Escrito por Teisu (Teisu@my.host.net)
Traduzido por Verythrax Draconis (verythrax@myrealbox.com)
Tradução Autorizada pelo Autor
19/07/2001 Script ver. 1.1
No Love Hina original, parece que Narusegawa e Keitaro serão
o casal prometido (Pelo menos até agora). Eu ofereço para a
sua consideração a seguinte história. Os personagens não são
meus. Eu agradecidamente parabenizo os escritores e autores que
trouxeram esta série à vida, a exibição pela TV Tokyo e a
miríade de pessoas que o trouxeram até a mim. Minha compreensão
de Kanji é limitada e eu não posso oferecer mais créditos que
isso. Assistir todos os vinte e quatro episódios, mais o
Especial de Natal de 2000 definitivamente será útil para a
compreensão desta história.
Esta história pode ser reproduzida eletronicamente enquanto
mantida em sua forma completa. Créditos adicionais aos
escritores, produtores e diretores da série podem ser
adicionados depois do título do capítulo.
(Um breve nota sobre o que vem a seguir. Qualquer termo
desrespeitoso com relação à Marie (Moe-chan) estão apenas na
cabeça de Narusegawa nesta história.)
Teisu
(Teisu@my.host.net)
Love Hina Parte 4 - O Dilema de Motoko - Ciúmes!
Narusegawa fungava. "Primeiro Motoko, agora Marie!"
Shinobu era bonita, mas ela sabia que Keitaro não a considerava
como uma opção para se casar. Kaolla o assustava. Além disso,
ela já estava prometida para o seu meio-irmão.
Mutsumi era uma realmente uma possibilidade, mas a ênfase estava
na garota prometida. Mutsumi já havia se desqualificado de ser
ela, mas pergunta era, qual delas seria a garota prometida?
A questão já estava se tornando regra, até onde Narusegawa sabia.
Qualquer uma que entrasse na Universidade de Tóquio com ele poderia
ganhá-lo.
"Eu quero uma vida segura como parente de Hina-san. Vou ter boa
comida, banhos maravilhosos, um marido gentil. E eu serei capaz
de administrar Hinata Sou, quando Hina-san inevitavelmente nos
deixar," Seu pensamento a entristeceu um pouco. Narusegawa era
muito apegada à velhinha.
"Keitaro tirou um "A" no seu último exame!" Seus pensamentos
seguiram.
Suas aulas sob a supervisão de Sarah o haviam deixado muito bom
em inglês nos últimos meses. Sarah sorriu para ele quando ele a
chamou de "Professora McDougall", agora capaz de articular o "L"
e o "R" inglês, para sua satisfação. E ela também não representava
perigo.
Narusegawa voltou novamente seus pensamentos para a competição.
"Motoko não seria problema, porque ela não seria capaz de passar
no exame de admissão. Ela era fraca em matemática avançada. Se
ela estudasse duro, com ajuda de um tutor, ela poderia acabar
entrando em outro ano. Além do mais, ela havia se inscrito para
uma bolsa em Kyoto." Ela mesma havia visto a carta vinda na
secretaria da universidade.
"Marie é diferente," encrispou-se Narusegawa. Ela havia aparecido
do nada, sem pais, sem dinheiro, e com apenas uma muda de roupa.
Sem perder tempo em demonstrar seus sentimentos com por Keitaro,
a "putinha francesa", como Naru se referia à ela, havia se tornado
uma das maiores mulheres de negócios da região. Ela carregava um
passaporte francês e havia se inscrito para receber um visto de
estudante. Matriculando-se como uma estudante francesa, ela poderia
facilmente se livrar dos exames de pré-requisito e fazer o exame
de admissão junto com os outros. Ela também tinha uma carta de
crédito que lhe permitia facilmente cobrir os custos como uma
estudante estrangeira na Universidade de Tóquio. "O programa de
intercâmbio estrangeiro poderia até mesmo dispensá-la do teste!"
Pensou Narusegawa, com repulsa.
Narusegawa também não podia esquecer da compra da mesada sem
valor de Su-chan e do respeito que ela ganhou na cidadezinha por
causa disso. O dinheiro de Kaolla Su era aceito em toda a
cidadezinha agora, e ela poderia trocá-lo em qualquer lugar por
yen, para uma viagem à Tóquio. Os comerciantes apareciam aos
sábados para compensá-los.
E também havia a restauração da pousada. O material foi comprado,
o trabalho realizado e os trabalhadores pagos.
"E de onde vinha o dinheiro?"
Keitaro havia começado o projeto com o dinheiro que ela havia
lhe dado pela "mesada" da Su e ele então havia confiado a
operação à ela.
Narusegawa havia checado o escritório no térreo a procura de
alguma promisória ou declaração de venda da pousada, mas suas
buscas foram em vão. E a pousada lentamente estava perdendo os
efeitos do tempo e começando a se parecer mais um palácio. Os
trabalhadores se referiam à ela, quando ela não estava olhando,
como "Marie-sama". Ela era uma justa, mas firme superintendente,
se recusando a aceitar qualquer trabalho que não fosse o melhor.
Ela havia proibido totalmente que se dirigissem à ela com qualquer
honorífico diferente de "Marie-san". Ela era bonita, generosa,
bem organizada, amigável, e aparentemente bem de vida - e era a
pior inimiga de Narusegawa.
Os tablados do chão do quarto de Naru haviam sido trocados, o
chão polido, deixando-o brilhante. Isso também separava ela de
Keitaro, já que o buraco no chão não mais existia.
As decorações e pinturas do quarto, aprovadas pela própria
Nausegawa, agora a deixavam nervosa, porque ela reconhecia nela
a influência da odiada "Gaijin" [estrangeira] nelas.
O confinamento de banho do Keitaro por ela, a anos atrás, por sua
própria insistência, ao pequeno banheiro do segundo andar, agora
lhe trazia mais um incômodo. As garotas faziam sorteios para ver
quais duas iriam dividir o banho com Keitaro e lavar suas costas.
Kaolla, Sarah, Mutsumi, Motoko, Shinobu e Marie, todas
participavam regularmente. Duas garotas eram uma garantia que
contra qualquer abuso por ambas as partes. A tia de Keitaro havia
subido para espiá-los, por sua insistência; então ela mesma havia
entrado no sorteio no dia seguinte! E não havia segredo de quem
havia sugerido para que ela entrasse! Naru recusou-se a participar
e cerrava os dentes quando ouvia as conversas no andar de cima,
olhando da termas, as vezes morrendo de vontade.
Shinobu, que agora ajudava a administrar os livros-caixa para o
projeto de restauração da casa, era de alguma ajuda. Sincera e
honesta, a jovem doméstica agora era capaz de dizer exatamente
como, quando e onde o dinheiro tinha sido gasto. O projeto estava
dentro do prazo e do orçamento. E dificilmente era de alguma
ajuda quando se tratava de descobrir algo capaz de derrubar sua
rival!
Marie já havia recebido várias ofertas para trabalhar em empresas
de construção civil e até de assistente para uma grande firma de
engenharia que estava construindo um novo edifício no centro de
Tóquio. As empresas multi-nacionais viam-na como uma coisa rara,
francesa, inglesa e japonesa, uma boa organizadora, uma líder, e
aquela maldita carta de crédito que havia se extendido para 9
pessoas agora! Ela havia conseguido toda a madeira para trocar
as vigas podres em semanas, ao invés de meses, devido a isso.
Sem falar que ela era uma "um prazer para os olhos!" Keitaro havia
chamado a atenção de um dos trabalhadores mais jovens, devido a
esse comentário, para então acabar fazendo este comentário ele
mesmo.
"E ela teve a pachorra de recusar as ofertas de emprego pra ficar
aqui!" Naru cerrou os dentes diante desse pensamento e cerrou os
punhos.
***
Motoko havia se correspondido com sua irmã, à respeito da escolha
de seu marido. "Sendo ele um candidato à Universidade de Tóquio,
com as pressões do exame de admissão sobre ele, acho que não
seria inteligente distraí-lo com este assunto de casamento agora.
Minha própria admissão na Universidade já está assegurada. Quando
ele for admitido, eu poderei lhe dar minha resposta definitiva,
se ele irá ou não realmente se casar comigo."
A promessa de Motoko foi aceita na vila, e a notícia de Keitaro
usando o medalhão de compromisso chegou ao ouvidos os anciãos,
de boca em boca.
"Um rapaz bom e educado, respeitador dos velhos e das mulheres."
Leu Motoko. Lágrimas correram em seu rosto de orgulho dele quando
ela leu estas palavras.
A carta de resposta chegou em uma semana.
Pulando as usuais notícias e cumprimentos, ela leu a resposta.
"Minha querida irmã, você pode dispor do tempo que precisar para
garantir o seu par. Mas, se você for rejeitada, você deve nos
notificar prontamente!"
Motoko sentou-se na cozinha, com Shinobu e Marie. Shinobu estava
preparando a comida para os trabalhadores. Macarrão, arroz, peixe
e pickles compunham uma refeição simples, naturalmente servida
com chá verde. Os homens tinham liberdade para trazer sua própria
marmita, ou comprar seu almoço na cidade, mas a regra era "todos
devem comer". Marie havia completado o orçamento da pousada com
um pouco do orçamento da restauração, para conpensar a diferença.
"Isso é "seguro barato" contra acidentes." Observou Marie. Os
homens se tornam preguiçosos quando estão de estômago vazio. Marie
insistiu naquele almoço, todo o trabalho não crítico deveria parar
para os homens descansarem e comerem. Tarefas críticas, como a
moldagem do cimento fresco e qualquer outra tarefa que se parada
pudesse causar acidentes, danos ou desperdício, era monitoradas
de perto e os homens descansavam e comiam assim que fosse possível.
As duas garotas, vestindo atraentes vestidos, carregavam as
refeições para a área de almoço. Alguns tinha marmitas, mas
mantinham-nas fechadas até todos terem se servido. Marie fazia a
benção tradicional, que todos repetiam em uníssono. "ITADAKIMASU!"
As duas garotas cuidadosamente verificavam durante a refeição se
todos tinham chá ou água. À medida que elas passavam, elas podiam
sentir o gentil toque de uma mão ou da ponta de seus dedos nelas.
"Eles são solitários, e a menos que sejam muito intrusivos, deixe-
os em paz." Sugeriu Marie. Isso era muito menos humilhante que
o trem, e ali havia um respeito nos toques.
Motoko manteve Keitaro ocupado com seus estudos. Um gentil
comentário depois de uma pausa para descanso um pouco longa
demais o mandava obedientemente de volta para o grupo de estudo.
Narusegawa e Mutsumi ainda estavam lutando para terminar o livro
de cálculo que ele havia terminado, semanas atrás. Ele agora
estava estudando Kanji intensamente. Motoko sorriu. Esta era a
sua melhor matéria.
Keitaro olhou para a sua antiga inimiga com cuidado, a mesma que
havia tentado tentado partí-lo ao meio com a sua espada, agora
estava se oferecendo para ajudá-lo nos estudos. Ela era a mesma
que havia impedido Narusegawa de batê-lo e havia tratado de seus
machucados, a mesma que preferia a companhia exclusiva de mulheres,
e que agora dividia seus banhos com ele, de tempos em tempos.
"Já que nós vamos trabalhar juntos, eu insisto em uma coisa."
Declarou Motoko. "Que você se dirija à mim como 'Sensei'."
Keitaro balançou a cabeça em aceitação. "Até a Sarah com seu
conhecimento nativo de inglês foi chamada dessa forma." Pensou
ele.
"Eu estarei segurando sua mão, guiando seu braço, ajustando sua
postura. Você me permitirá ensiná-lo pelo toque." Afirmou Motoko.
"Contato próximo será parte de seu treinamento."
Keitaro engoliu um seco. "Eu posso facilmente cometer um engano."
Motoko assentiu, "É por isso que você é o aluno."
"Palavras íntimas são parte do Kanji e por isso, são parte do
treinamento." Keitaro corou, mas assentiu.
"Você irá aprender vários caracteres antigos."
Keitaro protestou. "Eles são muito pouco utilizados. Qual é a
sua utilidade?"
"Eles são usadas na arte e pelos anciãos. E isso também é parte
do meu preço em ensiná-lo." Declarou Motoko.
"Ótimo, vamos começar." Sugeriu Keitaro.
"Não tão rápido," declarou Motoko, "Nós somos inimigos. Antes de
nós podermos trabalhar juntos, o caminho deve ser limpo entre nós,
e a nossa richa deve acabar de uma vez por todas."
Keitaro concordou. "A cerimônia do chá."
"Hai."
Keitaro vestiu um hakama formal, e entrou na sala restaurada,
com a mesa baixa. Ele cuidadosamente levantou sua roupa, uma
perna de cada vez para impedir que fosse presa embaixo de seus
pés e arrastada no chão; ele entrou pela porta de joelhos.
Motoko passou sua espada para Shinobu como manda a cerimônia,
e entrou de joelhos pela porta oposta.
O texto da versão curta da cerimônia estava sobre a meas baixa,
mas Motoko o conhecia intimamente. Keitaro havia limpado a sala
completamente; ele havia conseguido o jogo de chá herdado por
Hina-san.
A cerimônia prosseguiu sem incidentes. Os movimentos de Motoko
eram, graciosos, experientes, bem feitos. Os movimentos de Keitaro
era hesitantes, mas sinceros.
O fino chá verde era divido em uma tigela simples, com a elegância
da rotação completando a cerimônia, os dois inclinaram-se um para
o outro, eu uma reverência silenciosa.
Após isso, ele ofereceu suas mão abertas, uma tradição de
família, não normalmente vista na cerimônia. Motoko reconheceu
a forma, respondendo e as pontas de seus dedos se encontraram.
"Flash!" Shinobu tirou uma foto deste momento clássico.
Os dois perceberam, mas a distração perdeu-se em um silencioso
repouso.
"Keitaro, o que você está fazendo? Eu pensei que você me amava!"
"Desculpe-me, Narusegawa, mas o que isso tem a ver com você?"
Respondeu Keitaro, com os olhos ainda fechados, saboreando o
momento.
"Você está sentado aí, se tornando íntimo com ela!"
"Motoko-chan, e eu que pensei que você fosse minha amiga!" Berrou Naru.
"Keitaro, BAKA!" Naru projetou seu corpo para trás e acertou o
rapaz distraído no rosto.
Motoko viu o golpe vindo, mas não tinha nada com que proteger o
Keitaro.
"Não!" Gritou Motoko. O jogo de chá foi mandado pelos ares e se
quebrou no chão, enquanto Keitaro caía, com sangue escorrendo de
sua boca.
"Um caminho foi limpo e outro foi corrompido." Motoko encarou
Narusegawa, que olhava com os olhos olhos arregalados para Motoko,
percebendo o que tinha acabado de fazer.
"Você profanou a cerimônia do chá. Eu nunca mais comerei com
você, tomarei banho com você ou mesmo conversarei com você.
Seus inimigos agora são meus amigos. Eu não a defenderei ou
levantarei um dedo para ajudá-la. Eu não andarei pelo mesmo
caminho que você andar, eu não dormirei sob o mesmo teto que
você dormir. Eu deixarei Hinata Sou assim que arrumar minhas
coisas. E se estivesse com minha espada, eu a partiria ao meio!"
"Espere!" Keitaro olho para os olhos faiscantes de Motoko.
"Narusegawa!" Keitaro olhou para a sua antiga amada, o sangue do
seu dente quebrado escorrendo de sua boca.
"Eu tiro você do meu coração. Eu não a conheço mais. Pegue tudo
que trouxe com você e vá embora. O rapaz cuspiu o sangue de sua
boca, sujando a blusa de Narusegawa com ele.
Shinobu veio correndo e segurou o braço de Naru. Naru gritou de
dor quando seu braço foi forçado quase ao porto de quebrar-se.
Incapaz de resistir à força, ela foi arrastada da sala, e jogada
no chão do corredor. Shinobu sacou a espada de Motoko e apontou-a
para ela. Ela nunca tinha visto Shinobu desse jeito. Mitsune,
outra pensionista, que havia testemunhado o evento, segurou uma
faca junto do pescoço de Naru e mandou Shinobu guardar a espada.
Shinobu correu para a cidade para chamar os anciãos para que
cuidassem deste assunto.
A tia de Keitaro, chegando do trabalho, olhou horrorizada para
os restos do jogo de chá. Membros da família haviam passado fome,
não vendendo o jogo nem para comprar comida. Keitaro havia pedido
emprestado o precioso jogo e Naru o havia destruído em sua fúria.
Agredir um participante de uma cerimônia do chá também era algo
impensável. Isto era algo tão inacreditável que mesmo olhando para
o rosto de Keitaro ela ainda não conseguia compreender o ocorrido.
"Vamos te levar à um dentista, talvez possamos ainda salvar o seu
dente.
"Uma jovem bem intempestiva, talvez," o dentista pôs um tampão
para conter o sangramento do dente temporariamente.
As lágrimas de Keitaro não eram por causa da dor, mesmo com o
dentista sempre perguntando se estava doendo, ele fazia não fazia
sinais para parar a operação.
Voltndo para a pousada, Keitaro destruiu as fotos dele com
Narusegawa.
Fechados no porão, os anciãos discutiam o que fazer com ela. "Eu
digo que você deve matá-la," disse um dos anciãos. "Apenas uma
pessoa totalmente má poderia fazer uma coisa destas."
"Mande ela de volta para casa, e deixe os pais dela lidarem com
isso." Disse outro.
"Não, ela já tem idade. Ela deve ser punida pelos seus próprios
atos."
"Não há culpa em nossas mãos," disse a pequena garota loira. "Mas
se ela morrer aqui então seu sangue maligno ira manchar este lugar,
e a família de Hina será destruída."
Os anciãos olharam para a pequena estudante estrangeira. Suas
palavras lhes causaram calafrios.
Então todos eles viram alguma coisa, uma imagem, um espírito,
uma forma angelical.
"Por favor, nos deixe a sós." O líder disse à família.
"Marie-sama," um dele disse, "Queremos que você fique."
Narusegawa havia fugido. A tia de Keitaro mandou que ela fosse
presa se ela algum dia voltasse.
Mutsumi pegou de volta o Liddo-kun, o bicho de pelúcia de seu
tempo de infância, já que Narusegawa o havia deixado no quarto
de Mutsumi.
Os outros pertences de Naru foram encaixotados e enviados para
os seus pais, junto com uma carta, relatando sua expulsão por
causa da briga. Ela não havia se incomodado em levar nada consigo
na noite em que fugiu.
Questionou-se sobre para onde ela teria ido, mas ela havia
desaparecido na noite.
Mei veio para a casa para procurar por alguma pista, mas não
encontrou nada. As pessoas foram educadas com Mei, a irmã de
Narusegawa, que foi tratada com gentileza. Mas eles nem sequer
mencionaram o nome de Narusegawa. Seus pais também vieram
procurá-la e também foram tratados com cortesia.
Marie havia se esforçado, conseguindo um jogo similar ao que havia
sido destruído. Uma cópia quase exata, duvidava-se que Hina-san
pudesse perceber a diferença devido a sua visão fraca. Marie se
recusou em dizer o quanto ele havia lhe custado. Seta-san havia
enviado as peças quebradas do original para um restaurador, para
ver se este poderia ser consertado.
Keitaro e Motoko praticaram os caracteres do Kanji juntos,
aprendendo a história por trás de cada um, assim como o método
de desenhá-los. Mutsumi sentou-se junto com eles, observando o
trabalho de escrita e aprendeu também.
A perda de Narusegawa em sua vida foi devastadora, tão próximo
da época do exame. Entretanto Marie, Mutsumi e Keitaro seguiram
para o local das provas e o exaustivo exame durou quase todo o
dia. Shinobu havia preparado um bento [lancheira] para cada um.
"Seja forte, tenha orgulho, sua prometida estará lá quando você
entrar na Universidade." Motoko prometeu a ele.
"Boa sorte, Senpai." Disse Shinobu, estendendo-o a lancheira.
"Não desista. A garota prometida estará lá. Concentre-se no
futuro."
"Mesmo se Kei-kun não passar no exame, eu estarei com ele sempre."
Ofereceu Mutsumi.
"Keitaro-san," Disse Marie. Eu sempre serei sua amiga, eu gostei
de você desde a primeira vez que o vi. Dê o melhor de si."
Os três apresentaram suas carteirnhas para o exame e cada um foi
designado para uma sala no local de provas. Keitaro havia dormido
relativamente bem, Marie o havia feito ir para cama à 1 da manhã.
"Abram seus cadernos de prova e comecem!" Anunciou o inspetor.
***
"Bem, como você se saiu, Keitaro?" Perguntou Mutsumi ao seu amigo
enquanto o trio exausto voltava para Hinata Sou.
"Bem. Em matemática eu fui bem, inglês ok, mas algumas questões de
física me deixaram um pouco confuso."
"Foi demorado mas não foi muito difícil, eu errei umas duas ou três
questões, eu acho. Eu me lembrei de por meu nome e número na
folha de respostas!" Anunciou Mutsumi, orgulhosa.
"Marie?"
"Ah, eu fiz uma prova perfeita."
Keitaro olhou para ela, então percebendo que ela realmente
acreditava naquilo.
"Isso não é possível."
"Nós veremos."
***
O jantar foi especial naquela noite, enguia grelhada, Shinobu
realmente sabia mostrar como se prepara uma refeição elaborada.
A restauração da pousada estava quase pronta. Alguma limpeza e
jardinagem era tudo que se precisava para concluir o projeto.
***
Quatro pessoas desceram para o pátio para ver as listas de
aprovados.
Keitaro olhou cuidosamente para o fim da lista de candidatos
aprovados, procurando pelo seu número. "Não está aqui." Seu
coração pesou. Ele então checou a lista de reprovados, começando
do último lugar. Não encontrando seu número na lista de reprovados,
ele cuidadosamente leu a lista novamente. "Não está aqui."
Olhando para a fim da lista de aprovados novamente, ele releu a
lista. "Não está aqui." Então ele viu um número parecido com o
seu no topo da lista e então descobriu que aquela lista começava
no 25.
Keitaro lentamente olhou e viu seu número no grande letreiro.
Quinto a partir do topo da lista! Keitaro começou a gritar e
pular. Motoko viu ele gritando e correu através do pátio para
encontrá-lo apontando para as maiores pontuações.
Marie sorriu. Seu número era o primeiro, como esperava. Mutsumi
era a sexta.
"Pai, Mãe, eu consegui. Eu sou estudante da Tóquio U! Eu fui o
quinto. Não! Dos primeiros!"
"Eu tenho que pegar minha grade de aulas agora. Tchau."
"Motoko já foi para Kyoto?" Keitaro tomou seu café da manhã com
Mutsumi e Marie.
"Ela foi para a Universidade." Shinobu habilmente desviou a pergunta.
Keitaro não respondeu.
"Ela lhe deixou uma carta."
"Urashima-sama. Você cresceu bastante e é um homem agora. E sendo
um homem, você deve escolher uma esposa. Sua prometida a aguarda,
vestida covo você se lembra, em frente ao prédio de medicina.
Motoko"
"A pousada é um lugar de magia e mistério."
Keitaro levantou-se num pulo e correu para a porta. Shinobu
entregou-lhe um bento enqüanto ele corria escada abaixo.
Havia um multidão de pessoas no primeiro dia. Eles tentavam
encontrar os prédios, faziam a mudança para os dormitórios.
Keitaro correu para o prédio de medicina. Parada na escadaria
estava uma figura alta, familiar, com seu longo cabelo negro. A
camiseta listrada e o vestido vermelho não eram apropriados para
uma garota daquela idade, mas eram totalmente familiares.
"Keitaro-chan." Disse Motoko. "Eu me lembro de meu prometido
correndo pela ponte de Hina, atrás do furgão de meu pai, gritando.
'Espere, não me deixe!' Eu gritei pela janela. 'Kei-kun! Adeus!
Lembre-se, Tóquio U!'"
"Sou eu a sua prometida?" Perguntou Motoko, suavemente.
Keitaro assentiu.
"Nós temos um dormitório disponível no campus assim que estivermos
casados."
"Eu preciso me casar imediatamente, a menos que você queria que
eu me case com outro."
Motoko o beijou. Ele não resistiu.
***
FIM
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Comentários sobre esta tradução podem ser enviados para Verythrax Draconis.
verythrax@myrealbox.com
O original en inglês deste fanfic pode ser encontrado em
www.geocities.com/bthies
Sua tradução para a língua portuguesa foi autorizada pelo autor.
Sinta-se à vontade para disponibilizar este fanfic em seu site.
Apenas peço que dê o crédito da obra aos seu devidos autores/tradutores.
(e nos avise para darmos uma olhadinha! -_^)
Verythrax Draconis,
19/07/2001
http://verythrax.cjb.net
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Traduzido por Verythrax Draconis (verythrax@myrealbox.com)
Tradução Autorizada pelo Autor
19/07/2001 Script ver. 1.1
No Love Hina original, parece que Narusegawa e Keitaro serão
o casal prometido (Pelo menos até agora). Eu ofereço para a
sua consideração a seguinte história. Os personagens não são
meus. Eu agradecidamente parabenizo os escritores e autores que
trouxeram esta série à vida, a exibição pela TV Tokyo e a
miríade de pessoas que o trouxeram até a mim. Minha compreensão
de Kanji é limitada e eu não posso oferecer mais créditos que
isso. Assistir todos os vinte e quatro episódios, mais o
Especial de Natal de 2000 definitivamente será útil para a
compreensão desta história.
Esta história pode ser reproduzida eletronicamente enquanto
mantida em sua forma completa. Créditos adicionais aos
escritores, produtores e diretores da série podem ser
adicionados depois do título do capítulo.
(Um breve nota sobre o que vem a seguir. Qualquer termo
desrespeitoso com relação à Marie (Moe-chan) estão apenas na
cabeça de Narusegawa nesta história.)
Teisu
(Teisu@my.host.net)
Love Hina Parte 4 - O Dilema de Motoko - Ciúmes!
Narusegawa fungava. "Primeiro Motoko, agora Marie!"
Shinobu era bonita, mas ela sabia que Keitaro não a considerava
como uma opção para se casar. Kaolla o assustava. Além disso,
ela já estava prometida para o seu meio-irmão.
Mutsumi era uma realmente uma possibilidade, mas a ênfase estava
na garota prometida. Mutsumi já havia se desqualificado de ser
ela, mas pergunta era, qual delas seria a garota prometida?
A questão já estava se tornando regra, até onde Narusegawa sabia.
Qualquer uma que entrasse na Universidade de Tóquio com ele poderia
ganhá-lo.
"Eu quero uma vida segura como parente de Hina-san. Vou ter boa
comida, banhos maravilhosos, um marido gentil. E eu serei capaz
de administrar Hinata Sou, quando Hina-san inevitavelmente nos
deixar," Seu pensamento a entristeceu um pouco. Narusegawa era
muito apegada à velhinha.
"Keitaro tirou um "A" no seu último exame!" Seus pensamentos
seguiram.
Suas aulas sob a supervisão de Sarah o haviam deixado muito bom
em inglês nos últimos meses. Sarah sorriu para ele quando ele a
chamou de "Professora McDougall", agora capaz de articular o "L"
e o "R" inglês, para sua satisfação. E ela também não representava
perigo.
Narusegawa voltou novamente seus pensamentos para a competição.
"Motoko não seria problema, porque ela não seria capaz de passar
no exame de admissão. Ela era fraca em matemática avançada. Se
ela estudasse duro, com ajuda de um tutor, ela poderia acabar
entrando em outro ano. Além do mais, ela havia se inscrito para
uma bolsa em Kyoto." Ela mesma havia visto a carta vinda na
secretaria da universidade.
"Marie é diferente," encrispou-se Narusegawa. Ela havia aparecido
do nada, sem pais, sem dinheiro, e com apenas uma muda de roupa.
Sem perder tempo em demonstrar seus sentimentos com por Keitaro,
a "putinha francesa", como Naru se referia à ela, havia se tornado
uma das maiores mulheres de negócios da região. Ela carregava um
passaporte francês e havia se inscrito para receber um visto de
estudante. Matriculando-se como uma estudante francesa, ela poderia
facilmente se livrar dos exames de pré-requisito e fazer o exame
de admissão junto com os outros. Ela também tinha uma carta de
crédito que lhe permitia facilmente cobrir os custos como uma
estudante estrangeira na Universidade de Tóquio. "O programa de
intercâmbio estrangeiro poderia até mesmo dispensá-la do teste!"
Pensou Narusegawa, com repulsa.
Narusegawa também não podia esquecer da compra da mesada sem
valor de Su-chan e do respeito que ela ganhou na cidadezinha por
causa disso. O dinheiro de Kaolla Su era aceito em toda a
cidadezinha agora, e ela poderia trocá-lo em qualquer lugar por
yen, para uma viagem à Tóquio. Os comerciantes apareciam aos
sábados para compensá-los.
E também havia a restauração da pousada. O material foi comprado,
o trabalho realizado e os trabalhadores pagos.
"E de onde vinha o dinheiro?"
Keitaro havia começado o projeto com o dinheiro que ela havia
lhe dado pela "mesada" da Su e ele então havia confiado a
operação à ela.
Narusegawa havia checado o escritório no térreo a procura de
alguma promisória ou declaração de venda da pousada, mas suas
buscas foram em vão. E a pousada lentamente estava perdendo os
efeitos do tempo e começando a se parecer mais um palácio. Os
trabalhadores se referiam à ela, quando ela não estava olhando,
como "Marie-sama". Ela era uma justa, mas firme superintendente,
se recusando a aceitar qualquer trabalho que não fosse o melhor.
Ela havia proibido totalmente que se dirigissem à ela com qualquer
honorífico diferente de "Marie-san". Ela era bonita, generosa,
bem organizada, amigável, e aparentemente bem de vida - e era a
pior inimiga de Narusegawa.
Os tablados do chão do quarto de Naru haviam sido trocados, o
chão polido, deixando-o brilhante. Isso também separava ela de
Keitaro, já que o buraco no chão não mais existia.
As decorações e pinturas do quarto, aprovadas pela própria
Nausegawa, agora a deixavam nervosa, porque ela reconhecia nela
a influência da odiada "Gaijin" [estrangeira] nelas.
O confinamento de banho do Keitaro por ela, a anos atrás, por sua
própria insistência, ao pequeno banheiro do segundo andar, agora
lhe trazia mais um incômodo. As garotas faziam sorteios para ver
quais duas iriam dividir o banho com Keitaro e lavar suas costas.
Kaolla, Sarah, Mutsumi, Motoko, Shinobu e Marie, todas
participavam regularmente. Duas garotas eram uma garantia que
contra qualquer abuso por ambas as partes. A tia de Keitaro havia
subido para espiá-los, por sua insistência; então ela mesma havia
entrado no sorteio no dia seguinte! E não havia segredo de quem
havia sugerido para que ela entrasse! Naru recusou-se a participar
e cerrava os dentes quando ouvia as conversas no andar de cima,
olhando da termas, as vezes morrendo de vontade.
Shinobu, que agora ajudava a administrar os livros-caixa para o
projeto de restauração da casa, era de alguma ajuda. Sincera e
honesta, a jovem doméstica agora era capaz de dizer exatamente
como, quando e onde o dinheiro tinha sido gasto. O projeto estava
dentro do prazo e do orçamento. E dificilmente era de alguma
ajuda quando se tratava de descobrir algo capaz de derrubar sua
rival!
Marie já havia recebido várias ofertas para trabalhar em empresas
de construção civil e até de assistente para uma grande firma de
engenharia que estava construindo um novo edifício no centro de
Tóquio. As empresas multi-nacionais viam-na como uma coisa rara,
francesa, inglesa e japonesa, uma boa organizadora, uma líder, e
aquela maldita carta de crédito que havia se extendido para 9
pessoas agora! Ela havia conseguido toda a madeira para trocar
as vigas podres em semanas, ao invés de meses, devido a isso.
Sem falar que ela era uma "um prazer para os olhos!" Keitaro havia
chamado a atenção de um dos trabalhadores mais jovens, devido a
esse comentário, para então acabar fazendo este comentário ele
mesmo.
"E ela teve a pachorra de recusar as ofertas de emprego pra ficar
aqui!" Naru cerrou os dentes diante desse pensamento e cerrou os
punhos.
***
Motoko havia se correspondido com sua irmã, à respeito da escolha
de seu marido. "Sendo ele um candidato à Universidade de Tóquio,
com as pressões do exame de admissão sobre ele, acho que não
seria inteligente distraí-lo com este assunto de casamento agora.
Minha própria admissão na Universidade já está assegurada. Quando
ele for admitido, eu poderei lhe dar minha resposta definitiva,
se ele irá ou não realmente se casar comigo."
A promessa de Motoko foi aceita na vila, e a notícia de Keitaro
usando o medalhão de compromisso chegou ao ouvidos os anciãos,
de boca em boca.
"Um rapaz bom e educado, respeitador dos velhos e das mulheres."
Leu Motoko. Lágrimas correram em seu rosto de orgulho dele quando
ela leu estas palavras.
A carta de resposta chegou em uma semana.
Pulando as usuais notícias e cumprimentos, ela leu a resposta.
"Minha querida irmã, você pode dispor do tempo que precisar para
garantir o seu par. Mas, se você for rejeitada, você deve nos
notificar prontamente!"
Motoko sentou-se na cozinha, com Shinobu e Marie. Shinobu estava
preparando a comida para os trabalhadores. Macarrão, arroz, peixe
e pickles compunham uma refeição simples, naturalmente servida
com chá verde. Os homens tinham liberdade para trazer sua própria
marmita, ou comprar seu almoço na cidade, mas a regra era "todos
devem comer". Marie havia completado o orçamento da pousada com
um pouco do orçamento da restauração, para conpensar a diferença.
"Isso é "seguro barato" contra acidentes." Observou Marie. Os
homens se tornam preguiçosos quando estão de estômago vazio. Marie
insistiu naquele almoço, todo o trabalho não crítico deveria parar
para os homens descansarem e comerem. Tarefas críticas, como a
moldagem do cimento fresco e qualquer outra tarefa que se parada
pudesse causar acidentes, danos ou desperdício, era monitoradas
de perto e os homens descansavam e comiam assim que fosse possível.
As duas garotas, vestindo atraentes vestidos, carregavam as
refeições para a área de almoço. Alguns tinha marmitas, mas
mantinham-nas fechadas até todos terem se servido. Marie fazia a
benção tradicional, que todos repetiam em uníssono. "ITADAKIMASU!"
As duas garotas cuidadosamente verificavam durante a refeição se
todos tinham chá ou água. À medida que elas passavam, elas podiam
sentir o gentil toque de uma mão ou da ponta de seus dedos nelas.
"Eles são solitários, e a menos que sejam muito intrusivos, deixe-
os em paz." Sugeriu Marie. Isso era muito menos humilhante que
o trem, e ali havia um respeito nos toques.
Motoko manteve Keitaro ocupado com seus estudos. Um gentil
comentário depois de uma pausa para descanso um pouco longa
demais o mandava obedientemente de volta para o grupo de estudo.
Narusegawa e Mutsumi ainda estavam lutando para terminar o livro
de cálculo que ele havia terminado, semanas atrás. Ele agora
estava estudando Kanji intensamente. Motoko sorriu. Esta era a
sua melhor matéria.
Keitaro olhou para a sua antiga inimiga com cuidado, a mesma que
havia tentado tentado partí-lo ao meio com a sua espada, agora
estava se oferecendo para ajudá-lo nos estudos. Ela era a mesma
que havia impedido Narusegawa de batê-lo e havia tratado de seus
machucados, a mesma que preferia a companhia exclusiva de mulheres,
e que agora dividia seus banhos com ele, de tempos em tempos.
"Já que nós vamos trabalhar juntos, eu insisto em uma coisa."
Declarou Motoko. "Que você se dirija à mim como 'Sensei'."
Keitaro balançou a cabeça em aceitação. "Até a Sarah com seu
conhecimento nativo de inglês foi chamada dessa forma." Pensou
ele.
"Eu estarei segurando sua mão, guiando seu braço, ajustando sua
postura. Você me permitirá ensiná-lo pelo toque." Afirmou Motoko.
"Contato próximo será parte de seu treinamento."
Keitaro engoliu um seco. "Eu posso facilmente cometer um engano."
Motoko assentiu, "É por isso que você é o aluno."
"Palavras íntimas são parte do Kanji e por isso, são parte do
treinamento." Keitaro corou, mas assentiu.
"Você irá aprender vários caracteres antigos."
Keitaro protestou. "Eles são muito pouco utilizados. Qual é a
sua utilidade?"
"Eles são usadas na arte e pelos anciãos. E isso também é parte
do meu preço em ensiná-lo." Declarou Motoko.
"Ótimo, vamos começar." Sugeriu Keitaro.
"Não tão rápido," declarou Motoko, "Nós somos inimigos. Antes de
nós podermos trabalhar juntos, o caminho deve ser limpo entre nós,
e a nossa richa deve acabar de uma vez por todas."
Keitaro concordou. "A cerimônia do chá."
"Hai."
Keitaro vestiu um hakama formal, e entrou na sala restaurada,
com a mesa baixa. Ele cuidadosamente levantou sua roupa, uma
perna de cada vez para impedir que fosse presa embaixo de seus
pés e arrastada no chão; ele entrou pela porta de joelhos.
Motoko passou sua espada para Shinobu como manda a cerimônia,
e entrou de joelhos pela porta oposta.
O texto da versão curta da cerimônia estava sobre a meas baixa,
mas Motoko o conhecia intimamente. Keitaro havia limpado a sala
completamente; ele havia conseguido o jogo de chá herdado por
Hina-san.
A cerimônia prosseguiu sem incidentes. Os movimentos de Motoko
eram, graciosos, experientes, bem feitos. Os movimentos de Keitaro
era hesitantes, mas sinceros.
O fino chá verde era divido em uma tigela simples, com a elegância
da rotação completando a cerimônia, os dois inclinaram-se um para
o outro, eu uma reverência silenciosa.
Após isso, ele ofereceu suas mão abertas, uma tradição de
família, não normalmente vista na cerimônia. Motoko reconheceu
a forma, respondendo e as pontas de seus dedos se encontraram.
"Flash!" Shinobu tirou uma foto deste momento clássico.
Os dois perceberam, mas a distração perdeu-se em um silencioso
repouso.
"Keitaro, o que você está fazendo? Eu pensei que você me amava!"
"Desculpe-me, Narusegawa, mas o que isso tem a ver com você?"
Respondeu Keitaro, com os olhos ainda fechados, saboreando o
momento.
"Você está sentado aí, se tornando íntimo com ela!"
"Motoko-chan, e eu que pensei que você fosse minha amiga!" Berrou Naru.
"Keitaro, BAKA!" Naru projetou seu corpo para trás e acertou o
rapaz distraído no rosto.
Motoko viu o golpe vindo, mas não tinha nada com que proteger o
Keitaro.
"Não!" Gritou Motoko. O jogo de chá foi mandado pelos ares e se
quebrou no chão, enquanto Keitaro caía, com sangue escorrendo de
sua boca.
"Um caminho foi limpo e outro foi corrompido." Motoko encarou
Narusegawa, que olhava com os olhos olhos arregalados para Motoko,
percebendo o que tinha acabado de fazer.
"Você profanou a cerimônia do chá. Eu nunca mais comerei com
você, tomarei banho com você ou mesmo conversarei com você.
Seus inimigos agora são meus amigos. Eu não a defenderei ou
levantarei um dedo para ajudá-la. Eu não andarei pelo mesmo
caminho que você andar, eu não dormirei sob o mesmo teto que
você dormir. Eu deixarei Hinata Sou assim que arrumar minhas
coisas. E se estivesse com minha espada, eu a partiria ao meio!"
"Espere!" Keitaro olho para os olhos faiscantes de Motoko.
"Narusegawa!" Keitaro olhou para a sua antiga amada, o sangue do
seu dente quebrado escorrendo de sua boca.
"Eu tiro você do meu coração. Eu não a conheço mais. Pegue tudo
que trouxe com você e vá embora. O rapaz cuspiu o sangue de sua
boca, sujando a blusa de Narusegawa com ele.
Shinobu veio correndo e segurou o braço de Naru. Naru gritou de
dor quando seu braço foi forçado quase ao porto de quebrar-se.
Incapaz de resistir à força, ela foi arrastada da sala, e jogada
no chão do corredor. Shinobu sacou a espada de Motoko e apontou-a
para ela. Ela nunca tinha visto Shinobu desse jeito. Mitsune,
outra pensionista, que havia testemunhado o evento, segurou uma
faca junto do pescoço de Naru e mandou Shinobu guardar a espada.
Shinobu correu para a cidade para chamar os anciãos para que
cuidassem deste assunto.
A tia de Keitaro, chegando do trabalho, olhou horrorizada para
os restos do jogo de chá. Membros da família haviam passado fome,
não vendendo o jogo nem para comprar comida. Keitaro havia pedido
emprestado o precioso jogo e Naru o havia destruído em sua fúria.
Agredir um participante de uma cerimônia do chá também era algo
impensável. Isto era algo tão inacreditável que mesmo olhando para
o rosto de Keitaro ela ainda não conseguia compreender o ocorrido.
"Vamos te levar à um dentista, talvez possamos ainda salvar o seu
dente.
"Uma jovem bem intempestiva, talvez," o dentista pôs um tampão
para conter o sangramento do dente temporariamente.
As lágrimas de Keitaro não eram por causa da dor, mesmo com o
dentista sempre perguntando se estava doendo, ele fazia não fazia
sinais para parar a operação.
Voltndo para a pousada, Keitaro destruiu as fotos dele com
Narusegawa.
Fechados no porão, os anciãos discutiam o que fazer com ela. "Eu
digo que você deve matá-la," disse um dos anciãos. "Apenas uma
pessoa totalmente má poderia fazer uma coisa destas."
"Mande ela de volta para casa, e deixe os pais dela lidarem com
isso." Disse outro.
"Não, ela já tem idade. Ela deve ser punida pelos seus próprios
atos."
"Não há culpa em nossas mãos," disse a pequena garota loira. "Mas
se ela morrer aqui então seu sangue maligno ira manchar este lugar,
e a família de Hina será destruída."
Os anciãos olharam para a pequena estudante estrangeira. Suas
palavras lhes causaram calafrios.
Então todos eles viram alguma coisa, uma imagem, um espírito,
uma forma angelical.
"Por favor, nos deixe a sós." O líder disse à família.
"Marie-sama," um dele disse, "Queremos que você fique."
Narusegawa havia fugido. A tia de Keitaro mandou que ela fosse
presa se ela algum dia voltasse.
Mutsumi pegou de volta o Liddo-kun, o bicho de pelúcia de seu
tempo de infância, já que Narusegawa o havia deixado no quarto
de Mutsumi.
Os outros pertences de Naru foram encaixotados e enviados para
os seus pais, junto com uma carta, relatando sua expulsão por
causa da briga. Ela não havia se incomodado em levar nada consigo
na noite em que fugiu.
Questionou-se sobre para onde ela teria ido, mas ela havia
desaparecido na noite.
Mei veio para a casa para procurar por alguma pista, mas não
encontrou nada. As pessoas foram educadas com Mei, a irmã de
Narusegawa, que foi tratada com gentileza. Mas eles nem sequer
mencionaram o nome de Narusegawa. Seus pais também vieram
procurá-la e também foram tratados com cortesia.
Marie havia se esforçado, conseguindo um jogo similar ao que havia
sido destruído. Uma cópia quase exata, duvidava-se que Hina-san
pudesse perceber a diferença devido a sua visão fraca. Marie se
recusou em dizer o quanto ele havia lhe custado. Seta-san havia
enviado as peças quebradas do original para um restaurador, para
ver se este poderia ser consertado.
Keitaro e Motoko praticaram os caracteres do Kanji juntos,
aprendendo a história por trás de cada um, assim como o método
de desenhá-los. Mutsumi sentou-se junto com eles, observando o
trabalho de escrita e aprendeu também.
A perda de Narusegawa em sua vida foi devastadora, tão próximo
da época do exame. Entretanto Marie, Mutsumi e Keitaro seguiram
para o local das provas e o exaustivo exame durou quase todo o
dia. Shinobu havia preparado um bento [lancheira] para cada um.
"Seja forte, tenha orgulho, sua prometida estará lá quando você
entrar na Universidade." Motoko prometeu a ele.
"Boa sorte, Senpai." Disse Shinobu, estendendo-o a lancheira.
"Não desista. A garota prometida estará lá. Concentre-se no
futuro."
"Mesmo se Kei-kun não passar no exame, eu estarei com ele sempre."
Ofereceu Mutsumi.
"Keitaro-san," Disse Marie. Eu sempre serei sua amiga, eu gostei
de você desde a primeira vez que o vi. Dê o melhor de si."
Os três apresentaram suas carteirnhas para o exame e cada um foi
designado para uma sala no local de provas. Keitaro havia dormido
relativamente bem, Marie o havia feito ir para cama à 1 da manhã.
"Abram seus cadernos de prova e comecem!" Anunciou o inspetor.
***
"Bem, como você se saiu, Keitaro?" Perguntou Mutsumi ao seu amigo
enquanto o trio exausto voltava para Hinata Sou.
"Bem. Em matemática eu fui bem, inglês ok, mas algumas questões de
física me deixaram um pouco confuso."
"Foi demorado mas não foi muito difícil, eu errei umas duas ou três
questões, eu acho. Eu me lembrei de por meu nome e número na
folha de respostas!" Anunciou Mutsumi, orgulhosa.
"Marie?"
"Ah, eu fiz uma prova perfeita."
Keitaro olhou para ela, então percebendo que ela realmente
acreditava naquilo.
"Isso não é possível."
"Nós veremos."
***
O jantar foi especial naquela noite, enguia grelhada, Shinobu
realmente sabia mostrar como se prepara uma refeição elaborada.
A restauração da pousada estava quase pronta. Alguma limpeza e
jardinagem era tudo que se precisava para concluir o projeto.
***
Quatro pessoas desceram para o pátio para ver as listas de
aprovados.
Keitaro olhou cuidosamente para o fim da lista de candidatos
aprovados, procurando pelo seu número. "Não está aqui." Seu
coração pesou. Ele então checou a lista de reprovados, começando
do último lugar. Não encontrando seu número na lista de reprovados,
ele cuidadosamente leu a lista novamente. "Não está aqui."
Olhando para a fim da lista de aprovados novamente, ele releu a
lista. "Não está aqui." Então ele viu um número parecido com o
seu no topo da lista e então descobriu que aquela lista começava
no 25.
Keitaro lentamente olhou e viu seu número no grande letreiro.
Quinto a partir do topo da lista! Keitaro começou a gritar e
pular. Motoko viu ele gritando e correu através do pátio para
encontrá-lo apontando para as maiores pontuações.
Marie sorriu. Seu número era o primeiro, como esperava. Mutsumi
era a sexta.
"Pai, Mãe, eu consegui. Eu sou estudante da Tóquio U! Eu fui o
quinto. Não! Dos primeiros!"
"Eu tenho que pegar minha grade de aulas agora. Tchau."
"Motoko já foi para Kyoto?" Keitaro tomou seu café da manhã com
Mutsumi e Marie.
"Ela foi para a Universidade." Shinobu habilmente desviou a pergunta.
Keitaro não respondeu.
"Ela lhe deixou uma carta."
"Urashima-sama. Você cresceu bastante e é um homem agora. E sendo
um homem, você deve escolher uma esposa. Sua prometida a aguarda,
vestida covo você se lembra, em frente ao prédio de medicina.
Motoko"
"A pousada é um lugar de magia e mistério."
Keitaro levantou-se num pulo e correu para a porta. Shinobu
entregou-lhe um bento enqüanto ele corria escada abaixo.
Havia um multidão de pessoas no primeiro dia. Eles tentavam
encontrar os prédios, faziam a mudança para os dormitórios.
Keitaro correu para o prédio de medicina. Parada na escadaria
estava uma figura alta, familiar, com seu longo cabelo negro. A
camiseta listrada e o vestido vermelho não eram apropriados para
uma garota daquela idade, mas eram totalmente familiares.
"Keitaro-chan." Disse Motoko. "Eu me lembro de meu prometido
correndo pela ponte de Hina, atrás do furgão de meu pai, gritando.
'Espere, não me deixe!' Eu gritei pela janela. 'Kei-kun! Adeus!
Lembre-se, Tóquio U!'"
"Sou eu a sua prometida?" Perguntou Motoko, suavemente.
Keitaro assentiu.
"Nós temos um dormitório disponível no campus assim que estivermos
casados."
"Eu preciso me casar imediatamente, a menos que você queria que
eu me case com outro."
Motoko o beijou. Ele não resistiu.
***
FIM
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O original en inglês deste fanfic pode ser encontrado em
www.geocities.com/bthies
Sua tradução para a língua portuguesa foi autorizada pelo autor.
Sinta-se à vontade para disponibilizar este fanfic em seu site.
Apenas peço que dê o crédito da obra aos seu devidos autores/tradutores.
(e nos avise para darmos uma olhadinha! -_^)
Verythrax Draconis,
19/07/2001
http://verythrax.cjb.net
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