Harry Potter e o Fugitivo das Trevas

Uma Fanfiction Potteriana escrita por Juliana B. Correia

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Capítulo IV – "Quer ir ao baile comigo?"

Talvez tenha sido apenas uma impressão, mas as aulas da manhã passaram mais depressa do que se esperava, mesmo com os professores McGonagall e Binns passando rios de deveres e terem feito um discurso extremamente maçante sobre os N.O.M.'s, no qual Hermione era a única realmente interessada.

Havia um certo nervosismo nos alunos enquanto estes se encaminhavam à sala de DCAT, onde teriam a primeira aula com a Profª. Figg. Por que o nervosismo? Oras, simples! Todos estavam pensando em que revelação poderia se esperar do novo professor, afinal, nos últimos 4 anos não tinha um só professor de DCAT que não tivesse algum mistério (vale lembrar que 2 deles eram Comensais da Morte, outro era um babaca deslumbrado que acabou com um sério problema de memória, e outro era um lobisomem — mas este fora, com toda certeza, o melhor de todos).

Quando chegaram na sala, os alunos encontraram a Profª. Figg em sua escrivaninha, escrevendo alguma coisa. Eles entraram em silêncio e se sentaram. Harry, Hermione e Rony se sentaram o mais próximo da professora que puderam.

Assim que todos os alunos se acomodaram, a professora se levantou e se postou em frente a sua escrivaninha, onde se apoiou e encarou os alunos, da mesma forma que fizera no dia anterior.

— Antes de tudo eu gostaria de me apresentar. Meu nome é Arabella Figg, mas me chamem de Profª. Figg ou, se quiserem, de Arabella — disse ela, olhando cada aluno como se pudesse ver através deles. — Pra quem não sabe, eu fui chefe do Departamento de Aurores no Ministério da Magia à 14 anos atrás, mas tive que me afastar do cargo por forças maiores.

— Departamento de Aurores? — perguntou Simas Finnigan, admirado. — Então você, quer dizer, a senhora foi um auror?

— Sim, eu fui. E, por favor, Senhora está no céu! Senhorita, se preferir — disse, sorrindo. — Como eu estava dizendo, eu tive que me afastar do cargo. Fui professora de DCAT no Brasil durante alguns anos e voltei à Inglaterra a quase 1 ano. No final do último ano letivo, Dumbledore me pediu para que eu lecionasse aqui em Hogwarts, já que o antigo professor se aposentara de vez.

"Bem, antes de conversar um pouco com vocês, eu vou conferir a lista de alunos. Por favor, queiram levantar-se para que eu possa ver quem são, certo?"

A Profª. foi falando os nomes e cada um foi se levantando de modo que ela pudesse ver quem era. Mas quando chegou o nome de Harry, pode-se ver claramente que, por um instante, ela parou, encarou a lista em sua mão e depois respirou profundamente antes de chama-lo.

— Harry Potter.

Ele se levantou. Ela lhe abriu um grande sorriso e depois tornou a encarar a lista.

— Aposto como já lhe disseram como você se parece com o seu pai, Sr. Potter... — disse ela, ainda encarando o pergaminho. Harry a olhou curioso e também assustado. — Mas tem os olhos da sua mãe! — continuou ela, agora olhando bem nos olhos de Harry.

— Bem, onde estava... ah, Hermione Granger.

Mesmo um pouco intrigado com o que a professora disse ("Da onde ela conhece os meus pais?", pensava), Harry não conseguiu resistir à agradável conversa que ela e os alunos estavam tendo sobre o futuro. Ele nunca tinha pensado realmente em o que faria quando acabasse Hogwarts e também não tinha idéia alguma sobre o assunto. No quarto ano, o Prof. Moody (quer dizer, Bartô Crouch Jr.) tinha sugerido que ele seguisse a carreira de auror, o que era uma idéia interessante, mas ele não tinha certeza se era isso mesmo que ele queria.

E era exatamente sobre isso que Harry estava pensando quanto deixou a sala de DCAT em direção à Torre da Grifinória, sozinho, pois Hermione e Rony tinham saído juntos mais à frente. Estava totalmente perdido em seus pensamentos quando esbarrou com alguém e deixou alguns livros caírem.

— Desculpe! — disse Harry, voltando do seu estado "mundo da lua" e olhando rapidamente para a pessoa. Era Cho Chang, linda como sempre, porém parecia estar muito mais tímida e, pela primeira vez, Harry a via sozinha.

— Oi Harry! — disse ela, sorrindo. — Como vai?

— Bem... e você?

— Estou bem também... hum, sinto muito, mas tenho que ir. Até mais. — e continuou andando. Harry ficou parado, olhando para a garota. Por mais que tentasse evitar olhá-la, ou mesmo pensar nela, era impossível esconder seus reais sentimentos, mesmo depois da morte de Cedrico.

— Cho! — gritou ele, andando rapidamente em sua direção, sacudindo uma pena que havia pego enquanto recolhia as coisas que tinham caído no chão. — Você esqueceu a sua pena!

— Ah, obrigada! — disse, sorrindo.

— Quer ir ao baile comigo? — disse ele, abruptamente, sem saber exatamente o que estava fazendo. Ela o olhou surpresa, depois sorriu.

— Claro, sem problemas. Agora eu realmente preciso ir. Tchau.

Harry ficou olhando-a ir, sem saber exatamente porque ou como fizera o que acabou de fazer. Ele simplesmente o fizera e, o que era mais importante, ela aceitou.

— Você fez o quê? — disse Hermione, olhando indignada para ele, depois que eles se juntaram na Sala Comunal da Grifinória e ele contou aos amigos o que acabara de fazer.

— Ele chamou a Cho pra ir ao baile com ele, Hermione! — disse Rony. — Ele acabou de dizer!

— Eu sei, Rony, eu escutei.

— Então por que perguntou?

— É que... ah, faltam 3 meses até o baile. Você deveria estar preocupado com os N.O.M.'s! — disse a amiga, olhando para Harry absolutamente indignada.

— Qual o problema de ter chamado a Cho agora? Falando nisso, Mione, você quer ir ao baile comigo? — disse Rony, olhando ansioso para ela.

Antes ele não tivesse perguntado nada, pois Hermione lançou um olhar de reprovação de dar medo e saiu para o dormitório das meninas.

— O que deu nela? — perguntou Rony à Harry.

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Todos estavam reunidos no Salão Principal na manhã seguinte para tomar café da manhã quando centenas de corujas irromperam o Salão. Edwiges voou até Harry e ele retirou a carta de sua perna.

— Ele já respondeu? — perguntou Rony, bocejando. Harry abriu a carta e leu baixinho.

Harry,

Dumbledore me disse sobre a professora.

E sim, Moody se aposentou de vez depois do que aconteceu.

Continue me escrevendo assim que alguma coisa estranha aconteça.

Snuffles.

— Mas ele não respondeu se conhecia ela ou não! — exclamou Rony.

— Vai ver ele não conhece ela, Rony — retorquiu Hermione, parecendo estar de mal-humor.

Harry não tinha comentado nada; tivera a impressão de que Sirius não quis lhe dizer se conhecia ou não Arabella Figg. Aliás, pelo jeito que escreveu, pareceu nem querer falar sobre ela. Pensou em perguntar ao padrinho se ela foi conhecida de seus pais mas provavelmente ele não responderia também. A não ser que... a não ser que ele perguntasse pessoalmente a Sirius! Mas ele terá que esperar até o Dia das Bruxas, quando terá a primeira visita à Hogsmeade.

(Continua...)