Parte 3: A Solução de Seus Problemas

- Quem é você?

{Eu sou sua mãe, Shinji.}

- Não... - ele recuou alguns passos na escuridão. - minha mãe não tinha essa voz.

{Não acredita em mim?}

- Não. - e o som de passos pesados ecoou nos ouvidos de Shinji. - Quem é você?! Responda!

{Eu já lhe disse, meu querido.}

- PARE DE MENTIR! - ele sacudia a cabeça, segurando-a firme com ambas as mãos, em desespero.

{Eu sou sua mãe, Shinji.}

- DAME! - a figura etérea de Rei Ayanami surgiu em sua frente, os braços estendidos como em um abraço. - DAME! - seus braços o envolveram fortemente, de uma maneira que uma pessoa comum jamais poderia fazer. - DAME! - até que, quando Shinji abriu os olhos, viu-se frente a frente a uma figura familiar. - DAME! - uma figura que o segurava não com os braços, mas com uma enorme mão, e o fitava com olhos assustadores. - DAME!! - o EVA-01. -DAMEEEEEEEEEEEEE!!!!!


- SHINJI! Shinji, acorde! - e o garoto sentiu duas mãos a lhe segurar os ombros, mas com uma força menor do que a que sentira anteriormente. - SHINJI!

- NÃO! ME LARGUE! ME SOLTA! - ele continuou gritando, sem abrir os olhos. - ME DEIXE EM PAZ!!!

- SHINJI! - as duas mãos balançaram seus ombros com mais força, até que ele abriu os olhos, inchados de tanto chorar.

- 'Kaasan... - e Shinji jogou-se nos braços de Yui, que passou a acariciar-lhe a cabeça, confortando-o.

Gendou apareceu na porta do quarto do filho alguns segundos depois, aparentemente preocupado com os gritos que havia escutado. Yui sussurrava palavras de carinho e conforto no ouvido de Shinji, cujo corpo tremia com o soluçar de seu choro. As lágrimas não paravam de rolar pelo rosto do garoto e ele se encolhia cada vez mais no abraço da mãe.

- Mais um pesadelo? - perguntou Gendou, colocando o robe que segurava nos braços sobre as costas da esposa.

- Hai. - ela respondeu, tentando colocar o filho novamente deitado sobre a cama. - O sétimo em dois dias.

- Ainda está cedo. Vamos voltar para o quarto.

- Hai. - e a luz do quarto de Shinji foi apagada mais uma vez, deixando-o sozinho na escuridão.

A escuridão para a qual ele jamais queria retornar.

"Dame..."


Em outro quarto, apenas a fraca luz do abajur iluminava o casal. Ambos estavam deitados, mas seus olhos permaneciam abertos, o sono estando distante da mente do casal. Gendou estava deitado de costas, as mãos sob a cabeça, seu rosto com uma expressão preocupada; Yui estava de lado, olhando para o marido, como se quisesse falar algo... mas nenhuma palavra conseguia sair de seus lábios trêmulos.

- Esses pesadelos irão atrapalhar todos os nossos planos, Yui.

- Hai... sem dormir direito e com a mente atribulada, a taxa de sincronização do Shinji irá cair em proporções que não podemos prever. - ela finalmente falou, com a voz firme, mas preocupada. - Rei ainda não tem condições de pilotar o EVA-00 e contar somente com a Asuka para um combate seria arriscado demais.

- Hn. Pelo visto, teremos que adotar medidas extremas.

Yui não respondeu. Pelo olhar fixo de seu marido, ela sabia que havia uma atitude que poderia ser tomada apenas em casos de emergência, quando somente uma unidade Evangelion estivesse pronta para contra-atacar um Anjo. Mas era arriscado demais, tanto pela sobrevivência do piloto como pelos segredos que isso poderia revelar... ou pelas suspeitas que poderia provocar. Dez anos atrás, Yui Ikari sabia os riscos que corria quando entrou no EVA-01. Dez anos depois, ela conhecia ainda melhor os riscos que corria caso tomasse tal decisão.

O tempo era curto, entretanto. Mãe. Cientista. Mulher. As três faces de Naoko Akagi também eram válidas para Yui Ikari. Como mãe, ela não podia deixar que a vida de seu filho corresse perigo. Como cientista, não podia correr o risco de ver seu trabalho fracassar. Como mulher, não podia suportar a idéia de saber que o fracasso de seu trabalho resultaria no sofrimento de seu marido. Três faces, uma conflitante, duas em profunda conexão uma com a outra. Apenas uma conflitante.

E a maioria sempre saía vitoriosa.

- Assim que chegarmos à NERV, irei transferir os dados do Shinji para a Unidade Zerogoki. - falou Yui, fechando seus olhos e deixando seu corpo cair cansado sobre a cama.


Algumas horas depois, o cheiro de arroz branco, missoshiru e peixe grelhado tirou Shinji de seu sono sem descanso. Esfregando os olhos, ele sentou na cama e precisou de alguns instantes para se relembrar de que não estava mais na casa de Misato e de que não precisava mais preparar seu próprio café-da-manhã. Era engraçado... mesmo depois de muitos dias, ele ainda não conseguia se acostumar com a presença de seus pais em casa. Não conseguia se adaptar à idéia de ter uma família.

Levantando da cama, Shinji esticou os braços e espreguiçou-se até ouvir algumas articulações estalando. Em seguida, dirigiu-se ao banheiro para lavar o rosto e tentar tirar parte das marcas da noite mal-dormida com um pouco de água morna, além de tirar a aparência de 'correspondente de guerra' com a qual estava.

- Bom dia, filho. - falou Yui, olhando para trás, estando defronte à pia da cozinha. - Conseguiu dormir um pouco?

- ... um pouco. - ele respondeu, fechando a porta do banheiro.

A 'recém-chegada' mãe colocou mais uma tigela com missoshiru quente na mesa e sentou-se, deixando escapar um suspiro de preocupação. Gendou já havia saído para cuidar de alguns detalhes burocráticos na NERV, deixando Yui e Shinji para trás. Esse não era o motivo de sua preocupação, entretanto, mas sim o estado de saúde mental de seu filho. Todas as manhãs ela rezava para que o dia transcorresse sem maiores problemas, sem qualquer ataque de qualquer anjo... suas preces haviam sido atendidas até então; muitos comentavam que há tempos não viam uma semana tão tranqüila como aquela.

Ela só queria que isso continuasse até que tudo voltasse ao... 'normal'?

- Venha tomar seu café-da-manhã, Shinji. - ela chamou, vendo o filho entrar novamente no quarto.

- Já vou, 'kaasan... só vou colocar o uniforme da escola.

[Escola]


- Todos de pé! - a voz da representante Hikaru Horaki ecoava pela quase vazia sala de aula. - Cumprimentar! - poucas famílias haviam ficado em Tokyo-3 desde a chegada dos Anjos, o que explicava a ausência de tantos alunos. - Sentar!

O ambiente parecia estar mais pesado com somente seis alunos na sala de aula. O velho professor, entretanto, continuava tão absorto em suas lembranças de como a vida era antes do Segundo Impacto, enquanto tentava ministrar uma aula de História, que nem percebia a nítida distração de Kensuke Aida, Touji Suzuhara e Shinji Ikari. Principalmente deste último, que permaneceu a aula inteira olhando pela janela, pensativo. Somente o toque do sinal anunciando o intervalo foi capaz de tirar Shinji de seu pequeno e solitário mundo interior e de trazê-lo de volta ao mundo real.

- Então, Shinji? - a voz enérgica e assustadora de Asuka Langley Sohryu o interrogou. - Como está a vida com a sua família?

- Asu... Asuka! - gaguejou Shinji, ainda tentando fazer seu coração voltar a bater normalmente. - Está... está b... boa... eu acho...

- Família? - indagou Kensuke, olhando por cima do ombro de Shinji, que começou a sentir seu rosto ficando vermelho. - Ué, tá morando com o seu pai? Pensei que morasse com a Misato.

- Aaah, vocês não estavam sabendo, nee?! - exclamou Asuka, com as mãos na cintura e um olhar de deboche, o que deixou Shinji ainda MAIS vermelho. - Agora o Shinji está morando com o pai e a MÃE dele!

- MÃE?! - exclamaram Kensuke e Touji. - Mas... mas... ela não estava...

- Okaasan saiu do hospital algumas semanas atrás. - começou Shinji, suando frio e abrindo e fechando a mão direita, nervoso. - Ela esteve em coma por todos esses anos, após o acidente com a unidade.

- Por isso você não estava mais voltando da escola com a gente. Traidor. - riu Kensuke. - Ela já está bem?

- Anoo... está.

- Então nós vamos lá fazer uma visita. Nee, Kensuke? - falou Touji, sentado em sua cadeira.

- Visita? - engasgou Shinji, já sem saber o que fazer. - Eu... eu preciso avisar a minha mãe antes, ela... - e um telefone celular surgiu em sua frente, nas mãos de Asuka.

- Tó. Pega logo esse celular, ele é teu! - ordenou a ruiva, com um olhar de 'eu vou te matar se não pegar isso rapidamente'. - A Misato te deu isso quando foi pro apartamento dela, lembra? Agora usa para algo útil.

- Un... - ele sussurrou, discando nervosamente o número de telefone do telefone de sua mãe, que aparecia na tela de seu computador. - A... alô. 'kaasan... meus... meus amigos da escola... querem... querem conhecer a... o... nosso apartamento novo... eles... eles...

"Shinji, não há problema algum em seus amigos irem lá em casa." - respondeu Yui, com o telefone apoiado no ombro enquanto digitava alguns dados no computador. - "Só peça para eles irem amanhã, depois da aula, tudo bem? Hoje vou estar ocupada até mais tarde. Um beijo, querido."

Múltiplos olhos rodeavam Shinji Ikari, como se exigissem uma rápida resposta por parte dele, quando desligou o telefone.

- Então?

- Ela... ela pediu para que vocês fossem amanhã, depois da aula. Hoje ela vai estar ocupada e... - ele respondeu, sendo interrompido pela voz baixa e inexpressiva de Rei Ayanami.

- Temos que ir.

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NEON GENESIS: EVANGELION
TRUE HEART

Parte 3: Gomen nasai... eu não
queria fazer isso. Acredite em
mim, por favor.
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Não demorou muito até que os três pilotos chegassem ao Central Dogma, preparados para pilotar suas unidades para combater a próxima ameaça. Na sala de controle, Yui, Ritsuko e Misato observavam o monitor juntamente com Maya, procurando estabelecer o padrão da criatura e qual o procedimento a ser seguido.

- Padrão azul. - falou Aoba, confirmando o que todos já sabiam dentro de suas almas. - É um Anjo.

- Ainda precisamos aguardar o término das tentativas das Forças Armadas para lançar as unidades. - suspirou Misato. - Qual será a arma deles desta vez?

- O convencional. - falou Fuyutsuki, com os braços cruzados, olhando para a tela. - Mísseis.

- Quando eles irão se convencer de que isso é somente um gasto inútil de dinheiro público...? - comentou Gendou, em sua tradicional voz baixa e grave.

- Quando eles se convencerem de que as Unidades Evangelion são as únicas armas capazes de combater os Anjos. Ou seja, nunca. - respondeu Yui, fazendo com que todos virassem-se em sua direção. - Convoquem os pilotos. - e causou ainda MAIS espanto em toda a equipe.

- Você ficou MALUCA?! - gritou Misato Katsuragi, agitando os braços. - Rei ainda não está totalmente recuperada daquele acidente, Asuka não tem taxa de sincronização suficiente para operar o EVA-02 de modo adequado e o Shinji ainda está mentalmente abalado! Quer MATAR as crianças e DESTRUIR as unidades?!

- Nós temos escolha? - ela simplesmente retrucou, virando-se e deixando Misato gritando sozinha.

- ... essa mulher me dá arrepios. - comentou Misato, sussurrando baixinho para Ritsuko. - Sério.

Porém, mesmo com os temores e os avisos de Misato, não havia o que fazer. A decisão já havia sido tomada e consentida pelo Comandante Ikari... e os pilotos foram preparados para serem colocados nas unidades.

Aquela seria a primeira vez, desde o acidente com o EVA-01, que Shinji e Rei iriam sair para batalha. No fundo de seu coração, a Terceira Criança sentia que algo estava errado quando entrou no Entry Plug da Unidade Shogoki. Algo MUITO errado, mas ele não sabia dizer o que, pois era algo que fugia de sua compreensão, que fugia do chamado "convencional" ou até mesmo "racional". Pois era um medo irracional que tomava conta de sua mente, como nunca havia acontecido, mesmo quando ele entrara pela primeira vez no EVA para poupar Rei Ayanami, gravemente ferida na ocasião.

E ela não estava em melhores condições naquele dia. Sua sincronização estava, como sempre, adequada para pilotar a Unidade Zerogoki, mas ela sentia que algo estava diferente em seu interior. Como se parte de sua... alma não existisse mais.

Mas... o que seria...

... alma?


- Todos os pilotos estão prontos. - avisou Maya, digitando furiosamente no teclado de seu computador.

- Ayanami, taxa de sincronização 80%. Ikari, taxa de sincronização 85%. Sohryu, taxa de sincronização 70%. - avisou Ritsuko, olhando no monitor.

- As unidades não serão lançadas ao mesmo tempo. - falou Misato, com uma das mãos em seu queixo. - Nigoki e Zerogoki ficarão preparadas para cobrir Shinji-kun caso algo de muito grave aconteça.

- Peraí! - gritou Asuka, enquanto uma janela se abria no monitor. - Eu vou ter que ficar de "guarda-costas" dele?!

- Vai. - respondeu Misato, secamente. - E nada de correr em cima do Anjo com a faca progressiva caso a sua unidade seja lançada, entendeu?

- Mou... - e a janela se fechou.

- Tudo pronto para o lançamento. Pronto, Shinji-kun?

- ... hai. - ele respondeu, dizendo o contrário do que realmente sentia.

- O Anjo está se aproximando da posição do Geofront! - alertou Aoba, abrindo o mapa no monitor geral. - Aparentemente, seu alvo somos nós!

- Não há mais tempo... Evangelion Shogoki! Partir!


Ele já estava se acostumando com a força que parecia comprimi-lo contra o assento do Entry Plug quando a unidade era lançada. O L.C.L. também não era ruim... mas algo não estava certo naquele dia. O cheiro havia mudado; continuava sendo um cheiro semelhante ao do sangue, mas o tipo de sensação que ele lhe proporcionava era diferente do que da primeira vez que pilotara a unidade Evangelion.

Era como se ele estivesse em um lugar desconhecido.

Mas ele conhecia aquela unidade.

Ela deveria ser parte dele.

Deveria...?


- Taxa de sincronização em 50% e caindo! - alertou Maya, chamando a atenção de todos.

- O que está acontecendo?! Shinji-kun! Responda! - gritou Misato, abrindo o canal de áudio e vendo, horrorizada, um ser losangular aproximando-se da unidade 01. - MEXA-SE! SAIA DAÍ!

- Shinji, o que houve? - perguntou Yui, olhando para o monitor e vendo que seu filho parecia estar em transe, sem piscar, sem fazer sequer um movimento dentro do Entry Plug. - Recolham a unidade 01! Rápido!

- Ele... ele vai atirar! - gritou Aoba, notando a mudança de padrões energéticos no campo ao redor do Anjo.

- Rei, dê cobertura ao Shinji enquanto nós recolhemos a unidade 01. Asuka, você não irá sair. Não até entendermos direito o que está acontecendo com as unidades, entendeu? - falou Misato, com um olhar muito diferente do que todos estavam acostumados a ver. - Evangelion Zerogoki! Partir!

- Enquanto ela usa o rifle para distrair o Anjo, recolham a unidade 01! É a única chance que temos de resgatá-la sem danos à unidade e ao piloto!


Ele queria se mexer. Aquele "monstro" deveria ser uma extensão de seu próprio corpo, obedecendo sua mente e seus comandos. Mas era como se o L.C.L. estivesse mais denso, impedindo que se movimentasse como queria... como se o próprio EVA-01 não quisesse se mexer.

- Você não me quer, não é isso? - ele sussurrou, com um certo esforço.

"Não."

- Então por que não deixa eu me mexer?

"Não quero que você me deixe sozinha."

- So... sozinha?

Subitamente, o corpo de Shinji começou a flutuar no L.C.L., sua densidade modificando-se mais uma vez, permitindo que Shinji flutuasse como se estivesse em gravidade zero.

"Ela me roubou o que eu tinha de mais precioso."

- Ela? De quem está falando?

"Dos dois... dos dois que me criaram e que me deram algo que eu nunca julguei ser importante. Algo que eu quero de volta."

- Não estou entendendo.

"Você sabe..."

E tudo foi interrompido por uma dor muito forte que fez com que Shinji gritasse com toda a força de seus pulmões, como se estivesse sendo eletrocutado. Um grito que ecoou pelos canais de áudio e chegou até a sala de comando, fazendo com que lágrimas de desespero saíssem dos olhos vermelhos de Yui Ikari.


- Rei, pronta?

- Hai.

- Dispare quando o alvo estiver centrado na mira.

- Hai.

O raio disparado pelo rifle fez com que a unidade Zerogoki fosse impulsionada alguns metros para trás, mas sem prejudicar sua trajetória. Ele rumou direto à estrutura do Anjo, sem contudo ser capaz de ultrapassar o Campo AT, mas interrompendo o ataque ao EVA-01, que foi recolhido imediatamente, seguido pelo EVA-00.

- Retirem o Entry Plug da unidade! A prioridade é a vida do piloto! - ordenou Misato. - Equipe médica, à postos!

- Akagi-san. - chamou Yui Ikari, com a expressão de seu rosto sombria.

- Un.

- Em quanto tempo a unidade Shogoki será reparada?

- Mínimo de 10 horas.

- Quando tudo estiver consertado, prepare-a para lançamento.

- Você não vai lançar o Shinji naquilo! - gritou Misato. - Não nessas condições! Que tipo de mãe é você?!

- Não será ele a pilotar a unidade. - respondeu Gendou, entrando na sala e entregando um disco de dados para Ritsuko. - Yui irá no lugar do Shinji.

E o casal Ikari se retirou da sala de comando, Gendou consolando sua esposa, cujo rosto havia novamente se transformado no de uma mãe, a frieza e as sombras desaparecendo por completo de seu olhar. Atrás deles, havia toda uma equipe que olhava o casal se afastando com expressões de completo assombro e espanto.

"Mas... o que está acontecendo, afinal?", pensou Misato, não conseguindo acreditar no que acabara de presenciar.

[... continua]

Notas da Parte 3

Muita gente deve estar se perguntando o porquê de ninguém ter se espantado muito com o desaparecimento de Rei Ayanami (parte 1) quando Yui Ikari apareceu dentro do Entry Plug. Isso ocorreu devido a rápida substituição pelo terceiro clone (Rei 3), que teve sua entrada na história antecipada pelo acontecimento. Portanto, embora as pessoas da equipe de resgate tenham visto que havia somente uma pessoa no Entry Plug da unidade 00, a nota oficial divulgada pela NERV foi a de que Rei Ayanami foi levada para o hospital no mesmo dia em que Yui Ikari recuperou-se do coma no qual se encontrava há 10 anos. Claro que poucos acreditaram nisso... mas alguém acreditaria no reaparecimento de Yui ou seria mais confortável acreditar em um coma divulgado como morte para os jornais?