Nome: O Ataque de Voldemort
Autora: Tatiana
Email: tatiana_016@hotmail.com
Gênero: Bom, tem comédia. Também mistério... Tá, é Geral.
Resumo: Harry, Emily e Gina são atacados por Voldemort durante a noite, mas uma outra aluna não sobrevive...
Nota da Autora: Esse capítulo não tem muito mistério. Quero dizer, algum tem, quem diabos é essa tal menina segurando uma faca? (só uma asna como eu pra inventar um negócio absurdo desses, uma simples garota segurando uma faca na escola de magia mais segura do mundo, hahahah, bem, voltando ao assunto...). O fato da luz iluminar o rosto dela, mas não o suficiente, saberemos o porque no fim. Os maiores dos mistérios são revelados na última parte mesmo. E a jovem Diana... Tadinha, mal a criei e já liquidei a coitada. Bom, aproveitem, pois esse capítulo até que é legal.
Distribuição: amantedevoldemort.kit.net e expressodehogwarts
Outros sites, de HP ou de fan fics, por favor perguntar antes.

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Capítulo 5 - O Ataque de Voldemort

Harry abre seus olhos e se vê deitado numa cama na ala hospitalar de Hogwarts. Ao seu lado esquerdo, está Emily dormindo numa cama e ao seu lado direito estão Profa. McGonagall e Cornélio Fudge (o ministro da magia) discutindo:
- Como o senhor pôde fazer isso?? Prof. Dumbledore já lhe disse várias vezes que...
- Acalme-se, Minerva, não vê que só quero a segurança dos alunos?
- Segurança?? Dois deles estão inconscientes!! - grita McGonagall.
- Por favor, senhores, poderiam se retirar? Assim vocês vão acordá-los!
- Desculpe-nos, Madame Pomfrey, falaremos mais baixo - diz McGonagall - Prof. Dumbledore pediu para esperarmos aqui, não vamos demorar.
- É, vá fazer seu trabalho que nós estamos numa conversa particular, sim?
- Ela está fazendo o trabalho dela, Cornélio - diz Dumbledore entrando em cena.
Harry volta a fechar os olhos, para acreditarem que ainda está dormindo:
- Boa noite, Alvo - diz Fudge.
- É verdade o que Minerva disse? Você mais uma vez trouxe dementadores para cá?
- Sim, é verdade professor! Ouvi gritos desesperados do lado de fora e quando saí de minha sala para conferir o que se passava, vi a Srta. Granger e o Sr. Potter desmaiando após tentarem enfrentar o dementador! - diz McGonagall.
Dumbledore encara Fudge, que tenta se explicar:
- Alvo, eu vim aqui para... Me desculpar pelo meu comportamento da última que nos vimos. Duvidei do senhor, duvidei de Potter... Ele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado está de volta. O senhor não imagina o que tem acontecido, tantas mortes...
- Eu imagino, aliás, eu sei. Eu tenho lido o Profeta Diário e também tenho lido diversos jornais de trouxas. Cornélio, entenda de uma vez por todas que os dementadores só nos trazem problemas. Eles perturbam Harry, e acredito que já existem coisas o bastante para perturbá-lo - diz Dumbledore.
- Como assim, Alvo? Ele já foi ameaçado ou coisa do tipo? - pergunta Fudge.
- Não, que eu saiba não. Estou fazendo o máximo possível para não preocupá-lo, espero que ele não tenha lido nada nos jornais.
- É - diz McGonagall - Ele ficaria chocado com essa história que inventaram de que Você-Sabe-Quem tem usado o sangue de suas vítimas para escrever o nome del...
- Não é invenção, Minerva - diz Fudge - É verdade, eu sou testemunha.
- Meu Deus - continua ela - Professor Dumbledore, acredito que seja melhor para o Sr. Potter saber o que está para acontecer com ele.
- Mas nem eu sei exatamente o que está para acontecer com ele, Minerva.
- E sobre aquela garota? - pergunta McGonagall.
- Garota? - pergunta Fudge - Que garota?
- São apenas boatos, Cornélio, nada confirmado - diz Dumbledore - Parece que Voldemort tem agora uma... parceira. Não sabemos se isso é verdade, pois de todas as pessoas que provavelmente viram Voldemort acompanhado dela, não sobraram muitas pra contar história.
- Ah sim, eu já soube disso - diz Fudge - É, realmente, ela pode ser uma ameaça a Hogwarts. Soube que ela tem a capacidade de possuir o corpo dos trouxas. Como ela consegue, não sei dizer. Mas ela os possui para serem culpados pelos assassinatos que ela comete, e como nunca presenciamos um bruxo possuído por ela, não podemos saber se ela é capaz disso ou não. Porque se for verdade, qualquer aluno ou professor aqui pode ser possuído.
- É, isso é o que mais tememos - diz Dumbledore - Mas não sabemos se essa garota realmente existe, você sabe que pessoas inventam muito quando se trata de uma tragédia.
Harry, angustiado por estar ouvindo esta conversa, abre um pouco os olhos e vê que Emily também está acordada, e muito espantada com o assunto:
- Não acredito que isso tenha sido inventado, as pessoas estão tratando desse assunto com muita seriedade - diz Fudge - O que pretende fazer para a segurança de Potter?
- Eu já providenciei alguns métodos, mas eu te garanto que não vou precisar dos dementadores - diz Dumbledore - Harry me prometeu que não vai andar pela escola desacompanhado e já consegui uma companhia perfeita para ele.
- Alvo, essa companhia pode ser possuída! Qualquer amigo dele pode ser possuído! Dementadores são muito difíceis de se possuir e...
- Cornélio, eu sei o que estou fazendo - diz Dumbledore - Pelo que sei, só podemos possuir um corpo através de magia negra. E aqueles que possuem magia branca são muito difíceis de possuir, certo?
- Anh... Certo, trouxas são possuídos com mais facilidade.
- Exatamente. Hogwarts é cercada por bruxos que praticam boa magia, esta garota não vai conseguir o que quer tão facilmente, ela vai precisar se esforçar muito para conseguir, e eu espero que nós a encontremos antes que isso aconteça - diz Dumbledore.
- E como vamos a encontrar? - pergunta McGonagall.
Madame Pomfrey que havia saído, volta e interrompe a conversa:
- Senhores eu não posso permitir que continuem aq... Harry, Emily, vocês acordaram?
- Ah... Acabei de acordar - diz Harry.
- Eu também - diz Emily.
- Senhores, por favor, queiram se retirar? Eles precisam descansar e já são duas da manhã! - insiste Madame Pomfrey.
- Certamente, Madame Pomfrey, mas primeiro preciso fazer algumas perguntas a esses dois - diz McGonagall
- Vamos, Cornélio - diz Dumbledore.
Dumbledore e Fudge saem da ala hospitalar. McGonagall senta numa cadeira entre as camas de Harry e Emily, e Madame Pomfrey diz:
- Apenas cinco minutos, Profa. McGonagall.
- É o suficiente - responde ela.
Quando Madame Pomfrey sai, Harry e Emily sentam em suas camas:
- Sr. Potter - diz ela encarando Harry - Srta. Granger - diz ela encarando Emily - Vocês quase me causaram um enfarte hoje. Primeiro porque estavam de pé as duas da manhã e segundo, porque por um momento pensei que vocês dois tivessem morrido.
- Os dementadores não podem nos matar, Profa. McGon...
- Eu sei, Srta. Granger, eu sei - diz McGonagall - Vocês dois merecem perder pontos, muitos pontos, por estarem fora da cama a uma hora dessas e eu exijo que me dêem uma boa explicação de como os dois foram parar em frente a minha sala.
Harry e Emily se entreolham:
- Minha coruja - diz Emily - Ela... roubou um negócio do Harry e voou pra fora e nós dois fomos atrás. Isso não teria acontecido se a porta estivesse aberta.
- A porta da torre da Grifinória estava aberta? - pergunta McGonagall.
- Estava - diz Harry - E não foi a gente que abriu.
McGonagall dá um suspiro, lançando um olhar muito preocupado:
- E o que aconteceu? Vocês acharam a coruja? - pergunta ela.
- Não, nós a perdemos de vista, e daí o dementador apareceu - diz Emily.
- Sei - diz McGonagall - Muito bem, vou tirar cinco pontos de cada um, e que isso não se repita, estão me ouvindo? É muito perigoso. Principalmente pra você, Sr. Potter.
- Porque principalmente pra mim? - pergunta Harry.
- Porque sim. Agora durmam. Hoje é Domingo e vocês tem treino ao amanhecer.
McGonagall levanta e sai de cena. Assim que ela fecha a porta, Harry dá um suspiro:
- Desculpa, a culpa foi minha - diz Emily - Eu devia ter prendido a Niddy numa gaiola. Agora você perdeu a sua capa e ainda por cima você foi obrigado a escutar a essa...
- Tudo bem, Emily, o Sirius deve ter achado a capa - diz Harry.
- Ah, ela já foi embora? - pergunta Madame Pomfrey voltando - Ótimo, agora vou apagar a luz para vocês dormirem um pouco, está bem?

Já faz meia hora que Madame Pomfrey apagou a luz, e Harry não consegue dormir de jeito nenhum. Ele vira para um lado, vira para o outro, mas a única coisa que consegue fazer é pensar no que Dumbledore, McGonagall e Fudge disseram alí:
"É, realmente, ela pode ser uma ameaça a Hogwarts. Ela possui corpos de trouxas, para serem culpados pelos assassinatos que ela comete, e como nunca presenciamos um bruxo possuído por ela, não podemos saber se ela é capaz disso ou não. Porque se for verdade, qualquer aluno ou professor aqui pode ser possuído" - lembra ele.
Será que essa garota realmente existe? Será que ela está atrás dele? Será que ela pode possuir Ron, ou Hermione? Ou Dumbledore? Harry não para de pensar no pior. Será que desta vez ele realmente não vai conseguir escapar da morte?
BAM. Harry escuta alguém abrir a porta da ala com muita força. Graças a luz do lado de fora, percebe-se que quem a abriu foi uma menina que parecia ter a mesma idade de Harry. Ela entra as pressas, fecha a porta e Harry não vê mais nada, pois como já sabemos, a luz está apagada:
- Olá? Tem alguém aí? - diz a menina.
- Anh... Eu - diz Harry.
- Quem? - pergunta ela.
- Harry.
- Harry Potter? Era você mesmo quem eu estava procurando.
- Anh... É? E quem é você?
A menina estala os dedos e uma luz ilumina seu rosto. Harry tenta, mas não consegue enxergar a menina direito, pois a luz é muito, muito fraca e ele não está usando seus óculos. Ele procura por eles na mesa ao lado de sua cama e escuta o barulho deles caindo no chão. A menina então, senta em frente a ele na cama:
- Hermione? - pergunta ele.
- É óbvio que não, não me confunda com aquela esquisita.
- Ah, ela... Ela não é esquisita... bom... Quem você é, então?
- Já, já, você vai saber - diz ela.
- Ah - diz ele prestes a se levantar - Deixa então eu acender a luz...
- Você não vai a lugar nenhum - diz ela empurrando-o.
Ela se agaixa e em seguida bota os óculos nele:
- Obrigado - diz ele - Dá pra me dizer quem é você?
- Ainda não - diz ela - Primeiro tenho que te fazer algumas perguntas.
- Perguntas? Você não acha que está meio tarde pra me fazer pergunt...?
- Você é mesmo o famoso Harry Potter?
- Bem... Sim - responde.
- E quantos anos você tem agora?
- Q-Quinze.
- Hum... Tem namorada?
- Não.
A luz fraca que a iluminava ficou forte, muito forte:
- Adeus, Harry - diz ela com uma faca na mão.
- O que? Aaaahhh!! - grita Harry - Hum?
Não havia menina alguma. O lugar continua escuro, quando alguém acende a luz:
- Harry? Você tá bem? - pergunta Emily.
- O que...? Cadê ela? - pergunta ele.
- Ela quem? - pergunta Emily.
- Aquela menina... Segurando uma faca... Você não escutou ela entrando aqui ou...?
- A única coisa que eu escutei foi você gritando.
Ele olha e repara que Emily está com uma cara horrível e com os cabelos desarrumados:
- Foi só um pesadelo. É normal ter medo numa hora dessas. No seu lugar eu teria.
- Eu não estou com medo, eu juro que vi uma menina entrando aqui!
- Tá. Se você diz...
Eles se entreolham e Emily ajeita seu cabelo:
- Olha, Harry... Eu só te conheço a um mês, mas... Até eu estou com medo e...
- Já disse que não estou com medo! - diz Harry.
Emily morde os lábios e continua:
- Eu sei que não deve estar sendo nada fácil, em uma noite só você descobriu tanta coisa. O perigo que você tá correndo, e... aquela garota.
- Vamos sair daqui - diz Harry.
- O que? Mas... - ela olha pro relógio na parede - São 3 da manhã, vamos dormir.
- Eu não consigo. Eu preciso falar com o Sirius, preciso contar o que eu ouvi, eu...
- Você faz isso depois que o sol nascer, a gente precisa descansar.
- Não. Eu preciso ir, você fica aí descansando, se alguém sentir minha falta aqui, diz que não sabe nada - diz ele se levantando da cama, botando seus óculos e seu robe.
- Não, eu não vou deixar você sair por aí sozinho! - diz ela também se levantando - A professora disse que é perigoso! Eu... Eu vou com você.
- Sei, se Voldemort aparecer, que diferença vai fazer com você do meu lado?
- Ah - diz Emily pensando - Nenhuma. Mas pelo menos você não vai estar sozinho e...
- Tal prima, tal prima - diz Harry lembrando de Hermione - Tá, você pode vir comigo.
Emily bota seu robe e seus chinelos:
- Vamos - diz ela.
- Bem que você podia dar uma penteada nos seus cabelos antes, né? - diz Harry.
- Eu tenho que ir arrumada pra andar numa escola escura as 3 horas da manhã?
- Não, mas...
- Ah, tá bom! - diz ela pegando uma escova na gaveta da Madame Pomfrey e enfiando em seu bolso - Eu escovo no caminho... Vamos.
Os dois abrem a porta e saem da ala. Depois de alguns minutos andando em silêncio, Harry percebe que eles não estão com suas varinhas em mãos:
- Droga! E se nós dermos de cara com a tal garota? - pergunta Emily.
- Isso não vai acontecer. O pior vai ser se de novo dermos de cara com um dementador - diz Harry.
- Não, o Dumbledore já deve ter se livrado deles.
- Não tenha tanta certeza, Emily, eu se fosse ele esperava amanhecer pra fazer isso.
- Ai, meu Deus... Bem que a Hermione disse que ser amiga sua não é só alegria.
- É impressão minha ou ela só fala de mim pra você?
- Aaaaaaaahhhhh!!
- O que foi isso? - pergunta Emily.
- Veio daquele lado. Vamos! - diz Harry puxando o braço de Emily.
Eles correm durante minutos sem saber aonde estão indo. Eles escutam passos de uma menina correndo muito mais rápido do que eles e gritando:
- Não!! Deixa ela!! Não!! Ginaaaa!!!
- Gina?? - estranha Harry.
- Espera - diz Emily - Gina não é a...
- Irmã do Ron - completa Harry.
- Aaaaai!!! Não faz isso!! Deixa ela em paz!! - grita uma outra voz.
- Aaaaahhhh!! Aaaaaai!! - grita a mesma menina de antes.
- Não!!! Deixa ela!!! SOCORRO!!!
- Tem mais de uma menina solta por aí ou eu tô ouvindo coisas?? - pergunta Emily.
- É a voz da Gina! - diz Harry - GINA!! CADÊ VOCÊ??
- Ssssh!!! Tá maluco?? - pergunta Emily.
- O que foi?
- Assim você vai atrair quem tá assustando essas meninas!
- Quer parar de pensar só em si mesma por um minuto e vir me ajudar a encontrar a Gina? - diz Harry que puxa o braço dela outra vez.
- Eu não! Se você quer bancar o herói, que faça sozinho!
- Eu não tô bancando o herói, eu...
- NÃÃÃÃÃOOOO!!! - grita Gina de longe.
- Harry, vamos dar o fora daqui!
- Não, eu não posso! - diz ele que sai correndo - É a irmã do Ron!!
- Não, Harry! Não... Ai, mas que idiota! - diz Emily.
Ainda escutando os passos apressados de Harry, Emily anda pelos corredores escuros da escola atrás das escadas que vão em direção aos dormitórios. Ela chega perto de uma porta e escuta alguém perguntando:
- Qual é a senha?
- Anh... Bico de galinha.
- A senha não está correta.
- Como não??
Do outro lado do castelo, Harry ainda corre pelos corredores, mas tudo o que pode escutar são os soluços de Gina. Ela aparenta estar chorando muito:
- Gina!! Cadê você??
Ele escuta alguém respirar com muita pressa. Provavelmente o escutou, pois ela para de chorar. Harry dá mais uns passos a frente e escuta Gina dizer:
- Lumos! ... H-Harry?
Ele a vê segurando uma varinha, com o rosto inchado de tanto chorar, ajoelhada ao lado de uma menina deitada no chão, com um corte profundo na cabeça:
- Gina, o que aconteceu?
- E-Ela... M-me salvou, ela...
Harry se ajoelha, bota a mão na testa da menina e sente um arrepio. Ela está muito gelada. Provavelmente morta. Gina volta a chorar e continua falando:
- Alguém... T-Tentou me matar! Então... Ela ap-pareceu e... Me s-salvou e... Ele matou ela!! É t-tudo minha culpa!! É t-tudo minha c-culpa e...
Enquanto ela enxuga suas lágrimas, Harry percebe que Gina e a menina estão ainda usando o uniforme da escola. Estariam elas fora do dormitório desde cedo?
- M-Mas antes ele... F-Fez um neg-gócio... O p-professor Lupin já tinha falado sobre... sobre esse f-feitiço. A-Antes de matar ela, ele disse... anh... C-Cruciatus.
- Aaaaahhhh!! - grita Harry se jogando no chão e se contorcendo de dor.
Gina havia esquecido que estava com sua varinha na mão. Enquanto Harry ainda rola no chão, sentindo muita dor, Gina começa a chorar mais ainda:
- Para!! Para com isso, para!! - grita ela para sua própria varinha.
A dor para, e Harry senta no chão dando um suspiro de alívio:
- Desculpa, Harry! - grita ela chorando feito louca - Eu não...
- Tudo bem, Gina - diz Harry ainda sentado no chão - Você não tinha a intenção.
Ela, sem saber o que dizer, esconde seu rosto com suas mãos e continua chorando.
- AAAARRRRRGGGGGHHHH!!!
- A Emily!! - lembra Harry - Gina, não saia daí!!
Harry sai correndo atrás dos gritos de Emily, que não paravam:
- NÃO É POSSÍVEL!! VOCÊ??
Ele escuta uma porta batendo, mas mesmo assim, continua correndo:
- VOCÊ NÃO VAI PEGAR ELE, NÃO VAI!!
Ele tem certeza que está cada vez mais perto quando ouve Emily gritar:
- HARRY!! NÃO VEM AQUI!! VAI EMBORA!! AAAAAHHHHH!!!
Ele escuta uma espécie de explosão e quando vira para o outro corredor, vê Emily desmaiada no chão. Ele se ajoelha ao lado dela e percebe que a garota também tem um corte na testa:
- Não esteja morta, Emily! Não esteja morta! - diz ele.
Ele escuta alguém se aproximando e começa a sacudi-la. Como nada acontece, ele olha para os lados e vê uma varinha jogada no chão:
- Ennervate! - grita Harry, pegando a varinha e a apontando em direção ao rosto de Emily - Ora, vamos... Ennervate!
Um brilho sai da ponta da varinha e Emily se mexe:
- Ai, graças a Deus... Emily!
Ela abre os olhos e se senta muita assustada:
- Harry!! O que aconteceu? Cadê ele?
- Ele quem?
- Ele... - diz ela ofegante - Ele... Você sabe...
- Quem, Emily?
- O... Voldemort!
- O que??
- Ele me atacou, ele... Ele é horrível! Ele tava procurando por você, ele...
- Emily, é impossível isso ter acontecido, ele não pode estar aqui, o Dumbledore...
- HARRY, CUIDADO!!
Tudo acontece muito, muito rápido: Harry olha para trás e vê um vulto de muito longe lançando uma espécie de raio da ponta de seu dedo. O raio vai em direção ao rosto dele e se Emily não tivesse o puxado, o garoto com certeza estaria morto. Então, quando ela o segura pelos seus dois braços e o puxa, os dois rolam no chão e o raio acerta no braço dela. Ela dá um grito ensurdecedor e o vulto tenta se aproximar, provavelmente para matar os dois, só que mais uma vez, McGonagall aparece:
- Mas será possível?? - pergunta ela vendo os dois caídos no chão.
O vulto dá um grito de raiva e McGonagall congela de medo:
- Mas o que...?
- Chama o Dumbledore, professora, é o Voldemort!! - grita Harry.
Ao ouvir o nome de Dumbledore, o vulto pega a varinha da mão de Harry e vai embora Depois de se recuperar do susto, McGonagall se agaixa para ajudar os dois a se levantarem:
- V-Vocês estão bem? Vocês... Vocês vêem como é perigoso??
- Harry! - grita alguém.
Todos olham para o lado e vêem Gina segurando a perna da menina que havia morrido. Ela havia arrastado a menina até lá. Quando vê McGonagall, Gina diz:
- P-Professora?? Eu... Eu não queria estar aqui, eu...
- QUATRO ALUNOS DA GRIFINÓRIA FORA DA CAMA?? Vocês querem ser reprovados?? Ou será que preferem morrer de uma vez?? Céus... - diz McGonagall limpando o suor da testa com um lenço - Vamos levá-los a Madame Pomfrey, ela certamente vai ter um um ataque quando souber... Srta. Weasley, ajude sua amiga a se levantar, sim?
- Anh - diz ela que volta a ficar com os olhos cheios d'agua - Ela... Ela...
- Voldemort a matou, profa. McGonagall - diz Harry ajudando Emily a se levantar.
- O que?? - pergunta ela surpresa.

Uma hora depois, Harry, Emily e Gina estão deitados, cada um em uma cama na ala hospitalar, enquanto Madame Pomfrey chora, pegando bandagens para fazer um curativo no braço de Emily:
- Eu me esforço... Eu mando vocês ficarem aqui dentro... E o que acontece?? Vocês saem por aí e quase morrem! Veja o braço da pobrezinha! Por pouco não foi arrancado!
Claro que ela está exagerando. O corte no braço de Emily é profundo, mas não tinha como o braço ser arrancado.
Entre os três, Harry é o único que saiu inteiro. Gina e Emily têm cortes na cabeça e Emily também cortou o braço. Sem falar no estado que as duas estão: Gina não para de chorar, toda vez que tenta falar alguma coisa, gagueja e sente falta de ar. Emily desde a hora que foi acertada no braço, não falou uma palavra sequer. Aliás, a garota está tão assustada que não pôde nem sequer se levantar, Harry teve de ajudá-la. Na ala, ele percebe que Emily está com a cara mais pálida do mundo, só observando Madame Pomfrey enrolar uma faixa em seu braço:
- Até o fim de semana está bom, viu, querida? - diz Madame Pomfrey.
Eles ouvem alguém bater na porta e McGonagall entra:
- Poderia nos dar um momento a sós com os pacientes, Madame Pomfrey?
- Anh... Está bem professora, mas por favor, sejam breves.
De trás de McGonagall aparecem Cornélio Fudge, Dumbledore e o cachorro Sirius:
- Sir... Simus! - diz Harry.
Sirius se mostra muito zangado, mas mesmo assim age como sempre, se deitando no chão, ao lado da cama de Harry:
- Muito bem. Precisamos saber exatamente o que vocês três viram - diz Dumbledore.
- Eu não vi nada - diz Harry.
- Como não, Sr. Potter? - pergunta McGonagall - Quando saí da minha sala, eu vi o senhor jogado no chão junto com a srta. Granger e um... um ser estranho ao lado.
- Acho melhor nós nos sentarmos - diz Dumbledore.
Fudge, Dumbledore e McGonagall se sentam em cadeiras, e Harry começa a contar em detalhes tudo que aconteceu desde quando ele e Emily saíram de lá:
- E o que deu em vocês para saírem daqui? - pergunta Fudge se metendo.
- Ah, é que eu... Eu tava muito preocupado com... Com o meu cachorro.
- Sei - diz Dumbledore - E porque Emily foi junto?
- Porque ela não queria que eu fosse sozinho.
- É - pigarreia Emily que fala com uma voz muito rouca - E como o senhor disse que não quer o Harry andando sozinho por aí...
- Como a senhorita sabe disso? - pergunta Dumbledore.
- Eu comentei com ela - diz Harry.
- Já que você começou a falar, bem que você poderia nos contar o que aconteceu srta. Granger... Escutei seus gritos mais do que qualquer outra coisa - diz McGonagall.
- Anh - diz Emily ainda rouca - Depois que eu me separei do Harry eu dei de cara com uma porta... Eu ouvi alguém pedindo uma senha e eu pensei que fosse a mulher gorda do quadro na porta da Grifinória... Mas não era. Era uma gárgula e eu me lembro que eu fui no seu escritório uma vez no primeiro ano, professor - diz ela olhando para Dumbledore - E passei pela mesma gárgula antes de entrar. Então eu... Fiquei com medo que o senhor descobrisse que eu tava alí no meio dos corredores da escola e corri pra um lugar bem longe dalí. E quando eu estava correndo, eu bati em alguém. Então eu ouvi uma garota dizendo que estava procurando por mim, eu perguntei quem era, mas ela não disse. Ela me fez perguntas como "Você é parente da Hermione?" "Você conhece o Harry Potter?" e tipo... Tinha uma luz muito fraca iluminando o rosto dela, não dava pra identificar de jeito nenhum.
Harry achou a situação muito familiar. Será que aquela menina com quem ele falou antes de sair da ala era realmente real? Afinal, a Emily não teria um pesadelo semelhante acordada, teria?
- Daí ela disse que não tinha mais o que fazer alí, a luz ficou muito forte e eu vi que ela segurava uma faca na mão. Eu estava prestes a gritar quando ela sumiu e eu me vi jogada no chão, por um momento pensei que isso tivesse sido obra de um dementador, mas era muito pior. Eu vi ele... Atrás de mim.
- Ele quem? - pergunta Cornélio.
- O Você-Sabe-Quem. Eu entrei em choque quando vi quem era, ele ria muito de mim.
Harry quase teve um ataque de nervos. Ele teve um momento semelhante ao que Emily teve com a tal menina. Será que Voldemort estava alí espionando ele?
- Eu tentei fugir, mas ele segurou minha perna e a mão dele era tão gelada que eu comecei a gritar feito louca, e ele começou a dizer que ele quer o Harry sem parar, que ele me deixaria em paz se eu o levasse a ele... Eu berrei mais ainda e escutei alguém correndo com muita pressa pra perto de mim e eu tinha certeza que era o Harry, então comecei a gritar pra ele ir embora e então o Você-Sabe-Quem... Pegou uma varinha, apontou pra minha cara e eu só me lembro de ter acordado com o Harry do meu lado.
- Deve ser provavelmente por isso que vocês duas tem cortes na cabeça - diz Dumbledore.
Gina olha para Dumbledore assustada, alisando o corte em sua testa:
- Isso significa que... Eu e Emily... Teremos cicatrizes que nem a do Harry?
Todos se entreolham. Seria a fama de Harry dividida entre ele, Gina e Emily?
- Er... Nós somos... As meninas que sobreviveram? - pergunta Emily.
Dumbledore não resiste e dá uma risada. Madame Pomfrey se aproxima, e diz:
- Não, queridas, não... Não vai ficar uma cicatriz em nenhuma de vocês duas.
- Ufa, ainda bem, a última coisa que eu quero é uma cicatriz no meio da testa - diz Emily - Sem ofensas, Harry.
Harry também não resiste e ri:
- É, mas apesar de não terem cicatrizes, vocês são mais duas jovens que sobreviveram a ele... Isso se foi realmente ele.
- Professor, eu não duvido da Emily, mas... Será que ele está tão forte ao ponto de entrar num lugar onde o senhor está? Quero dizer... Ele sempre o evitou, então...
- É possível, Harry. - responde Dumbledore - E como você, também não duvido dela, mas temos que saber se realmente foi Voldemort que esteve aqui.
- Foi ele, sim - diz Gina - Eu também vi.
- Ah, sim - diz Dumbledore - Diga-nos o que você viu, Gina.
- E diga-nos o porque de você e srta. Roberts estarem lá a esta hora - diz McGonagall.
- Srta. Roberts? - pergunta Harry.
- Diana Roberts - diz Gina prestes a chorar de novo.
- O que? A aluna nova? - pergunta Emily - Meu Deus...
- Pois é - diz Gina se segurando pra não chorar - Eu e ela fomos a biblioteca... Nós queriamos... pesquisar uma coisa pro dever de casa de poções. A gente passou um bom tempo procurando e na hora de fechar a gente se escondeu, pois queriamos muito achar a coisa certa. Então, quando nós finalmente achamos, saímos e demoramos muito tempo pra descobrir onde a gente estava. Ela queria... Se divertir, eu disse pra gente ir dormir, mas... - ela fica com os olhos cheios d'agua e os enxuga - ela queria espiar o escritório do... do prof. Snape. Quando a gente finalmente conseguiu achar onde ficava, ela entrou e mandou eu ficar lá fora vendo se alguém aparecia. Foi então que aconteceu o mesmo que ela disse - ela aponta para Emily - Apareceu uma menina dizendo que tava me procurando e ela me perguntou se eu era irmã do melhor amigo do Harry e se eu e ele somos amigos e... E tinha uma luz muito fraca iluminando o rosto dela, eu tentei iluminar com a minha varinha mas ela pegou a varinha da minha mão e não deixou eu fazer nada. E assim como aconteceu com ela, acendeu uma luz muito forte depois e eu vi que ela tava segurando uma faca na mão. Foi aí que a Diana saiu e nós duas vimos o Você-Sabe-Quem rindo. Ela tentou me puxar pra dentro da sala do professor Snape, mas a porta fechou sozinha e a gente não conseguiu mais abrir. Nós tentamos correr, mas ele pegou a Diana pelos cabelos e ela começou a gritar pedindo pra eu buscar ajuda, e quando eu tentei ir, ele a largou e pegou no meu braço. No mesmo instante, a Diana pegou a varinha dela e começou a recitar uns feitiços que eu nunca ouvi falar, na verdade nem chegou a funcionar e por isso ele lançou aquele feitiço nela... Cruciatus - ela faz uma pausa, mas continua - Ela berrou de dor, e quando o efeito finalmente passou, eu fui ajudar ela a se levantar e o Você-Sabe-Quem ergueu a varinha na minha cara, a Diana me puxou e no mesmo instante um raio saiu da varinha dele passando de raspão em mim e fazendo aquele... aquele corte enorme na cabeça dela... E... E eu não sei como eu sobrevivi - diz ela voltando a chorar - Não sei porque ele foi embora.
- Provavelmente porque eu estava por perto - diz Harry.
Dumbledore fica em silêncio por um momento, tentando encaixar todos os acontecimentos absurdos que haviam sido relatados alí:
- Resumindo... Uma garota segurando uma faca lhe fizeram perguntas sobre seus relacionamentos com Harry e depois Voldemort apareceu rindo?
- É - responde Emily.
- Na verdade... - diz Harry - Eu também me encontrei com essa garota.
- É? Quando? - pergunta Dumbledore.
- Aqui mesmo... Antes de eu e Emily sairmos.
- Ah, é verdade - diz Emily - Eu o ouvi gritar e perguntar por uma menina com uma faca.
- Eu pensei que tinha sido um pesadelo, mas se elas também viram.
- E o que chegou acontecer?
- A mesma coisa, uma luz fraca... Ela me fez perguntas... Uma luz forte...
- E que perguntas ela te fez?
- Ah... Ela perguntou se eu sou mesmo o Harry Potter... Quantos anos eu tenho e... - ele fica sem graça - Se eu tenho... namorada.
- Prof. Dumbledore - diz Emily - Será que ela tá fazendo perguntas pessoais do Harry pra de alguma maneira usar contra ele depois?
- Talvez, mas não acredito que seja isso - responde - Bom, agora quero que os três descansem. Vocês aguentaram muita coisa numa noite só - McGonagall e Fudge levantam - E já vou informá-los que todas as aulas e os treinos de quadribol desta semana foram cancelados. Se Lord Voldemort está realmente em Hogwarts, o melhor é que os alunos só saiam de seus dormitórios para comer.
- Exatamente - diz Madame Pomfrey satisfeita com a decisão - Assim vocês podem descansar bastante.
- Aliás - continua Dumbledore - Vou agora mesmo mandar uma coruja para seus responsáveis, comunicando o que aconteceu.
Emily e Harry fazem franzem a testa, indignados. Harry por causa dos Dursley, ele imagina a cena dos tios lendo a carta e rindo da situação. Mas porque será que Emily também não gostou da idéia?
- Acha mesmo que isso é necessário? - pergunta Emily.
- Claro que sim - responde - Se você tivesse uma filha que sofresse um acidente desses, você gostaria de saber da notícia pelo jornal?
- Bem - diz Emily - Esse não é o meu caso, porque meu padrasto é um trouxa...
Harry tinha esquecido completamente disso. Emily tinha contado no dia em que se conheceram que ela tinha um pai bruxo e um pai trouxa. Seria ele como os Dursley?
- É, mas sei que ele gostaria de saber se alguma coisa assim acontecesse com você - diz Dumbledore - Agora durmam e se preparem para amanhã. Vai ser um longo dia.
- Porque? O que vai acontecer amanhã?
- Ora Emily, mas que pergunta - responde ele - Você e Gina vão se tornar famosas.