente digitou o número da conta e
a senha variável, correspondendo ao valor desejado e a data.
Marie assentiu com a cabeça quando terminou todos os passos.
Virando a tela novamente, o gerente preencheu seu nome, título e
apertou a tecla "enter."

"Aguarde, por favor."
"Senha aceita."
"Conta válida."
"Conta inativa ativada."
"Valor calculado."
"Quantia válida."
"Taxa de câmbio acessada."
"Transferência iniciada."
"Transferência realizada."

"A impressora emitiu um recibo da transação, o qual ele entregou
o original e a cópia para Marie. Leve isto até o caixa e eles
cuidarão do resto para você."

Marie hesitou.

"Você gostaria de abrir uma conta corrente?"

"Sim, e eu gostaria também de transferir um milhão de yen para
o banco de Hina."

"Um milhão?"

O gerente olhou para o recibo na mão dela. "Dez milhões de yen!"

"Eu não tenho uma conta lá. Eu vou precisar de uma carta de
apresentação lá para o banco, e outra para o Embaixador da França
para que eu possa retirar um passaporte francês, e uma carta de
crédito. Eu também gostaria de fazer o câmbio da moeda de um
pequeno país. Aqui está um exemplo do dinheiro."

"Sente-se, senhorita, eu tenho algum trabalho a fazer."

***

Marie segurou a bolsa contendo seus preciosos itens bem junto de si.

Seguindo para a embaixada, Marie entrou no pátio da embaixada.
Aproximando-se do guarda, e mostrando-lhe sua carta de apresentação,
ela pediu para ver o secretário.

"Seus pais?" Meu pai era francês, minha mão nunca me disse seu
nome, Mamãe morreu a poucos anos atrás. Ela pediu para ser
cremada. Eu me formei no Colégio Católico aqui em Tóquio."
O embaixador franziu a testa. "Dois meses atrás, houve um terrível
incêndio, e todos os registros foram perdidos."
Virando-se novamente para Marie, ele procurou mais fundo. "Seu
diploma?"
"A mudança perdeu minha caixa de papéis, mas eu mantive uma
conta no Banco Suíço."

A história sobre sua identidade parecia um tanto inverossímil,
mas se um banco internacional reconhece a pessoa e lhe escreveu
uma carta de apresentação, então é história parece digna de
crédito. Além do mais, a pessoa fala como uma francesa nativa.
"Sua mãe the contou algo sobre Paris?"
"Sim, sobre um pequeno café na la place de la Concorde, onde ela
conheceu meu pai, onde são servidos os mais finos croissants e cafe
au lait. Eles tomavam seus cafés-da-manhã juntos e iam a um hotel
próximo, bem conhecido entre os casais, onde ficavam juntos todos
os dias."
O embaixador acreditou na história, já que ele próprio costumava
levar sua atual esposa à aquele velho café, e lembrou-se do
prestativo mensageiro que sempre os aguardava num pequeno hotel
próximo.

"Mamãe dançou por algum tempo no Moulin Rouge. Ela me mostrou
alguns passos de dança."

"E você aprendeu alguns passos?"

"Oh, sim. Você gostaria de ver?"

"Mas é claro!"

A jovem senhorita segurou seu vestido e começou a cantar o can-can!
Uma perna era levantada, pivoteando, com o joelho dobrado, então
a outra perna levantava-se da mesma forma. Então a visão de rendas
de sua calcinha trouxe um brilhante sorriso ao rosto do embaixador.
Os chutes altos era feitos com maestria. Ela sentiu seu pulso
aumentar e o sangue lhe subir o rosto. Ele começou a aplaudir,
acompanhando a canção. Os funcionários ouviram o barulho, e vieram
ver o que estava acontecendo, acabando por aplaudir juntos também!
Até que a dança terminou.

"Magnífico!" Gritou ele. "Você é uma verdadeira filha da França!"
Exclamou ele, "Apenas uma verdadeira mulher francesa pode dançar
o can-can assim! Eu cuidarei de seus documentos pessoalmente!"

Ele assinou e entregou o formulário de entrevista para sua
secretária.
Ela acompanhou Marie até uma sala menor, e tirou suas fotos para
o passaporte.

Ela sorriu para Marie. "Encantadora!"

"Merci!"

***

"Sei que você conhece uma linda garotinha loira, que sempre usa
um dinherio como esse." Marie lhe estendeu uma nota com o elefante
de três olhos impresso nela.

"Não faz diferença. Os seus amigos acabam comprando ele de volta,
eventualmente." O comerciante sorriu. "Suas compras são pequenas,
não atrapalhando muito nossos negócios. E ela realmente acredita
que isso é dinheiro, então eu e os outros comerciantes não nos
importamos."

"Eu estou morando em Hinata Sou, agora." Disse Marie ao vendedor.
"Ah, entendo!" Quanto você gostaria de compensar? Mil, cem, talvez
cinqüenta yen?"

"Tudo o que você tiver."

"Eu devo ter cerca de cinqüenta mil em meu caixa pequeno. Aguarde
um instante. Elas não são yen, mas achamos que devem valer alguma
coisa, apesar de nunca termos visto uma dessas antes. Ela nos dá
de valores de 100, 500 e 1000 destas notas. Nós não temos problemas
com as menores, mas as maiores nos são uma complicação."

"Não precisam se complicar mais. Eu irei comprar todas de vocês.
Pode chamar seus companheiros comerciantes. Eu estarei em Hinata
Sou."

Marie tirou um maço de notas de sua bolsa, o que fez o rosto do
comerciante se iluminar.
"Espere aqui!" Disse ele, saindo correndo pelos fundos.

"Desculpe!" Desculpou-se o comerciante. "Eu não sabia que tinha
este tanto."

"Cento e dez mil yen." Marie contou as notas, colocando-as na
palma da mão ávida do homem.

***

No dia seguinte, Marie obedientemente pegou o trem para Tóquio.
Ela preencheu aguida de depósito, "Trezentos mil Su-dólares."

A pequena nação mineradora de diamantes havia oficialmente
determinado o valor de sua moeda em dólares americanos. Realmente,
eles poderiam definir sua moeda no valor da moeda de qualquer país
e continuar a ser honrado no mercado internacional de câmbio.

O gerente do banco inclinou-se gentilmente assim que a garota entrou.
"Por favor, deposite isso novamente em minha conta numerada." Pediu
Marie.
"Agora mesmo!" O gerente preparou o depósito. Marie digitou o
número da conta e o gerente digitou o valor de Su-dólares menos
a comissão do banco de meio porcento. Convertido pela taxa de
câmbio, o dinheiro estava novamente na Suíça como francos suíços.

"Fácil de colocar, não tão fácil de sair!" Sorriu ele.

"Obrigado, eu terei vários outros grandes depósitos de Su-dólares
nas próximas semanas e então menores, um a cada mês, de cerca de
100.000 dólares por mês."

Maire pôs uma escrivaninha em seu quarto. A fila de pessoas fora
da porta se desfês e as pessoas puseram-se a alguns passos de
Marie, enqüanto ela divulgava a taxa de troca de yen pelo dinheiro
de Su. Shinobu atuava como sua recepcionista. Após saberem que
Shinobu não permitiria a entrada de pessoas rudes que furassem a
fila, o povo se acalmou.

Crianças haviam corrido a vizinhança atrás das notas estranhas.
Perguntaram em restaurantes, mercados da região, cinemas e até
aos taxistas. A garota era de uma incrível beleza e praticamente
estava distribuindo seu dinheiro!
"Marie-san." Advertiu Keitaro. "Não vejo problema no que você está
fazendo, mas você também tem que se preocupar com suas
necessidades. Se você gastat todo o seu dinheiro comprando a
mesada de Kaolla, do quê você vai viver?"

"Meu queridíssimo Kei-chan." Marie sorriu afetuosamente. "Eu estou
bem ciente de meus recursos, e tenho fundos para fazer isso. Todos
estão felizes, o dinheiro de Kaolla agora é aceito, e você e seus
amigos não precisam mais se incomodar com ele. Obrigado pela sua
preocupação."

"Você quer dizer que não há problema se eu trocar um pouco do
que tenho?"
"Naturalmente. Todo mundo, incluindo Kaolla."

"Onde você conseguiu isso?" O taxista apresentou uma nota de dez
mil Su.
"Eu a aceitei por uma corrida de táxi. Minha filha me disse que
você estava comprando elas de volta."

"Alguém que eu conheço?"

"Shinobu-chan."

"Aqui estão os seus dez mil yen."

"E outros dez mil," sussurou ela, "Você deve ser gentil tão gentil
com as damas sempre, mesmo se for na Véspera de Natal!"

"Eu prometo."

Marie apertou a nota extra em sua mão.

"Outro depósito?" O gerente do banco olhou para a figura, agora
familiar, que entrava no banco, com sua bolsa trancada. Ele estava
nervoso no início, com a abertura daquela conta antiquíssima.
Várias sobranceiras se franziram em Zurique, a transação foi
escrutinizada, mas validada e re-validada sem se descobrir
nenhuma pista de ilegalidade, até o vídeo foi verificado e suas
ações verificadas durante a transação. Entretanto, ninguém
perguntou o nome do cliente ou mesmo uma descrição do cliente.
O banco garantia a anonimidade, e começar a questionar os clientes
sem pista de má conduta poderia invalidar totalmente a definição
da conta numerada.

A moeda estranha o deixou nervoso a princípio, mas com o passar
das semanas e o dinheiro indo para o banco nacional da ilha e
sendo verificado, ele podia aceitar a moeda sem reservas.

"Um milhão, oitocentos mil e cinqüenta Su-dólares!"
O gerente sorriu para Marie enqüanto ela digitava o número da
conta e envia o dinheiro de volta para a Suíça.

Marie checou o balanço da conta numerada. Ela não poderia usá-la
novamente tão cedo. Ela havia devolvido todo o dinherio mais
vinte porcento. Isso era muito triste, a família de seu
construtor deveria ter obviamente morrido, ou perdido o número
da conta e os códigos do banco. O banco havia honradamente
mantido o dinheiro em conta. Ela lembrou a si mesmo de procurar
por qualquer sobrevivente, quando houvesse oportunidade.

Marie verificou seu novo passaporte cuidadosamente e assinou-o.
Ela era agora oficialmente uma pessoa, com recursos e contatos.
Sua carta de crédito ainda estava em ordem. Ela havia criado uma
ourta conta numerada em Zurique e tinha mais dez milhões de yen
em sua conta em Tóquio. Havia outros dois milhões em Hina, também.
O pequeno banco viu o dinheiro aparecer como mágica na conta. A
pequena jovem deveria ser mais do que aparentava. E tudo isso
havia vindo da Filial de Tóquio do Banco de Zurique. Várias pessoas
sabiam sobre suas compras de dinheiro, mas especulavam que ela
deveria ser um membro da Casa Real de Su, honrando os débitos de
Su-chan. A maioria das pessoas acreditava que fosse isso.

"Marie-san?"
"Sim, por favor não seja tão formal. Marie está ótimo." A bela
jovem andou até ele, próximo à porta. Ela percebeu ele cacoalhar
a cabeça e arrepiar-se. "Você está com frio?"
"Não, você apenas me lembra alguém." Ele voltou a razão de sua
visita.
"Seus pagamentos rigorosamente em dia e suas ajudas generosas têm
ajudado bastante na manutenção de Hinata Sou," começou ele. "Um,
eu tenho algum dinheiro de Su-chan, que eu gostaria de trocá-lo,
se não for lhe for muito problema. Eu tenho que fazer alguns
reparos." O óculos quadrados do jovem rapaz deslizaram pelo seu
nariz, enqüanto ele abaixava a cabeça.
"Eu ficarei feliz em comprá-lo de volta depois, se você quiser."
Completou ele, rapidamente.

"Por favor, sente-se." Disse Marie de trás de sua mesa. "É um bom
negócio para mim comprar o quanto eu puder da 'mesada' de Su-chan,
como você se refere."

"Eu não entendo."

"Não tem importância." Marie olhou para ele firmemente. "Você
pode ficar tranqüilo, pois eu lhe asseguro que isso não me causa
transtorno."

"Bem, eu recebo 20.000 "yen" por mês de Su-chan. Então aqui está
o dinheiro que eu comprei de volta e também o que recebi da irmã
da Su-chan. Eu estou aqui faz três anos. Minha avó Hina-san
aceitou esse dinheiro por três anos antes disso. A família de Su
esteve aqui várias vezes antes também. Eu sei que o que eu estou
pedindo é muito dinheiro, mas eu aceitarei o que você me oferecer
por isso." Ele pôs a caixa sobre a mesa.

"Eu não posso te dar isso tudo de uma vez." Verificou Marie depois
de contar as imensas pilhas de notas. "50 ou 60 mil yen?" Keitaro
olhou para ela, esperançoso."

"Nunca." Respondeu Marie, abruptamente.

"Desculpe." Respondeu Keitaro.

"Um milhão agora, e dois milhões e trezentos mil amanhã."
Respondeu Marie carinhosamente, contando as notas e preenchendo
um cheque do Banco de Tóquio no valor.

"Você pode sacar ou depositar o cheque no Banco de Hina ou, se
preferir, eu posso te trazer o dinheiro amanhã."

"O que você está fazendo com todo esse tipo de dinheiro?"

"Essa não é uma pergunta justa. Eu não estou enganando nem ferindo
ninguém. Eu não estou quebrando nenhuma lei dos Céus ou dos homens.
Você é o único que me fez tal pergunta. E o que você está fazendo,
vivendo numa casa cheia de garotas bonitas?" Reprovou-o Marie.

"Foi um tipo de acidente."

"Quantas delas você já viu nuas?" Marie pressionou-se contra ele.

"Eu...Hã..." O rapaz corou num vermelho brilhante. "Compreendo
seus argumentos."
"Perdoe-me Marie-san, um cheque será ótimo," acrescentou
rapidamente.

***

Motoko seguiu sua presa silenciosamente, até a sala onde esta
desapareceu atrás de uma porta.

"Te peguei agora!" Sorriu ela.

Tremendo de antecipação, Motoko bateu na porta.

"Vá embora, estou tomando banho." Gritou Keitaro, lá de dentro.

"Prepare-se! Eu estou entrando!" Keitaro havia amarrado a toalha
na cintura bem na hora em que Motoko abriu a porta.

"Me desculpe!"

"Por o quê? Por tomar banho pelado? Eu só queria ver seu
machucados e verificar o quanto eles cicatrizaram." Explicou
Motoko ao rapaz embaraçado.

"Ah, está tudo bem, estou bem agora."

"Mostre me suas costas!"

"Hai, Motoko-sensei!" O rapaz sentou-se no banco de banho e
inclinou-se um pouco para à frente.

Motoko identificou a leves cicatrizes e levemente acariciou a
pele lisa.

"Bom!" Exclamou ela.
"As cicatrizes são mínimas, o sol vai deixá-las da cor do resto
do seu corpo em poucos meses." Pensou ela.

Motoko ensaboou um pano e molhou-o e começou a esfregar as costas
de Keitaro.

"Eu lamento que você tenha que tomar balho sozinho, sem ninguém
para conversar, sem o som das termas para relaxá-lo, e ninguém
para tocá-lo." Motoko silenciou seus protestos.
"Eu fui lembrada que todo mundo deveria ter alguém para ajudá-lo
ou ajudá-la em seu banho. Se você quiser que eu tome banho com
você, eu me disponho." O coração de Motoko estava acelerado.
"Não se preocupe, eu estou vestindo uma roupa de banho."

Keitaro não disse uma palavra, seu rosto estava muito vermelho.

"Por favor levante-se e deixe-me examinar os outros machucados."

"Obrigado." Lembrando-se de como ela cuidou de seus ferimentos,
Keitaro relutantemente levantou-se, segurando sua toalha. Motoko
examinou os traços cor-de-rosa do velho machucado e sorriu.

"Ótimo, você está completamente curado."

Motoko tirou seu kimono preto, ela estava vestindo uma roupa de
banho por baixo. Ela sentou-se no banco de banho e fez menção
para Keitaro esfregar suas costas. Ela segurava a roupa cobrindo
seu peito com uma mão, seu longo cabelo negro com a outra. Keitaro
gentil e firmemente lavou as costas de Motoko e ofereceu-lhe o
pano. Sentando-se e virados um de costas para o outro, os dois
terminaram de se ensaboar. Usando o chuveiro de mão., os dois se
revezaram no enxágüe.

O aquecedor chiou, fazendo brilhantes chamas azuis esquentarem o
grande tanque. Finalmente atingindo a temperatura correta, o
aquecedor desligou-se.

"Olá, Senpai?" A voz de Shinobu demonstrava uma terrível timidez.
"Você gostaria que eu lavasse suas costas du lhe ajudasse no banho?"
"Uhh..." Keitaro olhou para Motoko. Ela olhou para ele calmamente.
Não havia sinal de embaraço.

"Por favor, entre." Respondeu ele, "Nós estamos nos preparando
para entrar no tanque."
"Motoko-senpai." Shinobu cumprimentou-a; Shinobu não estava
chocada. "Eu vou sair." Ofereceu ela.

"Não, não há nada de errado em três tomarem banho." Explicou Motoko
rapidamente.

"Eu já me lavei, lá embaixo." Disso Shinobu "Então eu me lembrei
o que Mo-marie-san disse."

Os três entraram no tanque. "É um pouco apertado," Pensou Keitaro,
"mas parece que todo mundo está gostando."

Eles podia ouviar os outros lá embaixo, nas termas, o soprar do
vento, o farfalhar do vento entre as folhas. "Talvez este não
seja um banho tão ruim, afinal." Pensou Motoko.

***

"Sim, Shinobu-chan?" O arqueólogo levantou os olhos de alguns
fragmentos de porcelana, que estava examinando em sua mesa.

"Eu trouxe algo que pode interessar a você ou a algum de seus
colegas. É algo que não pode se abandonar."

"Humm, uma joía de família? Você precisa avaliar um vaso? Ou precisa
que consertar um prato quebrado?"

Shinobu abriu a caixa e mostrou a vestimenta. "Uau." Disse ele num
suspiro. "Um vestido de baile francês de 1980, completo com as
meias. Eu só vi velhas fotografias destes. Onde você o conseguiu?"

"Uma amiga me perguntou se eu poderia lavá-lo para que ela possa
usá-lo." Explicou Shinobu. "Isso é tão antigo, eu não queria estragá-lo."

"Me parece que só poderia ser lavado à seco, entretanto. Se eu
puder desmontar o vestido e fazer um molde dele, eu restauro ele
do meu próprio bolso!" Sorriu o professor.

Shinobu balançou a cabeça. "Isso é algo que eu não posso
autorizar. Isso vai além de limpar o vestido."

"Aqui está o nome de um retaurador que pode lavá-lo à seco, que
nós usamos para cuidar de roupas antigas."
Seta escreveu o endereço e incluiu uma breve nota de apresentação.

"Ele é muito bom - e muito caro." Advertiu Seta. "Você deve pedir
um orçamento antes dele começar!"

***

"Ah, Marie-san, o vestido que você deixou comigo na lavanderia no
dia que você chegou aqui?"
Shinobu correu em direçao à moça, que estava verificando os
livros-caixa em sua mesa.

"Por favor, entre," Marie pôs um marcador de páginas no livro que
estava preenchendo.

"Eu descobri que ele não pode ser lavado, mas a limpeza seria
cara, terrivelmente cara. Eu achei uma pessoa que pagaria para
fazê-lo, mas gostaria de desmontar o vestido antes, para fazer
um molde. E também tem um figurinista de teatro que quer 75.000
yen para limpá-lo, fechar os buracos e consertar todo o tecido
estragado! Ele se recusa em simplesmente limpá-lo. Eu não sei o
que fazer!" Shinobu estava quase em lágrimas.

"Foi uma terrível injustiça minha em te pedir para cuidar disso."
Desculpou-se Marie. Mas se você me fizer o que eu te pedi, eu
lhe seria imensamente grata. Aqui estào cem mil," Marie destrancou
sua gaveta e pegou uma pilha de notas e eficientemente colocou dez
notas novinhas na mão de Shinobu. "Traga-me a nota. Fique com dez
mil paraa você em pagamento pelo seus esforços."

Shinobu olhou para a quantia em sua mão; a boneca viva era um enigma.

A pousada estava recentemente começando a mostrar sinais da sua
antiga glória. Vigas quebradas e rachadas foram substituídas,
buracos no chão foram consertados, e fiações elétricas inadequadas
foram trocadas. As lâmpadas nuas foram substituídas por luminárias
da época. Pinturas e caligrafias começaram a aparecer nas salas.
Os artesãos trabalhavam sob sua direção. Esta não era como a
rápida reforma que Hina-san havia feito no ano anterior, mas sim
uma cuidadosa restauração histórica. Ela inspecionou o trabalho
cuidadosamente. Ela não pressionou os trabalhadores, mas insistiu
para que o trabalho fosse feito corretamente, não rapidamente.

Shinobu olhou para a garota, balançando a cabeça em aceitação, e
cuidadoasmente pôs o dinheiro em sua bolsa.

"Marie-san, de onde vem isso?"
"Uma esposa adequada deve saber como cuidar de uma casa." Marie
desviou a pergunta e sorriu para ela. "Me perguntam isso sempre."

"E o Keitaro-senpai? Você não está tomando o trabalho dele?"

"Ele ainda faz o que ele sempre fez; limpa as termas, varre os
corredores, arrecada o aluguel e cuida do dia-a-adia da pousada.
Seu verdadeiro trabalho é preparar-se para a Universidade de Tóquio
e encontrar sua noiva lá."

"Hã, você pode me mostrar como utilizar estes livros, também?"

"Claro, eu adoraria ter companhia," Sorriu Marie.

***

Fim do 3º Episódio

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O original en inglês deste fanfic pode ser encontrado em
www.geocities.com/bthies
Sua tradução para a língua portuguesa foi autorizada pelo autor.
Sinta-se à vontade para disponibilizar este fanfic em seu site.
Apenas peço que dê o crédito da obra aos seu devidos autores/tradutores.
(e nos avise para darmos uma olhadinha! -_^)

Verythrax Draconis,
18/07/2001
http://verythrax.cjb.net

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