N/A: Oi gente, mas uma quinta chegou e aqui está mais um capítulo.
Espero que gostem. Amo vocês!
Capítulo 4
Cornwell encarou Brenda surpreso, ele não estava acostumado em ter sua autoridade questionada desse jeito e pelo modo que ela estava o encarando não sairia dali sem briga.
"Acho que a senhora não entendeu".
"Você que não entendeu". Ela disse e o encarou. "Estamos no meio da investigação e não vou perder esse avanço porque o FBI resolveu pegar o caso".
"Chefe Jonhson, estamos há dois anos tentando pegar esses criminosos, eles são traficantes de humanos. Jovens mulheres, crianças e bebês são traficados todos os dias por essa agência, não podemos perder essa oportunidade". Agente Cornwell falou irritado.
"Mas não estamos mais falando apenas de tráfico, temos três homicídios ligado a essa agência".
"Homicídios?". Dessa vez quem falou foi Fritz, ele tinha ficado calado até agora, pois o caso não era dele. O agente só teve a sorte de escutar o nome de Brenda e tentou chegar antes para prepará-la, mas as coisas não foram muito bem.
"Sim, Fritz, homicídios. Eu não posso apenas entregar tudo a vocês". Brenda falou irritada com o marido. "Vocês tentarão resolver o tráfico e esquecerão os assassinatos".
"Que ultraje, temos todo um departamento para resolver os homicídios".
"E mesmo assim qual a sua prioridade?"
"No momento, o tráfico. E temos autoridade para federalizar esse caso se você não cooperar". Cornwell falou com raiva e esperou que isso fosse o suficiente. Porém, ele não conhecia a mulher em sua frente.
"Uma das vítimas é estrangeira e acreditamos que as duas Jane Doe também, me ameace novamente e a Interpol vai ser envolvida". Dito isso Cornwell deu um passo atrás, ele não esperava por isso.
Sharon que observava tudo calada, apenas esperou o momento certo para interferir, eles tinham um trunfo nas mangas que faria o FBI recuar. Mas no momento, ela apenas apreciou esse embate, feliz em não ser a oponente da Vice Delegada (dessa vez).
"Se você entregar esse caso a Interpol não teremos mais nada, e você sabe disso". O agente falou entredentes.
"Eu sei muito bem o que pode acontecer. Você está disposto a arriscar?" Brenda o questionou com olhos estreitos.
"Eu posso ter uma sugestão". Sharon falou e todos os olhares caíram nela.
"E quem é você?" A raiva de Cornwell se direcionou diretamente para a morena e ela apenas levantou uma sobrancelha em resposta. Percebendo que não deveria mexer com ela também, o agente cruzou os braços em sinal de defesa.
"Sou a Capitã Sharon Raydor, estou ajudando a Vice Delegada Jonhson no caso". Ela começou com um pequeno sorriso. "Entendo o impasse que estamos tendo, mas podemos resolver civilizadamente".
"E o que sugere, Capitã?"
"Podemos dividir o caso". Ela começou e apenas balançou a cabeça quando Brenda abriu a boca para protestar. "Vocês estão interessados no Tráfico, nós nos assassinatos. Faria sentido compartilharmos desse modo".
"Tudo bem, eu posso aceitar isso". Ele começou cauteloso. "Como posso saber que vocês não vão nos prejudicar quando dividirmos o caso?"
"É bem aí que começa o problema. Eu disse que compartilharemos". Ela falou com um sorriso. "Trabalharemos juntos, sem divisão. Apenas cada um com sua parte da ação, mas sempre envolvidos um com os outros".
"Não... definitivamente não". Cornwell balançou a cabeça indignado, supreendentemente Brenda fazia a mesma coisa.
"Vocês têm algum contato dentro da agência Mo Mhíorúilt?" O agente negou e tentou esconder a surpresa ao ouvir a pronúncia perfeita vindo da Capitã. "Foi o que eu pensei. A Chefe Jonhson já tem contatos lá, então acredito que estamos dois passos à frente. E estamos com o caso há duas semanas".
A sala ficou em silêncio, era claro que a proposta de Sharon era irrecusável, mas ninguém queria aceitar. Brenda não podia negar que estava um pouco surpresa pela atitude da Capitã, ela pensou que a outra mulher tentaria se livrar da tarefa o mais rápido possível, e aqui estava ela negociando com o FBI.
"Eu aceito". Brenda falou e decidiu que poderia correr esse risco. Ela não queria que a Interpol interferisse de qualquer jeito.
"Tudo bem, podemos fazer isso". Ele começou desconfortável. "Mas não aceito ter informações detidas". Cornwell estendeu a mão para firmar o acordo e Brenda apertou com firmeza.
"Espero dividir a mesma cortesia". Ela então mostrou a porta para que eles voltassem para a sala de assassinato. "Podemos começar com algumas informações que coletamos".
"Isso seria maravilhoso".
Enquanto todos seguia para a sala ao lado, Cornwell encarou Fritz um pouco incerto, ele não lembrava de ter chamado o homem para o caso.
"O que faz aqui, Agente Howard?"
"Estou visitando minha esposa, a Vice Delegada Jonhson". O outro agente ficou surpreso e incomodado, ele não tinha percebido que a mulher usava aliança e pensou que com aquela atitude ninguém poderia aguentá-la, e aqui estava ele de frente para o homem sortudo (ironia, pessoas, ironia).
"Posso perceber quem usa as calças nesse casamento". Debochou Cornwell, ele sabia que todos podiam ouvir, já que se aproximavam da sala de assassinato.
"Ela prefere saias, Cornwell. Assim ela fica mais à vontade para chutar sua bunda".
Durante duas horas, todos as informações foram compartilhadas, Brenda mesmo relutante falou tudo o que tinha, desde os números nos calcanhares até a possível nacionalidade das vítimas.
"Então, o que vocês têm?" Brenda questionou depois de dizer tudo o que sabia.
"Dois anos atrás fomos informados que uma jovem insistia que havia sido sequestrada. Segundo o depoimento, ela chegou ao EUA para estudar e foi sequestrada no Central Park".
"Em Nova York? Mas como ela veio parar em Los Angeles?"
"Ela alegou que não lembrava. Apenas que estava passeando no parque e quando acordou estava presa numa sala branca e que médicos a examinava". Continuou Cornwell. "Investigamos tudo o que ela falou, mas não encontramos nada. O local que ela alegava ser a clínica não existia, na verdade era apenas um galpão".
"E como vocês ligaram isso com a agência?" Andy quis saber ainda desconfiado do FBI.
"A jovem disse que uma mulher sempre a visitava, o nome dela era Judith, uma assistente social. Ou era assim que ela se apresentava, quando começamos a procurar sobre isso a jovem foi deportada e não ouvimos mais sobre ela". O agente falou irritado. "Procuramos sobre essa Judith em todos nossos arquivos, tínhamos pouco, é claro, apenas um nome e descrição física. Mas tentamos. Foi então que encontramos um que informava que existia sim uma assistente social chamada Judith, mas estava morta há 20 anos".
"Algumas semanas depois, descobri a agência, um dos eventos deles apareceu no jornal e o nome da anfitriã era Judith Mayor". Agente Verdon falou, ele estava quieto e tinha sido o único agente autorizado a ficar e ajudar no caso. "Foi arriscado, mas as coisas começaram a se encaixar ao decorrer da investigação. As adoções eram muito suspeitas e as mães de alugueis nunca pareciam dispostas a conversarem".
"Isso até dois meses depois que começamos a investigação. Uma mulher tentou entrar em contato conosco e denunciar as ações ilegais da agência, informou que tinha provas do tráfico de humanos e sequestro".
"E o que aconteceu? Vocês devem tê-la interrogado". Sharon perguntou curiosa.
"Na verdade, nunca chegamos tão longe. Dias depois o corpo dela foi encontrado no banheiro de uma boate. Overdose de heroína".
Brenda o encarou um pouco chocada, como eles não perceberam que já tinham um homicídio em mãos.
"Vocês trataram isso como uma overdose?" Questionou Brenda tentando ao máximo não deixar seu temperamento aparecer.
"A família não quis que a investigação seguisse adiante. Ficamos com as mãos atadas". Cornwell sussurrou e eles perceberam pela primeira vez como o agente parecia cansado. "Então só temos essas pequenas ligações, nunca conseguimos ir muito mais longe".
Por um momento, a loira conseguiu se identificar com a frustração do homem, ter a certeza de que existia um crime, mas não as provas para confirma-lo. Percebendo que eles tinham muito mais informações, Brenda sabia que tinha a vantagem em mãos.
"Podemos dividir algumas coisas então, preciso que vocês compartilhem o caso da overdose comigo e podemos dizer nossos planos com os infiltrados".
Afirmando, Cornwell ligou para um dos agentes e pediu que recolhesse os arquivos da vítima de overdose e os enviar por e-mail.
"Vocês disseram que tem pessoas dentro da agência. Como conseguiram?"
"Não é bem dentro da agência, conseguimos enviar um casal para adotar uma criança. Vai ser assim que os pegaremos".
"O que? Mas como... Isso não é o suficiente". O agente falou e se levantou frustrado. "Já tentamos isso, não conseguimos nem ao menos encontrar o local das reuniões".
"Isso porque vocês não tinham o contato certo". Andy resmungou.
"E o que vocês vão fazer?". Quis saber Cornwell irritado. "Fingir que querem um bebê e interrogar a mulher assustadora?".
"Não". Sharon falou, agora novamente sentada próximo a Andy, pois ambos liam mais uma vez o arquivo de Chloe. "Vamos tentar adotar um bebê e conversar com a mãe, e se fizermos nosso trabalho direito conseguiremos pegá-los".
"Esse é o pior plano que já ouvi".
"Então nos diga como seus homens que estão infiltrados vão fazer". Provenza falou com um sorriso debochado.
Cornwell sabia que não adiantava discutir sobre isso, eles tinham a vantagem agora, por mais frágil que o plano aparentasse ser, era o único modo de se aproximar da agência.
"Tudo bem". Ele respirou fundo. "O que podemos fazer?"
"Faremos uma ligação e marcaremos um encontro com a Sra. Mayor, espero ter um nome ainda hoje". Sharon falou.
"Esperem um momento". Cornwell começou enquanto olhava para Sharon. O olhar que ele tinha gritava desprezo. "Você é quem está infiltrada?"
"Alguma coisa contra, Cornwell?" Quis saber Andy e os olhos castanhos quase perfuraram o do agente. "Acho que nos saímos bem ontem".
O agente podia sentir a aversão o envolvendo. Nem duas horas aqui e ele sabia que nunca teria ajuda da LAPD para qualquer coisa. Mas quem podia culpá-lo? Ele sempre conseguia pegar os casos da polícia local e não estava acostumado a interagir com eles, mas agora ele estava preso aqui e percebeu que cavaria sua própria cova se continuasse tão arrogante.
"Olhem... me desculpem, não estou acostumado a esse tipo de situação". Ele falou e levantou as mãos como se estivesse se rendendo. "No que posso ajudar?".
Sharon encarou Brenda e esperou a aprovação da loira para assumir essa parte do caso. Com um pequeno aceno de cabeça, Brenda a deixou livre para tomar a frente.
"Já que você está sendo gentil". Sharon sorriu maldosamente. "Com todas as perguntas que nos foram feitas ontem acredito que precisamos mais que apenas uma conversa convincente".
"E isso seria?"
"Vocês têm alguma casa apreendida que grite dinheiro?" Andy foi direto.
"Acho que temos". O agente Vernon falou pensativo. "Mês passado prendemos um traficante e ele morava em Santa Monica, não muito longe daqui".
"Como era a casa?" Sharon perguntou.
"A casa não era tão grande. 4 quartos, 3 banheiros, cozinha de conceito aberto". Listou Vernon. "Oh... tinha uma piscina e um grande jardim. Dava para ver o mar da varanda do primeiro andar".
"Perfeita então, não é querido?". Sharon sorriu docemente para Andy, ele apenas revirou os olhos.
"Mas não deveria ser mais luxuosa?" Quis saber Brenda.
"Não se queremos um lugar mais aconchegante e um lugar perfeito para criar uma criança". Sharon sorriu. "Só precisamos de um endereço. Tenho certeza que Judith ficará encantada e vai querer um pouco do nosso dinheiro para ajudar na agência". A Capitã comentou. "O que me diz, Tao? Se conseguirmos uma conta você pode rastrear?"
"Com a ajuda de alguém do TI podemos tentar".
"Bem... então preciso falar com meu chefe para suspender o leilão". Cornwell comentou. "Espero que isso dê certo".
Sharon então aproveitou que o agente foi fazer o telefonema para fazer um ela própria. Não demorou muito para marcar uma nova reunião com a anfitriã da agência, eles teriam que se encontrar dali a três horas.
"Vocês acham que ela pode cair nessa farsa?" Brenda questionou se aproximando de Sharon e Andy. Ela podia ser confiante na frente do FBI, mas estava um pouco ansiosa com todo o plano.
"Espero que sim, Chefe". Sharon suspirou. "Eu não quero imaginar aquelas jovens continuarem sofrendo e morrendo na mão deles, toda essa organização é estranha o suficiente e já temos corpos demais para lidar. O que faremos terá que ser o bastante".
Pela primeira vez, Brenda viu a Capitã, não como uma inimiga, mas uma aliada mais que necessária e confiável. Era bem verdade que Sharon era uma policial assim como todos eles, contudo, ser da FID apenas ofuscava todo esse conhecimento. E assistir a Capitã em ação era meio que fascinante.
"Então só posso desejar boa sorte". Brenda falou e voltou para o quadro branco e começou a adicionar a suposta overdose na lista de homicídios.
Três horas depois, Andy e Sharon estavam sentados em frente a uma mesa com Judith, ela apresentava um livro com fotografias de diversas jovens. Segundo a mulher, todas as meninas eram maiores de idade e passavam por momentos difíceis, e outras apenas se voluntariaram, ou era isso que ela contava.
"Então, Sharon, você já imaginou como seria seu bebê?"
"Tantas vezes, Judith". Ela suspirou, como se realmente isso a machucasse. "Por muito tempo sonhei com nosso bebê, mas... você sabe, passamos muito tempo trabalhando e os planos seguiram outros rumos".
"No entanto, estamos tendo uma segunda chance agora". Começou Andy. "Não importa se o bebê pareça conosco, queremos apenas alguém para amar e assim que encontrarmos a jovem saberemos que será ela".
"Ele está certo". Sharon sorriu para o homem ao seu lado. "Não vai demorar, eu tenho certeza, queremos isso há um tempo agora".
Enquanto eles conversavam, as fotos passavam por seus dedos e quando uma jovem que parecia nova demais apareceu, Sharon apertou a perna de Andy, ele parou de falar para encarar a foto da menina.
"Vocês encontraram?" Judith perguntou quando viu seus rostos.
Ambos apenas afirmaram, muito chocados para falarem, a menina na foto poderia passar pela filha deles facilmente, os cabelos eram longos e uma mistura de vermelho e castanho, tão parecido com Sharon que a Capitã sentiu a garganta formar um nó. Sem contar que os olhos eram tão castanhos quanto os de Andy. Mas ao contrário do que eles esperavam ver em uma jovem tão bela, não existia qualquer brilho naqueles olhos, era como se toda a alegria tivesse sido roubada dela.
"Oh... ela é uma jovem maravilhosa. Infelizmente a gestação não foi planejada. Nos conhecemos há pouco tempo e ela quis fazer parte do nosso programa". Judith falou com alegria. "Sabíamos que ela seria escolhida. Estou tão feliz por vocês".
E sem esperar, a mulher se levantou e abraçou Sharon. A Capitã se levantou e retornou ao abraço fingindo que estava tão empolgada quanto ela. A comoção foi tão repentina e barulhenta que eles mal perceberam a entrada de um homem.
"Oh... quero apresentá-los ao nosso CEO, esse é Adrian Chester Lencastre II".
"Muito prazer, meus queridos". Ele falou e o sotaque britânico se emaranhou por entre as palavras. "Fico feliz em ter encontrado a jovem que ajudará no pequeno milagre de vocês".
"Você não imagina o quanto estamos felizes com isso". Andy falou e puxou Sharon para o seu lado gentilmente. "Será a realização do nosso maior sonho".
"Eu posso imaginar". Ele disse com um sorriso, ele colocou um caderno preto na mesa e todos se sentaram. "No entanto, gostaria de conhecê-los um pouco mais. Temos que preservar a segurança dessas jovens, não é mesmo?".
"Você está certíssimo". Sharon falou e seus olhos verdes perfurando os dele. "O que gostaria de saber?"
"Que tal contar como anda a reformar em seu novo lar? Minha Doce Judith informou que estão ficando no Sunset Mid-Century Retreat".
"Só por algumas noites". Afirmou Andy. "Em breve estaremos de mudança para Santa Monica".
"Oh... um belo lugar, casas discretas". Adrian falou e anotou no caderno. "No que trabalham?"
"Sou empresário". Andy falou com um sorriso. "Tenho algumas ações aqui e ali, alguns negócios pelo mundo".
"Entendo... e você minha querida, alguma ocupação?"
"Não precisei. Vovó me deixou alguns negócios na Irlanda". Sharon sorriu e suspirou. "Nunca me preocupei com isso de qualquer jeito".
Adrian sorriu e anotou mais no seu caderno, o interrogatório demorou um pouco, perguntas cada vez mais intrusivas sobre suas ocupações e que tipo de negócios eles gerenciavam. De algum modo, Sharon e Andy deram a entender que toda sua fortuna foi conquistada de forma suspeita. E eles não sabiam se se passarem por criminosos seria uma ideia muito boa ou muito estúpida.
Ao final da reunião, todos trocaram apertos de mãos enquanto marcavam a próxima reunião. A jovem seria apresentada a eles, e Sharon e Andy teriam a oportunidade de recolher provas, mas eles sabiam que não seria fácil, principalmente com a notícia que teriam que dar a Brenda e Cornwell.
Depois que a equipe estava reunida mais uma vez, Sharon e Andy se sentaram próximos, ambos desconfortáveis com tudo o que passaram e provavelmente teriam que passar.
"Tenente, eu não sei se entendi". Começou Brenda. "Vocês estão dizendo que eles exigiram, de forma discreta, que houvesse uma doação de 500 mil dólares para ajudar a empresa?" A loira podia sentir a pressão subir com as informações. "E vocês concordaram?" A Vice Delegada os encarou antes de gritar. "VOCÊS PERDERAM O JUÍZO?"
"Como vocês puderam comprometer a casa desse modo?" Quis saber Cornwell indignado. "O plano não era esse, por Deus, eles agora pensam que vocês são Bonnie e Clyde".
"Era isso ou perderíamos a oportunidade". Sharon falou e tentou se justificar. "Sem isso não dar para fazer nada, eles são desconfiados e cautelosos". A Capitã falou com firmeza. "Então temos que nos arriscar. Ou seguimos em frente e pegamos eles, ou apenas arquivamos os casos como não-solucionados e esquecemos tudo isso".
Brenda e Cornwell se encararam, nenhum dos dois felizes em assumir tantos riscos, mas sabiam que isso seria a última chance de pegar essas pessoas. E se tudo der certo, o caso será reconhecido mundialmente, seria bom ter no currículo que desfizeram um cartel de tráfico humano.
"Acho que deveríamos tentar". Começou Fritz. "Não é como se desistíssemos... e vamos até parecer legal nos jornais, não é todo dia que o FBI e a LAPD trabalham juntos sem se matarem".
"Ele tem razão". Tao comentou com um sorriso.
"Precisamos levantar o dinheiro". Comentou Cornwell preocupado. "Vou ligar para o meu chefe".
"Ok... por mim tudo bem". Brenda falou e encarou Cornwell, ele apenas afirmou e continuou na ligação, todos suspiraram aliviados com a aprovação. "E vocês dois sabem o que vai acontecer agora, não é?"
Sharon e Andy se encaram por três segundos, se eles estavam repensando suas atitudes era difícil dizer, seus rostos indecifráveis e sérios. Porém, antes deles ouvirem as gracinhas dos outros, apenas afirmaram. Sharon então entregou a pasta com as informações da jovem que eles escolheram e todos voltaram ao trabalho.
Ou quase todos, Buzz puxou o celular e mandou uma mensagem para seu amigo inesperado, Gavin:
[Você não vai acreditar.
Sharon e Andy vão morar juntos] – Buzz.
To be Continue...
