Nome: O Retorno de Sirius e Lupin
Autora: Tatiana
Email: tatiana_016@hotmail.com
Gênero: Bom, tem comédia. Também mistério... Tá, é Geral.
Resumo: Sirius e Lupin voltam a Hogwarts para ajudar Dumbledore a proteger a escola de Você-Sabe-Quem.
Nota da Autora: Nesse, a Emily ainda está se adaptando (quem me dera me adaptar assim, recebendo flores hahahah), e Sirius e Lupin voltam a Hogwarts com a missão de ajudar Dumbledore. Eu bolei essa idéia do Sirius vigiar o Harry em forma canina, porque eu, e mais um monte de fans de HP, adorariam essa idéia. Além disso, a Cho Chang aparece pela primeira vez, já dando sinal aos leitores que um relacionamento entre ela e o Harry não daria certo.
Distribuição: amantedevoldemort.kit.net e expressodehogwarts
Outros sites, de HP ou de fan fics, por favor perguntar antes.

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Capítulo 3 - O Retorno de Sirius e Lupin

- Você?? - pergunta McGonagall.
- Sim, eu queria pegar uma folha do seu caderno para lhe escrever um bilhete mas acabei derramando o copo de café que eu estava segurando. Por isso acovardei e fugi. Eu devo ter deixado cair o livro porque eu o peguei emprestado de Harry sem permissão, é que têm umas páginas faltando no meu e eu queria copiá-las pra mim. Estou arrependida, prometo que isso não vai se repetir - responde Emily.
Todos se calam e a professora respira fundo e fala:
- Já que é assim, você pode se sentar - diz McGonagall a Harry, que se senta - E como você foi sincera e não procurou prejudicar o seu colega, descontarei apenas 10 pontos da casa.
Os alunos da Grifinória presentes na sala suspiram aliviados, principalmente Harry. Emily mais uma vez olha para Malfoy que a encara com um tremendo ódio. Mas ela não se importa e ri. Na hora do almoço, Harry e Ron entram no salão principal e sentam em frente a Hermione:
- Ei Hermione, cadê a Emily? - pergunta Harry.
- Ela já vem. Porque? - pergunta Hermione.
- Ah, eu queria agradecer pelo o que ela fez hoje, apesar de ela ter me metido na confusão.
- Não Harry, ela não te meteu em confusão alguma - diz Hermione - Ela te salvou. Ela disse que viu Malfoy derramando café na mesa da Profa. McGonagall e jogando seu livro no chão.
- Sério? - pergunta Harry surpreso - Não acredito, o Malfoy está passando dos limites.
- Pois é, e nem adianta querer bater nele, sei que é tentador mas você sabe que se nós fizermos alguma coisa com ele,o pai dele vai tentar tirar a gente de Hogwarts até conseguir.
- É, eu sei Hermione. Bem que a gente podia contar pra professora que foi ele - diz Harry.
- Não, ela não vai acreditar, além de ela saber o quanto nós o odiamos, a Emily acabou de confessar que fez e ela não vai acreditar que Emily na verdade assistiu Malfoy fazendo isso.
- É, melhor deixar quieto - diz Ron.
- Nossa, ela perdeu 10 pontos por mim? - pergunta Harry.
- Pela casa, é óbvio - diz Hermione - Melhor do que perder 30 pontos.
- Legal o que ela fez - diz Ron - Não disse que ela daria uma boa esposa?
- Quê? - pergunta Hermione.
Eles riem. Emily então aparece com umas 10 rosas na mão e senta ao lado de Hermione:
- Oi, demorei? - pergunta ela.
- Não, o almoço nem saiu ainda - diz Hermione - Onde você estava?
- Ah, eu tive que falar com a Profa. McGonagall e inventar uma história sobre o que eu queria escrever no bilhete, e além disso eu vou ter que arranjar um caderno novo pra ela e copiar um texto enorme de umas 10 páginas - diz Emily.
- Ah legal, eu posso copiar se você quiser! - diz Hermione - Eu adoro fazer cópias.
- Você é doente - diz Ron.
Todos riem e Harry olha para Emily se preparando para agradecer:
- Er, Emily... - diz Harry tímido - Obrigado.
- Tudo bem - responde ela.
- Anh, e o que está fazendo com essas flores? - pergunta Hermione.
- Ah, eu tô dando pra quem quiser.
De repente Neville e uma menina loira sentam na mesa:
- Oi pra vocês. Essa daqui é a Diana. Ela é nova por aqui - diz Neville.
- Er, oi. Sou nova aqui também. Meu nome é Emily Granger.
- E o meu Hermione Granger.
- E o meu Ron Weasley.
- E o meu Harry Pot... Harry.
- O-Oi. Prazer em conhecer vocês - diz Diana - Que lindas essas flores.
- Quer uma? - pergunta Emily.
- Ah, eu quero - diz ela - Posso mesmo?
- Pode, toma - diz ela dando a rosa a Diana.
- Ah, você é a tal menina que ganhou flores? Prazer, meu nome é Neville.
- Er, oi Neville... Como você sabe que eu recebi flores?
- Ué, a escola toda tá comentando que uma menina da Grifinória recebeu um buquê de rosas de um admirador secreto - diz Diana.
Emily e Hermione olham para Harry e Ron:
- Não olhem para mim, eu não contei pra ninguém - diz Harry.
- Er... Eu comentei... com o Fred e com o Jorge - diz Ron.
- Ai, Ron! - diz Hermione - Bom, é assim mesmo Emily, em Hogwarts qualquer coisinha que você faz vira fofoca... Vai se acostumando.
- Bom, deixa pra lá, pelo menos não estão falando mal de mim - diz Emily.
- Você bem que está gostando de ser o centro das atenções, não é? - pergunta Malfoy se aproximando deles.
- Ah Malfoy, sai daqui - diz Ron.
- Desde quando você escolhe o lugar onde piso, Weasley? Não posso vir aqui para cumprimentar a "nova e mais linda aluna da escola"? - pergunta Malfoy.
- RON!! - gritam Hermione e Emily.
- O que foi? Eu falei pra eles que tinha um cartão, eles queriam saber o que tava escrito!
- Não me admira, Weasley, que alguém do seu nível espalharia para a escola inteira o que aconteceu. Quem sabe assim alguém sabe que você existe? - diz Malfoy.
- Olha aqui Malfoy, eu já te safei de uma boa por não ter contado pra Profa. McGonagall que você foi o culpado pela sujeira na mesa dela, agora nos deixe em paz - diz Emily.
- Nossa, só porque ganhou flores de um admirador já se acha superior - diz Malfoy.
- Sabe o que eu acho, Malfoy? - diz Harry - Que você tá com inveja porque ela recebeu um buquê de rosas e você não.
Todos riem, mas Malfoy não perde a postura e ignora o que Harry disse:
- E porque está as destribuindo, Granger? Essas rosas não são o suficiente pra você?
- Não, é que eu não gosto de vermelho - diz Emily sarcástica.
- Já perdi tempo demais aqui, com licença - diz Malfoy saindo.
Eles voltam a ficar em silêncio e Harry pergunta:
- Anh, a comida não chega, não?
- Ainda não, logo no primeiro dia, que elfos mais lerdos - diz Ron.
Hermione olha para Ron com cara de "Já te disse pra não falar assim dos elfos".
De repente, num passe de mágica, o almoço aparece na mesa:
- Ah, finalmente! - dizem todos eles.

A última aula do dia seria a de Hagrid. Harry e seus amigos chegam com 5 minutos de antecedencia. Assim que eles entram, Hagrid sorri:
- Olá Hagrid - diz Harry - Como vai?
- Olá Harry, vou bem! - diz ele - Como foram de férias?
- Foram ótimas - diz Hermione - Hagrid, essa é a minha prima, Emily.
- Ol. - diz Emily - Toma uma rosa pra enfeitar sua mesa.
Ela bota a rosa dentro de um copo de vidro vazio na mesa de Hagrid e ele sorri:
- Obrigado Emily. Sou Rubeos Hagrid.
- Sei quem você é - diz ela - Eu me lembro de você, eu já estudei aqui.
- Ah, que bom. Pena que não lembro de você.
- Tudo bem, Hogwarts tem muitos alunos. Fico feliz de saber que você agora é professor.
- Obrigado - diz Hagrid.
- E então? Alguma criatura interessante hoje? - pergunta Ron.
- Não, não, ela está dormindo então só na aula que vem.
- Ué, então o que teremos hoje? - pergunta Hermione.
- Já vamos começar a aprender sobre ela, tem figuras dela no livro. - diz Hagrid.
Outros alunos entram e sentam em seus lugares e Hagrid levanta. Na mesma hora Malfoy entra e repara na rosa na mesa dele:
- Ora, ora. Pelo jeito Granger não foi a única que recebeu rosas.
- Hum? - estranha Hagrid - Ah, foi ela alí que me deu.
Malfoy olha para Emily prestes a rir. Ela então, pergunta nervosa:
- O que foi??
Malfoy desiste de fazer o que queria e senta. Logo em seguida mais alguns alunos chegam. Quando Hagrid vai começar a aula, Profa. McGonagall aparece dizendo:
- Olá Hagrid! Poderia emprestar Sr. Potter por um minuto?
- Ah, claro - diz Hagrid.
Harry levanta e vai falar com a professora do lado de fora da sala:
- Em primeiro lugar, gostaria de me desculpar, sei que não fui muito justa com você hoje.
- Tá, tudo bem - responde Harry.
- Em segundo lugar... Prof. Dumbledore está esperando por você no escritório dele.
- Por mim? Agora?
- Sim. Creio que você já conhece o caminho, não é?
- Anh... Sim conheço. Obrigado professora.
Harry então vai andando a caminho do escritório preocupado. O que será que Dumbledore quer com ele logo no primeiro dia de aula? Ele espera que não seja nada sobre Voldemort. Passar as férias relembrando os momentos difíceis que ele passou no ano passado não foi muito agradável, e ser relembrado disso logo no primeiro dia é pior ainda.
Quando Harry diz a senha, ele entra no escritório e escuta Dumbledore falando:
- Eu sei Sirius, mas temos que ter paciência, você sabe que a situação não é tão simples assim. Acabei de pedir a Minerva para chamar o Harry e...
Será que ele ouviu direito? Sirius estava lá? Harry não pensou duas vezes:
- Sirius?? - pergunta Harry entrando entusiasmado.
Não. É melhor do que isso. São Sirius e Lupin:
- Lupin?? - pergunta Harry mais entusiasmado ainda.
- Como vai, Harry? - pergunta Lupin sorridente.
Harry sorri, dando um aceno afirmativo com a cabeça, mas Dumbledore diz:
- Sente-se Harry.
- Er. Sim, claro.
- Vocês dois também podem se sentar - diz Dumbledore a Lupin e Sirius.
Todos eles se sentam e Harry não sabe se está mais feliz ou curioso:
- Porque me chamou, professor? - pergunta Harry.
- Odeio te incomodar com esse assunto Harry, ainda mais hoje que é seu primeiro dia de aula. Mas acredito que você precisa estar informado sobre o que está para acontecer este ano.
- Tem alguma coisa a ver com... com Voldem...
- Sim, tem - diz Dumbledore antes que Harry terminasse a frase - Como você e todos aqui já sabem ele está de volta e está mais forte do que pensávamos. Lupin e Sirius estarão aqui para me ajudar e muitos outros ainda estão para chegar. Precisamos estar de olhos abertos, todos a nossa volta podem ser traidores. E você Harry... - ele suspira - Precisa se cuidar. Não quero você andando sozinho pelos corredores, não quero você sozinho na biblioteca, não quero você sozinho nem sequer no banheiro. Voldemort quer matar você mais do que qualquer outra pessoa e eu não vou permitir que você morra, muito menos aqui em Hogwarts.
Harry se espanta. Dumbledore nunca havia lhe proibido de andar sozinho, é como se ele sempre tivesse confiado nele. Sirius bota a mão no ombro de Harry e diz:
- Ouça o que ele diz, Harry.
- Mas...
- Não discuta. Você não percebe o grau de perigo da situação? - pergunta Sirius.
- É claro que percebo. Mas eu posso muito bem me garantir sozinho. Olha, eu prometo que vou estar acompanhado sempre que possível, mas as vezes... As vezes não tenho como evitar - diz Harry - E eu já escapei dele muitas vezes, não escapei?
Ninguém responde. Depois de uma pausa silenciosa, Dumbledore diz:
- Imaginei que você fosse dizer isso. Imaginei que em certas ocasiões ninguém estaria disponível para te acompanhar. Por isso que eu decidi... Te dar um novo bicho de estimação.
- Er - diz Harry - Qual é a diferença?
- A diferença é que esse bicho jamais te deixará sozinho, e jamais deixará de te proteger.
- Como o senhor pode ter tanta certeza? - pergunta Harry - Que tipo de bicho é?
- Bem... - diz Dumbledore - É um cachorro.
Harry não compreende. Como Dumbledore pode garantir que um cachorro não vai o deixar sozinho? Como um simples cachorro pode o proteger de Voldemort?
- Um cachorro? - pergunta Harry - Professor, não acredito que um cachorro possa...
- Ah - diz Dumbledore levantando o dedo - Mas não é um cachorro comum.
- Anh... Porque?
- Porque esse cachorro, Harry... É o seu padrinho.
Harry olha para Sirius e volta a olhar para Dumbledore:
- Como você acha que eu vou ficar em Hogwarts sem ser notado, Harry? Você acha que simplesmente as pessoas vão ter que aceitar que Sirius Black está em Hogwarts para ajudar Dumbledore a proteger você? - pergunta Sirius.
Harry olha fixamente para Sirius e pergunta a Dumbledore:
- Isso significa que... Sirius vai ficar aqui? - pergunta Harry seriamente - Comigo?
- Tem alguma objeção? - pergunta Dumbledore.
- Se eu tenho alguma objeção? - pergunta Harry - Professor, de todas as idéias que o senhor já teve, essa foi a melhor de todas.
Sirius e Dumbledore sorriem e Harry faz o mesmo em seguida:
- Então sugiro que você volte para a aula e conte a seus amigos sobre o cachorro que "um amigo" te deu... E quanto a você, Sr. Lupin - diz Dumbledore quando Harry levanta para sair do escritório - Espero que esteja disposto a voltar a ser nosso professor.
- O que? Lupin vai voltar a ser professor aqui? - pergunta Harry.
- Sim, mas só porque Voldemort está por perto - diz Lupin.
- E como estávamos sem professor de Defesa contra a Arte das Trevas, Sr. Lupin estará me ajudando em dobro - diz Dumbledore sorrindo - Por favor, vão. Boa sorte, Sirius.
Sirius se torna em um grande e lindo cachorro preto e sai na companhia de Harry:
- Você não sabe como estou feliz de você estar aqui comigo, Sirius - diz Harry.
Sirius abana o rabo e Harry olha para o seu relógio de pulso:
- Nossa, a aula do Hagrid já acabou - diz Harry que volta a olhar para Sirius e diz - Hum... Como eu vou chamar você? Não pode ser Sirius.
Harry continua andando pelos corredores da escola quando seus pensamentos mudam rapidamente quando vê Cho Chang distraída, encostada na parede botando seus pensamentos em dia:
- Cho! - diz Harry se aproximando dela.
- Hum? Ah Harry, oi - diz ela - Que bom te ver. Bonito esse cachorro, é seu?
- Ah, bem... É, é meu - diz ele muito vermelho.
- Legal, eu adoro cachorros... Qual é o nome dele?
- Er, é... o n-nome dele é... Si... anh... Simus!
Cho sorri e passa a mão na cabeça de Sirius:
- O que faz aqui na porta da torre da Corvinal? - pergunta Cho.
- Hum? Ah, eu não sabia que era aqui, eu só tava passando aqui pra ir pra... Pra Grifinória.
- Ah sei. Me diz, é verdade que aquela menina da sua casa ganhou um buquê de rosas ou ela arranjou um monte delas só pra aparecer?
- Não, é verdade, eu vi. Aliás...
Harry lembra que Emily tinha lhe dado uma das rosas e ele não se interessou, é claro, então ele a enfiou dentro de um de seus bolsos. Ele, com a mão tremula, tira a rosa toda amassada do bolso e diz:
- E-Ela me deu uma... Pode ficar pra você.
- Você é um amor, Harry, mas ela já me deu uma - diz ela.
- Ah, certo - diz ele morrendo de vergonha - Tchau.
Ele sai antes que Cho percebesse que devia ter aceitado, nem que fosse por educação.

Nas escadas para o dormitório das meninas da Grifinória:
- Bom, só sobrou uma rosa - diz Emily subindo as escadas ao lado de Hermione.
- Fica pra você - diz Hermione - Seu admirador ficaria magoadíssimo se você desse todas.
- Muito engraçado - diz Emily abrindo a porta do dormitório - Sabe, isso foi só uma brincadeira de mau gosto, duvido que aconteça de novo... Ei!
Na cama de Emily havia outro buquê com um cartão, só que dessa vez de rosas amarelas:
- Hum... - murmura Hermione que pega o cartão e lê - "Caso você prefira amarelo".
- Deus! - exclama Emily - Bom, isso significa que ele ouviu quando eu falei que não gosto de vermelho. Então só podem ser o Harry, o Ron, o Malfoy ou aquele... Neville.
- Não - diz Hermione - Provavelmente um deles espalhou isso pra todo mundo.
- É... Bom, é melhor eu dizer que gosto de amarelo senão daqui a pouco vou ter que abrir uma floricultura - diz Emily.
- Olha, a gente tem que descobrir quem é que tá te mandando flores - diz Hermione.
- Ah não, eu prefiro deixar quieto - diz Emily.
- Ah, que isso! Precisamos saber quem é! Se você não quiser, eu vou descobrir sozinha.
- Ai Hermione... Tá, quem sabe. Agora me dá esse buquê que eu vou botar num vaso pra enfeitar a sala... Não vou ficar distribuindo rosas de novo não.
- Tá. Eu vou estudar um pouco antes do jantar - diz Hermione - Nossa, já escureceu.
Emily desce as escadas e ao entrar na sala comunal, ela vê Harry sentado numa poltrona com Sirius deitado ao lado no chão:
- Oi Harry - diz Emily - Cachorro bonito, de quem é.
- É meu, um amigo me deu - diz Harry - O nome dele é Simus.
Sirius encara Harry revoltado. Como ele pode ter inventado um nome tão ridículo?
- Nossa, outro buquê? - pergunta Harry.
- É, parece que alguém espalhou que eu falei que não gosto de vermelho e então recebi um buquê de rosas amarelas...
- Hum, sei. Eu vou falar com o Ron, já volto - diz Harry saindo da sala junto com Sirius.
Emily acha um vaso, bota todas as rosas dentro dele e coloca o vaso numa mesa.
Harry volta meio tenso e senta num sofá suspirando:
- Aconteceu alguma coisa? - pergunta Emily sentando ao lado dele.
- Ah, eu... Nada.
- Ih, fala.
- Ah, é uma menina aí... Logo no primeiro dia de aula já paguei um mico na frente dela.
- Porque? O que houve?
- Eu fui dar a ela a rosa que você me deu e ela disse que você já tinha dado uma a ela.
- Ah. Desculpa, se eu soubesse... Eu dei rosa pra tanta gente. Quem é ela?
- É a... - Harry pausa - .Cho... Cho Chang.
- Ah, a apanhadora da Corvinal? Eu a conheci hoje, ela é bem legal.
- Pois é - diz Harry - Bem legal.
- Olha - diz Emily - Pega uma das amarelas, ela vai gostar.
- Obrigado, Emily, mas eu não quero dar nada pra ela não. Ela é só uma menina bonita, só isso. Daqui a pouco eu esqueço ela... Bem, eu acho.
- Relaxa. Ela não negou a rosa porque te despreza... Era só porque ela já tinha uma.
- É, eu sei. Bom, esquece esse assunto. Nem sei porque eu te contei isso, eu nem te conheço direito. Mas obrigado mesmo assim - diz Harry rindo.
Emily abre a boca para falar alguma coisa mas um pio muito alto a interrompe:
- Niddy! - diz Emily - Sua esfomeada.
Uma coruja marrom aparece voando e pousando no braço da dona. Emily então pega um saquinho em seu bolso onde dentro dele tem ração:
- Você não se importa de comer no chão, né? Toma - diz ela botando um pouco de ração no chão e voltando a sentar ao lado de Harry no sofá.
- Bonita sua coruja - diz Harry.
- Obrigada, eu gosto muito dela mas acho que fiz um péssimo negócio. Eu comprei a coruja mais gulosa da face da terra. Eu falei com a moça na loja do Beco Diagonal e ela disse que ela tem que comer de hora em hora.
- Nossa - diz Harry - É, bem que ela é meio gordinha.

O mês de Setembro passa sem muitas novidades. Harry continua com dificuldades para conversar com Cho Chang, e toda vez que tenta falar com ela, ele acaba desistindo. Sempre na companhia de Sirius, ele ganhou até novos fãs, porque não teve uma vez sequer que ele passou pelo corredor sem ser interrompido por uma pessoa perguntando o nome ou a raça do cachorro. O que já virou rotina para Sirius é sempre por cerca da meia noite voltar a ser humano e passar a noite conversando com Ron, Harry e Hermione. Por falar em Hermione, cada dia que passa ela e sua prima Emily ficam mais amigas. Afinal, as duas são praticamente irmãs, já que a mãe de Emily morreu no último mês de Dezembro, e os pais de Hermione a ajudaram muito nesse momento. Sem falar que as duas tem uma característica muito em comum: são obcecadas pelo estudo. Já a respeito das rosas amarelas, bom, Hermione não descobriu quem foi que mandou. E o pior é que várias meninas da Grifinória pegaram as rosas do vaso e a escola toda acabou descobrindo que Emily mais uma vez recebeu flores e não ficou com elas. Então o admirador mandou margaridas e ela só pra não receber mais flores, botou um vaso com as margaridas ao lado da cama dela mas a fofoca acabou se espalhando mais uma vez e todas as meninas da escola queriam uma margarida, então no fim da história, Emily só ficou com uma rosa do primeiro buquê que ela botou num pequeno copo d'agua ao lado de sua cama.

Por cerca das 3 da manhã do dia primeiro de Outubro, as meninas estão todas dormindo. Ouve-se passos, mas ninguém acorda. Alguém está no quarto das meninas, talvez para roubar algo? Na mesa ao lado da cama de Emily vê-se alguém botando uma caixa vermelha e um envelope ao lado. A porta do dormitório das meninas fecha. O intruso havia ído embora. Três horas mais tarde, mais exatamente as 6 da manhã, Hermione acorda, esfrega seus olhos e senta na cama. Ela olha para a cama ao seu lado e vê Emily dormindo. E o que é isso na mesa dela? Uma caixa com uma carta junto? Talvez uma coruja tenha entregado a correpondência mais cedo. Hermione levanta e lê o que está escrito no envelope:
- Emily! Ei, Emily! - diz Hermione - Acorda!
- Hum? Hermione, nem amanheceu direito, deixa eu dormir...
- Te deixaram aqui um presente... E uma carta!
- Deixa eu dormir.
- Olha! Olha!! - diz ela estendendo a caixa e a carta.
Emily, só para Hermione parar de encher, abre a caixa e dentro dela tem diversos bombons com o rosto de bruxos famosos. Ela ri, pega a carta e lê no envelope:
"Para a nova e mais linda aluna da escola que não se satisfez com as flores."