A resposta para o futuro está no passado.
Capítulo 23
Disclaimer: Todos os personagens pertencem à JK Rowling, exceto aqueles que você não reconhecer.
*~*~*~*
Depois que Gina mostrou a Harry o diário, os dois começaram a ler juntos. Era divertido ler as histórias que Lílian contava em seu diário, e Harry estava adorando saber como tudo havia acontecido.
Era engraçado que Harry soubesse tão pouco sobre a vida de seus pais. Tudo o que sabia era que eles haviam se conhecido em Hogwarts e outras coisas que Sirius havia lhe contado. Porém, agora que lia o diário da sua mãe, se convenceu de que não sabia nada sobre eles.
Harry e Gina iam lendo o diário, uma ou duas páginas por dia, e às vezes Gina parava e fazia alguma anotação, quando percebia que Lily havia usado algum de seus poderes.
Gina sabia que Harry estava aperfeiçoando seu talento de falar com cobras, e havia até se oferecido para ir com ele, mas ele pediu que ela não fosse.
O tempo foi passando, devagar e preguiçoso. Os testes, inclusive para os N.O.M.'s, iam chegando. Hermione, como sempre, organizou uma super maratona de estudos. Harry e Rony tinham cada vez menos tempo para dormir, pois em qualquer tempo livre, ou tinham que estudar, ou estavam ajudando a Ordem, ou Harry tinha que mexer com suas amiguinhas cobras...
Ainda faltavam quase dois meses para os testes, porém, quando Hogwarts amanheceu diferente. Dava para saber quando acontecia algo ruim pela atmosfera do castelo. É como se naquele dia, o ar estivesse mais pesado.
Ao chegarem no Salão Principal, para tomarem café, suas suspeitas foram confirmadas pelas caras dos professores, que pareciam preocupados. Porém, dessa vez Dumbledore não se levantou para dizer nada, como todos esperavam que ele fizesse.
Foi só quando as corujas entraram que os alunos souberam, através do Profeta Diário, o que tinha acontecido. A notícia chamou a atenção de todos. Na noite anterior, acontecera um assassinato em massa. Muitas famílias, influentes no mundo bruxo, haviam sido mortas. Na parede das casas, os Comensais deixaram sua mensagem, dessa vez escrita com o sangue de suas vitímas:
"O Lorde das Trevas está de volta. Sua próxima parada é Hogwarts"
Os jornais trouxas ficaram muito confusos. Ninguém havia ouvido falar de Hogwarts. Os bruxos ficaram temerosos e o Ministério de Magia desistiu de negar. Agora era verdade, Voldemort estava de volta.
As aulas continuaram normalmente. Quando alguns alunos (principalmente Neville) perguntavam aos professores sobre a mensagem, tudo o que ouviam era: 'Não dêem importância a ameaças sem sentido'.
Muitos pais mandaram corujas e mais corujas para Dumbledore, pedindo informações. O velho diretor respondia como podia, mas nem sempre tinha a resposta.
A Ordem foi convocada para uma reunião de extrema urgência. Todos compareceram, inclusive um bruxo chamado Mundungo Fletcher, que parecia o mais preocupado de todos. Após uma conversa rápida com Dumbledore, o diretor o apresentou para todos. Então, Fletcher começou a falar:
'Como todos já devem estar a par, os acontecimentos de ontem à noite mudam tudo. Apesar do Ministério ter finalmente declarado que reconhece a volta de Voldemort, não poderemos ter algum apoio deles. Estive lá nesta manhã e o local está uma bagunça. Os funcionários de todos os departamentos estão confusos. Há pessoas que já levantam rumores de que Cornélio Fudge irá renunciar ao cargo. Porém, nada conclusivo.
Lá fora está um caos. Os bruxos na rua fazem manifestações contra o Ministério, pedindo segurança. Muitas famílias decidiram sair do país, indo se refugiar em países da América do Sul. Acredito que muitas famílias virão à Hogwarts amanhã para levarem seus filhos, não, Dumbledore?'
'Sim, Mundungo, é provável. Recebi muitas corujas esta manhã, e apesar de ter convencido muitos pais a deixarem seus filhos no castelo, alguns não se convenceram'
'Mas o problema é ainda maior do que parece. Eu preferia não ter que falar isso na frente dos alunos aqui presentes' disse e seus olhos indicaram Harry, Rony, Hermione e Gina, sentados num canto da sala 'mas Dumbledore me disse que eles já estão tão envolvidos nisso quanto nós. A verdade é que os jornais não deram a notícia completa'
Todas as pessoas presentes na sala arregalaram os olhos. Fletcher, porém, continuou:
'Além do assassinato em massa ocorrido na Inglaterra, a Marca Negra foi avistada em um outro ponto da Europa. Mais precisamente, na Itália. A vítima foi Lucy Tornelli'
Gina deixou escapar um soluço. Instintivamente, segurou a mão de Harry com mais força e deixou lágrimas silenciosas escorrerem pelo rosto. Foi num fio de voz que conseguiu perguntar:
'E o sobrinho dela?'
'Sobrinho?' Mundungo Fletcher parecia surpreso 'Mas não havia ninguém com Lucy. E não há nenhum registro de qualquer parente vivo da Sra. Tornelli'
'Mas... ela me disse que estava retornando para a Itália para ficar com um sobrinho'
'Foi isso que ela te disse?' Dumbledore se manifestou, e em seus olhos passou um rápido brilho de desprezo 'A Lucy não foi capaz de lhe dizer a verdade, não é, Gina?'
'Professor, que verdade é essa que o senhor está falando?'
'Gina, Lucy Tornelli, apesar de ter sido uma Protegida, nunca fez jus ao dom que tinha. A primeira prova de sua irresponsabilidade foi quando não veio à Inglaterra procurar pela próxima Protegida. Havia sempre algo que a impedia: era a doença do seu marido, problemas com sua irmã...'
Dumbledore fez uma pausa, tentando medir as palavras 'Quando ela me disse que precisaria partir, não me deu motivos. Apenas me informou sobre a idéia do diário. Na hora, confesso que não entendi aquela estranha atitude, mas após saber do seu passado, acredito que simplesmente não conseguiu agüentar toda a pressão'
'E é por causa desse assassinato e de um outro motivo muito importante' continuou Fletcher 'que hoje acreditamos que Voldemort deverá atacar Hogwarts na próxima semana, à procura do livro. Um dos vários feitiços que protegem o castelo foi quebrado esta noite. E para isso foi usado uma Magja Negra fortíssima. Não há nada que possamos fazer para recuperar a proteção desse feitiço, a não ser que tiremos todos os outros e recomecemos, o que é inviável. O castelo ainda está protegido pelos outros feitiços, mas agora que um foi quebrado, os outros serão mais fáceis'
'E é por isso, Sirius, que queremos saber se o plano já está pronto para funcionar' Dumbledore completou.
'Sim, já tenho tudo pronto, é só falar com o nosso contato dentro do Profeta Diário e enfeitiçar a Carruagem'
'Certo. Para isso, eu peço a você, Alex, que fale com o nosso contato e peça à ele que coloque o plano em prática'
'Sim, Dumbledore. Vou agora mesmo' respondeu Alex, um bruxo que aparentava ter pouco mais de vinte anos, magro como um palito, que até então estava calado, encostado na parede perto da porta.
'Gina, o Prof Flitwick vai ensinar o feitiço que deve ser usado na carruagem, mas acredito que seja melhor você lança-lo'
'Claro, Professor' disse Gina, limpando as lágrimas com as costas da mão, se despedindo de Harry com um beijo e acompanhando o seu professor de feitiços.
'Remo, você pode me substituir nas aulas?' Arabella perguntou.
'Claro, mas por quê?'
'Eu vou junto com o Sirius'
'Não vai não' Quem respondeu foi o próprio Sirius.
'E eu posso saber o que o leva a pensar que vai me impedir?'
'Arabella, é muito arriscado. É melhor que eu faça isso sozinho'
'Sirius, querido, da última vez que você fez algo arriscado sozinho, passou doze anos em Azkaban. E, se algo der errado, não é nem para lá que você vai voltar. Sinceramente, eu não quero te perder de novo para um dementador'
Sirius ainda ia responder, mas ao ver o olhar enfurecido de Arabella, desistiu. Só o que conseguiu dizer foi:
'Mas vê se toma cuidado, também, viu? Pois assim como você não quer me perder, eu também não quero te perder'
'Negócio fechado'
'Tudo resolvido entre os dois pombinhos? Bem, então imagino que cada um já saiba o que fazer. Boa sorte para todos'
'Dumbledore, que plano é esse?' Harry perguntou, quando todos já tinham saído, exceto ele, Rony e Hermione.
'Harry, o plano que seu padrinho montou é muito simples. Ele vai atrair o Pedro Pettigrew com uma isca e vai prende-lo'
'Como assim?'
'Você verá, Harry. Você verá' E dizendo isso, saiu da sala.
*~*~*
Disclaimer: Todos os personagens pertencem à JK Rowling, exceto aqueles que você não reconhecer.
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Depois que Gina mostrou a Harry o diário, os dois começaram a ler juntos. Era divertido ler as histórias que Lílian contava em seu diário, e Harry estava adorando saber como tudo havia acontecido.
Era engraçado que Harry soubesse tão pouco sobre a vida de seus pais. Tudo o que sabia era que eles haviam se conhecido em Hogwarts e outras coisas que Sirius havia lhe contado. Porém, agora que lia o diário da sua mãe, se convenceu de que não sabia nada sobre eles.
Harry e Gina iam lendo o diário, uma ou duas páginas por dia, e às vezes Gina parava e fazia alguma anotação, quando percebia que Lily havia usado algum de seus poderes.
Gina sabia que Harry estava aperfeiçoando seu talento de falar com cobras, e havia até se oferecido para ir com ele, mas ele pediu que ela não fosse.
O tempo foi passando, devagar e preguiçoso. Os testes, inclusive para os N.O.M.'s, iam chegando. Hermione, como sempre, organizou uma super maratona de estudos. Harry e Rony tinham cada vez menos tempo para dormir, pois em qualquer tempo livre, ou tinham que estudar, ou estavam ajudando a Ordem, ou Harry tinha que mexer com suas amiguinhas cobras...
Ainda faltavam quase dois meses para os testes, porém, quando Hogwarts amanheceu diferente. Dava para saber quando acontecia algo ruim pela atmosfera do castelo. É como se naquele dia, o ar estivesse mais pesado.
Ao chegarem no Salão Principal, para tomarem café, suas suspeitas foram confirmadas pelas caras dos professores, que pareciam preocupados. Porém, dessa vez Dumbledore não se levantou para dizer nada, como todos esperavam que ele fizesse.
Foi só quando as corujas entraram que os alunos souberam, através do Profeta Diário, o que tinha acontecido. A notícia chamou a atenção de todos. Na noite anterior, acontecera um assassinato em massa. Muitas famílias, influentes no mundo bruxo, haviam sido mortas. Na parede das casas, os Comensais deixaram sua mensagem, dessa vez escrita com o sangue de suas vitímas:
"O Lorde das Trevas está de volta. Sua próxima parada é Hogwarts"
Os jornais trouxas ficaram muito confusos. Ninguém havia ouvido falar de Hogwarts. Os bruxos ficaram temerosos e o Ministério de Magia desistiu de negar. Agora era verdade, Voldemort estava de volta.
As aulas continuaram normalmente. Quando alguns alunos (principalmente Neville) perguntavam aos professores sobre a mensagem, tudo o que ouviam era: 'Não dêem importância a ameaças sem sentido'.
Muitos pais mandaram corujas e mais corujas para Dumbledore, pedindo informações. O velho diretor respondia como podia, mas nem sempre tinha a resposta.
A Ordem foi convocada para uma reunião de extrema urgência. Todos compareceram, inclusive um bruxo chamado Mundungo Fletcher, que parecia o mais preocupado de todos. Após uma conversa rápida com Dumbledore, o diretor o apresentou para todos. Então, Fletcher começou a falar:
'Como todos já devem estar a par, os acontecimentos de ontem à noite mudam tudo. Apesar do Ministério ter finalmente declarado que reconhece a volta de Voldemort, não poderemos ter algum apoio deles. Estive lá nesta manhã e o local está uma bagunça. Os funcionários de todos os departamentos estão confusos. Há pessoas que já levantam rumores de que Cornélio Fudge irá renunciar ao cargo. Porém, nada conclusivo.
Lá fora está um caos. Os bruxos na rua fazem manifestações contra o Ministério, pedindo segurança. Muitas famílias decidiram sair do país, indo se refugiar em países da América do Sul. Acredito que muitas famílias virão à Hogwarts amanhã para levarem seus filhos, não, Dumbledore?'
'Sim, Mundungo, é provável. Recebi muitas corujas esta manhã, e apesar de ter convencido muitos pais a deixarem seus filhos no castelo, alguns não se convenceram'
'Mas o problema é ainda maior do que parece. Eu preferia não ter que falar isso na frente dos alunos aqui presentes' disse e seus olhos indicaram Harry, Rony, Hermione e Gina, sentados num canto da sala 'mas Dumbledore me disse que eles já estão tão envolvidos nisso quanto nós. A verdade é que os jornais não deram a notícia completa'
Todas as pessoas presentes na sala arregalaram os olhos. Fletcher, porém, continuou:
'Além do assassinato em massa ocorrido na Inglaterra, a Marca Negra foi avistada em um outro ponto da Europa. Mais precisamente, na Itália. A vítima foi Lucy Tornelli'
Gina deixou escapar um soluço. Instintivamente, segurou a mão de Harry com mais força e deixou lágrimas silenciosas escorrerem pelo rosto. Foi num fio de voz que conseguiu perguntar:
'E o sobrinho dela?'
'Sobrinho?' Mundungo Fletcher parecia surpreso 'Mas não havia ninguém com Lucy. E não há nenhum registro de qualquer parente vivo da Sra. Tornelli'
'Mas... ela me disse que estava retornando para a Itália para ficar com um sobrinho'
'Foi isso que ela te disse?' Dumbledore se manifestou, e em seus olhos passou um rápido brilho de desprezo 'A Lucy não foi capaz de lhe dizer a verdade, não é, Gina?'
'Professor, que verdade é essa que o senhor está falando?'
'Gina, Lucy Tornelli, apesar de ter sido uma Protegida, nunca fez jus ao dom que tinha. A primeira prova de sua irresponsabilidade foi quando não veio à Inglaterra procurar pela próxima Protegida. Havia sempre algo que a impedia: era a doença do seu marido, problemas com sua irmã...'
Dumbledore fez uma pausa, tentando medir as palavras 'Quando ela me disse que precisaria partir, não me deu motivos. Apenas me informou sobre a idéia do diário. Na hora, confesso que não entendi aquela estranha atitude, mas após saber do seu passado, acredito que simplesmente não conseguiu agüentar toda a pressão'
'E é por causa desse assassinato e de um outro motivo muito importante' continuou Fletcher 'que hoje acreditamos que Voldemort deverá atacar Hogwarts na próxima semana, à procura do livro. Um dos vários feitiços que protegem o castelo foi quebrado esta noite. E para isso foi usado uma Magja Negra fortíssima. Não há nada que possamos fazer para recuperar a proteção desse feitiço, a não ser que tiremos todos os outros e recomecemos, o que é inviável. O castelo ainda está protegido pelos outros feitiços, mas agora que um foi quebrado, os outros serão mais fáceis'
'E é por isso, Sirius, que queremos saber se o plano já está pronto para funcionar' Dumbledore completou.
'Sim, já tenho tudo pronto, é só falar com o nosso contato dentro do Profeta Diário e enfeitiçar a Carruagem'
'Certo. Para isso, eu peço a você, Alex, que fale com o nosso contato e peça à ele que coloque o plano em prática'
'Sim, Dumbledore. Vou agora mesmo' respondeu Alex, um bruxo que aparentava ter pouco mais de vinte anos, magro como um palito, que até então estava calado, encostado na parede perto da porta.
'Gina, o Prof Flitwick vai ensinar o feitiço que deve ser usado na carruagem, mas acredito que seja melhor você lança-lo'
'Claro, Professor' disse Gina, limpando as lágrimas com as costas da mão, se despedindo de Harry com um beijo e acompanhando o seu professor de feitiços.
'Remo, você pode me substituir nas aulas?' Arabella perguntou.
'Claro, mas por quê?'
'Eu vou junto com o Sirius'
'Não vai não' Quem respondeu foi o próprio Sirius.
'E eu posso saber o que o leva a pensar que vai me impedir?'
'Arabella, é muito arriscado. É melhor que eu faça isso sozinho'
'Sirius, querido, da última vez que você fez algo arriscado sozinho, passou doze anos em Azkaban. E, se algo der errado, não é nem para lá que você vai voltar. Sinceramente, eu não quero te perder de novo para um dementador'
Sirius ainda ia responder, mas ao ver o olhar enfurecido de Arabella, desistiu. Só o que conseguiu dizer foi:
'Mas vê se toma cuidado, também, viu? Pois assim como você não quer me perder, eu também não quero te perder'
'Negócio fechado'
'Tudo resolvido entre os dois pombinhos? Bem, então imagino que cada um já saiba o que fazer. Boa sorte para todos'
'Dumbledore, que plano é esse?' Harry perguntou, quando todos já tinham saído, exceto ele, Rony e Hermione.
'Harry, o plano que seu padrinho montou é muito simples. Ele vai atrair o Pedro Pettigrew com uma isca e vai prende-lo'
'Como assim?'
'Você verá, Harry. Você verá' E dizendo isso, saiu da sala.
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