CAPÍTULO 1
Nota: esta é uma história protagonizada por Lupin e uma personagem original (não é uma Mary Sue). Harry, Hermione e Ron somente farão participações esporádicas.
Remus Lupin está sentado do lado de fora da sala do diretor de Hogwarts, Albus Dumbledore. Ele não tinha estado na escola desde que tinha resignado o cargo de professor de Defesa contra as Artes das Trevas. Está muito cansado ainda, por que sua transformação havia ocorrido somente dois dias atrás, e que sempre o deixava extenuado por pelo menos uma semana.
Pensava que talvez pudesse trabalhar em Hogwarts novamente, mas ao mesmo tempo tinha muito receio que fosse isso. Nada doeria mais do que ver o medo no rosto de seus alunos ou a rejeição de seus próprios colegas. Ele sabia que além de Dumbledore, McGonagall e Flitwick nunca o discriminariam. Mas quanto a Trelawney, Snape e a maioria dos outros... Tinha certeza que eles tentariam fazê-lo lembrar o máximo de vezes possível a sua condição de lobisomem.
Finalmente, Severus Snape sai de lá, e ao ver o antigo colega, fica com o rosto mais contraído ainda. Olha para ele por um segundo e diz:
- Ele está lhe esperando.
Lupin empurra a gárgula entreaberta e adentra a sala do diretor
- Olá Remus, entre - convida Dumbledore.
Lupin um pouco nervoso, passa pela gárgula e entra na sala do diretor, que ainda está a mesma do tempo em que ele lá foi pela primeira vez, há muitos anos atrás. Havia sido no seu primeiro ano em Hogwarts, quando foi com sua mãe discutir sua situação com Dumbledore, naquele tempo recém nomeado diretor.
- Sente-se Remus. - diz Dumbledore, e começa a andar em círculos, ele próprio parecendo um pouco tenso. O rosto que Remus poucas vezes tinha visto sem um sorriso nos lábios e um brilho maroto no olhar parecia mais velho do que nunca, vincado com rugas de preocupação.
- Diretor? Aconteceu alguma coisa?
Parecendo aliviado por Lupin ter introduzido a questão, Dumbledore começa a falar:
- Não, ainda não. Mas pode acontecer. E em muito breve. Fui informado por uma de minhas fontes, descobri que foi encontrado em uma escavação arqueológica trouxa, em uma localidade de Gales, um antigo pergaminho. Aparentemente ele é um trecho do livro dos feitiços primordiais de Hogwarts, que foi levado por Slyhterin ao ir embora. Os fundadores restantes fizeram outro livro, que ainda está aqui. Mas quem o obtiver destruirá Hogwarts facilmente, por que quem o apanhar conseguirá tirar todas as suas proteções, e a escola ficará inteiramente desprotegida de qualquer ataque de bruxos das trevas. Quem elaborou o primeiro livro primordial foi Slytherin, que o escreveu em crudínico arcaico, para que fosse mais difícil decifrá-lo. Ele sabia que qualquer feitiço no livro poderia ser facilmente quebrado por um bruxo poderoso. Eu gostaria que você fosse lá e verificasse. Talvez Slytherin tenha somente escrito uma receita de Poção do Amor... Mas não podemos correr o risco.
- Crudínico arcaico... Faz muito tempo que eu não lido com ele. Por que você não conversa com Jones do Ministério da Magia? Ele costumava ser muito bom nisso.
- Não posso. Os Comensais da Morte sempre mantém Hogwarts sob vigilância. Se mandar um professor daqui ou funcionário do Ministério da Magia verificar, vão logo desconfiar. Mas se for...
- Um lobisomem? - pergunta Lupin, erguendo as sobrancelhas.
- É. Acham que eu não confiaria nada muito importante a você. - sorriu Dumbledore calorosamente - eles nunca imaginariam que é uma das pessoas com quem mais conto no mundo.
- Em resumo, o que eu tenho que fazer?
- Tentar verificar se o pergaminho é o que eu acho ser. Se for perigoso, traga-o para cá imediatamente. Sendo alarme falso, me comunique e sua tarefa estará completa.
- Mas como eu vou me aproximar do pergaminho? Nunca vão me deixar vê-lo sequer uma vez.
- Consegui uma recomendação. Um dos integrantes do conselho da universidade, o Prof. West, é casado com uma bruxa, e concordou em nos ajudar como puder. Ele disse que pode conseguir com que você tenha acesso irrestrito ao pergaminho.
Com um suspiro, Lupin dá de ombros e diz:
- Eu preferia uma ação mais direta contra Voldemort, mas já que é esta a parte que eu devo fazer, estou pronto. Quando devo começar?
- O mais rapidamente possível. Segundo um de meus informantes, os Comensais da Morte não acompanham notícias trouxas, então ainda não devem saber do aparecimento do pergaminho. Mas podem descobrir a qualquer momento. O tempo então é precioso.
- Mas para decifrar um pergaminho em crudínico arcaico eu vou levar, com sorte, alguns meses. Não é algo que eu faça em uma semana.
- Eu sei, eu sei. Mas como eu já disse, o tempo é essencial. - disse Dumbledore, e tira algo de um dos bolsos das vestes - tome, aqui tem alguns galeões. Troque por dinheiro trouxa e tente parecer um deles. Ninguém pode desconfiar de nada. Mas se você for descoberto, use o feitiço de memória e depois me comunique. Pegue um quarto no Caldeirão Furado hoje mesmo, e o prof. West irá procura-lo amanhã na hora do almoço.
- Tudo bem. Vou para Hogsmead para aparatar para o Beco Diagonal. Adeus professor.
Lupin estende a mão para Dumbledore, que a aperta, dizendo:
- Tome cuidado.
- Não se preocupe. Não é nada com que um lobisomem pobre e mofado não possa lidar - disse Lupin, com um sorriso leve nos lábios.
No dia seguinte, Lupin estava sentado em um dos bancos do Beco Diagonal. Era muito mais agradável do que ficar enfurnado dentro do Caldeirão Furado. Aqui ele podia ver pessoas, e até mesmo algumas caras conhecidas. Em sua quase totalidade constituída de seus ex-alunos no ano em que tinha sido professor de Hogwarts. A maioria deles, ao vê-lo, empalidecia e fugia dele; alguns o ignoravam e uns poucos o cumprimentavam efusivamente.
Tinha avisado onde estava a Tom, para quando o prof. West chegasse. Tinha que relaxar e descansar. Ficar no meio de trouxas muito tempo sempre o deixava nervoso, por que muitas vezes não sabia bem como agir.
Estava um tanto quanto distraído, pensando nisto, quando sente um toque leve no braço. Volta-se e vê sua antiga aluna Hermione Granger.
- Hermione, como está você? - pergunta Lupin, ainda bastante surpreso.
- Muito bem professor. E o senhor? Vai ser nosso professor esse ano?
- Infelizmente não. E Harry e Ron? Pensei que tinha vindo com eles.
- Nah. Eu estava na Bulgária, visitan... ahn - Hermione enrubesce - visitando alguém. E também visitei a Romênia - disse a menina, recobrando a cor normal - fiz uma boa pesquisa sobre vampiros. Tenho uma dúvida, é verdade que se eu pegar um vampiro e...
Nesse momento, um homem de idade, meio encurvado e de óculos de lentes grossas, obviamente trouxa, mas parecendo à vontade, aborda Lupin:
- Com licença, estou certo em considerar que o senhor é Remus Lupin?
- Sim. E o senhor deve ser o professor West.
- Podemos ir conversar em um lugar reservado?
Lupin concorda e voltando-se para Hermione, despede-se dela e manda lembranças para seus amigos. Então ele e o professor West voltam para o Caldeirão Furado e pedem um dos reservados. Quando estão sozinhos, começam a conversar.
- Eu sou Timothy West. Trabalho no departamento de Línguas Antigas da Universidade de Londres. Você sabe o que é uma universidade, não é? - Lupin concorda, e o homem continua - sou especialista em persa, mas minha colega, a profa. Worthing é uma das pouquíssimas pessoas trouxas que estudam crudínico arcaico. Eu a ouvi comentar que o pergaminho recém encontrado continha descrições de antigos feitiços, escritos por um tal de Slytherin. Também falava de Hogwarts. Contei à minha esposa, que achou muito estranho e decidiu comunicar a Dumbledore.
- Muito inteligente da parte de vocês - concorda Remus - ele é a pessoa ideal a quem se deve recorrer.
- É mesmo. E à propósito, eu disse à Gwendolyn que você era um excêntrico rico que se dedicava ao estudo de crudínico. Como mais eu podia explicar você não trabalhar e se dedicar a uma tarefa assim que vai levar meses?
- Mas eu sou qualquer coisa menos rico! - Remus afunda na cadeira, desanimado.
- Não se preocupe, ela nem vai reparar nisso. Vai estar mais preocupada é com seu cérebro - tenta consolar o homem mais velho.
Remus agradeceu ao prof. West, que lhe prometeu vir busca-lo no dia seguinte e apresenta-lo à prof. Worthing. E ainda insistiu que conhecesse sua esposa, uma bruxa baixinha e sorridente, carregada de sacolas de Madame Malkin.
Nota: esta é uma história protagonizada por Lupin e uma personagem original (não é uma Mary Sue). Harry, Hermione e Ron somente farão participações esporádicas.
Remus Lupin está sentado do lado de fora da sala do diretor de Hogwarts, Albus Dumbledore. Ele não tinha estado na escola desde que tinha resignado o cargo de professor de Defesa contra as Artes das Trevas. Está muito cansado ainda, por que sua transformação havia ocorrido somente dois dias atrás, e que sempre o deixava extenuado por pelo menos uma semana.
Pensava que talvez pudesse trabalhar em Hogwarts novamente, mas ao mesmo tempo tinha muito receio que fosse isso. Nada doeria mais do que ver o medo no rosto de seus alunos ou a rejeição de seus próprios colegas. Ele sabia que além de Dumbledore, McGonagall e Flitwick nunca o discriminariam. Mas quanto a Trelawney, Snape e a maioria dos outros... Tinha certeza que eles tentariam fazê-lo lembrar o máximo de vezes possível a sua condição de lobisomem.
Finalmente, Severus Snape sai de lá, e ao ver o antigo colega, fica com o rosto mais contraído ainda. Olha para ele por um segundo e diz:
- Ele está lhe esperando.
Lupin empurra a gárgula entreaberta e adentra a sala do diretor
- Olá Remus, entre - convida Dumbledore.
Lupin um pouco nervoso, passa pela gárgula e entra na sala do diretor, que ainda está a mesma do tempo em que ele lá foi pela primeira vez, há muitos anos atrás. Havia sido no seu primeiro ano em Hogwarts, quando foi com sua mãe discutir sua situação com Dumbledore, naquele tempo recém nomeado diretor.
- Sente-se Remus. - diz Dumbledore, e começa a andar em círculos, ele próprio parecendo um pouco tenso. O rosto que Remus poucas vezes tinha visto sem um sorriso nos lábios e um brilho maroto no olhar parecia mais velho do que nunca, vincado com rugas de preocupação.
- Diretor? Aconteceu alguma coisa?
Parecendo aliviado por Lupin ter introduzido a questão, Dumbledore começa a falar:
- Não, ainda não. Mas pode acontecer. E em muito breve. Fui informado por uma de minhas fontes, descobri que foi encontrado em uma escavação arqueológica trouxa, em uma localidade de Gales, um antigo pergaminho. Aparentemente ele é um trecho do livro dos feitiços primordiais de Hogwarts, que foi levado por Slyhterin ao ir embora. Os fundadores restantes fizeram outro livro, que ainda está aqui. Mas quem o obtiver destruirá Hogwarts facilmente, por que quem o apanhar conseguirá tirar todas as suas proteções, e a escola ficará inteiramente desprotegida de qualquer ataque de bruxos das trevas. Quem elaborou o primeiro livro primordial foi Slytherin, que o escreveu em crudínico arcaico, para que fosse mais difícil decifrá-lo. Ele sabia que qualquer feitiço no livro poderia ser facilmente quebrado por um bruxo poderoso. Eu gostaria que você fosse lá e verificasse. Talvez Slytherin tenha somente escrito uma receita de Poção do Amor... Mas não podemos correr o risco.
- Crudínico arcaico... Faz muito tempo que eu não lido com ele. Por que você não conversa com Jones do Ministério da Magia? Ele costumava ser muito bom nisso.
- Não posso. Os Comensais da Morte sempre mantém Hogwarts sob vigilância. Se mandar um professor daqui ou funcionário do Ministério da Magia verificar, vão logo desconfiar. Mas se for...
- Um lobisomem? - pergunta Lupin, erguendo as sobrancelhas.
- É. Acham que eu não confiaria nada muito importante a você. - sorriu Dumbledore calorosamente - eles nunca imaginariam que é uma das pessoas com quem mais conto no mundo.
- Em resumo, o que eu tenho que fazer?
- Tentar verificar se o pergaminho é o que eu acho ser. Se for perigoso, traga-o para cá imediatamente. Sendo alarme falso, me comunique e sua tarefa estará completa.
- Mas como eu vou me aproximar do pergaminho? Nunca vão me deixar vê-lo sequer uma vez.
- Consegui uma recomendação. Um dos integrantes do conselho da universidade, o Prof. West, é casado com uma bruxa, e concordou em nos ajudar como puder. Ele disse que pode conseguir com que você tenha acesso irrestrito ao pergaminho.
Com um suspiro, Lupin dá de ombros e diz:
- Eu preferia uma ação mais direta contra Voldemort, mas já que é esta a parte que eu devo fazer, estou pronto. Quando devo começar?
- O mais rapidamente possível. Segundo um de meus informantes, os Comensais da Morte não acompanham notícias trouxas, então ainda não devem saber do aparecimento do pergaminho. Mas podem descobrir a qualquer momento. O tempo então é precioso.
- Mas para decifrar um pergaminho em crudínico arcaico eu vou levar, com sorte, alguns meses. Não é algo que eu faça em uma semana.
- Eu sei, eu sei. Mas como eu já disse, o tempo é essencial. - disse Dumbledore, e tira algo de um dos bolsos das vestes - tome, aqui tem alguns galeões. Troque por dinheiro trouxa e tente parecer um deles. Ninguém pode desconfiar de nada. Mas se você for descoberto, use o feitiço de memória e depois me comunique. Pegue um quarto no Caldeirão Furado hoje mesmo, e o prof. West irá procura-lo amanhã na hora do almoço.
- Tudo bem. Vou para Hogsmead para aparatar para o Beco Diagonal. Adeus professor.
Lupin estende a mão para Dumbledore, que a aperta, dizendo:
- Tome cuidado.
- Não se preocupe. Não é nada com que um lobisomem pobre e mofado não possa lidar - disse Lupin, com um sorriso leve nos lábios.
No dia seguinte, Lupin estava sentado em um dos bancos do Beco Diagonal. Era muito mais agradável do que ficar enfurnado dentro do Caldeirão Furado. Aqui ele podia ver pessoas, e até mesmo algumas caras conhecidas. Em sua quase totalidade constituída de seus ex-alunos no ano em que tinha sido professor de Hogwarts. A maioria deles, ao vê-lo, empalidecia e fugia dele; alguns o ignoravam e uns poucos o cumprimentavam efusivamente.
Tinha avisado onde estava a Tom, para quando o prof. West chegasse. Tinha que relaxar e descansar. Ficar no meio de trouxas muito tempo sempre o deixava nervoso, por que muitas vezes não sabia bem como agir.
Estava um tanto quanto distraído, pensando nisto, quando sente um toque leve no braço. Volta-se e vê sua antiga aluna Hermione Granger.
- Hermione, como está você? - pergunta Lupin, ainda bastante surpreso.
- Muito bem professor. E o senhor? Vai ser nosso professor esse ano?
- Infelizmente não. E Harry e Ron? Pensei que tinha vindo com eles.
- Nah. Eu estava na Bulgária, visitan... ahn - Hermione enrubesce - visitando alguém. E também visitei a Romênia - disse a menina, recobrando a cor normal - fiz uma boa pesquisa sobre vampiros. Tenho uma dúvida, é verdade que se eu pegar um vampiro e...
Nesse momento, um homem de idade, meio encurvado e de óculos de lentes grossas, obviamente trouxa, mas parecendo à vontade, aborda Lupin:
- Com licença, estou certo em considerar que o senhor é Remus Lupin?
- Sim. E o senhor deve ser o professor West.
- Podemos ir conversar em um lugar reservado?
Lupin concorda e voltando-se para Hermione, despede-se dela e manda lembranças para seus amigos. Então ele e o professor West voltam para o Caldeirão Furado e pedem um dos reservados. Quando estão sozinhos, começam a conversar.
- Eu sou Timothy West. Trabalho no departamento de Línguas Antigas da Universidade de Londres. Você sabe o que é uma universidade, não é? - Lupin concorda, e o homem continua - sou especialista em persa, mas minha colega, a profa. Worthing é uma das pouquíssimas pessoas trouxas que estudam crudínico arcaico. Eu a ouvi comentar que o pergaminho recém encontrado continha descrições de antigos feitiços, escritos por um tal de Slytherin. Também falava de Hogwarts. Contei à minha esposa, que achou muito estranho e decidiu comunicar a Dumbledore.
- Muito inteligente da parte de vocês - concorda Remus - ele é a pessoa ideal a quem se deve recorrer.
- É mesmo. E à propósito, eu disse à Gwendolyn que você era um excêntrico rico que se dedicava ao estudo de crudínico. Como mais eu podia explicar você não trabalhar e se dedicar a uma tarefa assim que vai levar meses?
- Mas eu sou qualquer coisa menos rico! - Remus afunda na cadeira, desanimado.
- Não se preocupe, ela nem vai reparar nisso. Vai estar mais preocupada é com seu cérebro - tenta consolar o homem mais velho.
Remus agradeceu ao prof. West, que lhe prometeu vir busca-lo no dia seguinte e apresenta-lo à prof. Worthing. E ainda insistiu que conhecesse sua esposa, uma bruxa baixinha e sorridente, carregada de sacolas de Madame Malkin.
