Harry e Rony não sabiam mais o que fazer. Sem aviso prévio!
- Vamos à biblioteca - disse Harry. - Precisamos aprender tudo o que for possível sobre bruxos camaleônicos.
- Certo - concordou Rony.
Eles foram correndo à biblioteca. Depois que haviam corrido alguns passos, Harry parou e disse:
- Por acaso você percebeu que nós deixamos o Dumbledore lá?
- É mesmo - disse Rony, olhando instintivamente para trás. No entanto, tudo o que viu foi Lucky Star, que estava vindo na direção deles.
- Por que a pressa, garotos? - perguntou ela.
- Precisamos ir à biblioteca - disse Harry. - Com licença.
Quando eles chegaram, Rony disse:
- Harry, estou tão mal que poderia jurar que estou vendo a Mione ali.
Harry olhou para a direção que ele estava apontando e gritou:
- Mione!
A garota, que estava folheando o livro "Olhos do Passado", de Rafael Felix, levantou a cabeça na mesma hora.
- Oi, meninos! - cumprimentou.
Rony correu até ela e a abraçou, quase derrubando a garota da cadeira.
- Calma, Rony! Eu não vou fugir! - disse ela.
- Mas... mas... como você melhorou tão rápido? - perguntou Harry, com os olhos marejados de felicidade.
- Ah - disse Mione. - Madame Pomfrey disse a Dumbledore que meu estado era muito grave e estava piorando, então ele foi até a ala hospitalar e levou a Fawkes. Ela chorou sobre a ferida e eu fiquei boa!
- Ué - estranhou Harry. - A que horas foi isso?
- Foi agora - respondeu a garota. - Acabei de chegar, foi só o tempo de eu pegar este livro e vocês apareceram.
Rony olhou para Harry, assustado, e disse:
- Dumbledore não nos disse nada sobre isso.
Depois de um momento que pareceu uma eternidade, os dois exclamaram em uníssono:
- Lucky!
- O quê? - perguntou Hermione, desnorteada.
- Venha - disse Harry, puxando-a pelo braço. Ela saiu da biblioteca com os dois, em meio a protestos:
- O que está acontecendo?
- Lucky é o bruxo camaleônico - disse Harry.
- Vocês enlouqueceram? Ela é uma trouxa, em todos os sentidos!
- Dumbledore conversou conosco agora há pouco - explicou Rony, subindo as escadas que davam na sala do diretor. - Ele disse que tinha recebido um novo bilhete, que dizia que agora as mortes seriam sem aviso prévio.
- E daí?
- Daí que não poderia ser Dumbledore. Nesse momento, ele estava na ala hospitalar, curando você. Quando nós olhamos para trás, Dumbledore tinha sumido, e só tinha a Lucky vindo na nossa direção.
- E se há um Dumbledore falso - disse Hermione, parando na escada e livrando seu braço da mão de Harry. -, com certeza foi o que falou com vocês, porque seria inútil para o assassino tentar me matar e me curar depois.
- Então vamos! - gritou Rony. - Temos que falar com Dumbledore.
- Espere! - retrucou a garota, irritada. - Há perguntas a fazer. Por exemplo: como nós sabemos que era realmente a Lucky que falou com vocês? E se o assassino quer incriminá-la?
Harry coçou a cabeça.
- Eu não tinha pensado nisso.
- Outra pergunta - continuou Hermione. - E se a Lucky que falou com vocês de fato era a verdadeira, e o Dumbledore falso se transformou em outra coisa, uma pulga, sei lá? Talvez ele nem soubesse que a Lucky estava ali.
- É - concordou Rony.
- Estão vendo? Não podemos tirar conclusões precipitadas.
Os três suspiraram, e Hermione disse:
- Ok. Vamos fazer o seguinte: em primeiro lugar, vamos parar de assistir às aulas – que Deus me perdoe – para investigar. Eu e o Rony vamos fazer esquemas da investigação na biblioteca.
- E eu? - perguntou Harry.
- Você vai pegar sua Capa da Invisibilidade e se esconder na sala dos professores. Tenho um palpite de que, se alguma coisa for acontecer, vai ser lá.
- Certo - disse Harry. - Eu vou buscar a Capa.
- E aí você vai diretor pra sala dos professores - disse Mione. - Nós vamos pra biblioteca.
Mione e Rony seguiram na direção da biblioteca, e Harry foi para a sala comunal da Grifinória. Depois de subir ao dormitório, vestiu a Capa da Invisibilidade e desceu as escadas para a sala dos professores.
Harry parou na porta da sala, olhou para os lados e entrou. Escolheu um armário (o mesmo onde tinha se escondido com Rony no segundo ano), se enfiou lá dentro e ficou esperando para ver o que acontecia.
Harry não teve que esperar muito. O palpite de Hermione estava certo: em quinze minutos, talvez menos, uma moça muito bonita entrou na sala. Ninguém menos que Lucky Star.
- Keith? - chamou ela. Vendo que o professor não estava ali, ela andou até a mesa central da sala e sorriu de satisfação.
- Aqui está - disse, pegando algo que estava sobre a mesa. Harry saiu do armário, ainda coberto pela capa, e esperou que Lucky saísse. Quando a moça abriu a porta, pôs-se a segui-la.
Lucky subiu as escadas até seu quarto, sem desconfiar que Harry estava atrás dela. Quando chegou, o garoto aproveitou a porta aberta para entrar também. Ficou escondido a um canto, esperando que a moça saísse. Ela folheou o que tinha trazido (o que fez Harry pensar que era algum livro), deu um suspiro de alívio e saiu. Ao ouvir o clique da porta, Harry não pensou duas vezes: levantou-se e foi ver o que era.
O objeto que Lucky tinha pego na sala dos professores era um álbum de fotos. Harry começou a olhar as fotografias, uma por uma. O que mais chamou sua atenção foi que, em todas as fotos, Lucky estava diferente. Tinha os olhos verdes, tão verdes que chamavam a atenção. Exatamente como os de Harry.
- Talvez esteja usando lentes de contato nas fotos - disse o garoto, em voz alta. - Artista de cinema tem dessas coisas.
Harry ainda estava olhando as fotos, quando a porta se abriu e Lucky entrou, deixando a porta aberta. Harry saiu e ouviu a voz de Lucky:
- Que engraçado, eu nem percebi que deixei aberto.
Ela pegou o álbum e saiu fechando a porta, quase pisando no pé de Harry, que estava no corredor. Depois que ela se afastou e desceu as escadas, o garoto tirou a capa da invisibilidade. Ele começou a andar enquanto dobrava a capa, e trombou com alguém que vinha subindo as escadas.
- Ah, o cabulão!
Harry tirou a capa prateada da frente e viu quem era: Anita Honey.
- O-oi, professora - disse ele.
- Posso saber o que o senhor está fazendo aqui?
- Investigando, como eu disse aquela hora - respondeu Harry, passando pela moça e descendo a escada.
- Sobre o assassino ou sobre Hyllide?
Ao ouvir aquilo, Harry se virou.
- Como?
- Harry, é um aviso: não se meta com as pessoas de lá - respondey Anita, indo embora na direção contrária.
Harry ficou parado na escada, encolheu os ombros e desceu. Quando chegou à biblioteca, encontrou Simas com Rony e Mione.
- Saí escondido do dormitório - disse ele, sorridente.
- O que você contou pra ela? - perguntou Harry, irritado.
- O quê?
- Você contou sobre Hyllide para a professora?
- Qualé, cara? Eu não contei nada pra ninguém!
- Venha comigo, Simas - disse Harry. Rony e Hermione se entrolharam. Simas se levantou e seguiu Harry até fora da biblioteca.
- Eu acabei de encontrar a nova professora de Defesa Contra as Artes da Trevas, Anita Honey. Sabe o que ela me disse?
- Nem imagino - respondeu Simas.
- Ela disse para eu tomar cuidado com os habitantes de Hyllide. Você acha o quê? Que ela adivinhou?
- Acho que não - retrucou Simas, com um muxoxo. - Ela não é professora de Adivinhação, é?
- Não estou com graça, Simas. Você...
Nisso, Rony saiu da biblioteca e disse:
- Está nas masmorras!
- O quê? - perguntaram Harry e Simas, ao mesmo tempo.
- Eu e Hermione descobrimos! O tesouro de Slytherin está em uma das masmorras.
- Como vocês sabem? - perguntou Harry.
- Venha comigo.
Harry fez um sinal para que Simas esperasse, e foi com Harry até a mesa onde ele e Hermione estavam. Mione mostrou para ele um livro: o diário de Slytherin.
- Aqui há um verso - disse ela. - que diz onde fica o tesouro.
Harry olhou para a página em que o diário destava aberto. Havia um poema assim:Só meu legítimo herdeiro
o tesouro conquistará
Quem tem sangue de forasteiro
só a morte vai encontrar
Na Heylyn se encontra a luz
Na Heylyn se encontra a verdade
A mão do destino conduz
quem quer a felicidade
- Bem se vê que ele detestava trouxas - comentou Harry. - Mas será que está mesmo falando das masmorras?
- Com certeza - disse Rony.
- E essa palavra estranha, Heylyn?
- Sei lá o que é.
- Bom, vou até lá com o Simas.
- Nós vamos também - disse Hermione, levantando-se.
- Não! - falou Harry. - Pode ser perigoso.
Ele saiu da biblioteca e disse a Simas:
- Vamos às masmorras.
- Eu tenho uma coisa pra te mostrar!
- Agora não.
- Mas...
- Vamos logo, Simas! - disse Harry, puxando o amigo pelo braço.
Enquanto eles desciam as escadas, Simas disse:
- Você sabe em qual masmorra o tesouro está?
- Não, mas isso podemos descobrir na hora.
Eles desceram , e Simas disse.
- Chegamos. Agora temos que saber qual é a certa.
Harry começou a andar por entre as portas dos calabouços, seguido de perto por Simas. Por fim, gritou:
- Achei!
Uma das portas tinha a inscrição de uma serpente na maçaneta. Harry a abriu. Tudo vazio.
- Acho que não é aqui - disse Simas.
- Pelo contrário - discordou Harry. Ele fechou a porta novamente, olhou fixamente para a serpente e disse, num silvo característico:
- Abra.
Nada aconteceu. Harry abriu a porta, e a sala continuava vazia.
- Talvez o tesouro esteja coberto com uma Capa da Invisibilidade -lembrou Simas.
Harry não o ouviu. Estava novamente olhando para a pequena serpente da maçaneta, raciocinando na velocidade da luz. Então, teve uma idéia absurda. Olhou novamente e disse, na língua das cobras.
- Heylyn.
Não deu outra. Quando Harry abriu a porta, a masmorra estava iluminada por tochas, e bem no meio havia, sobre um pedestal, um pequeno baú. Harry entrou com o amigo e fechou a porta.
- Será que não tem perigo? - perguntou Simas.
- Acho que não - respondeu Harry, pegando o baú.
Nesse momento, um estrondo sacudiu o chão, e Harry quase derrubou o tesouro. Ele olhou para trás e viu Lucky, parada na porta aberta, os olhos brilhando de tão verdes.
- Vamos à biblioteca - disse Harry. - Precisamos aprender tudo o que for possível sobre bruxos camaleônicos.
- Certo - concordou Rony.
Eles foram correndo à biblioteca. Depois que haviam corrido alguns passos, Harry parou e disse:
- Por acaso você percebeu que nós deixamos o Dumbledore lá?
- É mesmo - disse Rony, olhando instintivamente para trás. No entanto, tudo o que viu foi Lucky Star, que estava vindo na direção deles.
- Por que a pressa, garotos? - perguntou ela.
- Precisamos ir à biblioteca - disse Harry. - Com licença.
Quando eles chegaram, Rony disse:
- Harry, estou tão mal que poderia jurar que estou vendo a Mione ali.
Harry olhou para a direção que ele estava apontando e gritou:
- Mione!
A garota, que estava folheando o livro "Olhos do Passado", de Rafael Felix, levantou a cabeça na mesma hora.
- Oi, meninos! - cumprimentou.
Rony correu até ela e a abraçou, quase derrubando a garota da cadeira.
- Calma, Rony! Eu não vou fugir! - disse ela.
- Mas... mas... como você melhorou tão rápido? - perguntou Harry, com os olhos marejados de felicidade.
- Ah - disse Mione. - Madame Pomfrey disse a Dumbledore que meu estado era muito grave e estava piorando, então ele foi até a ala hospitalar e levou a Fawkes. Ela chorou sobre a ferida e eu fiquei boa!
- Ué - estranhou Harry. - A que horas foi isso?
- Foi agora - respondeu a garota. - Acabei de chegar, foi só o tempo de eu pegar este livro e vocês apareceram.
Rony olhou para Harry, assustado, e disse:
- Dumbledore não nos disse nada sobre isso.
Depois de um momento que pareceu uma eternidade, os dois exclamaram em uníssono:
- Lucky!
- O quê? - perguntou Hermione, desnorteada.
- Venha - disse Harry, puxando-a pelo braço. Ela saiu da biblioteca com os dois, em meio a protestos:
- O que está acontecendo?
- Lucky é o bruxo camaleônico - disse Harry.
- Vocês enlouqueceram? Ela é uma trouxa, em todos os sentidos!
- Dumbledore conversou conosco agora há pouco - explicou Rony, subindo as escadas que davam na sala do diretor. - Ele disse que tinha recebido um novo bilhete, que dizia que agora as mortes seriam sem aviso prévio.
- E daí?
- Daí que não poderia ser Dumbledore. Nesse momento, ele estava na ala hospitalar, curando você. Quando nós olhamos para trás, Dumbledore tinha sumido, e só tinha a Lucky vindo na nossa direção.
- E se há um Dumbledore falso - disse Hermione, parando na escada e livrando seu braço da mão de Harry. -, com certeza foi o que falou com vocês, porque seria inútil para o assassino tentar me matar e me curar depois.
- Então vamos! - gritou Rony. - Temos que falar com Dumbledore.
- Espere! - retrucou a garota, irritada. - Há perguntas a fazer. Por exemplo: como nós sabemos que era realmente a Lucky que falou com vocês? E se o assassino quer incriminá-la?
Harry coçou a cabeça.
- Eu não tinha pensado nisso.
- Outra pergunta - continuou Hermione. - E se a Lucky que falou com vocês de fato era a verdadeira, e o Dumbledore falso se transformou em outra coisa, uma pulga, sei lá? Talvez ele nem soubesse que a Lucky estava ali.
- É - concordou Rony.
- Estão vendo? Não podemos tirar conclusões precipitadas.
Os três suspiraram, e Hermione disse:
- Ok. Vamos fazer o seguinte: em primeiro lugar, vamos parar de assistir às aulas – que Deus me perdoe – para investigar. Eu e o Rony vamos fazer esquemas da investigação na biblioteca.
- E eu? - perguntou Harry.
- Você vai pegar sua Capa da Invisibilidade e se esconder na sala dos professores. Tenho um palpite de que, se alguma coisa for acontecer, vai ser lá.
- Certo - disse Harry. - Eu vou buscar a Capa.
- E aí você vai diretor pra sala dos professores - disse Mione. - Nós vamos pra biblioteca.
Mione e Rony seguiram na direção da biblioteca, e Harry foi para a sala comunal da Grifinória. Depois de subir ao dormitório, vestiu a Capa da Invisibilidade e desceu as escadas para a sala dos professores.
Harry parou na porta da sala, olhou para os lados e entrou. Escolheu um armário (o mesmo onde tinha se escondido com Rony no segundo ano), se enfiou lá dentro e ficou esperando para ver o que acontecia.
Harry não teve que esperar muito. O palpite de Hermione estava certo: em quinze minutos, talvez menos, uma moça muito bonita entrou na sala. Ninguém menos que Lucky Star.
- Keith? - chamou ela. Vendo que o professor não estava ali, ela andou até a mesa central da sala e sorriu de satisfação.
- Aqui está - disse, pegando algo que estava sobre a mesa. Harry saiu do armário, ainda coberto pela capa, e esperou que Lucky saísse. Quando a moça abriu a porta, pôs-se a segui-la.
Lucky subiu as escadas até seu quarto, sem desconfiar que Harry estava atrás dela. Quando chegou, o garoto aproveitou a porta aberta para entrar também. Ficou escondido a um canto, esperando que a moça saísse. Ela folheou o que tinha trazido (o que fez Harry pensar que era algum livro), deu um suspiro de alívio e saiu. Ao ouvir o clique da porta, Harry não pensou duas vezes: levantou-se e foi ver o que era.
O objeto que Lucky tinha pego na sala dos professores era um álbum de fotos. Harry começou a olhar as fotografias, uma por uma. O que mais chamou sua atenção foi que, em todas as fotos, Lucky estava diferente. Tinha os olhos verdes, tão verdes que chamavam a atenção. Exatamente como os de Harry.
- Talvez esteja usando lentes de contato nas fotos - disse o garoto, em voz alta. - Artista de cinema tem dessas coisas.
Harry ainda estava olhando as fotos, quando a porta se abriu e Lucky entrou, deixando a porta aberta. Harry saiu e ouviu a voz de Lucky:
- Que engraçado, eu nem percebi que deixei aberto.
Ela pegou o álbum e saiu fechando a porta, quase pisando no pé de Harry, que estava no corredor. Depois que ela se afastou e desceu as escadas, o garoto tirou a capa da invisibilidade. Ele começou a andar enquanto dobrava a capa, e trombou com alguém que vinha subindo as escadas.
- Ah, o cabulão!
Harry tirou a capa prateada da frente e viu quem era: Anita Honey.
- O-oi, professora - disse ele.
- Posso saber o que o senhor está fazendo aqui?
- Investigando, como eu disse aquela hora - respondeu Harry, passando pela moça e descendo a escada.
- Sobre o assassino ou sobre Hyllide?
Ao ouvir aquilo, Harry se virou.
- Como?
- Harry, é um aviso: não se meta com as pessoas de lá - respondey Anita, indo embora na direção contrária.
Harry ficou parado na escada, encolheu os ombros e desceu. Quando chegou à biblioteca, encontrou Simas com Rony e Mione.
- Saí escondido do dormitório - disse ele, sorridente.
- O que você contou pra ela? - perguntou Harry, irritado.
- O quê?
- Você contou sobre Hyllide para a professora?
- Qualé, cara? Eu não contei nada pra ninguém!
- Venha comigo, Simas - disse Harry. Rony e Hermione se entrolharam. Simas se levantou e seguiu Harry até fora da biblioteca.
- Eu acabei de encontrar a nova professora de Defesa Contra as Artes da Trevas, Anita Honey. Sabe o que ela me disse?
- Nem imagino - respondeu Simas.
- Ela disse para eu tomar cuidado com os habitantes de Hyllide. Você acha o quê? Que ela adivinhou?
- Acho que não - retrucou Simas, com um muxoxo. - Ela não é professora de Adivinhação, é?
- Não estou com graça, Simas. Você...
Nisso, Rony saiu da biblioteca e disse:
- Está nas masmorras!
- O quê? - perguntaram Harry e Simas, ao mesmo tempo.
- Eu e Hermione descobrimos! O tesouro de Slytherin está em uma das masmorras.
- Como vocês sabem? - perguntou Harry.
- Venha comigo.
Harry fez um sinal para que Simas esperasse, e foi com Harry até a mesa onde ele e Hermione estavam. Mione mostrou para ele um livro: o diário de Slytherin.
- Aqui há um verso - disse ela. - que diz onde fica o tesouro.
Harry olhou para a página em que o diário destava aberto. Havia um poema assim:Só meu legítimo herdeiro
o tesouro conquistará
Quem tem sangue de forasteiro
só a morte vai encontrar
Na Heylyn se encontra a luz
Na Heylyn se encontra a verdade
A mão do destino conduz
quem quer a felicidade
- Bem se vê que ele detestava trouxas - comentou Harry. - Mas será que está mesmo falando das masmorras?
- Com certeza - disse Rony.
- E essa palavra estranha, Heylyn?
- Sei lá o que é.
- Bom, vou até lá com o Simas.
- Nós vamos também - disse Hermione, levantando-se.
- Não! - falou Harry. - Pode ser perigoso.
Ele saiu da biblioteca e disse a Simas:
- Vamos às masmorras.
- Eu tenho uma coisa pra te mostrar!
- Agora não.
- Mas...
- Vamos logo, Simas! - disse Harry, puxando o amigo pelo braço.
Enquanto eles desciam as escadas, Simas disse:
- Você sabe em qual masmorra o tesouro está?
- Não, mas isso podemos descobrir na hora.
Eles desceram , e Simas disse.
- Chegamos. Agora temos que saber qual é a certa.
Harry começou a andar por entre as portas dos calabouços, seguido de perto por Simas. Por fim, gritou:
- Achei!
Uma das portas tinha a inscrição de uma serpente na maçaneta. Harry a abriu. Tudo vazio.
- Acho que não é aqui - disse Simas.
- Pelo contrário - discordou Harry. Ele fechou a porta novamente, olhou fixamente para a serpente e disse, num silvo característico:
- Abra.
Nada aconteceu. Harry abriu a porta, e a sala continuava vazia.
- Talvez o tesouro esteja coberto com uma Capa da Invisibilidade -lembrou Simas.
Harry não o ouviu. Estava novamente olhando para a pequena serpente da maçaneta, raciocinando na velocidade da luz. Então, teve uma idéia absurda. Olhou novamente e disse, na língua das cobras.
- Heylyn.
Não deu outra. Quando Harry abriu a porta, a masmorra estava iluminada por tochas, e bem no meio havia, sobre um pedestal, um pequeno baú. Harry entrou com o amigo e fechou a porta.
- Será que não tem perigo? - perguntou Simas.
- Acho que não - respondeu Harry, pegando o baú.
Nesse momento, um estrondo sacudiu o chão, e Harry quase derrubou o tesouro. Ele olhou para trás e viu Lucky, parada na porta aberta, os olhos brilhando de tão verdes.
