Card Captor Sakura é marca registrada da CLAMP.
O autor deste fanfic não recebe nada por publicar esta estória.
Se o autor for perseguido, ele vai voltar a escrever estórias da Terra Média pois Tolkien é
mais amigável a escritores de fanfic.
/Conversando sobre cegonhas/
*by Misato KIKI Inverse*
- Um... irmão?
O coração é um músculo que nunca pára. Mas naquele momento, Sakura discordava totalmente das
aulas de biologia.
Mas ela não podia parar. E o momento tinha de passar. Ela tinha de enfrentar isso.
- Papai... vai ser difícil explicar pra você um monte de coisas. Mas não se preocupe: tudo vai dar
certo.
Dizendo isso ela pegou o livro que continha as cartas Clow. Tomou a corrente que carregava a chave
e apertou com força o símbolo com sua estrela, como se pedisse à ela forças para continuar.
- Papai, lembra-se deste livro?
Fujitaka não compreendia onde sua filha queria chegar. O que tinha a ver um livro com isso? Um álbum
talvez fosse mais apropriado mas... um livro? Ele pensava uma forma de lidar com a suposta imaginação
fértil de sua filha sem magoá-la, mas Sakura foi mais rápida.
- Eu peguei este livro de sua biblioteca particular, papai. Não se lembra dele?
Ele sentiu certo desconforto por perceber que não se lembrava realmente do livro. Mas sabia que
Sakura não estava mentindo: seu olhar era de preocupação sincera. Queria poder fazer algo para que
sua filha querida não se angustiasse, mas ele sabia que sua própria angústia alimentava a de Sakura.
Mas nada podia fazer... ele não... se lembrava... do livro.
Não... não era verdade. Ele se lembrava... mas não da forma normal como nós - leitores e escritor -
lembramos.
Ele se lembrava de que havia um espaço em branco. Um pedaço de vácuo em sua biblioteca repleta de livros.
Um espaço que jamais foi ocupado, mesmo quando chegavam novos volumes importantes para o seu trabalho.
Ele se lembrava de nada ver nesse espaço, mas mesmo assim mantê-lo daquele jeito. Lembrava-se de não olhar
muito, de que sua mente se rebelava em admitir que havia ali um espaço vazio. De checar se havia algo lá.
E esse algo era o livro com as cartas Clow. O mesmo que agora invadia seu espaço visual, clamando para que
fosse notado por Fujitaka.
- Eu lembro... mas não lembro... é estranho isso, minha filha.
Sakura sorriu. Era a resposta que esperava. A resposta que Eriol previra.
- Pai, este livro foi feito por um mago muito poderoso - explicou Sakura abrindo o livro - Ele se chamava
Lead Clow, e foi quem fez essas cartas: as cartas Clow.
E dizendo isso mostrou o baralho com todas as cartas que transformara em cartas Sakura: - Cada carta tem
um dom especial. Esta aqui é a água, fogo, terra e vento. Esta é a Escuridão e esta a Luz. E esta carta é
o tempo.
- Pai, quero te mostrar uma coisa, antes que diga que é minha imaginação - ela concluiu fazendo a
invocação final - LIBERTE-SE!
- Não gosto da idéia de ver meu pai ser enfeitiçado.
- Touya... não é nada disso.
Kaho suspirou. Sim, ambos sabiam que seria mais difícil convencer Touya do que Sakura. Mas Kaho sabia
também que era necessário o que faziam.
- Touya, seu pai é uma das reencarnações do Mago Clow. Quer queira quer não, a magia latente nele afeta
a todos. Pra começar, o dom passou para o seus filhos.
- Não é culpa dele! - Touya exclamou defendendo o pai.
- Claro que não - Kaho concordou - mas é muito perigoso uma pessoa viver sem ter noção de quem é.
No caso do sr. Kinomoto, a ignorância de que tem parte de Clow em si recompensou-o com uma vida normal
e uma família maravilhosa. No entanto, você não percebe, Touya?
- O quê?
- Um olhar triste nele de vez em quando? Não por causa de sua mãe. Mas algo mais profundo, sobre não
poder oferecer a você e à Sakura o resto da família: tios, avós...
Touya considerou as palavras de Kaho. Sim, seu pai se ressentia por ser órfão, um zé-ninguém. Ele sentiu
mais por sua mãe, mas o sentimento se extendia a eles também. Ele fazia o melhor, mas sempre tinha a
impressão que o sorriso gentil de seu pai também carregava um pouco de dor e sofrimento.
- Eu sei... - Kaho explicou baixando os olhos - Eu sei porque vejo o mesmo olhar em Eriol.
Eriol. O menino que tomou o lugar dele no coração de Kaho. Tá certo que ele tem o Yukito, mas vocês sabem
como foi duro ele superar a perda de Kaho? Ele gostava muito dela, e demorou pacas para que a dor da separação
diminuísse.
Mas também era um pouco de seu pai. A mesma alma, se Kaho estivesse falando a verdade (e infelizmente
Kaho jamais mentia). Se ele odiasse Eriol, estaria odiando seu próprio pai. Mas saber disso não diminuia
sua vontade de proteger seu pai dessa revelação. Ele sabia que seu pai desejava saber sobre suas raízes,
mas... Touya tinha medo do que essa revelação faria com seu pai.
No fundo, sabia que seu pai merecia a verdade. Precisava da verdade. E mais que isso, sem a verdade sua
própria vida corria perigo... já que a metade do poder de Clow foi transferida para ele. Era seu direito
e sua responsabilidade. Um dom e uma maldição.
- Não maldição, Touya - Kaho corrigiu percebendo o semblante preocupado do amigo - Era uma maldição
quando todo o poder estava nas mãos de Clow. Agora, ambos tem chance de viver e ter um pouco de felicidade
na vida.
Sim... nesse ponto Kaho tinha razão. Mas assim como no caso de Xiao-Lang, Touya não tinha de gostar
da idéia de que algo interferisse na vida das pessoas mais importantes de sua vida. Afinal de contas,
ele ainda é muito criança para lidar com ciúmes...
- Cartas criadas pelo poder de Sakura. Ilumine a escuridão e revele o passado distante e oculto:
Luz! Tempo!
A invocação das cartas desanuviou a mente de Fujitaka. E ao mesmo tempo levou a jovem Mestra das
Cartas e seu pai para testemunhar o que precisava ser lembrado.
- Aquele homem... parece comigo - murmurou Fujitaka incrédulo enquanto apontava para Clow em seu
último dia de vida.
Logo o clarão da separação os cegava, anunciando o início de duas novas vidas: Fujitaka Kinomoto e Eriol
Hiragizawa. Como todo nascimento, este também foi um pouco traumático.
Nem bem os meninos se materializaram e percebemos que um deles caia inconsciente. O outro amparou a
queda, evitando que o irmão se machucasse.
- Eu... sou... Eriol?
Sakura sentiu um aperto no coração. Era o olhar que Eriol fizera quando revelou o motivo de sua volta ao
Japão. Era a primeira vez que testemunhava a história de Eriol estando desperta. Antes apenas em sonhos
truncados, e quase nunca se lembrar de tudo.
Eles viram Eriol depositar com cuidado o inconsciente Fujitaka no chão, antes de desabar do lado exausto.
Seu olhar parecia nublado e confuso. Um pouco assustado também. Não estava em melhor condição que
Fujitaka.
- O que... deu errado?
Sim... apenas alguns instantes de vida e já tinha consciência que algo dera errado. Era a memória de
Clow em ação...
O que deu de errado? Simples. A separação tinha sido incompleta: o poder de Clow permanecera apenas em um
dos novos infantes. Por causa do choque, Fujitaka sequer pôde se manter consciente. E o choque de morrer e
de renascer, fazia com que o controle de Eriol sobre os poderes mágicos fosse muito tênue. Era necessário
um esforço muito grande de seu jovem corpo para manter o equilíbrio de poder dentro de si. Se já era difícil
para Clow, imagine para alguém que acabou de nascer. Pois bem...nós sabemos... mas Eriol não sabia!
Com muito custo e um bocado de sorte, Eriol conseguiu conjurar um feitiço de contenção. Ele sabia intuitivamente
que precisava manter-se criança. O primeiro motivo era Sakura, claro. Mas o segundo é que somente nesse estado
seria capaz de conter os imensos poderes mágicos de Clow. Seu corpo tornou-se uma espécie de selo de contenção,
até que pudesse restabelecer um mínimo de equilíbrio emocional e mental para lidar com seus poderes.
Até lá esse momento chegasse, Eriol só podia chamar por uma ambulância para seu irmão, nada mais. Dolorosamente
ele saiu de cena quando o socorro chegou. Sakura e Fujitaka presenciaram isso e muito mais.
Com o tempo, Eriol aprenderia a lidar com a nova situação. Conseguiu controle suficiente para criar Ruby Moon e
Spinel Sun. Vigiava de longe o crescimento de seu irmão, zelando por ele assim como sua nova família. Vendo isso,
Sakura não pode deixar de sorrir agradecida, de sentir um carinho enorme em seu peito.
As cartas sentiram que era o suficiente dissipando a magia e retornando às mãos de sua dona. Fujitaka estava
chocado demais para perceber a mudança. Somente quando Sakura manifestou-se é que ele percebeu que tudo
voltara ao normal.
- Papai... foi assim que o senhor nasceu. A ambulância levou o senhor para o hospital e...
- E lá não conseguiram descobrir nada sobre minha família - murmurou Fujitaka com um tornado de emoções em sua
mente e peito - Eu não conseguia me lembrar de meus pais, e ninguém conseguiu descobrir nada sobre mim. Acabei
sendo enviado para o orfanato, onde cresci. Depois entrei na faculdade, me formei... encontrei Nadeshiko.
O nome da esposa como que trouxe uma luz aos olhos dele. Parecia que a esposa estava a seu lado, sorrindo bela como
sempre. Ele sorriu com a lembrança, e com a felicidade que tiveram.
- Sakura, minha filha... não sei o que dizer... estou muito chocado hoje: são muitas revelações.
Amanhã é outro dia, e tenho certeza que vamos resolver tudo isso.
Sakura considerou as palavras de seu pai um pouco preocupada. Mas sorriu concordando: - Está bem papai. Mas
pelo menos eu queria dizer porque eu revelei tudo isto. O Eriol quer se apresentar a você, papai.
Comentários do autor:
Não estou nem um pouco satisfeita com os capítulos 4 e 5 onde estão aparecendo os símbolos HTML.
Sou apenas eu, ou vocês também receberam os capítulos com um monte de símbolos inconvenientes? Bem, já os
substitui por texto simples... infelizmente o que era negrito ficou entre barras // e o que era
itálico ficou entre asteristicos ** (foi a única forma que encontrei de resolver o problema)
Porém isso consome tempo... tempo de meu doutorado também! Por isso peço um pouco de paciência com novos
capítulos pois atrasou tudo...
Não se preocupem. Ruby Moon está me pentelhando para ver o resto da estória tanto quanto vocês.
Na verdade ele quer aparecer mais na estória... Algo como "ninguém conhece meu verdadeiro eu
ainda!"
intel+
Ruby... ups! KIKItsuneP
O autor deste fanfic não recebe nada por publicar esta estória.
Se o autor for perseguido, ele vai voltar a escrever estórias da Terra Média pois Tolkien é
mais amigável a escritores de fanfic.
/Conversando sobre cegonhas/
*by Misato KIKI Inverse*
- Um... irmão?
O coração é um músculo que nunca pára. Mas naquele momento, Sakura discordava totalmente das
aulas de biologia.
Mas ela não podia parar. E o momento tinha de passar. Ela tinha de enfrentar isso.
- Papai... vai ser difícil explicar pra você um monte de coisas. Mas não se preocupe: tudo vai dar
certo.
Dizendo isso ela pegou o livro que continha as cartas Clow. Tomou a corrente que carregava a chave
e apertou com força o símbolo com sua estrela, como se pedisse à ela forças para continuar.
- Papai, lembra-se deste livro?
Fujitaka não compreendia onde sua filha queria chegar. O que tinha a ver um livro com isso? Um álbum
talvez fosse mais apropriado mas... um livro? Ele pensava uma forma de lidar com a suposta imaginação
fértil de sua filha sem magoá-la, mas Sakura foi mais rápida.
- Eu peguei este livro de sua biblioteca particular, papai. Não se lembra dele?
Ele sentiu certo desconforto por perceber que não se lembrava realmente do livro. Mas sabia que
Sakura não estava mentindo: seu olhar era de preocupação sincera. Queria poder fazer algo para que
sua filha querida não se angustiasse, mas ele sabia que sua própria angústia alimentava a de Sakura.
Mas nada podia fazer... ele não... se lembrava... do livro.
Não... não era verdade. Ele se lembrava... mas não da forma normal como nós - leitores e escritor -
lembramos.
Ele se lembrava de que havia um espaço em branco. Um pedaço de vácuo em sua biblioteca repleta de livros.
Um espaço que jamais foi ocupado, mesmo quando chegavam novos volumes importantes para o seu trabalho.
Ele se lembrava de nada ver nesse espaço, mas mesmo assim mantê-lo daquele jeito. Lembrava-se de não olhar
muito, de que sua mente se rebelava em admitir que havia ali um espaço vazio. De checar se havia algo lá.
E esse algo era o livro com as cartas Clow. O mesmo que agora invadia seu espaço visual, clamando para que
fosse notado por Fujitaka.
- Eu lembro... mas não lembro... é estranho isso, minha filha.
Sakura sorriu. Era a resposta que esperava. A resposta que Eriol previra.
- Pai, este livro foi feito por um mago muito poderoso - explicou Sakura abrindo o livro - Ele se chamava
Lead Clow, e foi quem fez essas cartas: as cartas Clow.
E dizendo isso mostrou o baralho com todas as cartas que transformara em cartas Sakura: - Cada carta tem
um dom especial. Esta aqui é a água, fogo, terra e vento. Esta é a Escuridão e esta a Luz. E esta carta é
o tempo.
- Pai, quero te mostrar uma coisa, antes que diga que é minha imaginação - ela concluiu fazendo a
invocação final - LIBERTE-SE!
- Não gosto da idéia de ver meu pai ser enfeitiçado.
- Touya... não é nada disso.
Kaho suspirou. Sim, ambos sabiam que seria mais difícil convencer Touya do que Sakura. Mas Kaho sabia
também que era necessário o que faziam.
- Touya, seu pai é uma das reencarnações do Mago Clow. Quer queira quer não, a magia latente nele afeta
a todos. Pra começar, o dom passou para o seus filhos.
- Não é culpa dele! - Touya exclamou defendendo o pai.
- Claro que não - Kaho concordou - mas é muito perigoso uma pessoa viver sem ter noção de quem é.
No caso do sr. Kinomoto, a ignorância de que tem parte de Clow em si recompensou-o com uma vida normal
e uma família maravilhosa. No entanto, você não percebe, Touya?
- O quê?
- Um olhar triste nele de vez em quando? Não por causa de sua mãe. Mas algo mais profundo, sobre não
poder oferecer a você e à Sakura o resto da família: tios, avós...
Touya considerou as palavras de Kaho. Sim, seu pai se ressentia por ser órfão, um zé-ninguém. Ele sentiu
mais por sua mãe, mas o sentimento se extendia a eles também. Ele fazia o melhor, mas sempre tinha a
impressão que o sorriso gentil de seu pai também carregava um pouco de dor e sofrimento.
- Eu sei... - Kaho explicou baixando os olhos - Eu sei porque vejo o mesmo olhar em Eriol.
Eriol. O menino que tomou o lugar dele no coração de Kaho. Tá certo que ele tem o Yukito, mas vocês sabem
como foi duro ele superar a perda de Kaho? Ele gostava muito dela, e demorou pacas para que a dor da separação
diminuísse.
Mas também era um pouco de seu pai. A mesma alma, se Kaho estivesse falando a verdade (e infelizmente
Kaho jamais mentia). Se ele odiasse Eriol, estaria odiando seu próprio pai. Mas saber disso não diminuia
sua vontade de proteger seu pai dessa revelação. Ele sabia que seu pai desejava saber sobre suas raízes,
mas... Touya tinha medo do que essa revelação faria com seu pai.
No fundo, sabia que seu pai merecia a verdade. Precisava da verdade. E mais que isso, sem a verdade sua
própria vida corria perigo... já que a metade do poder de Clow foi transferida para ele. Era seu direito
e sua responsabilidade. Um dom e uma maldição.
- Não maldição, Touya - Kaho corrigiu percebendo o semblante preocupado do amigo - Era uma maldição
quando todo o poder estava nas mãos de Clow. Agora, ambos tem chance de viver e ter um pouco de felicidade
na vida.
Sim... nesse ponto Kaho tinha razão. Mas assim como no caso de Xiao-Lang, Touya não tinha de gostar
da idéia de que algo interferisse na vida das pessoas mais importantes de sua vida. Afinal de contas,
ele ainda é muito criança para lidar com ciúmes...
- Cartas criadas pelo poder de Sakura. Ilumine a escuridão e revele o passado distante e oculto:
Luz! Tempo!
A invocação das cartas desanuviou a mente de Fujitaka. E ao mesmo tempo levou a jovem Mestra das
Cartas e seu pai para testemunhar o que precisava ser lembrado.
- Aquele homem... parece comigo - murmurou Fujitaka incrédulo enquanto apontava para Clow em seu
último dia de vida.
Logo o clarão da separação os cegava, anunciando o início de duas novas vidas: Fujitaka Kinomoto e Eriol
Hiragizawa. Como todo nascimento, este também foi um pouco traumático.
Nem bem os meninos se materializaram e percebemos que um deles caia inconsciente. O outro amparou a
queda, evitando que o irmão se machucasse.
- Eu... sou... Eriol?
Sakura sentiu um aperto no coração. Era o olhar que Eriol fizera quando revelou o motivo de sua volta ao
Japão. Era a primeira vez que testemunhava a história de Eriol estando desperta. Antes apenas em sonhos
truncados, e quase nunca se lembrar de tudo.
Eles viram Eriol depositar com cuidado o inconsciente Fujitaka no chão, antes de desabar do lado exausto.
Seu olhar parecia nublado e confuso. Um pouco assustado também. Não estava em melhor condição que
Fujitaka.
- O que... deu errado?
Sim... apenas alguns instantes de vida e já tinha consciência que algo dera errado. Era a memória de
Clow em ação...
O que deu de errado? Simples. A separação tinha sido incompleta: o poder de Clow permanecera apenas em um
dos novos infantes. Por causa do choque, Fujitaka sequer pôde se manter consciente. E o choque de morrer e
de renascer, fazia com que o controle de Eriol sobre os poderes mágicos fosse muito tênue. Era necessário
um esforço muito grande de seu jovem corpo para manter o equilíbrio de poder dentro de si. Se já era difícil
para Clow, imagine para alguém que acabou de nascer. Pois bem...nós sabemos... mas Eriol não sabia!
Com muito custo e um bocado de sorte, Eriol conseguiu conjurar um feitiço de contenção. Ele sabia intuitivamente
que precisava manter-se criança. O primeiro motivo era Sakura, claro. Mas o segundo é que somente nesse estado
seria capaz de conter os imensos poderes mágicos de Clow. Seu corpo tornou-se uma espécie de selo de contenção,
até que pudesse restabelecer um mínimo de equilíbrio emocional e mental para lidar com seus poderes.
Até lá esse momento chegasse, Eriol só podia chamar por uma ambulância para seu irmão, nada mais. Dolorosamente
ele saiu de cena quando o socorro chegou. Sakura e Fujitaka presenciaram isso e muito mais.
Com o tempo, Eriol aprenderia a lidar com a nova situação. Conseguiu controle suficiente para criar Ruby Moon e
Spinel Sun. Vigiava de longe o crescimento de seu irmão, zelando por ele assim como sua nova família. Vendo isso,
Sakura não pode deixar de sorrir agradecida, de sentir um carinho enorme em seu peito.
As cartas sentiram que era o suficiente dissipando a magia e retornando às mãos de sua dona. Fujitaka estava
chocado demais para perceber a mudança. Somente quando Sakura manifestou-se é que ele percebeu que tudo
voltara ao normal.
- Papai... foi assim que o senhor nasceu. A ambulância levou o senhor para o hospital e...
- E lá não conseguiram descobrir nada sobre minha família - murmurou Fujitaka com um tornado de emoções em sua
mente e peito - Eu não conseguia me lembrar de meus pais, e ninguém conseguiu descobrir nada sobre mim. Acabei
sendo enviado para o orfanato, onde cresci. Depois entrei na faculdade, me formei... encontrei Nadeshiko.
O nome da esposa como que trouxe uma luz aos olhos dele. Parecia que a esposa estava a seu lado, sorrindo bela como
sempre. Ele sorriu com a lembrança, e com a felicidade que tiveram.
- Sakura, minha filha... não sei o que dizer... estou muito chocado hoje: são muitas revelações.
Amanhã é outro dia, e tenho certeza que vamos resolver tudo isso.
Sakura considerou as palavras de seu pai um pouco preocupada. Mas sorriu concordando: - Está bem papai. Mas
pelo menos eu queria dizer porque eu revelei tudo isto. O Eriol quer se apresentar a você, papai.
Comentários do autor:
Não estou nem um pouco satisfeita com os capítulos 4 e 5 onde estão aparecendo os símbolos HTML.
Sou apenas eu, ou vocês também receberam os capítulos com um monte de símbolos inconvenientes? Bem, já os
substitui por texto simples... infelizmente o que era negrito ficou entre barras // e o que era
itálico ficou entre asteristicos ** (foi a única forma que encontrei de resolver o problema)
Porém isso consome tempo... tempo de meu doutorado também! Por isso peço um pouco de paciência com novos
capítulos pois atrasou tudo...
Não se preocupem. Ruby Moon está me pentelhando para ver o resto da estória tanto quanto vocês.
Na verdade ele quer aparecer mais na estória... Algo como "ninguém conhece meu verdadeiro eu
ainda!"
intel+
Ruby... ups! KIKItsuneP
