O Último Adeus
(fanfic baseado em Saint Seiya)
by BAN Kimba
Parte 03 de 03
Retorno pelos corredores do navio, na escuridão e sozinho. Meu espirito já não emite o calor que anteriormente atraia as pequenas criaturas do abismo. O frio, percebendo minha fraqueza, inicia seu ataque.
Quando finalmente deixo o navio, meus pulmões queimam, meus braços e pernas pesam como chumbo, o cérebro já meio adormecido, trabalha em círculos ... subir subir subir ...
E sem me dar conta do tempo, meus dedos tocam a superfície lisa e morna do gelo, um raio de esperança brilha, mas é logo tragado pela escuridão, aonde estaria a fenda? Em desespero, tateio o meu caminho pelo gelo.
Mas a deusa da sorte sorri para mim, finalmente minhas mãos tocam o vazio e começo a subir pela fenda. E no fim da fenda, é a vez do gelo contra-atacar, uma fina camada de gelo bloqueava meu caminho. Sem forças para quebrar o gelo com os punhos, tomo a única decisão possível, e um sorriso se forma em meus lábios quando um pensamento passa fugazmente: "O que seria mais duro? O gelo ou minha cabeça?". Apoiando minha mãos já dormentes na parede da fenda, me lanço uma, duas, incontáveis vezes contra a camada de gelo, até que finalmente ela se rompe.
Enquanto meus pulmões, dolorosamente, se enchem de ar, percebo que todo o esforço no final foi inútil. Ainda com parte do corpo dentro da água, sinto as pernas e mãos totalmente congeladas, vivi durante muitos anos no gelo para saber que sozinho nestas condições não existe a possibilidade de sobrevivência. Fecho os olhos e começo a deslizar para o sono.
- Você não esta sozinho. Sussurra uma brisa morna.
- Abra os olhos, garoto. Ressoa um vento quente.
Meus fantasmas, meus mestres, enquanto estivessem comigo eu jamais poderia desistir. Abro os olhos e a vejo, seu brilho dourado prometendo o calor do Sol. E novamente me ponho em movimento, desta vez me arrastando pelo gelo e neve, em direção à minha última esperança.
Meus dedos tocam seu frio metal, mas a sensação é de calor, um calor que vai se espalhando rapidamente pelo meu corpo, espantando o frio dos ossos, fazendo com que o sangue quente novamente circule, recuperando as células danificadas e mortas, secando meu corpo, permitindo que eu me erga apoiado em seu dourado corpo.
Olho para a fenda no gelo novamente fechada, e rio, rio do frio aos meus pés, do gelo que me cerca, do céu e do Sol acima de mim, não um riso de deboche, mas o riso daqueles que conhecem a capacidade do ser humano frente aos desafios do universo.
Visto a armadura dourada, que me acompanhará pelo resto de minha vida, e caminho rumo ao ocaso, rumo à minha nova casa no Santuário, aos meus amigos e ao meu dever como Hyoga, o Cavaleiro de Ouro de Aquário. Mas não caminhava só, meus fantasmas, meus mestres, Cristal e Kamus, continuariam me acompanhando, afinal é para isso que servem os amigos.
Fim.
(fanfic baseado em Saint Seiya)
by BAN Kimba
Parte 03 de 03
Retorno pelos corredores do navio, na escuridão e sozinho. Meu espirito já não emite o calor que anteriormente atraia as pequenas criaturas do abismo. O frio, percebendo minha fraqueza, inicia seu ataque.
Quando finalmente deixo o navio, meus pulmões queimam, meus braços e pernas pesam como chumbo, o cérebro já meio adormecido, trabalha em círculos ... subir subir subir ...
E sem me dar conta do tempo, meus dedos tocam a superfície lisa e morna do gelo, um raio de esperança brilha, mas é logo tragado pela escuridão, aonde estaria a fenda? Em desespero, tateio o meu caminho pelo gelo.
Mas a deusa da sorte sorri para mim, finalmente minhas mãos tocam o vazio e começo a subir pela fenda. E no fim da fenda, é a vez do gelo contra-atacar, uma fina camada de gelo bloqueava meu caminho. Sem forças para quebrar o gelo com os punhos, tomo a única decisão possível, e um sorriso se forma em meus lábios quando um pensamento passa fugazmente: "O que seria mais duro? O gelo ou minha cabeça?". Apoiando minha mãos já dormentes na parede da fenda, me lanço uma, duas, incontáveis vezes contra a camada de gelo, até que finalmente ela se rompe.
Enquanto meus pulmões, dolorosamente, se enchem de ar, percebo que todo o esforço no final foi inútil. Ainda com parte do corpo dentro da água, sinto as pernas e mãos totalmente congeladas, vivi durante muitos anos no gelo para saber que sozinho nestas condições não existe a possibilidade de sobrevivência. Fecho os olhos e começo a deslizar para o sono.
- Você não esta sozinho. Sussurra uma brisa morna.
- Abra os olhos, garoto. Ressoa um vento quente.
Meus fantasmas, meus mestres, enquanto estivessem comigo eu jamais poderia desistir. Abro os olhos e a vejo, seu brilho dourado prometendo o calor do Sol. E novamente me ponho em movimento, desta vez me arrastando pelo gelo e neve, em direção à minha última esperança.
Meus dedos tocam seu frio metal, mas a sensação é de calor, um calor que vai se espalhando rapidamente pelo meu corpo, espantando o frio dos ossos, fazendo com que o sangue quente novamente circule, recuperando as células danificadas e mortas, secando meu corpo, permitindo que eu me erga apoiado em seu dourado corpo.
Olho para a fenda no gelo novamente fechada, e rio, rio do frio aos meus pés, do gelo que me cerca, do céu e do Sol acima de mim, não um riso de deboche, mas o riso daqueles que conhecem a capacidade do ser humano frente aos desafios do universo.
Visto a armadura dourada, que me acompanhará pelo resto de minha vida, e caminho rumo ao ocaso, rumo à minha nova casa no Santuário, aos meus amigos e ao meu dever como Hyoga, o Cavaleiro de Ouro de Aquário. Mas não caminhava só, meus fantasmas, meus mestres, Cristal e Kamus, continuariam me acompanhando, afinal é para isso que servem os amigos.
Fim.
