A resposta para o futuro está no passado.
Capítulo 05
Disclaimer: Todos os personagens pertencem à JK Rowling, exceto aqueles que você não reconhecer.
*~*
Harry parou diante da porta da sala da Prof. Figg, um pouco incerto do que ia fazer. Chegou quase a desistir, mas por fim decidiu bater. Ouviu uma voz lá dentro:
"Entre".
"Com licença, professora".
Harry percebeu que a professora se assustou ao perceber quem era. Ficou um pouco mais pálida, mas acabou voltando ao normal e disse:
"Pois não, Sr. Potter. Em que posso ajuda-lo?".
"Professora, desde que a senhora começou a dar aulas, eu tenho algumas perguntas que gostaria de fazer para você".
"Claro, eu imaginei que teria. Mas saiba que algumas das suas perguntas eu não poderei responder porque eu não tenho a resposta ou porque não cabe a mim responde-las, certo?".
"Tudo bem. Primeiro, eu quero saber por que você se disfarçava de velha".
"Bom... como vou explicar isso?" Ela pareceu pensativa, como se lembrar os fatos fosse muito doloroso. Por fim, deu um grande suspiro e começou a contar. "Na noite em que o Lord das Trevas foi a Godric's Hollow e assassinou seus pais, todos queriam saber o que iria acontecer dali em diante com o Menino que Sobreviveu. Apesar de muita gente achar que Voldemort havia desaparecido para sempre, algumas pessoas, inclusive Dumbledore, achavam um pouco improvável. Então, ele decidiu que você devia ficar sob os cuidados dos seus únicos parentes vivos, os Dursley. Mas ele sabia que, se Voldemort realmente estivesse vivo, seu principal objetivo seria acabar o que ele tinha começado lá, em Godric's Hollow. Então, lançou vários feitiços sobre a casa dos seus tios (sem eles saberem, é claro), e me colocou como uma espécie de informante, de observadora, ali perto, para poder saber o que acontecia com você. Mas eu não podia ficar normalmente, pois poderia chamar atenção, e além do mais, sua tia já me conhecia. Então, usei uma espécie de poção para envelhecer, cujo efeito só passa quando se toma uma poção antídoto. Sua tia não me reconheceu, e logo foi fácil para mim saber o que se passava dentro daquela casa. E mais fácil ainda foi convence-la de que sempre que precisasse sair, poderia deixar você comigo".
"Tudo bem, mas porque você tinha que ficar me mostrando todas as fotos dos seus gatos?".
"Porque apesar de eu estar ali graças a um pedido de Dumbledore, eu também estava ali como contratada do Ministério. Logo, eu não podia dar nenhuma pista que eu era diferente, ou seria substituída. Eu tive que fazer algo para não por os planos de Dumbledore em risco".
"Como assim? Por que Dumbledore escolheu você?" Harry já não conseguia conter a curiosidade.
"Dumbledore teve um motivo muito especial para me colocar como sua guardiã, Harry. Eu pedi para ele. Apesar do Ministro querer por uma outra pessoa no lugar, uma mais experiente, Dumbledore conseguiu convence-lo. Eu tinha tudo o que precisava para ser sua guardiã, mas ainda assim o Ministro ficou em dúvida. Na época, eu fiquei com muita raiva dele, mas sabia que ele tinha razão. Ele estava pensando na sua segurança, e colocar logo eu para ser sua guardiã...".
"Qual era o problema de colocar você para ser minha guardiã?".
"Havia um porém no meu passado. Não sei se você já sabe, mas eu estudei com seus pais. E eu era a melhor amiga da sua mãe. Por isso, bem... isso eu tenho quase certeza que você não sabe: eu sou sua madrinha, Harry".
Harry ficou paralizado. Queria dizer alguma coisa, mas não conseguia. Ele nunca tinha parado para pensar, mas agora lhe parecia óbvio que, se Sirius era seu padrinho, ele tinha que ter uma madrinha. Ao pensar em Sirius, outra pergunta se formou em sua mente:
"Se eu tinha uma madrinha, por que Dumbledore me deixou com os Dursley?".
Arabella respirou fundo e respondeu:
"Bom, Harry, é que havia outro problema, esse porém que eu lhe falei antes. Eu namorava seu padrinho na época que ele foi levado à Azkaban por ter traído seus pais. Apesar de, lá no fundo, eu acreditar que Sirius era inocente, todas as evidências estavam contra ele. E eu não tinha certeza, afinal de contas Lily havia me dito que Sirius seria o Fiel do Segredo deles. Eu nunca poderia imaginar que eles mudariam de última hora. Só descobri mais tarde. Graças a isso, não pude ficar com você. Ninguém acreditava muito na minha inocência, achavam que eu devia saber de alguma coisa. Por isso eu quis tanto ser sua guardiã, Harry. Eu precisava cuidar de algum jeito do meu afilhado".
Arabella falou isso com calma, com os olhos perdidos no vazio. Parecia ter até mesmo se esquecido que Harry estava ali. Ele, por sua vez, estava perdido em seus pensamentos. Sentia a raiva dentro do seu peito aumentar. Como alguém poderia ter feito tanto mal assim, como Voldemort fez? Naquela noite, Voldemort havia lhe tirado seus pais, seus padrinhos... Nunca na vida tivera tanto ódio de alguém como agora sentia dele e de Pedro Pettigrew. Arrependeu-se de ter impedido Sirius de matar o rato na primeira vez que o encontrou. Após um longo silêncio, Harry disse:
"Uma última pergunta, professora. Você sabe por que Voldemort estava atrás dos meus pais?".
"Harry, essa pergunta eu não posso te responder".
"Mas você sabe?".
"Eu desconfio, mas não tenho certeza".
"Ah... Vou indo então". Harry disse, sem saber o que dizer. Arabella olhou para ele, deu um sorriso, abaixou-lhe e beijou sua bochecha, dizendo:
"Qualquer coisa, é só vir conversar comigo, certo?".
Deu-lhe um abraço forte e se despediu. Harry foi embora pensando que, talvez, aquela conversa tivesse lhe dado mais dúvidas do que tinha acontecido. Escreveu para Sirius, contando o que tinha acontecido. Achou melhor que o padrinho soubesse que ele sabia sobre Arabella.
*~*
Capítulo 05
Disclaimer: Todos os personagens pertencem à JK Rowling, exceto aqueles que você não reconhecer.
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Harry parou diante da porta da sala da Prof. Figg, um pouco incerto do que ia fazer. Chegou quase a desistir, mas por fim decidiu bater. Ouviu uma voz lá dentro:
"Entre".
"Com licença, professora".
Harry percebeu que a professora se assustou ao perceber quem era. Ficou um pouco mais pálida, mas acabou voltando ao normal e disse:
"Pois não, Sr. Potter. Em que posso ajuda-lo?".
"Professora, desde que a senhora começou a dar aulas, eu tenho algumas perguntas que gostaria de fazer para você".
"Claro, eu imaginei que teria. Mas saiba que algumas das suas perguntas eu não poderei responder porque eu não tenho a resposta ou porque não cabe a mim responde-las, certo?".
"Tudo bem. Primeiro, eu quero saber por que você se disfarçava de velha".
"Bom... como vou explicar isso?" Ela pareceu pensativa, como se lembrar os fatos fosse muito doloroso. Por fim, deu um grande suspiro e começou a contar. "Na noite em que o Lord das Trevas foi a Godric's Hollow e assassinou seus pais, todos queriam saber o que iria acontecer dali em diante com o Menino que Sobreviveu. Apesar de muita gente achar que Voldemort havia desaparecido para sempre, algumas pessoas, inclusive Dumbledore, achavam um pouco improvável. Então, ele decidiu que você devia ficar sob os cuidados dos seus únicos parentes vivos, os Dursley. Mas ele sabia que, se Voldemort realmente estivesse vivo, seu principal objetivo seria acabar o que ele tinha começado lá, em Godric's Hollow. Então, lançou vários feitiços sobre a casa dos seus tios (sem eles saberem, é claro), e me colocou como uma espécie de informante, de observadora, ali perto, para poder saber o que acontecia com você. Mas eu não podia ficar normalmente, pois poderia chamar atenção, e além do mais, sua tia já me conhecia. Então, usei uma espécie de poção para envelhecer, cujo efeito só passa quando se toma uma poção antídoto. Sua tia não me reconheceu, e logo foi fácil para mim saber o que se passava dentro daquela casa. E mais fácil ainda foi convence-la de que sempre que precisasse sair, poderia deixar você comigo".
"Tudo bem, mas porque você tinha que ficar me mostrando todas as fotos dos seus gatos?".
"Porque apesar de eu estar ali graças a um pedido de Dumbledore, eu também estava ali como contratada do Ministério. Logo, eu não podia dar nenhuma pista que eu era diferente, ou seria substituída. Eu tive que fazer algo para não por os planos de Dumbledore em risco".
"Como assim? Por que Dumbledore escolheu você?" Harry já não conseguia conter a curiosidade.
"Dumbledore teve um motivo muito especial para me colocar como sua guardiã, Harry. Eu pedi para ele. Apesar do Ministro querer por uma outra pessoa no lugar, uma mais experiente, Dumbledore conseguiu convence-lo. Eu tinha tudo o que precisava para ser sua guardiã, mas ainda assim o Ministro ficou em dúvida. Na época, eu fiquei com muita raiva dele, mas sabia que ele tinha razão. Ele estava pensando na sua segurança, e colocar logo eu para ser sua guardiã...".
"Qual era o problema de colocar você para ser minha guardiã?".
"Havia um porém no meu passado. Não sei se você já sabe, mas eu estudei com seus pais. E eu era a melhor amiga da sua mãe. Por isso, bem... isso eu tenho quase certeza que você não sabe: eu sou sua madrinha, Harry".
Harry ficou paralizado. Queria dizer alguma coisa, mas não conseguia. Ele nunca tinha parado para pensar, mas agora lhe parecia óbvio que, se Sirius era seu padrinho, ele tinha que ter uma madrinha. Ao pensar em Sirius, outra pergunta se formou em sua mente:
"Se eu tinha uma madrinha, por que Dumbledore me deixou com os Dursley?".
Arabella respirou fundo e respondeu:
"Bom, Harry, é que havia outro problema, esse porém que eu lhe falei antes. Eu namorava seu padrinho na época que ele foi levado à Azkaban por ter traído seus pais. Apesar de, lá no fundo, eu acreditar que Sirius era inocente, todas as evidências estavam contra ele. E eu não tinha certeza, afinal de contas Lily havia me dito que Sirius seria o Fiel do Segredo deles. Eu nunca poderia imaginar que eles mudariam de última hora. Só descobri mais tarde. Graças a isso, não pude ficar com você. Ninguém acreditava muito na minha inocência, achavam que eu devia saber de alguma coisa. Por isso eu quis tanto ser sua guardiã, Harry. Eu precisava cuidar de algum jeito do meu afilhado".
Arabella falou isso com calma, com os olhos perdidos no vazio. Parecia ter até mesmo se esquecido que Harry estava ali. Ele, por sua vez, estava perdido em seus pensamentos. Sentia a raiva dentro do seu peito aumentar. Como alguém poderia ter feito tanto mal assim, como Voldemort fez? Naquela noite, Voldemort havia lhe tirado seus pais, seus padrinhos... Nunca na vida tivera tanto ódio de alguém como agora sentia dele e de Pedro Pettigrew. Arrependeu-se de ter impedido Sirius de matar o rato na primeira vez que o encontrou. Após um longo silêncio, Harry disse:
"Uma última pergunta, professora. Você sabe por que Voldemort estava atrás dos meus pais?".
"Harry, essa pergunta eu não posso te responder".
"Mas você sabe?".
"Eu desconfio, mas não tenho certeza".
"Ah... Vou indo então". Harry disse, sem saber o que dizer. Arabella olhou para ele, deu um sorriso, abaixou-lhe e beijou sua bochecha, dizendo:
"Qualquer coisa, é só vir conversar comigo, certo?".
Deu-lhe um abraço forte e se despediu. Harry foi embora pensando que, talvez, aquela conversa tivesse lhe dado mais dúvidas do que tinha acontecido. Escreveu para Sirius, contando o que tinha acontecido. Achou melhor que o padrinho soubesse que ele sabia sobre Arabella.
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