Capítulo 2
- Mas... onde estou? - Marte abriu os olhos lentamente, sentindo a sua cabeça latejar dolorosamente. - Quem é você? - soltou quando viu um rosto sobre si e levantou-se num salto, pondo-se em posição de ataque.
- Hei! Baixe a guarda Guerreira de Marte. Sou de paz. - Selene ergueu as mãos em um sinal de rendição, afastando-se um passo da mulher que era capaz de controlar o fogo.
- Mas... - Rei olhou a menina de cima a baixo, registrando cada detalhe das roupas dela com os olhos largos. - Mas você é uma Sailor!
- Isto mesmo! - retrucou a garota numa voz alegre. - Sou Sailor Estelar. Prazer em te conhecer Sailor Marte, embora eu quase tenha apanhado no primeiro encontro. - brincou, relaxando a sua postura ao ver que Marte abaixou a guarda.
- Bem que você merece uma surra garota. - uma voz conhecida interrompeu a conversa das duas jovens e Rei virou-se para a outra Sailor.
- Plutão?!
- Seja bem vinda a consciência Marte.
- Hunf. Arrogante! - retrucou Estelar devido ao comentário inicial de Plutão.
- Mas o que aconteceu? - Marte falou, olhando a sua volta observando as Sailors e Tuxedo Mask saírem de seu estado de inconsciência pouco a pouco.
- Por acaso você não se lembra do que aconteceu Rei? - Mercúrio sacudiu a cabeça para livrar-se de num zunido incômodo que estava em seus ouvidos e mirou seus olhos azuis na amiga.
- Bem, eu me lembro daquele sujeito que se denominava Troy. Lembro do exército de youmas nos atacando e também me lembro de ter pedido para Sailor Moon fugir. Por falar nisto onde está a Sailor Moon? - a morena olhou a sua volta, seus orbes violetas percorrendo a sala do templo a procura da líder das senshi
As Others junto com Estelar abaixaram a cabeça, ficando mudas por alguns instantes até que Netuno resolveu pronunciar-se.
- Ela... o inimigo a levou. Foi mais uma troca do que um seqüestro. Suas vidas pela dela.
Neste momento um barulho soou pela sala do templo Hikawa onde eles estavam escondidos. Darien havia acabado de socar a parede.
- Por quê vocês não o impediram de levá-la? - rosnou o homem enfurecido diante da sua incapacidade de proteger a princesa. Preferia continuar preso a mercê do inimigo do que ver Serena ferida.
- Nós tentamos Majestade, mas foi tudo tão rápido que não deu tempo nem para piscar. Nem mesmo meu ataque foi o suficiente para parar aquela coisa. Perdão. - Selene fez uma reverência polida junto com o pedido de desculpas e Darien virou-se na direção do ser que pedia perdão, deparando-se com belos olhos azuis suplicantes. Algo naqueles olhos o fazia se sentir estranho, mas ele preferiu ignorar isto.
- Está tudo bem. - respondeu um pouco mais calmo e depois franziu as sobrancelhas. - Mas quem é você?
- Ai meu senhor! Eu vou falar somente mais uma vez e espero que todos estejam prestando atenção. Eu sou Sailor Estelar, mas podem me chamar de Selene. - conclui, rolando os olhos e jurando que se alguém lhe perguntasse quem ela era mais uma vez, iria explodir alguma coisa, de preferência a pessoa que fez a pergunta estúpida.
Serena debatia-se com fúria, tentando soltar-se das correntes. Se ao menos estivesse com o seu broche de transformação poderia usá-lo, mas este lhe foi tirado assim que colocou seus pés na nave. Pelo menos se sentia um pouco aliviada, seus amigos estavam livres e ela tinha certeza de que eles a salvariam.
- Não adianta se debater. - falou o homem que acabara de entrar na cela. - São correntes bem fortes. Nem mesmo a grande Rainha Serenity se livraria delas.
- E você é?
- Sou o temido Pirata Espacial Kolie.
- Temido?! Pois não parece. - falou Serena com escárnio, usando a zombaria para esconder o fato de que seu coração estava praticamente vindo a boca de pavor. O homem tinha aparência normal, como um ser humano qualquer. Possuía cabelos negros e espetados, a pele era morena como café com leite bem escuro e os olhos eram de um vermelho intenso. Usava roupas que era uma mistura de linho e couro e em sua cintura havia um cinturão o qual carregava uma espécie de arma que a jovem nunca tinha visto. Poderia ser considerado um homem bonito se não fosse a expressão fechada e a aura maligna que o rodeava.
- Então a Princesa quer brincar. Quero ver se continuará com este sorriso arrogante nos lábios quando eu destruir este planeta e aquela garotinha do tempo, junto com suas amadas guerreiras e seu Príncipe. - retrucou, soltando uma risada de maliciosa.
- Pensei que você fosse querer vender a Terra como os outros planetas. - interrompeu a mulher, engolindo em seco para conter seu medo. Ele não iria mais vender o planeta? Pensava em destruí-lo? Não! Não deixaria aquele fazer isso com a sua casa.
- Eu mudei de idéia. - respondeu dando de ombros displicente.
- Mas e quanto a se aliar a mim. - Serena ainda tentou contornar a situação, mudando o foco da conversa, tentar convencê-lo do contrário, mas tinha a sensação de que não teria muito sucesso.
- Não preciso mais de você, pois já tenho o que quero: o Cristal de Prata. - disse o homem soltando Serena das correntes e se retirando da cela.
A jovem o viu partir com uma expressão preocupada. O Pirata tinha conseguido o seu intento: o Cristal de Prata e estava a ponto de destruir a Terra com os seus amigos e família morando nela. Com isto a única coisa que ela pôde concluir era que agora mais do que nunca ela precisava sair dali.
- Mas, o que ele quis dizer com garotinha do tempo? Setsuna?!
- Por quê eu tenho que ficar aqui parado enquanto Serena está nas mãos daquele bandido? - Darien praticamente gritou, sua voz ecoando pelas paredes da sala e quando ele fez menção de partir, outra pessoa o chamando o impediu.
- Acalme-se Majestade. Enquanto Kolie precisar dela ele não a fará mal. Por isso pare de perambular ou vai abrir um buraco no chão do apartamento. Além de me deixar bem tonta. - Selene o cortou, sua expressão entediada mirando o homem inquieto no meio da sala.
- Me desculpe. E por favor não me chame de Majestade. Não sou Rei de nada ainda. - pediu com uma voz contida, suas mãos trêmulas vez ou outra indo nervosamente esconder-se entre os fios negros do cabelo.
- Sim senhor. - completou a menina.
- E nem de senhor, não sou tão velho assim. - pediu mais uma vez.
- Está bem. Mas você tem certeza que eu não vou incomodar se ficar aqui hospedada com você? - indagou a jovem, olhando o apartamento ao seu redor. Era uma típica casa de solteiro, com móveis clássicos, bem decorada, mas praticamente sem nenhuma vida. Não tinha um toque pessoal exceto pela moldura com uma foto de Darien e Serena sobre uma mesa de canto.
- Você ronca? - perguntou o homem, parando de perambular e mirando seus olhos azuis na menina mais nova.
- Não! - respondeu com a sobrancelha erguida, tentando compreender que tipo de pergunta era aquela.
- É sonâmbula? - continuou, ignorando a expressão dela.
- Não!
- Sabe cozinhar? - perguntou esperançoso, visto que seus dotes culinários beiravam ao desastre. Normalmente ou comia fora, ou Serena costumava aparecer em sua casa e cozinhar. Mal, diga-se de passagem, mas em comparação a comida dele era a melhor coisa que experimentara.
- Sei.
- Então seja bem vinda ao meu humilde lar! - retrucou Darien com um sorriso.
- Senhor?! - o chamado fez o homem despertar de seus devaneios e mirar orbes vermelhos no recém-chegado.
- Veja como brilha Troy. O poderoso Cristal de Prata, finalmente o consegui e agora só falta o outro.
- Outro senhor? - perguntou Troy confuso.
- Sim Troy, pena que este vai ser mais difícil de se pegar, e também mais doloroso. Não para mim é claro! - riu com malícia.
- Sim senhor. Mas e a Terra Kolie, pretende destruí-la? Poderíamos conseguir bons escravos nela.
- Tem razão meu caro Troy. Mas me dê mais um tempo para decidir. Afinal para que a pressa se eu já tenho o que quero.
- E quanto a Sailor Moon senhor, o que fará com ela?
- Não sei. Acha que ela daria uma boa esposa? Ah o que importa! Deixe o exército de prontidão, quando eu tomar a minha decisão eu lhe comunico. - Troy acenou com a cabeça, fazendo uma reverência de respeito e partindo, deixando um Kolie extasiado apreciando a sua conquista. O poderoso Cristal da Prata.
Darien rolava na cama lutando contra o pesadelo que estava tendo. Nele podia ouvir sua amada gritando, mas não por estar sofrendo, ela gritava por alguém, mas quem? Ele podia sentir a angústia da pessoa que estava sendo atacada, mas não podia ver seu rosto. E a medida que o sonho prosseguia a sensação de desespero e dor aumentavam, o sufocando e comprimindo o seu peito. Acordou num estalo, suado e assustado e quando percebeu que não conseguiria pegar no sono tão cedo, resolveu levantar para tomar um copo d'água para se acalmar. Entretanto, ao passar pela sala notou que uma pequena luminária estava acesa e que não era o único insone naquela casa.
- Ainda acordada? - perguntou ao ver a menina sentada encolhida sobre o sofá, abraçando os joelhos e olhando com desinteresse um ponto qualquer na mesa de centro da sala.
-Estou sem sono. E você?
- Pesadelo. Algo errado? - sentou-se ao lado dela, virando-se para poder encará-la de perfil.
- Se eu contar para você promete que não conta para as outras Senshis. - falou em uma voz mínima, apertando o abraço em torno dos joelhos.
- Claro!
- Estou com medo. - disse em um murmúrio, abaixando a cabeça e deixando que a franja negra de seus cabelos escondesse seus olhos.
- Mas isto é normal. - respondeu Darien em um tom encorajador.
- Você não entendeu. Eu não estou com medo por causa do inimigo. Estou com medo de não conseguir. Nunca estive em uma batalha de verdade antes, apenas em treinos e simulações. A única batalha de verdade que eu presenciei foi quando a Black Moon atacou Tóquio de Cristal e eu era praticamente um bebê naquela época, mal me lembro do acontecido.
- Para começo de conversa, você não pode entrar em uma batalha pensando que irá perder. Tem que ter pensamento positivo. - tentou animá-la, mesmo que ele próprio não se sentisse muito disposto a isto. Depois de tanto tempo, tanto inimigos, ele estava começando a se cansar de toda essa função de Guardião da Terra, quando tudo que ele queria no momento era um pouco de paz para ter uma vida normal como qualquer outro jovem da sua idade.
- Você parece até a Rainha Serenity falando. - concluiu, virando o rosto e dando um sorriso para ele que fez o homem piscar os olhos intensamente diante da força daquele gesto. O sorriso da menina era cativante.
- É, confesso que o positivismo de Serena influencia muito as pessoas. E quanto a você? - virou o rosto, tentando desfazer a sensação que o sorriso dela tinha causado dentro de si.
- Enquanto a mim o quê?
- Me fale um pouco de você. A única coisa que sei é que você veio do futuro.
- Se quiser saber mais sobre mim pergunte para a Setsuna. Garanto que ela lhe contará todos os meus podres. - soltou num bufo, rolando os olhos ao lembrar-se da Sailor que nem por um decreto real ia com a cara dela. Escondeu um sorriso maroto. Bem, Plutão até que tinha lá suas razões.
- Ah! Esqueci-me do detalhe de que você e Setsuna não se dão. Por que disto? - perguntou o homem curioso. Em todo o tempo que conhecia a senshi do tempo nunca a vira perder a compostura. Setsuna sempre era uma mulher de classe e educada, mas toda a sua pose parecia desmoronar ao bater de frente com Selene.
- Isto é uma longa história. E - parou quando ouviu um bip estranhou ecoar na sala. - que barulho é este que eu estou ouvindo?
- É o comunicador das Sailors. Elas me deram um para qualquer emergência. - respondeu, recolhendo o aparelho largado sobre a mesa. - Darien na escuta. - falou e franziu a testa ao ver a imagem familiar de Setsuna pipocar na tela. - Plutão?
- Esta daí não morre tão cedo.
"Eu ouvi isto Selene." - falou a mulher ao ouvir o resmungo da menina do outro lado da linha. - "Venham depressa. Ataque no centro da cidade." - e com isto encerrou a ligação.
- Vamos Selene! - Darien prontamente pôs-se de pé e já se transformava para logo em seguida puxar a jovem para fora do apartamento.
- Mas estes caras não dormem não? Isto são horas de aparecer? - resmungou a garota enquanto se deixava levar pelo homem para o que prometia ser mais uma exaustiva batalha.
- Parado aí! - a voz ecoou no campo de batalha.
- Guerreiras Lunares! - um youma rosnou ao reconhecer as figuras empoleiradas no alto de um telhado.
- Somos as defensoras que lutam... - uma delas começou com o tradicional discurso até que foi prontamente interrompida pela companheira.
- Júpiter, Acho que esta tirada não tem muito sentido sem a presença da Sailor Moon. - Ami a repreendeu, sacudindo a cabeça descrente.
- Desculpe Mercúrio, é o hábito. - Lita fez uma careta e deu de ombros.
- Blá, blá, blá. Quero ver se lutam tanto quanto tagarelam. Espero que se divirtam com o meu exército. AVANCEM! - um dos comandantes gritou, apontando em direção as Sailors ao soltar a sua ordem.
- Já que insiste! - Vênus posicionou-se e disparou o ataque. - Beijo de Amor e Beleza de Vênus!
O demônio esquivou-se do ataque de Vênus, desaparecendo do seu campo de visão e reaparecendo logo em seguida atrás da guerreira,l ançando o seu contra ataque. Uma esfera de energia atingiu Vênus pelas costas, prontamente a arremessando em direção a vitrine de uma loja, onde ela ficou caída, desorientada, por algum tempo entre manequins e peças de roupas.
- Mas eles são muito rápidos. - rosnou Sailor Júpiter, carregando os seus trovões e os lançando pela quarta vez em direção ao youma que desviava com impressionante velocidade.
- Parece que a principal característica deste pelotão é a velocidade. - falou Mercúrio enquanto analisava os dados em seu computador.
- Então cada grupo de soldados tem um poder especial? - Rei virou-se para ela enquanto desviava-se de mais um ataque. - Cuidado Mercúrio! Flecha Flamejante de Marte! - gritou, acertando um demônio que se esgueirava por detrás da Sailor Mercúrio.
- Obrigada Marte. - ela lançou um olhar agradecido a amiga que lhe dava cobertura enquanto ainda analisava o inimigo. - O único jeito de atacá-los é fazendo-os parar de se movimentarem. - concluiu, guardando seu computador e juntando-se ao embate.
- Então é só fazê-los pararem?
- De onde vocês surgiram? - indagou Júpiter a Sailor Estelar e Tuxedo Mask que haviam acabado de chegar.
- De cima. - retrucou a jovem apontando para o céu.
Mercúrio reparou que havia algo nas costas de Estelar e que parecia ser uma asa transparente.
- Asas? - Ami perguntou.
- Oras, pensas que só Eternal Sailor Moon pode voar? - Estelar deu uma olhada por cima do ombro para as asas transparentes.
- Feitas de que? - prosseguiu a Guerreira com o questionário.
- Energia. São bastante eficientes, um tipo de brinde por ser Sailor Estelar.
- Porém não se enganem, apesar das asas de anjo esta menina não tem nada.
- Também senti sua falta Plutão. - ironizou Estelar.
- Inner Senshis. - Netuno chamou ao perceber que não havia apenas demônios de baixa classe naquele ataque, mas que uma outra pessoa tinha surgido no campo de batalha. - Quem é aquele sujeito azul ali?
- Aquele é o tal de Troy. - respondeu Vênus que acabara de recuperar-se e reunia-se novamente as outras guerreiras.
Entrementes, Saturno e Netuno notaram que Estelar lançava um olhar enfurecido ao tal de Troy ao mesmo tempo em que materializava seu cetro.
- Ele é meu! - bradou a garota, saltando com fúria em direção ao ser mais a frente.
Troy não aparentava ser muito forte, possuía uma pele azulada e orelhas pontiagudas e vestia uma armadura negra. Os cabelos eram negros, lisos e curtos e tinha um físico que dava a entender que não havia poder nenhum dentro daquele ser. Porém os olhos dourados e extremamente ameaçadores contradiziam esta afirmação.
- Melhor se acalmar Sailor Estelar, não irá querer me atacar com humanos por perto. - falou zombeteiro, lançando um olhar para um certo ponto da rua, erguendo a mão e apontando em direção ao local. Estelar cessou o ataque e virou-se, olhando para onde Troy apontava e pôde ver um grupo de demônios aprisionando alguns humanos.
- Socorro! - gritou uma das pessoas no meio do grupo de prisioneiros. A voz familiar e feminina rapidamente chamando a atenção das Sailor, que junto com Tuxedo Mask ficaram aturdidos com a origem do pedido.
- Sra. Tsukino - sussurrou Tuxedo Mask ao reconhecer a mulher entre o grupo.
Estelar baixou a guarda, enquanto observava irritada o inimigo desaparecer levando o grupo de humanos. No entanto voltou à posição de luta quando viu que alguns dos youmas haviam ficado para trás para batalhar.
- Droga! Não consigo acompanhá-los. - Tuxedo Mask resmungava enquanto atirava rosas para todos os lados.
- O negócio é fazê-los pararem de se movimentar, não é Mercúrio? - Estelar perguntou enquanto lançavam mais uma vez a sua tempestade e um dos adversários, apenas para vê-los fugir com facilidade de seu golpe.
-Sim! Rapsódia Aquática de Mercúrio. Ah não ele escapou... de novo.
- Quantos youmas você acha que tem aqui Ami? - perguntou a Sailor do futuro.
- Vinte pelo ao menos.
- Acho que dá. - murmurou e cravou seu cetro no chão, fechando os olhos em concentração e estendendo ambas os braços em frente ao corpo, com as palmas das mãos viradas em direção aos youmas.
-Do que você está falando Estelar? - mal havia terminado de falar e Sailor Mercúrio pôde ver os demônios pararem de se movimentar subitamente e começarem a flutuar alguns centímetros acima do chão.
- Nani? - Ami piscou intensamente ao presenciar a cena, não a compreendendo.
- Ataquem! - gritou Estelar, tirando todas de seus transes e rapidamente as Sailors invocaram seus poderes e os desferiram contra os demônios. Quando finalmente a confusão passou, as jovens aproximaram-se da visitante com expressões confusas no rosto.
-Mas o que aconteceu? - Saturno estava pasma.- Como eles voaram daquele jeito?
- Vejo que andou praticando os seus dons telecinéticos, Estelar.
- Isto é um elogio Plutão?
- Não! Só estou surpresa por você estar treinando.
- Dons telecinéticos? - interrompeu Darien. - Você voa, cozinha, tem poderes telecinéticos... tem mais alguma coisa sobre você que eu deva saber?
- Não, ou talvez sim, eu ainda tenho uns truques guardados na manga. - respondeu, curvando o corpo e apoiando-se nos joelhos. - Aqueles youmas são pesados.
- E agora o que vamos fazer? Não podemos ficar aqui parados, precisamos resgatar a Princesa. - Urano interrompeu.
- Urano tem razão. Se eles estão seqüestrando humanos para fazê-los de escravos só pode significar que eles estão por perto. Precisamos encontrá-los. Alguma idéia Mercúrio? - Plutão virou-se para a estrategista do grupo que deu um aceno positivo de cabeça.
- É talvez eu tenha uma idéia. Vamos nos encontrar aqui daqui a mais ou menos quatro horas e eu lhes digo o que vamos fazer. - todos acenaram em concordância, partindo para assim se prepararem para o que estava por vir.
Continua...
