Capítulo Trinta

DECISÕES

 - Harry? – Gina perguntou confusa.

 - Eu tava te esperando... – Harry respondeu meio sem jeito.

Dumbledore dissera que queria falar em particular com a Gina depois de uma reunião em que eles re-acertaram as funções de alguns membros, já que houve a perda de dois, e Remo Lupin e Sirius Black ficariam no castelo.

 - Não precisava me esperar, Harry... – Gina disse abaixando a cabeça.

Três dias já haviam se passado desde aquela noite na enfermaria, e Harry e Gina continuavam constrangidos na presença um do outro. Harry começou a ficar muito irritado com isso. Por que de um dia para o outro, os dois não conseguiam mais conversar numa boa? Esse atual diálogo era o maior tempo que eles ficaram conversando nos últimos três dias. Pelo menos, Harry pensou com irritação, a gente já saiu do "bom dia" e "boa noite"...

 - Eu quis te esperar... – Harry forçou um sorriso. – E o que o Dumbledore queria? Ou é confidencial? – Agora o sorriso não precisou ser forçado.

Gina olhou para ele com a cabeça ainda abaixada e sorriu de volta. Esse gesto fez Harry respirar imensamente aliviado.

 - Eu conto, mas vamos andando que se a gente chegar atrasado, a Angelina arranca fora as nossas cabeças.

Harry consentiu e, mesmo andando lado a lado com a Gina, ele volta e meia se pegava de pescoço virado para olhar para ela.

 - O Dumbledore só continuou a reunião, mas falando de mim... – Gina começou a explicar.

 - Como assim?

 - Ele falou que tá preocupado com o meu treinamento, agora que a Sra. Figg não... você sabe... – Gina abaixou a cabeça e respirou fundo. – Ele disse que conversou com o professor Flitwick, e eles entraram em um acordo. O professor vai começar a dar aulas especiais de Feitiçaria avançada, e quem quiser se inscrever pode. Não vai ser em horário de aula... Eu vou participar, claro. Faz parte do meu treinamento e, além disso, o Dumbledore falou que depois que eu tiver meus horários acertados, eu vou começar a treinar com ele também...

 - Com o Dumbledore? – Harry perguntou admirado. – Você vai treinar com ele?

 - Também. – Gina respondeu ainda olhando para frente.

 - E como que você vai conseguir fazer tanta coisa? – Harry perguntou preocupado.

 - Não sei... mas eu vou ter que dar um jeito... – Gina deu um suspiro cansado. – A Hermione no ano retrasado não conseguiu fazer um monte de aulas? Então... eu vou ter que conseguir também...

 - É, conseguiu, mas no fim do ano, ela quase teve um colapso nervoso. E isso porque ela não tinha treino de quadribol pra ir...

 - Ah, mas eu não vou ter tantas matérias quanto ela! Eu acho que vai dar! – Gina virou sua cabeça para o Harry e sorriu.

Quando eles viraram em um corredor que ficava no caminho para a sala da professora McGonagall, lugar onde o time de quadribol tinha as suas reuniões de estratégias, Harry e Gina ouviram vozes de uma outra conversa e pararam de falar assim que ouviram o nome do professor Lupin nessa conversa.

 - E quem garante que o professor Lupin não esteja trabalhando para Você-Sabe-Quem? Ele é um lobisomem! E lobisomens são criaturas das trevas... – Foi uma menina da Corvinal, que nem o Harry nem a Gina conheciam, quem disse.

 - Mas o professor Dumbledore disse que ele era um amigo. E eu confio no Dumbledore. – Jô Halliwell, uma amiga da Gina também da Corvinal, respondeu.

 - É, mas e se o Lupin estiver enganando o Dumbledore? Só finge que é amigo, mas na verdade é um espião pro Você-Sabe-Quem? – Um menino também desconhecido e da Corvinal perguntou.

Harry estava começando a ficar com muita raiva daquela conversa. Como é que eles podiam acusar o professor Lupin de uma coisa dessas se eles nem o conhecia? Só porque ele é um lobisomem, ele passa automaticamente a ser não-confiável? Gina também parecia não gostar nem um pouco daquela conversa. Na hora que os dois passaram pelo trio, todos os três ficaram quietos, e Harry, igual a Gina, parou de frente para eles.

 - Oi, Jô. – Gina disse com um tom de voz sério. – Como vai? Tudo bem?

 - Tudo... você? – Jô perguntou confusa e com a testa franzida.

 - Pra dizer a verdade, não. – Gina respondeu ainda muito séria. – Se tem uma coisa que acaba com o meu dia, é preconceito. – Gina voltou-se para os outros dois alunos que ela não conhecia. – Vocês não sabem quem é o professor Lupin! Ele é uma das melhores pessoas que eu conheço, se não a melhor! Vocês não têm o direito de falar assim dele! Muito menos dessa forma covarde: pelas costas! Vocês deveriam ter vergonha do que estão falando!

O único menino da Corvinal sorriu ironicamente. Ele parecia ser mais velho que o Harry e a Gina.

 - E você é a Weasley, certo? – Ele perguntou, mas não esperou para ouvir a resposta. – Belas palavras que fazem provar o cavalheirismo e a nobreza da Grifinória, mas cavalheirismo durante uma guerra é fraqueza! A gente tem que usar a inteligência pra discernir o amigo do traidor. Mesmo que pra isso a gente faça uso do preconceito. Ou você acha que só porque você é boazinha, um Comensal da Morte vai olhar pra você, achar você bonitinha, e resolver te poupar? Se você estiver esperando por isso, esquece! Não é assim que uma guerra funciona!

 - A gente sabe bem como uma guerra funciona. – Harry se intrometeu na conversa. – E sabe principalmente que ninguém ganha sem aliados. Eu sei quem são os meus amigos. Se você estiver tendo problemas pra resolver entre os seus, então o meu conselho é que você mude de amizades. Não deve estar fazendo muito bem pra você mesmo!

 - E só porque o famoso Harry Potter diz, vira lei? – A outra menina disse. – Se vocês da Grifinória não tem inteligência o suficiente pra sacarem que isso aqui é uma guerra, então a coragem de vocês não vai servir de nada!

 - A diferença é que a gente usa a nossa coragem pra lutar! – Gina retrucou. – Inclusive pra dizer o que a gente pensa cara a cara, e não pelas costas.

 - Vamos, Gina? A gente tá atrasado. – Harry interrompeu.

Ele ofereceu a mão para amiga, e Gina aceitou, ficando de mãos dadas com ele.

 - Foi bom rever você, Jô. Pena que não em não melhor companhia.

E com isso, Harry e Gina deixaram o trio para trás, sentindo um pouquinho menos de raiva do que foi falado do professor Lupin, já que eles puderam extravasar e tentar defender um amigo.

 - Até que enfim, hein! – Angelina exclamou quando Harry e Gina entraram na sala da professora McGonagall. – Eu tava começando a me perguntar se ia ter que mandar alguém lembrar os dois que tinha reunião!

 - Foi mal, Angelina... – Harry respondeu meio sem graça.

 - E por que as mãos dadas? – Jorge perguntou com um sorriso que ia de orelha a orelha.

Harry e Gina se entreolharam e coraram quando perceberam que não tinha largado a mão um do outro e o que deveria parecer para o time: os dois chegando de mãos dadas, e atrasados! Gina largou a mão do Harry e, enquanto se direcionava a uma cadeira, falou para o seu irmão:

 - Não enche, Jorge! Não é da sua conta!

 - Ih! Ela tá irritadinha hoje, Jorge. – Fred comentou sorrindo igual ao irmão. – Harry... o que você andou fazendo? – Harry olhou confuso para o Fred enquanto também se sentava. – Seja lá o que foi, não fez direito! Uma mulher deve sorrir depois de andar com a gente... – Fred deu uma piscadinha para Angelina, e ela ficou muito brava, mas todos podiam ver que ela estava corando enquanto abaixava a cabeça.

 - Fred, eu não tô bem hoje e é melhor você calar a boca se não quiser ouvir umas! – Gina disse irritada.

 - Tá bom, tá bom! – Fred fez uma cara de desdém. – Relaxa, maninha!

 - Agora que vocês já terminaram a reunião de família... – Angelina disse, olhando feio para o Fred. – A gente tem algumas coisinhas a discutir. A nossa estréia é amanhã, e a gente vai pegar a Lufa-Lufa. Não é necessariamente um time difícil, pelo menos não esse ano... – Angelina acrescentou com voz de lamentação. – Mas mesmo assim, a gente deve se empenhar, porque a gente tem que mostrar pra todo mundo que esse time é tão bom, ou melhor, que o que ganhou a taça no ano retrasado! Que foi a gente, claro! – Ela disse com um sorriso. – A gente treinou bastante, e eu acho de verdade que o time está muito bom. Eu só quero dizer pros novatos não se estressarem muito e nem perder a noite de sono por causa de nervoso. Eu não quero ninguém caindo da vassoura porque tá com sono! Também nada de deixar de comer ou comer demais! Todos os dois podem gerar conseqüências terríveis.

Gina e Colin balançaram a cabeça em concordância, e Angelina continuou:

 - Ah! Eu quero todos encasacados por baixo do uniforme! Esfriou cedo esse ano, e eu não quero ninguém resfriado porque pegou vento lá em cima, entenderam?! O time tá treinado e escalado! Eu não posso substituir ninguém, por isso todo mundo de casaco pra não se resfriar!

 - Pode deixar, mãe! – Jorge disse com um sorriso.

 - Eu tô falando sério, Jorge! – Angelina respondeu. – Bom, eu acho que é só. Alguma pergunta? – Angelina esperou, mas ninguém se manifestou. – Não? Ótimo! Bom, então é isso aí... Nada de pensar em quadribol até a hora do jogo. Eu quero que todo mundo relaxe!

 - Ok! – Fred concordou e levantou-se de sua cadeira. – Vamos, Jorge? A gente precisa terminar aquele... projeto...

 - Ah! Claro! – Jorge levantou-se também. – Vamos indo, então...

E de um a um, eles foram se levantando, deixando na sala de Transfiguração apenas Harry e Gina. A menina não fez menção alguma de levantar-se e retirar-se, e Harry, um tanto preocupado, foi para o seu lado. Ele nem precisou perguntar o que havia de errado. Como que lendo seus pensamentos, Gina disse:

 - Eu me sinto tão mal pensando em quadribol enquanto lá fora tá tendo uma guerra... – Gina ergueu a cabeça e olhou para o Harry. – Parece tão... superficial...

Harry sorriu em compreensão e balançou a cabeça concordando.

 - Eu penso a mesma coisa... Mas eu tava conversando com o Professor Lupin, e ele disse que eu não deveria me sentir assim. Ele disse que se a gente só pensar em guerra vinte e quatro horas por dia, ninguém vai conseguir fazer nada, e vai ficar todo mundo tão estressado, que nem vai adiantar lutar. Ele falou que o Dumbledore também sabe disso, e é por isso que ele faz questão de manter o que pode divertir os seus alunos. A gente tem que se divertir um pouco, pra poder pensar melhor...

 - É, – Gina suspirou cansada. – mas só de pensar o que o Tom Riddle pode estar fazendo enquanto a gente tá jogando quadribol...

 - Por que você chama ele de Tom Riddle? – Harry perguntou. – Eu sei que foi assim que você conheceu ele e tudo... Mas todo mundo na Ordem chama ele de Voldemort. Por que você não?

Gina abaixou a cabeça e deu com os ombros. Era difícil de entender a expressão dela, mas Harry estava começando a ficar melhor em entender o que a Gina estava sentindo. E no momento, era algo como vergonha e pesar.

 - É que ninguém fala o nome dele... a gente foi ensinado a não dizer o nome dele, a temer o nome dele. Além do que, Tom Riddle era meu amigo, meu único amigo. E eu acho que ainda tinha esperanças de que a única pessoa que conversava comigo no meu primeiro ano não fosse o monstro que é... – Gina olhou para o Harry com os olhos cheios de tristeza. – É mais fácil lembrar dele como um amigo do que como um assassino...

 - Mas Gina... – Harry disse com um tom de voz exasperado. – Eu sei que é difícil, mas você não pode fazer isso! Lembra o que o Dumbledore falou? "Vai ter uma hora em que vocês vão ter que escolher entre o que é fácil e o que é certo"? Eu sei que ele quis dizer algo maior que isso, mas a frase dele serve pra essa situação também... Lembrar do Voldemort como um amigo, só vai fazer você se sentir mal e, mais tarde, culpada por machucar um amigo. Ele traiu você, Gina. Ele não é um amigo... E além do que... – Harry continuou com um sorriso encorajador. – Se tem uma coisa que o Voldemort detesta é que o façam lembrar que ele é um Riddle. Principalmente Tom Riddle. Esse era o nome do pai dele, e ele odeia o pai mais que tudo... Se bobear, até mais do que a mim...

Gina pareceu horrorizada, e Harry segurou a risada ao ver sua expressão.

 - Quer dizer que todo esse tempo que eu venho chamando ele de Tom Riddle, eu tava insultando ele???

Harry riu e balançou a cabeça em um sinal positivo.

 - É isso aí... Pra ele, você chama ele de coisa pior que "Voldemort".

Gina sorriu também e balançou a cabeça de um lado para o outro.

 - Acho melhor chamar ele de... "Voldemort" então... – Gina respirou fundo. – Vocês vivem chamando ele pelo nome, e nada de ruim acontece por esse motivo...

 - Isso mesmo! – Harry sorriu e levantou-se, oferecendo sua mão em ajuda para a Gina. – É bobeira deixar de falar o nome dele por medo! Como o Dumbledore diz, é só um nome!

Gina aceitou a mão do Harry e se levantou também. Os dois começaram a sair da sala de Transfiguração para irem para a janta. Provavelmente já estava na hora.

 - Você tá cheio de frases do Dumbledore hoje, hein Harry?! – Gina disse com um sorriso, e Harry deu com os ombros, devolvendo um sorriso meio sem graça.

Os dois resolveram passar pela Sala Comunal antes de irem para o Salão Principal para verem se Hermione e Rony ainda estavam por lá. Não encontrando nem um nem outro, Harry e Gina foram ao Salão Principal, decidindo que os dois amigos devem ter ido na frente.

 - Onde vocês estavam? – Hermione perguntou, dando espaço para que Gina sentasse do seu lado.

 - É mesmo... – Rony concordou, fazendo o mesmo por Harry. – O resto do time já chegou há um tempo, e nada de vocês dois... – Rony perguntou olhando sério para o Harry e a irmã.

Harry e Gina entreolharam-se, e o tom de voz e a expressão de Rony os fizeram lembrar daquela manhã em que Gina apagou a memória do irmão. Então eles estavam certos: o Rony continuaria desconfiado.

 - A gente foi até a Sala Comunal pra ver se vocês estavam lá... – Harry respondeu, forçando uma voz de desinteresse.

Hermione e Rony se entreolharam e, naquele instante, Harry e Gina perceberam que Hermione dividia as mesmas preocupações que Rony. Era óbvio que os dois estavam desconfiados e se entendiam muito bem só de olhar um para o outro.

 - Eu sei que vocês dois fazem alguma coisa em segredo... – Hermione disse, abaixando o tom de voz. – E eu não vou pressionar vocês porque tá na cara que vocês não querem falar sobre isso... – Harry e Gina abaixaram as cabeças sem graça. – E se fosse pelo Rony, a gente punha os dois contra a parede até vocês dizerem o que tá acontecendo. Mas eu não acho que esse seja o caminho. Eu e o Rony só queremos que vocês saibam que a gente se preocupa. A gente já tinha percebido que no começo do ano o Harry tava escondendo alguma coisa da gente, e foi um alívio quando a gente viu que pelo menos pra Gina, você tinha contado alguma coisa, Harry... – Hermione suspirou tristemente e olhou para o Harry. – A gente quer que você saiba que você ainda pode contar com a gente... Assim que você puder contar esse... segredo... a gente vai tá pronto pra ouvir, né Rony? – Rony balançou a cabeça concordando muito sério. – E você também, Gina... – Hermione voltou-se para a amiga. – Eu sei que a gente nunca foi a melhor das amigas, mas nesse ano, você tem andado bastante com a gente, e se não melhores, pelo menos grandes amigas eu sei que a gente é. Qualquer problema, eu e o Rony queremos ajudar.

Harry e Gina continuaram de cabeças abaixadas, e Harry suspeitava que Gina estava pensando as mesmas coisas que ele. Harry sabia que o que Hermione dissera era com a intenção de ajudá-los, mas aquele "discurso" só piorou as coisas, porque agora ele se sentia extremamente culpado de manter um segredo de seus dois melhores amigos. Ele sentia como se estivesse traindo os dois. Harry nunca se sentira tão envergonhado de si mesmo quanto naquele instante. Hermione deve ter sentido o desconforto dos dois, porque depois de um tempo, ela acrescentou:

 - Bom, agora que eu já disse o que tinha que dizer, vamos mudar de assunto... – Harry e Gina ergueram as cabeças, e Hermione olhou para o Rony como que pedindo ajuda.

 - Como é que foi a reunião? Tudo certo pra amanhã? – Rony perguntou, tirando Hermione de uma situação desconfortável.

 - Tudo... – Gina respondeu para o irmão. – Essa última reunião foi só pra dar umas últimas recomendações. Todas as estratégias já foram treinadas antes...

Gina forçou um sorriso, e os quatro voltaram a comer, falando muito pouco durante a janta. Harry não disse nada nem por um momento. Ele estava perdido em seus sentimentos conflitantes e, quando a janta terminou, ele olhou para a Gina de tal maneira, que a menina sabia que uma conversa muito séria aconteceria dentro de pouco tempo, e o assunto seria exatamente o que a Hermione acabara de falar para eles.

E foi exatamente o que aconteceu. Era noite de sexta-feira, e Rony e Hermione foram dar uma volta. Harry aproveitou a oportunidade, e ele e Gina se retiraram da Sala Comunal e, levando a Capa de Invisibilidade, os dois foram para o banheiro fora-de-ordem que escondia a passagem para a Câmara Secreta. Se eles dessem sorte, a Murta-Que-Geme não estaria por lá, e eles poderiam conversar onde ninguém os ouviria.

 - Gina eu não agüento mais isso! – Harry disse depois que os dois se sentaram no chão mesmo. – Eu tô me sentindo muito mal de não contar o que tá acontecendo pro Rony e pra Mione. Depois do que ela disse mais ainda!

 - E você acha que eu tô me sentindo bem com a situação? – Gina perguntou tão chateada quanto ele. – Pra mim tudo isso tá sendo um saco! Guardar segredo, pra mim, tá sendo como se eu tivesse revivendo meu primeiro ano! – Gina olhou com tristeza para a pia que escondia a entrada para a Câmara Secreta. – Mas o Dumbledore falou pra gente manter segredo...

 - Mas eu sempre confiei no Rony e na Hermione, e só não falei nada pra eles até agora, porque eu posso estar enfiando os dois numa enrascada maior ainda, e eles podem correr mais perigos se souberem do que tá acontecendo... – Harry disse com um tom de voz frustrado.

Gina olhou em compreensão para ele e respirou fundo.

 - Acho que agora é uma das vezes em que a gente vai ter que decidir entre o fácil e o certo...

 - Eu sinto que o certo seria falar pra eles o que tá acontecendo... – Harry disse sério e olhando fixo para Gina.

 - Então eu acho que é unânime... – Gina disse, mantendo o mesmo tom de voz de Harry. – A gente vai contar tudo pra eles.

Harry balançou a cabeça em concordância, e sentiu como se uma tonelada estivesse sendo levantada de seus ombros. Com um suspiro aliviado, ele continuou:

 - Amanhã, então... depois do jogo...

Continua no Capítulo Trinta e Um...