Harry começou a procurar desesperado por sua varinha.
- Eu devo ter deixado cair em algum lugar - disse a Rony.
- Pode ser - concordou o amigo. - Você se lembra dos lugares por onde passou?
Harry pensou um pouco e respondeu:
- Mais ou menos...
Porém, na verdade, era a segunda vez que aquilo estava acontecendo. A primeira fora quase um mês antes, quando havia se deitado com Lucky. No dia seguinte, a moça lhe devolveu a varinha no café da manhã, dizendo tê-la achado na porta do quarto.
- Pode parecer estúpido - disse Harry. - Mas vamos perguntar se Lucky a viu.
- Lucky Star? - indagou Rony, espantado. - Que raio de idéia é essa, Harry?
- Da última vez que eu perdi a varinha, foi ela que encontrou. Talvez tenha acontecido novamente.
Eles iam se virar, quando Harry sentiu uma mão toca-lo nas costas. Era Simas.
- Veja o que você esqueceu na mesa do café.
Harry pegou sua varinha, que Simas lhe estendia.
- Tome mais cuidado da próxima vez - disse ele ao amigo, voltando pelo mesmo caminho de onde viera.
Depois que Simas se retirou, Rony olhou para Harry e disse:
- Por que não vamos à biblioteca descobrir o que a Mione está aprontando?
- Boa idéia - respondeu o amigo, pensativo.
Eles subiram à biblioteca e encontraram Simas sentado a uma mesa com Hermione. Harry estranhou.
- O que você está fazendo aqui?
- Como assim? - perguntou Simas.
- Você acabou de me devolver a minha varinha, perto do Salão Principal, e depois foi para o outro lado.
- Harry, você deve estar enganado. Eu não devolvi sua varinha, nem sabia que você tinha perdido.
Harry sentiu um calafrio gelar sua espinha de alto a baixo, e ele e Rony concluíram ao mesmo tempo: quem lhe devolvera a varinha tinha sido o bruxo camaleônico, o assassino que estavam procurando.
- Como é que pode? - protestou Rony. - O assassino esteve a dois metros de nós e nós nem percebemos!
- iQuem/i esteve a dois metros de vocês? - perguntou uma voz fria e zombeteira atrás deles. Harry se virou abruptamente e quase trombou com Draco Malfoy.
- Não é da sua conta - respondeu. - Cai fora.
- De jeito nenhum - retrucou Malfoy, com um sorriso cruel. - Eu ouvi perfeitamente. Vocês estiveram com o assassino de Hogwarts.
- E se estivemos? - desafiou Rony, irritado. - Isso é problema nosso.
- Você devia ter aproveitado e tirado umas fotos dele, Weasley - disse Malfoy. - Ia ganhar um bom dinheiro vendendo cópias, e quem sabe comprar umas vestes novas num brechó.
Rony fez menção de voar sobre o colega, mas Hermione segurou suas vestes pelas costas.
- Não vale a pena, vamos deixar isso pro Dumbledore resolver.
- Vai dedurar, é? - perguntou Draco com ar de zombaria, mas ligeiramente preocupado.
- Com certeza vou - respondeu Mione, levantando-se. - Por isso, Malfoy, é melhor ficar na sua.
Ela saiu da biblioteca com Rony, Simas e Harry, e os quatro foram juntos para a sala de aula. Depois de cinco minutos, o sinal bateu e o professor Flitwick entrou.
Depois da aula de Feitiços, que não havia sido nada divertida, viria uma aula de Adivinhação. Hermione, que não tinha aulas dessa matéria, foi para a sala de Aritmancia (onde tinha aulas com o prof. Vector). Harry, Rony e Simas seguiram para a torre onde ficava a sala de Adivinhação.
Quando chegaram à sala, esbaforidos, sentaram-se com alívio a uma mesinha redonda. Depois que todos os alunos haviam se acomodado, a prof. Trelawney entrou, com um ar etéreo e distante.
- Bom dia, meus queridos - disse ela. - Espero que estejam todos confortáveis, para que possamos ter uma aula bem proveitosa.
Alguns alunos resmungaram, outros apenas balançaram a cabeça em concordância. De qualquer forma, todos, inclusive Parvati Patil e Lilá Brown, fãs da professora, estavam num estado de tédio profundo e desesperador. A professora pareceu notar isso, pois ficou um pouco constrangida, e deu a impressão de estar tentando animar a turma ao dizer:
- Hoje iniciaremos um assunto novo: radiestesia.
Novos resmungos mostraram que os alunos estavam vivos, mas não demonstravam nenhum interesse. Trelawney tentou incentivar:
- Alguém aqui sabe o que é radiestesia?
- Com certeza a Mione sabe - disse Rony a Harry, apoiando a cabeça na mão direita.
- É... - concordou Harry. Porém, seu pensamento estava bem longe dali. Estava pensando em Colin Creevey e seu trauma com a morte do irmão. O que diria quando ele o procurasse pedindo ajuda? Teria que se fingir de amigo? Provavelmente não, pois, mesmo tratando o fã com relativa hostilidade, Harry sempre fora para Colin seu melhor amigo. Bastaria que Harry agisse normalmente, e o garoto certamente se daria por satisfeito.
- Radiestesia - explicou a professora, já que ninguém respondera à sua pergunta. - é a arte de fazer magia e obter respostas a todas as perguntas através de um pêndulo.
Então, ela foi até sua mesa e pegou um pêndulo pontiagudo de ametista, dizendo:
- Este pêndulo é ideal para curas e transmutações. Além disso, com ele você pode desvendar os mistérios do presente, do passado e do futuro. Alguém aqui duvida disso?
Novamente, ninguém respondeu. Então, frustrada, a professora disse:
- Já chega! Quem não estiver interessado, saia da minha aula e tranque a matéria! Vocês já estão cansados de saber que ela não é obrigatória!
Nesse momento, todos acordaram de seu estupor. Nada mais havia de etéreo na voz de Trelawney.
- Eu já me cansei! - continuou ela. - Você não prestam atenção, depois vão mal e a culpa é de quem? Da professora, sempre da professora! Por que não vão lamber os pés daquela maldita puxa-saco do Dumbledore? Vocês são todos uns...
Foi aí que Harry viu. No começo, achara que era apenas efeito do perfume forte que empesteava a sala de Trelawney, mas agora tinha certeza: o pêndulo nas mãos da professora estava realmente se mexendo.
Então, tudo foi muito rápido. Diante dos alunos boquiabertos, o pêndulo pontiagudo ganhou vida e escapou da mão de Trelawney. Ela mesma pareceu nem perceber, tão absorta estava em gritar com a turma. Então, quando já estava na altura do coração, o pêndulo não pensou duas vezes e... ZÁS! Varou o corpo da professora, entrando pelo seio esquerdo e saindo pelas costas.
Alguns alunos gritaram, outros desmaiaram. Harry e Rony correram para ajudar a professora, que caiu de costas no chão, sangrando muito. Ninguém pensou em pegar o pêndulo, que se transformou numa mosca e saiu voando pela janela.
- Está morta - disse Harry, vendo que a professora não tinha mais pulso e estava gelada como pedra.
- A terceira vítima - disse Simas, indo até eles. Ele tinha ido buscar Madame Pomfrey, que nada pôde fazer a não ser confirmar a morte da professora de Adivinhação.
- O que mais precisamos agora - disse ela, enquanto fechava os olhos do cadáver. -, além de achar esse assassino, é de...
- Dois professores substitutos - disse Dumbledore, em seu escritório. - E o mais rápido possível.
- Já estou providenciando - disse Minerva McGonagall, conferindo suas anotações. - Ainda não encontrei quem substitua Sibila, mas uma das pessoas que se candidataram ao emprego de Defesa Contra as Artes das Trevas me parece perfeita para o cargo. Roberts só ganhou dela pela experiência.
- Qual é o nome dessa moça?
- É srta. Honey. Nascida em Lisboa, tem 19 anos e se formou em Hogwarts. O pai é trouxa, trabalha como músico. A mãe é bruxa, mais precisamente uma astróloga.
- Para mim está bom. Quando ela vem?
- Eu enviei uma coruja a ela, pedindo que viesse com urgência... deve chegar lá pela semana que vem.
- Certo - concordou Dumbledore, com um olhar triste.
- Que tipo de detetives nós somos? - perguntou Harry aos amigos, na biblioteca. Ele, Rony e Hermione haviam preferido faltar à aula de Herbologia para estudar o caso. Simas também quisera matar a aula para ficar com eles, mas Harry não deixou ("Você não está livre dos testes, é melhor que assista às aulas").
- É verdade - concordou Rony. - O assassino cometeu o terceiro crime bem embaixo do nosso nariz!
- Não sei por que vocês não pegaram o pêndulo - disse Hermione. - Se eu estivesse lá, seria a primeira coisa que eu faria.
- Isso é porque você odeia a Trelawney - retrucou Rony, irritado. - Não que eu morra de amores por ela, mas não conseguiria me preocupar com o pêndulo enquanto ela agonizava na minha frente.
- Além disso, não ia adiantar - acrescentou Harry. - Se prendêssemos o pêndulo, bastaria ele se transformar numa pulga e pronto!
- Tem razão - concordou Hermione, passando a mão pelos cabelos. - Isso o torna imbatível; cada vez que o pegarmos, ele se transforma em uma coisa diferente.
- A não ser que descubramos quem ele é - disse Rony. - Assim, por mais que se transforme, estará sempre sendo perseguido, e não terá escolha a não ser voltar à forma original.
Harry, que estava rabiscando num pedaço de pergaminho, falou:
- De qualquer forma, o importante agora é segurá-lo antes que mate mais alguém.
- Não necessariamente. Por que não deixamos pra ver se ele mata o Malfoy? - brincou Rony.
Enquanto isso, na aula de Feitiços da Sonserina, Draco Malfoy estava brincando com sua pena de escrever, sem prestar atenção a uma única palavra do que o professor dizia. Então, morrendo de sono, cruzou os braços sobre a carteira e deitou a cabeça sobre eles.
Ninguém viu quando a pena, largada sobre a carteira, começou a deslizar sobre ela até cair no colo de Malfoy. Então, ela pulou (?) para a gaveta que ficava embaixo da carteira, fez pontaria e se cravou certeiramente no coração de seu dono. O golpe foi tão rápido e inesperado que Draco teve apenas um tremor, que não foi notado por ninguém na sala, e um leve gemido. Então, depois que seu coração parou definitivamente de bater, tudo o que ele sentiu foi a sensação de estar tendo a alma sugada para algum lugar gélido.
- Eu devo ter deixado cair em algum lugar - disse a Rony.
- Pode ser - concordou o amigo. - Você se lembra dos lugares por onde passou?
Harry pensou um pouco e respondeu:
- Mais ou menos...
Porém, na verdade, era a segunda vez que aquilo estava acontecendo. A primeira fora quase um mês antes, quando havia se deitado com Lucky. No dia seguinte, a moça lhe devolveu a varinha no café da manhã, dizendo tê-la achado na porta do quarto.
- Pode parecer estúpido - disse Harry. - Mas vamos perguntar se Lucky a viu.
- Lucky Star? - indagou Rony, espantado. - Que raio de idéia é essa, Harry?
- Da última vez que eu perdi a varinha, foi ela que encontrou. Talvez tenha acontecido novamente.
Eles iam se virar, quando Harry sentiu uma mão toca-lo nas costas. Era Simas.
- Veja o que você esqueceu na mesa do café.
Harry pegou sua varinha, que Simas lhe estendia.
- Tome mais cuidado da próxima vez - disse ele ao amigo, voltando pelo mesmo caminho de onde viera.
Depois que Simas se retirou, Rony olhou para Harry e disse:
- Por que não vamos à biblioteca descobrir o que a Mione está aprontando?
- Boa idéia - respondeu o amigo, pensativo.
Eles subiram à biblioteca e encontraram Simas sentado a uma mesa com Hermione. Harry estranhou.
- O que você está fazendo aqui?
- Como assim? - perguntou Simas.
- Você acabou de me devolver a minha varinha, perto do Salão Principal, e depois foi para o outro lado.
- Harry, você deve estar enganado. Eu não devolvi sua varinha, nem sabia que você tinha perdido.
Harry sentiu um calafrio gelar sua espinha de alto a baixo, e ele e Rony concluíram ao mesmo tempo: quem lhe devolvera a varinha tinha sido o bruxo camaleônico, o assassino que estavam procurando.
- Como é que pode? - protestou Rony. - O assassino esteve a dois metros de nós e nós nem percebemos!
- iQuem/i esteve a dois metros de vocês? - perguntou uma voz fria e zombeteira atrás deles. Harry se virou abruptamente e quase trombou com Draco Malfoy.
- Não é da sua conta - respondeu. - Cai fora.
- De jeito nenhum - retrucou Malfoy, com um sorriso cruel. - Eu ouvi perfeitamente. Vocês estiveram com o assassino de Hogwarts.
- E se estivemos? - desafiou Rony, irritado. - Isso é problema nosso.
- Você devia ter aproveitado e tirado umas fotos dele, Weasley - disse Malfoy. - Ia ganhar um bom dinheiro vendendo cópias, e quem sabe comprar umas vestes novas num brechó.
Rony fez menção de voar sobre o colega, mas Hermione segurou suas vestes pelas costas.
- Não vale a pena, vamos deixar isso pro Dumbledore resolver.
- Vai dedurar, é? - perguntou Draco com ar de zombaria, mas ligeiramente preocupado.
- Com certeza vou - respondeu Mione, levantando-se. - Por isso, Malfoy, é melhor ficar na sua.
Ela saiu da biblioteca com Rony, Simas e Harry, e os quatro foram juntos para a sala de aula. Depois de cinco minutos, o sinal bateu e o professor Flitwick entrou.
Depois da aula de Feitiços, que não havia sido nada divertida, viria uma aula de Adivinhação. Hermione, que não tinha aulas dessa matéria, foi para a sala de Aritmancia (onde tinha aulas com o prof. Vector). Harry, Rony e Simas seguiram para a torre onde ficava a sala de Adivinhação.
Quando chegaram à sala, esbaforidos, sentaram-se com alívio a uma mesinha redonda. Depois que todos os alunos haviam se acomodado, a prof. Trelawney entrou, com um ar etéreo e distante.
- Bom dia, meus queridos - disse ela. - Espero que estejam todos confortáveis, para que possamos ter uma aula bem proveitosa.
Alguns alunos resmungaram, outros apenas balançaram a cabeça em concordância. De qualquer forma, todos, inclusive Parvati Patil e Lilá Brown, fãs da professora, estavam num estado de tédio profundo e desesperador. A professora pareceu notar isso, pois ficou um pouco constrangida, e deu a impressão de estar tentando animar a turma ao dizer:
- Hoje iniciaremos um assunto novo: radiestesia.
Novos resmungos mostraram que os alunos estavam vivos, mas não demonstravam nenhum interesse. Trelawney tentou incentivar:
- Alguém aqui sabe o que é radiestesia?
- Com certeza a Mione sabe - disse Rony a Harry, apoiando a cabeça na mão direita.
- É... - concordou Harry. Porém, seu pensamento estava bem longe dali. Estava pensando em Colin Creevey e seu trauma com a morte do irmão. O que diria quando ele o procurasse pedindo ajuda? Teria que se fingir de amigo? Provavelmente não, pois, mesmo tratando o fã com relativa hostilidade, Harry sempre fora para Colin seu melhor amigo. Bastaria que Harry agisse normalmente, e o garoto certamente se daria por satisfeito.
- Radiestesia - explicou a professora, já que ninguém respondera à sua pergunta. - é a arte de fazer magia e obter respostas a todas as perguntas através de um pêndulo.
Então, ela foi até sua mesa e pegou um pêndulo pontiagudo de ametista, dizendo:
- Este pêndulo é ideal para curas e transmutações. Além disso, com ele você pode desvendar os mistérios do presente, do passado e do futuro. Alguém aqui duvida disso?
Novamente, ninguém respondeu. Então, frustrada, a professora disse:
- Já chega! Quem não estiver interessado, saia da minha aula e tranque a matéria! Vocês já estão cansados de saber que ela não é obrigatória!
Nesse momento, todos acordaram de seu estupor. Nada mais havia de etéreo na voz de Trelawney.
- Eu já me cansei! - continuou ela. - Você não prestam atenção, depois vão mal e a culpa é de quem? Da professora, sempre da professora! Por que não vão lamber os pés daquela maldita puxa-saco do Dumbledore? Vocês são todos uns...
Foi aí que Harry viu. No começo, achara que era apenas efeito do perfume forte que empesteava a sala de Trelawney, mas agora tinha certeza: o pêndulo nas mãos da professora estava realmente se mexendo.
Então, tudo foi muito rápido. Diante dos alunos boquiabertos, o pêndulo pontiagudo ganhou vida e escapou da mão de Trelawney. Ela mesma pareceu nem perceber, tão absorta estava em gritar com a turma. Então, quando já estava na altura do coração, o pêndulo não pensou duas vezes e... ZÁS! Varou o corpo da professora, entrando pelo seio esquerdo e saindo pelas costas.
Alguns alunos gritaram, outros desmaiaram. Harry e Rony correram para ajudar a professora, que caiu de costas no chão, sangrando muito. Ninguém pensou em pegar o pêndulo, que se transformou numa mosca e saiu voando pela janela.
- Está morta - disse Harry, vendo que a professora não tinha mais pulso e estava gelada como pedra.
- A terceira vítima - disse Simas, indo até eles. Ele tinha ido buscar Madame Pomfrey, que nada pôde fazer a não ser confirmar a morte da professora de Adivinhação.
- O que mais precisamos agora - disse ela, enquanto fechava os olhos do cadáver. -, além de achar esse assassino, é de...
- Dois professores substitutos - disse Dumbledore, em seu escritório. - E o mais rápido possível.
- Já estou providenciando - disse Minerva McGonagall, conferindo suas anotações. - Ainda não encontrei quem substitua Sibila, mas uma das pessoas que se candidataram ao emprego de Defesa Contra as Artes das Trevas me parece perfeita para o cargo. Roberts só ganhou dela pela experiência.
- Qual é o nome dessa moça?
- É srta. Honey. Nascida em Lisboa, tem 19 anos e se formou em Hogwarts. O pai é trouxa, trabalha como músico. A mãe é bruxa, mais precisamente uma astróloga.
- Para mim está bom. Quando ela vem?
- Eu enviei uma coruja a ela, pedindo que viesse com urgência... deve chegar lá pela semana que vem.
- Certo - concordou Dumbledore, com um olhar triste.
- Que tipo de detetives nós somos? - perguntou Harry aos amigos, na biblioteca. Ele, Rony e Hermione haviam preferido faltar à aula de Herbologia para estudar o caso. Simas também quisera matar a aula para ficar com eles, mas Harry não deixou ("Você não está livre dos testes, é melhor que assista às aulas").
- É verdade - concordou Rony. - O assassino cometeu o terceiro crime bem embaixo do nosso nariz!
- Não sei por que vocês não pegaram o pêndulo - disse Hermione. - Se eu estivesse lá, seria a primeira coisa que eu faria.
- Isso é porque você odeia a Trelawney - retrucou Rony, irritado. - Não que eu morra de amores por ela, mas não conseguiria me preocupar com o pêndulo enquanto ela agonizava na minha frente.
- Além disso, não ia adiantar - acrescentou Harry. - Se prendêssemos o pêndulo, bastaria ele se transformar numa pulga e pronto!
- Tem razão - concordou Hermione, passando a mão pelos cabelos. - Isso o torna imbatível; cada vez que o pegarmos, ele se transforma em uma coisa diferente.
- A não ser que descubramos quem ele é - disse Rony. - Assim, por mais que se transforme, estará sempre sendo perseguido, e não terá escolha a não ser voltar à forma original.
Harry, que estava rabiscando num pedaço de pergaminho, falou:
- De qualquer forma, o importante agora é segurá-lo antes que mate mais alguém.
- Não necessariamente. Por que não deixamos pra ver se ele mata o Malfoy? - brincou Rony.
Enquanto isso, na aula de Feitiços da Sonserina, Draco Malfoy estava brincando com sua pena de escrever, sem prestar atenção a uma única palavra do que o professor dizia. Então, morrendo de sono, cruzou os braços sobre a carteira e deitou a cabeça sobre eles.
Ninguém viu quando a pena, largada sobre a carteira, começou a deslizar sobre ela até cair no colo de Malfoy. Então, ela pulou (?) para a gaveta que ficava embaixo da carteira, fez pontaria e se cravou certeiramente no coração de seu dono. O golpe foi tão rápido e inesperado que Draco teve apenas um tremor, que não foi notado por ninguém na sala, e um leve gemido. Então, depois que seu coração parou definitivamente de bater, tudo o que ele sentiu foi a sensação de estar tendo a alma sugada para algum lugar gélido.
