? Cuide bem disso até que seja um anel de casamento, hein?
A frase ficara marcada em sua mente. Ele e Rika já estavam noivos há seis a-nos. No entanto...Agora, que podia examinar o fato com clareza, por já ter ocorrido há bastante tempo, percebia o quão precipitado fora. Ela era apenas uma criança na épo-ca. Madura para a idade, sim, mas não mais que uma criança. Como ele soubera que ela era a mulher com a qual iria passar o resto de sua vida? E por que agora duvidava disso? O que havia mudado? Rika certamente havia. Havia crescido, é claro, e tornara-se uma mulher muito bonita. Porém a transformação interior fora ainda maior. Continua-ra meiga e gentil, mas estava mais independente, mais segura de si, mais cônscia do mundo à sua volta. Já não o procurava tanto e ele começa a imaginar se não o amava mais. Talvez houvesse percebido que o que sentira fora apenas uma paixão infantil pe-lo professor que se parecia com o pai. E ele, cego pela bondade e beleza infantil, pedi-ra-a em casamento. Ela aceitara, claro, mas como não haveria de aceitar? Ela não compreendia todas as implicações de um casamento, o verdadeiro significado de uma união como essa. Ele deveria tê-la alertado, explicado. Ou, talvez, nem devesse ter to-cado no assunto.Poderia ter esperado até que ela crescesse e entendesse. Contudo, não quisera esperar. Precisara garantir a ela que não deixaria de amá-la. Era esse a-mor assim tão frágil, que precisava de uma garantia material para não definhar? O anel continuava lá, no dedo dela. Mas e o amor, onde estava?
~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~
Ela olhava para o telefone, inquieta. Há dias não falava com ele. Por que ele não telefonara? Por que não a procurara? Ela tentava tranqüilizar-se dizendo a si mesma que certamente ele estava ocupado com seu trabalho. Porém entristecia-se ao reco-nhecer que ele poderia ter ao menos telefonado para dizer que estava bem, que tinha saudades, que a amava.
Será que a amava mesmo? Ultimamente vinha evitando-a. Será que não queria mais vê-la, mas não sabia como lhe dizer? Sim, era bem possível que fosse esse o ca-so. Afinal, ela era apenas uma criança. Por certo já não era tão jovem, mas muito mais nova que ele. O que seria para ele então, senão uma criança? Talvez ele ainda a visse como a garota de pouco mais de dez anos que ele pedira em noivado.
Olhou para o anel cujo diamante brilhava solitário. Será que se arrependera?
O telefone tocou, fazendo seu coração dar um pulo de esperança.
? Yoshiyuki!
? Hum? Ah, sim, esse é o nome do professor Terada! Estava esperando um telefonema dele, Rika? Se quiser, eu ligo mais tarde...
? Não, tudo bem, Chiharu. Pode falar.
? Você parece um pouco desanimada. Escuta, não quer ir ao cinema comigo? Tá passando um filme que dizem ser ótimo, mas o Yamazaki não quer ir comigo.
? Claro, por que não? "Ele não vai ligar mesmo...", foi o pensamento amargo que invadiu a mente de Rika.
A frase ficara marcada em sua mente. Ele e Rika já estavam noivos há seis a-nos. No entanto...Agora, que podia examinar o fato com clareza, por já ter ocorrido há bastante tempo, percebia o quão precipitado fora. Ela era apenas uma criança na épo-ca. Madura para a idade, sim, mas não mais que uma criança. Como ele soubera que ela era a mulher com a qual iria passar o resto de sua vida? E por que agora duvidava disso? O que havia mudado? Rika certamente havia. Havia crescido, é claro, e tornara-se uma mulher muito bonita. Porém a transformação interior fora ainda maior. Continua-ra meiga e gentil, mas estava mais independente, mais segura de si, mais cônscia do mundo à sua volta. Já não o procurava tanto e ele começa a imaginar se não o amava mais. Talvez houvesse percebido que o que sentira fora apenas uma paixão infantil pe-lo professor que se parecia com o pai. E ele, cego pela bondade e beleza infantil, pedi-ra-a em casamento. Ela aceitara, claro, mas como não haveria de aceitar? Ela não compreendia todas as implicações de um casamento, o verdadeiro significado de uma união como essa. Ele deveria tê-la alertado, explicado. Ou, talvez, nem devesse ter to-cado no assunto.Poderia ter esperado até que ela crescesse e entendesse. Contudo, não quisera esperar. Precisara garantir a ela que não deixaria de amá-la. Era esse a-mor assim tão frágil, que precisava de uma garantia material para não definhar? O anel continuava lá, no dedo dela. Mas e o amor, onde estava?
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Ela olhava para o telefone, inquieta. Há dias não falava com ele. Por que ele não telefonara? Por que não a procurara? Ela tentava tranqüilizar-se dizendo a si mesma que certamente ele estava ocupado com seu trabalho. Porém entristecia-se ao reco-nhecer que ele poderia ter ao menos telefonado para dizer que estava bem, que tinha saudades, que a amava.
Será que a amava mesmo? Ultimamente vinha evitando-a. Será que não queria mais vê-la, mas não sabia como lhe dizer? Sim, era bem possível que fosse esse o ca-so. Afinal, ela era apenas uma criança. Por certo já não era tão jovem, mas muito mais nova que ele. O que seria para ele então, senão uma criança? Talvez ele ainda a visse como a garota de pouco mais de dez anos que ele pedira em noivado.
Olhou para o anel cujo diamante brilhava solitário. Será que se arrependera?
O telefone tocou, fazendo seu coração dar um pulo de esperança.
? Yoshiyuki!
? Hum? Ah, sim, esse é o nome do professor Terada! Estava esperando um telefonema dele, Rika? Se quiser, eu ligo mais tarde...
? Não, tudo bem, Chiharu. Pode falar.
? Você parece um pouco desanimada. Escuta, não quer ir ao cinema comigo? Tá passando um filme que dizem ser ótimo, mas o Yamazaki não quer ir comigo.
? Claro, por que não? "Ele não vai ligar mesmo...", foi o pensamento amargo que invadiu a mente de Rika.
