Magia e sorte
Harry aproveitou que não tinha ninguém em casa e foi para a varanda do quarto de Duda. Ele sabia que era arriscado estar lá, mas pensou: "se eu ficar aqui, vou ver eles chegarem". Estava preocupado com o que o futuro lhe aguardava e, para tentar espairecer, resolveu se concentrar nas coisas boas que aconteceriam naquele ano. Pensou no torneio de quadribol, em seus amigos Rony e Hermione, em Cho...
Foi pensando em Cho que um largo sorriso se abriu no rosto do rapaz. De repente, tudo parecia tranqüilo, e ele sabia que agora suas chances eram maiores que nunca... E também seriam mais escassas, já que Harry estava entrando em seu quinto ano como aluno de Hogwarts, o que faz de Cho uma sextanista.
O menino pensou em como seria bom poder sentar na sala comunal ao seu lado, conversando até o sol raiar. Harry estava apaixonado pela menina e a perspectiva de reencontrá-la em breve o animava mais e mais. O menino já estava perdido em seus devaneios quando ouviu um grito, que o trouxe de volta a realidade. Um grito de medo, agudo, que parecia perfurar seus ouvidos. Em um só movimento, Harry sacou sua varinha, virou pra porta e gritou:
- Sillenzi!
O grito cessou, mas não o medo, que agora dominava às duas partes do quarto. Na varanda, Hary empalidecia, enquanto assistia os lábios de Duda, parado em choque na porta do quarto, se contorcerem e se juntarem em uma só massa vermelha. O menino chorava e respirava ofegantemente pelo nariz, com sua boca completamente fechada. Rapidamente, Tia Petúnia chegava e também começava a gritar assustada:
- Meu Deus! O que você fez com meu filho? Oh, Duda, Duda, o que aconteceu?!
Harry se aprontou a explicar:
- Desculpe, tia. Tomei um susto. Eu posso resolver isso... Ai, como é mesmo o feitiço reversor?
- Anda, menino! - retrucou Tia Petúnia - Faça com que a boquinha do meu filho se abra novamente! Rápido!
Harry não lembrava do feitiço que salvaria Duda. Foi então que lembrou de Hermione e correu para o telefone.
- A-a-alô! Alô! Hermione?
Do outro lado da linha, a menina respondia:
- Harry? Harry, o que aconteceu?
- Hermione? Eu lancei o feitiço do silêncio no Duda! Foi sem querer! Agora a boca dele ta grudada! Como eu faço pra reverter isso?
- Harry! Como você foi fazer isso? Ai, ai, ai... Deixa que eu vou aí te ajudar! Vou falar com mamãe, estou chegando aí em uma hora. Rua dos Alfeneiros, né?
- Ok, rápido! Estou te esperando!
- Tá bom, tô indo! Tchau!
Harry voltou correndo para o quarto e anunciou que a ajuda já estava à caminho.
Surpreendentemente, Tia Petúnia ficou mais nervosa ainda:
- Céus! Você está trazendo mais um da sua laia pra cá? Harry, você chamou algum tipo de curandeiro? Bruxo? Lobisomem?
Harry, embora nervoso, estava começando a se divertir com a situação. Primeiro ficou impressionado com a inocência de sua tia. Ele, trazer um lobisomem pra casa... Nem que quisesse! Além do quê, provavelmente seria bom para seu primo perder uns quilinhos. Mas o menino se pôs à explicar:
- Não, calma tia, é só uma amiga minha. Ela vai reverter o feitiço!
- Acho bom... Ai, Duda, Dudinha... Como você está?
O menino continuava a chorar copiosamente, mas agora se contorcia, com a mão na barriga, claramente reclamando de fome! Mas após alguns longos minutos de desespero, a campainha tocava. Harry correu pelas escadas, pulando o penúltimo degrau, como se ainda estivesse em Hogwarts, e abriu a porta para que Hermione e sua mãe entrassem. Mais que depressa, a menina perguntou:
- Cadê a vítima?
Harry a pegou pela mão e eles subiram as escadas correndo. Quando entraram no quarto, Hermione parou na porte viu Duda sentado no canto do quarto, chorando, enquanto sua mãe lhe afagava a cabeça. Hermione se aproximou sem fazer barulho e gritou:
- Parlia!
O menino levantou a cabeça, assustado, enquanto sua boca começava a desgrudar e os dois lábios voltavam a ser visíveis. Petúnia sorriu para Duda, que subitamente voltou a gritar. A mãe do rechonchudo menino o abraçou, de modo a acalmá-lo e fazê-lo se calar. Hermione se virou para Harry, que sorriu. Os dois então se abraçaram e Hermione disse:
- Estava com saudades de você! Porque não tem nos escrito? Eu e Rony estamos preocupados!
- Eu também tenho andado preocupado - retrucou Harry.
Enquanto os dois iam saindo em direção às escadas, Tia Petúnia se levantou, com uma expressão de seriedade. Ela cruzou os braços e disse:
- Ã-ham. Menina, qual o seu nome?
Hermione se virou depressa e disse, surpresa:
- Hermione. Eu sou amiga...
- Bem, Hermione - interrompeu a mulher - obrigada por salvar meu filho. E se não for demais, gostaria de te pedir mais um favor.
Hermione estava intrigada. Olhou para Harry, e constatou que o amigo estava ainda mais surpreso que ela. Petúnia continuou:
- Será que você podia ficar com meu sobrinho em sua casa até o fim das férias? Não quero esse moleque por aqui enquanto ele não aprender a se controlar. Ele só tem causado problemas!
Harry não estava acreditando no que ouvia, e enquanto Hermione se constrangia com o pedido inesperado, o menino interviu:
- Mas Tia Petúnia...
- Nada de "mais"! - Novamente interrompia a mulher. - Não quero você por aqui! Não agora!
Hermione então disse:
- Bom, acho que não tem problema, só preciso pedir à minha mãe.
Os dois então lembraram da mãe da menina, que ainda esperava na sala do andar de baixo. Desceram correndo as escadas contendo a euforia. Harry também não agüentava mais sua tia e seu primo, e ficar na casa de Hermione até o fim do verão parecia uma boa solução.
Harry aproveitou que não tinha ninguém em casa e foi para a varanda do quarto de Duda. Ele sabia que era arriscado estar lá, mas pensou: "se eu ficar aqui, vou ver eles chegarem". Estava preocupado com o que o futuro lhe aguardava e, para tentar espairecer, resolveu se concentrar nas coisas boas que aconteceriam naquele ano. Pensou no torneio de quadribol, em seus amigos Rony e Hermione, em Cho...
Foi pensando em Cho que um largo sorriso se abriu no rosto do rapaz. De repente, tudo parecia tranqüilo, e ele sabia que agora suas chances eram maiores que nunca... E também seriam mais escassas, já que Harry estava entrando em seu quinto ano como aluno de Hogwarts, o que faz de Cho uma sextanista.
O menino pensou em como seria bom poder sentar na sala comunal ao seu lado, conversando até o sol raiar. Harry estava apaixonado pela menina e a perspectiva de reencontrá-la em breve o animava mais e mais. O menino já estava perdido em seus devaneios quando ouviu um grito, que o trouxe de volta a realidade. Um grito de medo, agudo, que parecia perfurar seus ouvidos. Em um só movimento, Harry sacou sua varinha, virou pra porta e gritou:
- Sillenzi!
O grito cessou, mas não o medo, que agora dominava às duas partes do quarto. Na varanda, Hary empalidecia, enquanto assistia os lábios de Duda, parado em choque na porta do quarto, se contorcerem e se juntarem em uma só massa vermelha. O menino chorava e respirava ofegantemente pelo nariz, com sua boca completamente fechada. Rapidamente, Tia Petúnia chegava e também começava a gritar assustada:
- Meu Deus! O que você fez com meu filho? Oh, Duda, Duda, o que aconteceu?!
Harry se aprontou a explicar:
- Desculpe, tia. Tomei um susto. Eu posso resolver isso... Ai, como é mesmo o feitiço reversor?
- Anda, menino! - retrucou Tia Petúnia - Faça com que a boquinha do meu filho se abra novamente! Rápido!
Harry não lembrava do feitiço que salvaria Duda. Foi então que lembrou de Hermione e correu para o telefone.
- A-a-alô! Alô! Hermione?
Do outro lado da linha, a menina respondia:
- Harry? Harry, o que aconteceu?
- Hermione? Eu lancei o feitiço do silêncio no Duda! Foi sem querer! Agora a boca dele ta grudada! Como eu faço pra reverter isso?
- Harry! Como você foi fazer isso? Ai, ai, ai... Deixa que eu vou aí te ajudar! Vou falar com mamãe, estou chegando aí em uma hora. Rua dos Alfeneiros, né?
- Ok, rápido! Estou te esperando!
- Tá bom, tô indo! Tchau!
Harry voltou correndo para o quarto e anunciou que a ajuda já estava à caminho.
Surpreendentemente, Tia Petúnia ficou mais nervosa ainda:
- Céus! Você está trazendo mais um da sua laia pra cá? Harry, você chamou algum tipo de curandeiro? Bruxo? Lobisomem?
Harry, embora nervoso, estava começando a se divertir com a situação. Primeiro ficou impressionado com a inocência de sua tia. Ele, trazer um lobisomem pra casa... Nem que quisesse! Além do quê, provavelmente seria bom para seu primo perder uns quilinhos. Mas o menino se pôs à explicar:
- Não, calma tia, é só uma amiga minha. Ela vai reverter o feitiço!
- Acho bom... Ai, Duda, Dudinha... Como você está?
O menino continuava a chorar copiosamente, mas agora se contorcia, com a mão na barriga, claramente reclamando de fome! Mas após alguns longos minutos de desespero, a campainha tocava. Harry correu pelas escadas, pulando o penúltimo degrau, como se ainda estivesse em Hogwarts, e abriu a porta para que Hermione e sua mãe entrassem. Mais que depressa, a menina perguntou:
- Cadê a vítima?
Harry a pegou pela mão e eles subiram as escadas correndo. Quando entraram no quarto, Hermione parou na porte viu Duda sentado no canto do quarto, chorando, enquanto sua mãe lhe afagava a cabeça. Hermione se aproximou sem fazer barulho e gritou:
- Parlia!
O menino levantou a cabeça, assustado, enquanto sua boca começava a desgrudar e os dois lábios voltavam a ser visíveis. Petúnia sorriu para Duda, que subitamente voltou a gritar. A mãe do rechonchudo menino o abraçou, de modo a acalmá-lo e fazê-lo se calar. Hermione se virou para Harry, que sorriu. Os dois então se abraçaram e Hermione disse:
- Estava com saudades de você! Porque não tem nos escrito? Eu e Rony estamos preocupados!
- Eu também tenho andado preocupado - retrucou Harry.
Enquanto os dois iam saindo em direção às escadas, Tia Petúnia se levantou, com uma expressão de seriedade. Ela cruzou os braços e disse:
- Ã-ham. Menina, qual o seu nome?
Hermione se virou depressa e disse, surpresa:
- Hermione. Eu sou amiga...
- Bem, Hermione - interrompeu a mulher - obrigada por salvar meu filho. E se não for demais, gostaria de te pedir mais um favor.
Hermione estava intrigada. Olhou para Harry, e constatou que o amigo estava ainda mais surpreso que ela. Petúnia continuou:
- Será que você podia ficar com meu sobrinho em sua casa até o fim das férias? Não quero esse moleque por aqui enquanto ele não aprender a se controlar. Ele só tem causado problemas!
Harry não estava acreditando no que ouvia, e enquanto Hermione se constrangia com o pedido inesperado, o menino interviu:
- Mas Tia Petúnia...
- Nada de "mais"! - Novamente interrompia a mulher. - Não quero você por aqui! Não agora!
Hermione então disse:
- Bom, acho que não tem problema, só preciso pedir à minha mãe.
Os dois então lembraram da mãe da menina, que ainda esperava na sala do andar de baixo. Desceram correndo as escadas contendo a euforia. Harry também não agüentava mais sua tia e seu primo, e ficar na casa de Hermione até o fim do verão parecia uma boa solução.
