Card Captor Sakura é marca registrada da CLAMP.
O autor deste fanfic não recebe nada por publicar esta estória. Se o autor for
perseguido, ele vai voltar a escrever estórias da Terra Média pois Tolkien é mais
amigável a escritores de fanfic.
Terremoto! - tm Digmon [1]
by Misato KIKI Inverse
Como descrever o que sentiram? Como descrever um simples beijo?
Não posso fazê-lo por vários motivos.
O primeiro deles é porque não sou nenhum dos personagens em questão. O segundo
é porque nunca beijei um garoto tão mais novo que eu. O terceiro é porque eles
também não sabiam dizer como foi....
E o quarto motivo é porque naquele momento eles não eram Eriol e Kaho, duas pessoas
distintas que se beijaram e tiveram um pouco de prazer nesse simples gesto.
Creio que por um breve momento, eles não eram apenas eles tão somente. Eram eles
e uma terceira entidade. Um terceiro ser que era o ser completo, as duas partes
juntas numa fugidia e curta transfiguração.
Mas ao mesmo tempo eles mantinham suas personalidades e suas vontades. Eram eles...
mas não eram.
Enquanto estavam juntos, tudo parecia claro. Nenhuma pergunta ou dúvida nublava
suas mentes. O futuro não era claro, mas sentiam que estava certo. Mesmo sem saber
o que os esperava.
Que era outra coisa que Clow ansiava.
Que Fujitaka encontrara.
Mas então o momento da revelação passou. A luz da revelação tremulou e se extinguiu.
E a realidade retornou para ambos.
Perceberam várias coisas.BR
Kaho percebeu que tremia e que precisava respirar. E que a mão direita Eriol tocara seu
rosto trazendo-a até os lábios dele, quando ela hesitou.
Eriol percebeu que não importava que Kaho não estivesse em suas previsões. Ele não
precisava saber de cada passo que ia dar. Com ela... ia dar tudo certo. Ah, claro, e
que ele tinha feito bem em concluir o que Kaho tinha começado.
- Você...
- Meu nome é Eriol Hiragizawa. Mas em outra encarnação
eu fui...
Eriol sorriu com a lembrança... aquela tinha sido a primeira vez que ele se envolvia
com alguém... em muito tempo.
Ser Lead Clow foi muito complicado. Antes de mais nada ele temia as consequências de seus
poderes, saber coisas sobre a pessoa amada, inclusive o destino dela e sua morte.
E sabia que não encontraria alguém, enquanto fosse Lead Clow. Infelizmente, mesmo depois
da separação, o poder ficou praticamente com ele. E aí morava o perigo...
Pois se ele tivesse filhos, as crianças seriam mais poderosas que ele. Cada geração
se desenvolve, e se torna mais poderosa. Sakura, sendo filha de Fujitaka que possuía
apenas um décimo do poder de Clow crescera a tal ponto de ser capaz de invocar a magia
no próprio Eriol.
Claro que isso não aconteceu na família Li. Apesar de poderoso, Xiao-Lang foi uma exceção.
Para manter a pureza da magia, o clã Li não aceitava qualquer vínculo com magia estrangeira.
E isso foi fatal para o poder deles.
A postura do governo comunista renegava a magia, as lendas antigas e o poder do Imperador.
Chegou ao ponto de Mao Tsé refazer a caminhada pelo país, como uma revisão da caminhada
de Kung Fu Tse (também conhecido pelos ocidentais por Confúcio). Com isso as antigas
tradições chinesas foram consideradas subversivas e retrógradas.
Não era de se admirar que a família Li que antes gozava de considerável prestígio, praticamente
caísse em desgraça. Mas mesmo na ruína, um clã com passado tão glorioso não pode se sujeitar
ao crime. Dessa forma, apesar de terem conhecimento das atividades do submundo delas não
tomavam parte. Dessa forma, todos honravam o nome Li, pois era a única família que nunca
se sujeitou a desonrar o nome dos seus ancestrais.[2]
Mas isso tinha um preço: somente restava ao clã definhar com o mínimo de honra até seus
momentos finais. Para eles era preferível a morte de um dragão, do que a vida desonrada
de um verme.
Algo se agitou no fluxo do destino. Uma ameaça despontou e a última matriarca do clã
Li pressentiu o perigo.
O passado não resolvido retornava: a ameaça das cartas Clow.
Sim, ela devia ter imaginado que com as façanhas de seu filho, o clã Li terminaria com
um último feito glorioso, antes de desaparecer. Ele retornaria como Senhor das Cartas e
seria o último Mestre. Um mestre sem alunos.
Mas quem poderia imaginar que o clã Li pudesse ter uma segunda chance?
Que a herdeira de Clow pudesse ser parte do futuro deles?
Isto também agradava Eriol. Em seu íntimo sempre tivera grande apreço pelos Li, e
abominava o triste destino deles. Mas também sabia que grande parte do que o clã
Li sofria era responsabilidade deles mesmos: na sua incapacidade de aceitar a mudança
dos tempos, de se agarrar inutilmente a glórias passadas.
O que nos remete de novo a Sakura. E a família dela.
Eriol... não, Clow jamais tivera uma família, depois da morte de seus pais. Ele não
podia. Ele era fruto da combinação das poderosas magias ocidental e oriental. Que
espécie de legado deixaria a seus filhos? O que aconteceria se ele se apaixonasse por uma
pessoa que também possuísse fortes poderes mágicos?
Sim... ele sabia que amaria alguém como Kaho.
E as chances de ter um semi-deus como filho eram assustadoras.
Clow já tivera uma vida absurdamente calma e chata, sabendo o que esperar do futuro.
Imagine como seria a vida de seu filho...
- Uma vida chata não é divertida - Eriol comentou para si mesmo.
- ELE... TE BEIJOU?
Pobre Touya... Isso foi demais para a cabeça dele...
Comentários do autor:
A esta altura do campeonato, os "flamers" devem começar a surgir. Defensores dos casais
Eriol+Tomoyo, Eriol+Ruby Moon, Eriol+Xiao-Lang, Eriol+seja-lá-quem-for (*x*).
Crianças relaxem! O mundo não vai acabar só por que Eriol gosta da Kaho. ^v^
Não sou eu quem diz que Eriol gosta da Kaho. Ele mesmo disse isso. Não estou inventando.
Verifiquem o mangá. Vejam as pistas que ele deixou durante o anime.
Não estou sendo cruel com Tomoyo, deixando ela para titia. Sejam razoáveis: a menina tem
apenas doze anos. Vocês acham que ela nunca vai encontrar uma pessoa legal? ^v~
Antes de mais nada sigo o conceito original de todos os personagens e não fico brincando
com eles como se fossem meus. Eu acho interessante os fanfics onde Eriol fica com Tomoyo,
por exemplo. Mas simplesmente não consigo ignorar a estória original. Sinto muito.
Mas aí que está o desafio de um bom escritor de fanfic: ele não pode escrever o que
quiser. Ele precisa antes de mais nada respeitar os personagens que pega emprestado,
respeitar a mensagem da estória original. Sem isso, não há forma de atrair outros fãs
para lerem nossas estórias. Deturpar completamente a estória original nem sempre é
atraente para os outros fans...
Mas é claro que se for escrever uma estória original ele tem toda liberdade para
escrever o que quiser, hehe...
"Não vejo muito sentido em escrever se não puder incomodar alguém" disse Kingsley
Amis (novelista britânica, 1971)
Bem falando de outra coisa: perceberam que coloco fatos históricos misturados ao meu
conto? Bem, acho muito lindo romance... mas o que mais me irrita é imaginar que o
"mundo só dos dois" vá durar para sempre, e que não precisam levar em conta o mundo
lá fora. Isso acaba com qualquer romance... ou vida. E mesmo a paciência do leitor
(ai minha diabetes!).
intel+
KIKItsune
[1] Pelo menos eu não disse "Broca de ouro!"/"Cueca de Couro!"
[2] Esta ressalva é para os inúmeros fanfics que retratam a família Li como parte
da máfia chinesa. Parece que lá só tem mafioso, sô! (agradecimentos a Ina-chan)
O autor deste fanfic não recebe nada por publicar esta estória. Se o autor for
perseguido, ele vai voltar a escrever estórias da Terra Média pois Tolkien é mais
amigável a escritores de fanfic.
Terremoto! - tm Digmon [1]
by Misato KIKI Inverse
Como descrever o que sentiram? Como descrever um simples beijo?
Não posso fazê-lo por vários motivos.
O primeiro deles é porque não sou nenhum dos personagens em questão. O segundo
é porque nunca beijei um garoto tão mais novo que eu. O terceiro é porque eles
também não sabiam dizer como foi....
E o quarto motivo é porque naquele momento eles não eram Eriol e Kaho, duas pessoas
distintas que se beijaram e tiveram um pouco de prazer nesse simples gesto.
Creio que por um breve momento, eles não eram apenas eles tão somente. Eram eles
e uma terceira entidade. Um terceiro ser que era o ser completo, as duas partes
juntas numa fugidia e curta transfiguração.
Mas ao mesmo tempo eles mantinham suas personalidades e suas vontades. Eram eles...
mas não eram.
Enquanto estavam juntos, tudo parecia claro. Nenhuma pergunta ou dúvida nublava
suas mentes. O futuro não era claro, mas sentiam que estava certo. Mesmo sem saber
o que os esperava.
Que era outra coisa que Clow ansiava.
Que Fujitaka encontrara.
Mas então o momento da revelação passou. A luz da revelação tremulou e se extinguiu.
E a realidade retornou para ambos.
Perceberam várias coisas.BR
Kaho percebeu que tremia e que precisava respirar. E que a mão direita Eriol tocara seu
rosto trazendo-a até os lábios dele, quando ela hesitou.
Eriol percebeu que não importava que Kaho não estivesse em suas previsões. Ele não
precisava saber de cada passo que ia dar. Com ela... ia dar tudo certo. Ah, claro, e
que ele tinha feito bem em concluir o que Kaho tinha começado.
- Você...
- Meu nome é Eriol Hiragizawa. Mas em outra encarnação
eu fui...
Eriol sorriu com a lembrança... aquela tinha sido a primeira vez que ele se envolvia
com alguém... em muito tempo.
Ser Lead Clow foi muito complicado. Antes de mais nada ele temia as consequências de seus
poderes, saber coisas sobre a pessoa amada, inclusive o destino dela e sua morte.
E sabia que não encontraria alguém, enquanto fosse Lead Clow. Infelizmente, mesmo depois
da separação, o poder ficou praticamente com ele. E aí morava o perigo...
Pois se ele tivesse filhos, as crianças seriam mais poderosas que ele. Cada geração
se desenvolve, e se torna mais poderosa. Sakura, sendo filha de Fujitaka que possuía
apenas um décimo do poder de Clow crescera a tal ponto de ser capaz de invocar a magia
no próprio Eriol.
Claro que isso não aconteceu na família Li. Apesar de poderoso, Xiao-Lang foi uma exceção.
Para manter a pureza da magia, o clã Li não aceitava qualquer vínculo com magia estrangeira.
E isso foi fatal para o poder deles.
A postura do governo comunista renegava a magia, as lendas antigas e o poder do Imperador.
Chegou ao ponto de Mao Tsé refazer a caminhada pelo país, como uma revisão da caminhada
de Kung Fu Tse (também conhecido pelos ocidentais por Confúcio). Com isso as antigas
tradições chinesas foram consideradas subversivas e retrógradas.
Não era de se admirar que a família Li que antes gozava de considerável prestígio, praticamente
caísse em desgraça. Mas mesmo na ruína, um clã com passado tão glorioso não pode se sujeitar
ao crime. Dessa forma, apesar de terem conhecimento das atividades do submundo delas não
tomavam parte. Dessa forma, todos honravam o nome Li, pois era a única família que nunca
se sujeitou a desonrar o nome dos seus ancestrais.[2]
Mas isso tinha um preço: somente restava ao clã definhar com o mínimo de honra até seus
momentos finais. Para eles era preferível a morte de um dragão, do que a vida desonrada
de um verme.
Algo se agitou no fluxo do destino. Uma ameaça despontou e a última matriarca do clã
Li pressentiu o perigo.
O passado não resolvido retornava: a ameaça das cartas Clow.
Sim, ela devia ter imaginado que com as façanhas de seu filho, o clã Li terminaria com
um último feito glorioso, antes de desaparecer. Ele retornaria como Senhor das Cartas e
seria o último Mestre. Um mestre sem alunos.
Mas quem poderia imaginar que o clã Li pudesse ter uma segunda chance?
Que a herdeira de Clow pudesse ser parte do futuro deles?
Isto também agradava Eriol. Em seu íntimo sempre tivera grande apreço pelos Li, e
abominava o triste destino deles. Mas também sabia que grande parte do que o clã
Li sofria era responsabilidade deles mesmos: na sua incapacidade de aceitar a mudança
dos tempos, de se agarrar inutilmente a glórias passadas.
O que nos remete de novo a Sakura. E a família dela.
Eriol... não, Clow jamais tivera uma família, depois da morte de seus pais. Ele não
podia. Ele era fruto da combinação das poderosas magias ocidental e oriental. Que
espécie de legado deixaria a seus filhos? O que aconteceria se ele se apaixonasse por uma
pessoa que também possuísse fortes poderes mágicos?
Sim... ele sabia que amaria alguém como Kaho.
E as chances de ter um semi-deus como filho eram assustadoras.
Clow já tivera uma vida absurdamente calma e chata, sabendo o que esperar do futuro.
Imagine como seria a vida de seu filho...
- Uma vida chata não é divertida - Eriol comentou para si mesmo.
- ELE... TE BEIJOU?
Pobre Touya... Isso foi demais para a cabeça dele...
Comentários do autor:
A esta altura do campeonato, os "flamers" devem começar a surgir. Defensores dos casais
Eriol+Tomoyo, Eriol+Ruby Moon, Eriol+Xiao-Lang, Eriol+seja-lá-quem-for (*x*).
Crianças relaxem! O mundo não vai acabar só por que Eriol gosta da Kaho. ^v^
Não sou eu quem diz que Eriol gosta da Kaho. Ele mesmo disse isso. Não estou inventando.
Verifiquem o mangá. Vejam as pistas que ele deixou durante o anime.
Não estou sendo cruel com Tomoyo, deixando ela para titia. Sejam razoáveis: a menina tem
apenas doze anos. Vocês acham que ela nunca vai encontrar uma pessoa legal? ^v~
Antes de mais nada sigo o conceito original de todos os personagens e não fico brincando
com eles como se fossem meus. Eu acho interessante os fanfics onde Eriol fica com Tomoyo,
por exemplo. Mas simplesmente não consigo ignorar a estória original. Sinto muito.
Mas aí que está o desafio de um bom escritor de fanfic: ele não pode escrever o que
quiser. Ele precisa antes de mais nada respeitar os personagens que pega emprestado,
respeitar a mensagem da estória original. Sem isso, não há forma de atrair outros fãs
para lerem nossas estórias. Deturpar completamente a estória original nem sempre é
atraente para os outros fans...
Mas é claro que se for escrever uma estória original ele tem toda liberdade para
escrever o que quiser, hehe...
"Não vejo muito sentido em escrever se não puder incomodar alguém" disse Kingsley
Amis (novelista britânica, 1971)
Bem falando de outra coisa: perceberam que coloco fatos históricos misturados ao meu
conto? Bem, acho muito lindo romance... mas o que mais me irrita é imaginar que o
"mundo só dos dois" vá durar para sempre, e que não precisam levar em conta o mundo
lá fora. Isso acaba com qualquer romance... ou vida. E mesmo a paciência do leitor
(ai minha diabetes!).
intel+
KIKItsune
[1] Pelo menos eu não disse "Broca de ouro!"/"Cueca de Couro!"
[2] Esta ressalva é para os inúmeros fanfics que retratam a família Li como parte
da máfia chinesa. Parece que lá só tem mafioso, sô! (agradecimentos a Ina-chan)
