Capítulo Quarenta

RESOLVENDO ALGUNS PROBLEMAS

Harry estava estudando na Sala Comunal, tentando terminar uma tarefa de poções antes do fim de semana. No dia seguinte, Sábado, ele teria uma partida de quadribol contra Corvinal, e ele não queria ter que perder seu sábado com Poções. Além do que, quanto menos preocupação, melhor seria seu desempenho no jogo. Mas preocupação era exatamente o que o estava distraindo de sua lição. Harry abaixou a pena e olhou para um canto da sala onde estavam Rony e Jorge conversando baixinho, enquanto jogavam uma partida de xadrez. Rony parecia chateado, mas escondia bem. Harry notava porque, afinal de contas, ninguém melhor que o seu melhor amigo para saber como alguém está se sentindo. Do outro lado da sala, Hermione conversava com a Gina. Gina nada ficara sabendo da discussão entre ele e o Rony. Ela sabia que algo havia acontecido, mas tanto o Harry quanto o Rony se recusaram a dizer o motivo dos dois não estarem se falando. Mas não era só isso. Pela primeira vez, os três amigos estavam brigados. Até Hermione e Rony não estavam se falando, e Harry não queria nem saber como eles chegaram àquilo, e se é que eles chegaram a discutir o assunto. Harry sabia que devia ser bem pior para eles dois. Afinal de contas, eles eram namorados, e uma briguinha de amigos entre Rony e Hermione, tinha maiores proporções. Por coisa boba, eles discutiam sempre, mas parecia que dessa vez era sério.

Harry fechou seus livros e decidiu que seria melhor dar uma volta e tentar pensar melhor, ou talvez até esquecer por hora desse assunto. Ele deixou a sala comunal e percebeu os olhos da Gina e os da Hermione o seguindo. Rony, ele não sabia se olhava ou não, mas tinha a impressão de que talvez também o tivesse feito. Harry não sabia bem ao certo aonde estava indo, mas seus pés pareciam ter vontade própria, e Harry tinha tanta coisa na cabeça, que decidiu deixar seus pés o guiarem. Em pouco tempo, Harry se viu de frente para a cabana do Hagrid, e por ali ficou parado por alguns instantes, contemplando se deveria bater na porta do amigo ou não. Ele tinha tantas coisas na cabeça, que até essa decisão estava sendo difícil de ser tomada. Mas, para sua sorte, ou azar, ele não precisou contemplar por muito mais tempo. A porta da velha cabana se abriu, e Hagrid, segurando a coleira de Canino, saía por ela.

 - Harry! – Hagrid o cumprimentou com todo bom humor usual do meio-gigante. – Eu tô indo passear com o Canino, quer vir comigo?

Como que em confirmação do que Hagrid acabara de dizer, Canino latiu alto e abanou o rabo enquanto cheirava, inspecionando, Harry. Harry sorriu e passou a mão na cabeça do enorme cachorro.

 - Ah... tudo bem. – Harry respondeu sem muito entusiasmo. – Eu não tenho mesmo muito o que fazer...

 - E por que não, Harry? – Hagrid perguntou enquanto os três começavam a caminhar pelos terrenos do castelo, que ainda tinha bastante neve. – Hoje é sexta-feira, vocês já não têm mais aulas, e o fim de semana tá aí... eu pensei que você, a Mione e o Rony estariam fazendo alguma coisa pra se divertir nesse instante...

 - É... – Harry não sabia bem ao certo o que dizer e preferiu não dizer nada. Simplesmente deu com os ombros e continuou a olhar para o chão.

 - Aconteceu alguma coisa, Harry? – Hagrid perguntou, olhando com preocupação para o menino. – Vocês três brigaram?

Harry olhou para o amigo e percebeu que não conseguiria mentir para ele. Hagrid estava preocupado de verdade, e Harry percebeu que, além disso, o guardador de chaves de Hogwarts estava demasiado cansado. Harry raramente vira Hagrid esse ano em Hogwarts. O amigo foi visto mais vezes em reuniões da Ordem do que em visitas sociais...

 - É... pode-se dizer que sim.

 - Como assim? – Hagrid perguntou confuso. – Ou vocês brigaram ou não brigaram. Eu já vi vocês sem falarem um com o outro várias vezes durante esses anos, mas sempre havia um motivo...

Harry, Hagrid e Canino chegaram à beirada da Floresta, e Hagrid soltou a coleira do Canino para que ele perambulasse sozinho, cheirando tudo quanto é canto.

 - Você não tem medo que ele entre na Floresta e aconteça alguma coisa com ele? – Harry perguntou, apontando para o Canino.

 - Não... – Hagrid respondeu com um sorriso. – O Canino é medroso demais pra entrar na Floresta sem mim...

E como o meio-gigante dissera, Canino ia de lá para cá, mas nunca entrando na Floresta, sempre mantendo certa distância.

 - Mas não desconversa, Harry... – Hagrid disse enquanto se sentava numa enorme pedra. – O que que aconteceu entre vocês três?

Harry suspirou tristemente. Ele estava querendo esquecer tudo aquilo, e o Hagrid perguntava o que acontecera? Bom, talvez fosse melhor ter a perspectiva de alguém de fora... Talvez o amigo poderia sugerir algo para remediar a situação...

 - Eu e o Rony discutimos, e agora nem a Hermione tá falando com a gente...

 - E por que aconteceu tudo isso? – Hagrid perguntou com calma, uma vez ou outra desviando o olhar para o Canino.

Harry começou a andar de um lado para o outro, pensando na pergunta do amigo. Por que, afinal de contas, acontecera tudo aquilo?

 - O Rony começou a falar que eu tava me aproveitando da irmã dele, e aí agente perdeu a cabeça... A Hermione tentou interferir e fazer com que a gente parasse, mas ninguém deu ouvidos pra ela, e ela se irritou...

 - E você tá? – Hagrid perguntou com uma sobrancelha erguida.

 - Tô o quê? – Harry perguntou confuso, parando de andar para olhar fixo para o amigo.

 - ...se aproveitando da Gina?

 - Claro que não! – Harry respondeu indignado. – Por acaso em algum momento eu fiz alguma coisa que provasse o contrário? – Harry estava começando a ficar mais uma vez nervoso.

 - Não que eu saiba... – Hagrid respondeu, ainda muito calmo. – Mas e o Rony? Ele tem algum motivo pra pensar assim?

 - O único motivo que o Rony tem é aquela cabeça dura dele! – Harry, mais uma vez, voltou a andar. – Eu não fico me metendo no que ele faz ou deixa de fazer com a Hermione. O mínimo que ele podia fazer é o mesmo!

 - Então quer dizer que tem alguma coisa que você faz com a Gina? – Hagrid perguntou, agora segurando o sorriso.

Harry olhou para o amigo com as bochechas coradas e ligeiramente sem graça.

 - Ãh... é... mais ou menos.

Agora Hagrid riu. Harry deve ter parecido mesmo muito patético, tentando não olhar para o amigo e procurando uma desculpa pelo seu escorregão de língua.

 - Mais ou menos? Quer dizer então que você finalmente abriu os olhos e viu a Gina? – Hagrid perguntou com um sorriso enorme. Ele parecia aprovar veementemente aquela situação. – Ah... eu sabia! Aquela menina é um doce, e ninguém nunca vai gostar de você tanto quanto ela!

Harry não pôde conter um sorriso com esse último comentário. Ele não sabia se alguém gostaria tanto dele quanto a Gina. Mas ele tinha certeza que nunca gostaria de alguém tanto quanto gosta dela. Ele mesmo não tinha exata noção das dimensões desse sentimento, mas desconfiava que com todo o passado e elo que unia ele com a Gina, não existiria ninguém capaz de instigar tal profundidade.

 - Então é isso mesmo, né? – Hagrid perguntou, notando o sorriso de Harry. – E o Rony não concorda com vocês dois estarem juntos?

 - O Rony nem sabe que a gente tá junto... – Harry respondeu se chateando mais uma vez.

 - Então eu não tô entendendo nada... – Hagrid comentou, balançando a cabeça de um lado para o outro.

 - É que eu e a Gina decidimos que é melhor ninguém ficar sabendo enquanto tiver espiões aqui em Hogwarts atrás dela...

Hagrid suspirou tristemente, e toda alegria deixou seus olhos. Mais uma vez Harry notou quanto cansaço o amigo parecia carregar nos ombros.

 - Eu tinha até esquecido disso... – Hagrid notou com tristeza. – Vocês tão certos, claro. Mas não deveriam estar... Nada disso deveria estar acontecendo. É tudo muito injusto vocês terem que passar por isso nessa idade. Esse é o maior mal que Você-Sabe-Quem causa... ele destrói vidas sem nem estar presente. Em pensar que eu conheci o desgraçado...

Harry concordou com as sábias palavras de Hagrid. O amigo estava muito sério, e Harry compreendia completamente por quê. Quão difícil devia estar sendo a vida de Hagrid, e quão difícil já foi? Harry conhecia o passado do amigo muito pouco. Aliás, a única coisa que ele sabia, foi o que Tom Riddle lhe mostrou através do diário. Fora isso, ele nada sabia do que Hagrid fizera durante a primeira guerra contra Voldemort, ou então depois que Voldemort caiu... Harry só conhecia o meio-gigante que vivia em Hogwarts, mas fora isso... A vida que Hagrid tinha à parte de suas funções no velho castelo era completamente desconhecida por Harry. Aliás, Harry até se lembrava de uma vez em que encontrou Hagrid na Travessa do Tranco. Nem se o amigo tinha isso por hábito, Harry era capaz de dizer.

 - Bom, – Hagrid interferiu seus pensamentos. – o único conselho que eu posso dar, é que você tente conversar com a Hermione e com a Gina. Como você mesmo disse, o Rony é meio cabeça dura e, talvez com a ajuda das duas, você consiga alguma coisa. A Hermione é tão prestativa, tão carinhosa... ela vai entender e ajudar. Eu tenho certeza!

Hagrid sorriu em apoio ao Harry, e o garoto decidiu seguir o conselho do amigo. Se havia uma hora em que amigos não podiam estar brigando, era aquela. Com uma guerra em andamento, e gente morrendo fora da proteção do castelo de Hogwarts... definitivamente aquele não era o momento para briguinhas bestas...

 - Obrigado, Hagrid... É isso mesmo que eu vou fazer.

 - Boa sorte, então, Harry...

Hagrid sorriu mais uma vez, e Harry deixou o amigo. Ele voltaria a falar com os dois amigos de qualquer maneira, e se estivesse em suas mãos, ele ainda faria questão que o Rony e a Hermione conversassem a sós e resolvessem suas diferenças. Os dois funcionavam bem melhor quando estavam juntos. O problema agora era como. Como ele conversaria com a Hermione e a convenceria de que foi tudo uma grande besteira?

Harry entrou no castelo e sentou-se nos degraus de uma das escadarias. Em pouco tempo que ficou sentado por lá, quase que esquecido da vida de tão desligado que estava, logo já não estava mais sozinho. Harry ouviu o som de um pigarro, obviamente forçado, e para que chamasse a sua atenção. Ele virou-se na direção do som e encontrou Hermione, em pé, e ligeiramente desconcertada. Agora que ela estava ali, ele estava tendo dificuldade de dizer tudo aquilo que queria há alguns instantes atrás.

 - Posso sentar, Harry? – Hermione perguntou, respirando fundo e atrevendo-se olhar para o amigo.

 - Claro, Mione. – Harry sorriu e sentia-se agradecido pela amiga ter dado o primeiro passo. – Antes de tudo, eu quero pedir desculpas. – Harry tomou coragem. Se a amiga tinha tido o suficiente para engolir o orgulho e vir procurá-lo, Harry também seria capaz de pedir desculpas primeiro.

Hermione sorriu e sentou-se do lado dele. Ela parecia estar mais aliviada, e Harry entendia completamente o motivo. Ele próprio estava mais aliviado depois desse primeiro obstáculo ter sido vencido.

 - Obrigada, Harry. Eu também peço desculpa.

 - Mas não tem por quê. – Harry olhou sério para a amiga. – Você não fez nada de errado. Aliás, você até tentou separar eu e o Rony, mas... sei lá! Eu ainda nem entendi direito o que aconteceu. Num instante tava tudo bem, de repente... de repente eu tava gritando com o Rony, e as coisas saíram completamente do controle.

Hermione suspirou cansada e balançou a cabeça em concordância.

 - É verdade... – Hermione comentou. – Mas agora não é a hora da gente ficar brigando.

 - Eu pensei exatamente a mesma coisa. – Harry sorriu. – E tava aqui tentando decidir o que fazer pra tentar convencer você e o Rony disso.

 - Foi a Gina que falou pra eu vir atrás de você... – Hermione olhou para o amigo que estava confuso. – Eu tava querendo falar com você e o Rony, e a Gina me ofereceu o Mapa do Maroto dizendo que eu sabia o que tinha que fazer... – Hermione sorriu.

 - E por que você não falou com o Rony primeiro? – Harry perguntou calmamente.

Hermione abaixou a cabeça e aparentou bem chateada.

 - O Rony é orgulhoso, Harry. Ele ficou muito sentido quando eu tirei pontos de vocês... – Hermione corou ligeiramente, parecendo envergonhada de sua atitude. – A nossa última conversa não foi lá das melhores...

 - Acredito que não tenha sido... – Harry balançou a cabeça em concordância. – Mas entre mim, você e a Gina, a gente é capaz de dobrar aquele cabeça dura! – Harry sorriu, e a amiga parecia um pouco mais convencida.

 - Por fala na Gina... – Hermione adquiriu tal brilho no olhar, que Harry sabia que estava por ouvir algo que provavelmente o deixaria sem graça. – As suposições do Rony não estão assim tão longe da verdade, estão?

Harry deu com os ombros e balançou a cabeça em um sinal negativo. Como é que ele poderia esconder isso da Hermione se provavelmente ela fora a primeira a perceber?

 - E há quanto tempo vocês tão juntos? – Hermione perguntou com um sorriso.

Harry ergueu de súbito a cabeça e levou seu dedo indicador aos lábios em um sinal de silêncio. Hermione ergueu as sobrancelhas confusa, mas não disse nada e manteve o silêncio.

 - Eu prometo que eu te falo... mas não aqui.

Harry olhou em volta para se assegurar de que não tinha ninguém escondido, ouvindo o que não deveria. Desde o fim do feriado das festas de fim de ano, Harry teve por costume sempre se assegurar de que não tinha ninguém o espiando. Ele se sentia um obcecado, mas essa era uma maneira de garantir que ele saberia se alguém ouvisse algo e, também, de talvez saber quem era esse alguém.

 - Tem a ver com... – Hermione gesticulou com a mão, e Harry entendeu o que ela queria dizer.

 - Tem! E por isso é segredo.

 - Tudo bem, então... – Hermione parecia ligeiramente resignada. – Mas você vai me contar, não vai?

 - Acho que não tem problema se a gente contar pra você e pro Rony... Ou talvez tenha. – Harry adicionou, lembrando-se da recomendação do Dumbledore de não contar para ninguém.

 - Ah... quer saber? – Hermione estava ficando irritada. – Tendo briga, ou não tendo briga, você agora vai contar pra gente tudo o que tá acontecendo. Você odeia quando ninguém diz nada pra você... Você pensa que é diferente com a gente? Eu bem tentei ser compreensiva e deixar você ter seu tempo pra decidir o que fazer... Mas agora esse seu silêncio tá influenciando na nossa amizade. E no meu relacionamento com o Rony. Você pode me chamar do que for, mas pra mim, essa sua atitude egoísta tá chegando ao limite, e eu e o Rony não merecemos isso!

Hermione continuou a olhar séria para o Harry, como que o desafiando que a contrariasse. Mas Harry não tinha como. Ele concordava com todas as palavras que a Hermione dissera. E talvez, se ele contasse toda a verdade para o Rony, o amigo voltaria a falar com ele.

 - Você tá certa... – Harry balançou a cabeça em concordância. – E merece a verdade... eu tenho sido um egoísta mesmo. Eu vou pedir pra Gina conversar com o Rony, e a gente conversa mais tarde. Nós quatro, no mesmo lugar de antes...

Harry estava ligeiramente chateado, e Hermione pareceu perceber isso.

 - Harry, desculpa. Eu não quis dizer que você é egoísta, eu--

 - Mas você tá certa! – Harry interrompeu a amiga. – Eu tenho sido egoísta com muita gente, e você e o Rony, principalmente, não merecem... – Harry se levantou e olhou mais uma vez para a amiga. – Eu vou procurar a Gina, mais tarde a gente conversa...

E com isso, Harry deixou a amiga e foi atrás da namorada. Mais uma pessoa com a qual ele tem sido egoísta. Gina fora completamente compreensiva com a atual situação de Harry, e mesmo com ela pedindo, Harry se negou a dizer o que acontecera entre ele e o Rony. E ainda com o agravante de que Gina era o motivo da briga. Ela iria ficar no mínimo furiosa, mas Harry merecia a raiva dela e a aceitaria sem nenhum comentário.

Harry foi em direção à Torre da Grifinória e, ao entrar na sala comunal, varreu os olhos por toda ela, procurando pela Gina. Ele a encontrou conversando com o Rony e pensou ironicamente que agora era que o amigo não voltaria a falar com ele mesmo. Harry não precisou falar nada. Gina deve ter notado sua aflição, porque em pouco tempo estava saindo da sala comunal ao seu lado.

 - O que foi, Harry? – Gina perguntou, enquanto os dois caminhavam para uma certa distância dos ouvidos curiosos da Mulher Gorda.

 - Eu conversei com a Hermione e percebi algumas coisas... Eu quero te contar porque que eu briguei com o Rony.

 - Ele acabou de me dizer. – Gina redargüiu séria.

 - Ele disse? – Harry perguntou confuso.

Gina balançou a cabeça confirmando, e Harry segurou o fôlego. Agora que Gina sabia o que acontecera, Harry estava apenas aguardando a sua reação.

 - Eu não posso dizer que fiquei muito feliz com isso. – Gina começou. – Com nenhum dos dois...

Harry ergueu a cabeça e olhou para ela.

 - Mas eu não posso me dar o luxo de ficar brava com nenhum dos dois. Você disse que falou com a Hermione?

Harry ergueu uma única sobrancelha, não entendo direito a reação da Gina. Mas decidiu que seria melhor continuar no rumo da conversa que ela escolheu.

 - Conversei... e achei que seria melhor se a gente falasse pra ela e pro Rony sobre os... você sabe...

Gina suspirou cansada, e Harry percebeu que ela não concordava cem por cento com essa decisão.

 - Tudo bem... Talvez assim essa discussão estúpida acabe.

Harry sorriu e abraçou Gina.

 - Obrigado. – Harry aproximou seus lábios do ouvido da menina e disse em um sussurro o qual ele tinha certeza que só ela ouviria. – O que eu faria sem você?

Harry sabia que Gina sorria, mas o que mais o deixou feliz foi notar a reação que seu sussurro instigou na namorada. Harry viu os pêlos do pescoço dela se arrepiarem e sentiu ela relaxar ligeiramente no seu abraço. A própria reação dela foi o suficiente para gerar outras e parecidas reações nele também.

Continua no Capítulo Quarenta e Um...