Título: Lusitania (8)

Autor: siriuswhite

E-mail do Autor: siriuswhite@schnoogle.com

Categoria: Romance

Sub-Categoria: Mistério

Palavras-Chave: Artio Sperios Patrick Dolphin Lusitania

"Rating": PG-13

"Spoilers": SS/PS, CoS, PoA, GoF, FB, QTTA

Sumário: Artio é uma rapariga que vai para uma escola de magia, como Hogwarts. Ela vai para o primeiro ano e acontecem coisas muito estranhas. Patrick é um rapaz e as pessoas não gostam dele. Porquê?

Nota Importante: Esta história é baseada em personagens e situações criadas por JK Rowling que lhe pertencem, várias editoras incluindo mas não só a Bloomsbury Books, a Scholastic Books, a Raincoast Books, e a Warner Bros., Inc. Não se está a ganhar dinheiro com esta história e não são permitidos os direitos de cópia nem de comércio.

Nota do Autor: Obrigado a todos aqueles que comentaram sobre o capítulo anterior: Queenkakia, Gemma, Nentari, ElfinKat, Mary e Lil hermie girl!

Agradecimentos especiais às minhas beta-readers Jo, Lilly Jackson e Trinity Black.





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Lusitania





POR S I R I U S W H I T E

Traduzido por Nentari(Obrigado Pat!)





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OITAVO CAPITULO

O GLUMBUMBLE





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Nesse momento Artio sentiu uma onda de dor no seu braço esquerdo.

Ela olhou para o braço para ver o que tinha acontecido, e viu a imagem de uma cobra. Ela escondeu a imagem por debaixo das roupas, nem sequer Cho a tinha visto, e desapareceu quando Harry afastou o olhar...





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Cho olhou para Artio. No momento em que Cho perguntava qualquer coisa a Artio, Dumbledore levantou-se e começou a falar dos acontecimentos que teriam lugar nesse ano.

Ele informou-os de que o Triwizard tournament seria realizado em Hogwarts, pelo que a Taça de Quidditch não seria jogada nesse ano.

Depressa Artio percebeu que Cho não gostava muito da ideia...

"Não gosto disto. Prefiro mil vezes Quidditch!"

"Bem, talvez venha a ser bom, pensa sobre isto sob outro prisma..." Artio tentou acalmar Cho.

"Como? Achas que qualquer coisa boa poderá vir deste Triwizard Tournament?" disse Cho.

"Vamos conhecer pessoas novas, de outras escolas, e isso é bom!"

"Achas?" perguntou Cho, "Sou uma seeker, tenho de treinar, quero ser jogadora profissional de Quidditch e se deixo de treinar perco algumas das minhas capacidades."

"Eu sei. Mas podes praticar, acho que podes praticar, pelo menos nos fins- de-semana e nas férias..."

Seria uma tarefa difícil para Artio tentar convencer Cho de que o Triwizard Tournament era algo de bom.





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Cynthia foi até ao terceiro andar, ela precisava de falar com Captain Dolphin no seu escritório, e não tinha muito tempo, os alunos precisavam de estar nos dormitórios antes das onze horas e estava a ficar tarde.

Ela bateu à porta e entrou quando se ouviu um "Entre".

"Como estás?" perguntou Captain Dolphin quando ela entrou no seu escritório.

"Estou bem, obrigada. Eu..."

"O quê?"

Cynthia olhou-o. Normalmente ela não falhava, fazia o que tinha de ser feito quase sempre. Ela não sabia como reagir agora.

"Não consegui, não ganhei pontos suficientes."

"Oh, isso?" disse ele. "Não te tinha dito nada, mas tinha quase a certeza de que não conseguias... Tinhas de obter o maior número de pontos alguma vez vistos. Não há problema. Não te preocupes."

"Tenho pena, mas fiz o que me foi possível..." Ela contou-lhe sobre os pontos que tinha obtido, que mais tarde foram perdidos.

"O Professor Josh Darkwater é assim, ele não gosta de alunos Golfinhos... aconteceram muitas coisas," explicou ele.

"E o que posso fazer agora?" perguntou ela.

Ela queria remediar os seus erros.

"Bem, como sabes apenas podemos lançar o feitiço quando tiveres aprendido a fazê-lo. E eu não to posso ensinar; se o fizesse, não resultaria. Tens de o aprender sozinha. Quando tiveres pontos suficientes obténs o livro e aprendes a lançar o feitiço."

"Vai demorar muito. A Artio pode estar em perigo."

"Depende de ti," disse ele. A expressão calma que ele sempre tinha havia desaparecido, os seus olhos começaram a parecer mais escuros do que eram. "Não te posso ajudar com o teu conhecimento! Podes encontrar outras formas de o obter, é a única coisa que te posso dizer. Agora tenho muito que fazer." Ele olhou para um relógio.

Cynthia percebeu a mensagem clara do Captain: vai-te embora.

"Bem," disse ela, "vejo-o amanhã à noite na aula de Astronomia."

Ela saiu da sala; ele não tinha dito nada. Ela nunca tinha visto assim o Captain Dolphin, parecia que ele não podia ser enganado, mas podia.

Quando saiu, Anaras estava a andar na sua direcção mas virou na esquina de um corredor e Cynthia pensou que ela não a tinha visto.

Depressa ela chegou à Sala Comum Golfinho, apenas Rosan se lá encontrava.

"Olá," disse Rosan, "estás bem?"

"Olá, estou cansada..."

"Oh, eu sei o que isso é... despacha-te, é tarde, o encarregado não te deve ver de pé..."

Cynthia pegou na sua varinha e escreveu a senha na parede, entre os dois retratos. Uma porta abriu-se e ela entrou na Sala Comum Golfinho.

Lá dentro não estavam muitas pessoas acordadas, apenas alguns rapazes do terceiro ano.

Ela foi para o seu dormitório; todas as outras raparigas já lá estavam.

"Cynthia!" disse Monica. "Onde estavas? É tarde."

"Sim, eu sei, tive de ir a... O Captain Dolphin queria falar comigo."

"O quê?" disse a rapariga brasileira. "Tens algum problema?"

"Não, ele só queria falar comigo sobre Artio, a rapariga que foi para a outra escola."

"Oh, eu não a conheci..."

Cynthia foi para a sua cama; na sua mala estava um livro. Ela pegou-lhe e saiu do dormitório. "Eu já volto," disse ela.

Ela pousou o livro numa das mesas da sala comum e pegou numa pena que lá estava para uso de todos.

Era um Diário. Cynthia não costumava ter a necessidade de escrever num Diário. Mas de repente estava cheia de ideias e a maneira que encontrou de regressar ao seu estado normal foi confiar no pergaminho do livro.





Ilha Sitnalta, Academia Lusitania, 1 de Setembro de 1994.





Querido Diário,





Esta é a primeira vez que uso o teu pergaminho.





A minha irmã Carmen tinha razão quando te comprou, disse que eu precisava de ti, e tinha razão.





Quero contar a alguém tudo aquilo que tenho na cabeça. Seria melhor usar um pensieve, mas como não tenho nenhum.





Tudo começou há três dias. Artio falou comigo porque queria encontrar Strimmy, algo que ela pensou ser um animal.





Oh, esqueci-me de que ainda não a viste. Tenho de a descrever; talvez venha a precisar dessa descrição se não a voltar a ver...





Ela tem cabelos loiros, olhos azuis... bem, na verdade não sei se são azuis ou verdes, é uma mistura das duas cores. Os olhos dela hipnotizam, são lindos, gostava de ter olhos assim! Ela é uma rapariga normal, alta... bem, eu sou mais alta do que ela.





Ela é um pouco ingénua; acho que é muito frágil, o que traz muitos problemas à vida dela.





Ela contou-me tudo. Até hoje ainda não sei porque é que ela fez isso, ela confia muito em pessoas que não conhece...





Ela foi o alvo de uma espécie de feitiço, um Feitiço Negro, não sei porquê...





Patrick foi qualquer coisa que lhe pôs o feitiço, na verdade Patrick estava no corpo de Jeremy Craig, um rapaz que é do primeiro ano como Artio e eu.





Jeremy disse a Artio que a queria encontrar. A maneira que ela tinha de o contactar era através de Strimmy, e foi assim que ela me conheceu.





Quando fomos a Laxus encontrámos Jeremy e o seu amigo Walter. Artio e Jeremy saíram, e no Navio ela contou-me que eles se tinham beijado.





Eles beijaram-se!





Jeremy é um rapaz giro. Acho que é o rapaz mais giro do primeiro ano. Tem cabelos castanhos macios, que são compridos, mas não muito compridos, só mais compridos que os dos outros rapazes... os seus olhos negros parecem levar-nos para a noite mesmo quando o sol brilha num dia de verão.





Mas eles estão apaixonados. Artio Sperios e Jeremy Craig, o par perfeito!





Os pais de Artio divorciaram-se, e foi aí que começaram todos os problemas.





A Artio está longe daqui, o pai dela queria que Artio fosse viver com ele para Londres.





Ela mandou-me uma carta a dizer que vai para a Escola de Bruxaria e Feitiçaria de Hogwarts. Tenho de responder à sua coruja.





Ela pediu-me para dizer a Jeremy que o ama, e ele ficou zangado porque ela não lhe tinha dito nada. Ela não lhe disse que se ia embora.





Então eu falei com ele e fui eu quem ouviu a sua tristeza.





Estou zangada, não disse nada a Jeremy desde ontem à tarde.





Acho que... tenho de lhe pedir desculpa, não tenho motivos para estar zangada com ele, temos de ser amigos, e gostava que falássemos como...





Amigos.





Achas que Artio vai ficar zangada se souber que eu e Jeremy nos estamos a ver?





Bem, não estamos. Esquece.





Captain Dolphin pediu-me para lançar um feitiço em Jeremy. O Captain Dolphin e eu vamos lançar dois feitiços diferentes. Ele disse que Jeremy vai dormir durante alguns dias.





Ela não sabe sobre Artio e Jeremy estarem apaixonados. Eu não lhe vou dizer...





Tenho de aprender a lançar o feitiço sozinha. Tenho de o encontrar num livro, na Biblioteca. Para isso preciso de pontos, que não tenho... Oh isto está a pôr-me maluca! Tenho de ajudar Artio, ela não pode ser controlada pela pessoa que colocou o feitiço nela e no Jeremy. Ela pode estar em perigo.





Hoje falhei. Talvez seja por isso que te estou a contar tudo isto. O Captain Dolphin não era a mesma pessoa que foi nos outros dias. Nunca o vi assim antes.





Tenho de arranjar aqueles pontos o mais depressa possível.





Vou mandar uma coruja a Artio.





Amanhã conto-te como foi o meu dia.





Obrigada por me deixares explicar os meus pensamentos.





Cynthia T.







Cynthia afastou os seus olhos do livro. Ela fechou-o. A sua capa verde era velha, parecia que tinha trezentos anos quando foi feita.

Cynthia escreveu pelo menos sete páginas no diário. Ela limitou-se a imaginar que fosse uma pessoa, um amigo, que não contaria os seus segredos a ninguém.

Ela pegou noutro pergaminho e escreveu uma carta breve a Artio. Ela mandá- la-ia por uma das corujas da escola.

Agora ela estava cansada, todas as outras raparigas tinham adormecido enquanto ela escrevia o diário na cama. As outras não podiam ver o que ela estava a fazer; as cortinas da cama eram suficientemente grossas para que não se pudesse ver através delas.

Cynthia adormeceu.





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De manhã Cynthia e algumas das outras raparigas da equipa Golfinho desceram para o pequeno-almoço.

Quando acabaram, Cynthia disse a Monica que ia para a owlery, para que Monica pudesse dizer ao Professor Slibel, caso chegasse atrasada a Transfiguração.

Cynthia colocou a carta numa coruja negra, com olhos azuis. Ficou a observá- la a ir-se embora, até que deixou de a ver.

A coruja chegou muitas horas mais tarde a Hogwarts, onde um grupo de Ravenclaws do quarto ano conversavam com Artio.

"Sperios?" disse uma rapariga ruiva. "Nunca ouvi o teu nome, acho que não conheço a tua família."

"Sim," concordou Artio. "A maior parte da minha família vive em Portugal, eu vivi lá até á semana passada, quando fui para Lusitania. Então descobri que os meus pais se divorciaram e vim viver para cá com o meu pai."

Eles dirigiam-se aos campos, a primeira aula seria de Voo, com Madam Hooch, que tinha olhos amarelos.

A relva estava fria, na Grã-Bretanha a noite era muito mais fria do que em Portugal, onde o sol brilhava quase todos os dias e Setembro era um mês muito quente apesar de ser princípio do Outono. Ainda era verão, pensou Artio, imaginando como seria na Academia Lusitania. Perdida nos seus próprios pensamentos, Artio seguiu os outros Ravenclaws que se aproximaram da instrutora de voo.

"Bem-vindos a um novo ano!" disse ela, sorrindo. "Espero que tenham treinado nas férias. Como creio que já sabem, temos uma nova aluna na nossa turma. O seu nome é Artio Sperios."

De repente todos olharam para Artio.

Ela não fez nada, e Madam Hooch prosseguiu.

"Bem, vocês vão atirar e apanhar a quaffle enquanto eu ensino a Artio a voar e vejo o que ela precisa de aprender. Artio, vem cá, por favor."

Os outros pegaram nas vassouras e subiram em direcção ao céu, que tinha algumas nuvens.

"Sabes voar?" perguntou Madam Hooch.

"Sim," respondeu Artio, "o meu pai ensinou-me há três anos, sei voar embora não pratique muito..."

"Óptimo." A mulher abriu uma caixa e deixou sair uma bola vermelha, a quaffle. "Apanha-a!" disse ela.

"Para cima!" disse Artio, e a vassoura abandonou a relva e parou na sua mão. Ela montou a vassoura e voou até ao céu.

Ela voou algumas vezes, para cima e para baixo, e finalmente apanhou a quaffle. Ela regressou à relva.

"Óptimo, davas uma boa chaser..." Madam Hooch soltou uma bola negra; era uma bludger. Ela entregou um bastão a Artio e esta partiu seguindo a bludger. Não era difícil; a bola negra voou na sua direcção. Quando estava perto da sua vassoura, Artio atingiu a bola e esta desapareceu.

Quando regressou ao chão, Madam Hooch exclamou, "Também não está mau!"

O teste com a Snitch também foi fácil, embora Artio tenha demorado mais tempo do que com as outras bolas, mas capturou-a rapidamente. Madam Hooch estava surpreendida.

"Artio, não sabia que voavas tão bem! A última captura foi fantástica! Cho Chang, a nossa actual seeker, é ligeiramente melhor que tu. Penso que terei de fazer um teste entre as duas para decidir quem obtém a posição de seeker! Embora este ano não tenhamos a taça de Quidditch, podes treinar e fazer parte da equipa no ano que vem."

"O meu pai jogou Quidditch," explicou Artio. "Ele ensinou-me algumas coisas e, bem, é esse o segredo..." Ela sorriu, estava feliz por ser boa numa matéria. Ela não sabia como seriam as outras aulas; ela nunca tinha estado numa escola daquelas.

Ela juntou-se aos outros alunos na captura da quaffle, era fácil para ela, e a manhã passou bastante depressa.





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A aula de Transfiguração, de manhã, não foi muito aborrecida embora o Professor Slibel tenha passado toda a aula a falar de regras.

Cynthia ganhou dez pontos durante a aula; ela sabia sobre as origens remotas da Transfiguração. Natasha Bizecuit tinha ganho até então oito pontos, e ficou aborrecida porque sabia que era muito mais esperta do que Cynthia.

Cynthia almoçou com as suas amigas, elas eram quase um grupo, composto por Cynthia, Monica, Natasha, Ariane, Amanda e Sarah.

"Cynthia," disse Amanda, a rapariga que não tinha gostado muito de Cynthia naquela noite, mas que agora se parecia ter esquecido de tudo, "Gostas muito de animais, não é?"

Ariane levantou uma sobrancelha e escutou com atenção; ela também gostava de animais.

"Sim... porquê?" perguntou Cynthia, que não percebia o porquê da pergunta.

"Ontem à noite, acordei e vi um Glumbumble no nosso dormitório, perto da tua cama, e apanhei-o para ti, achei que gostarias de ter um." Ela mostrou uma garrafa com um insecto cinzento lá dentro; estava a voar alegremente embora gostasse de estar lá fora. Havia uma pequena urtiga dentro da garrafa, os Glumbumbles comiam dessas plantas.

"Fixe!" disse Cynthia, ela gostaria de ter mais animais, Chintz tinha fugido quando Cynthia chegou à academia, os gatos estavam a viver algures lá fora, talvez na owlery. "Gosto de insectos, gosto deles serem tão complexos embora sejam também tão pequenos, parece impossível que um animal deste tamanho seja tão complexo..." Ela pegou na garrafa. Amanda estava feliz por ter dado um presente a Cynthia, era uma espécie de desculpa por ter-se zangado com ela na outra noite.

"Ainda bem que gostaste," disse Amanda Finn.

"Obrigada!" disse Cynthia. Ariane foi até ao sítio onde estava Monica, sentou-se entre Cynthia e Monica, e começou a falar com a dona do Glumbumble acerca daquele estranho insecto.

Nesse dia Cynthia foi até à Biblioteca pela segunda vez desde que entrara na academia, ela ainda não tinha pontos suficientes, sabia-o, mas foi até lá só para falar com a bibliotecária. Cynthia tinha uma boa opinião acerca de bibliotecária, achava que ela era uma boa pessoa e poderia ensinar algumas coisas interessantes sobre livros a Cynthia; ela devia ser a pessoa que mais sabia sobre livros do que qualquer outra na academia. Cynthia gostaria de aprender algumas dessas coisas, e a maneira de obter o que queria era ser sua amiga.

"Boa tarde," disse Cynthia à bibliotecária. "Como está?"

A bibliotecária sorriu. "Oh, não é a nossa vencedora de pontos rápidos? Estou bem, obrigada."

"Bem, não tive sorte..." explicou Cynthia. "Bem, qual é o seu nome? Não a posso chamar só de 'a bibliotecária'."

"Sou Anastacia Saroupolis, chama-me Tacy," desse ela, parecia que ela também gostava de Cynthia.





"Tacy, okay, eu sou Cynthia."

"Eu sei," disse Tacy. "Quer dizer, eu ouvi o teu nome, a tua amiga chamou- te..." Ela tinha uma estranha necessidade de se explicar, que Cynthia não entendia, mas a que não prestou atenção.

"Bem, ganhei dez pontos," disse Cynthia. Ela sabia que não eram suficientes.

"Dez? Então não ganhaste mais durante as aulas?"

"Não, o Professor Josh Darkwater tirou-me dez pontos, só ganhei mais dez na aula de Transfiguração..."

Elas conversaram durante duas horas, Tacy avisou Cynthia de que ela tinha de conseguir muitos mais pontos, mas ela não desesperou.





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O resto da tarde foi passada nos Calabouços, Artio e os outros Ravenclaws estavam a ter Poções com o Professor Severus Snape.

Os outros alunos disseram-lhe que Snape não gostava de alunos que não eram dos Slytherin, estava sempre a tirar pontos aos alunos das outras equipas, incluindo os Ravenclaws.

"Deves levar o teu caldeirão para a aula. Deixamo-los na nossa sala, não precisas dele para as outras aulas..."

Alguns minutos mais tarde, foram retirados vinte pontos à equipa Ravenclaw quando entraram nos Calabouços...

Artio não sabia porquê mas quando ele falava com ela era uma pessoa completamente diferente, era um homem meigo, as suas palavras eram suaves.





Cho Chang estava na Sala Comum dos Ravenclaw; ela disse que ajudaria Artio nos seus trabalhos de casa.

Artio entrou na sala depois da aula de Poções, os outros alunos estavam descontentes, o Professor Snape tinha tirado muitos pontos à equipa Ravenclaw. Artio não fora afectada pela onda de pontos suprimidos, e os outros alunos começaram a olhar para ela de modo diferente.

"Artio!" exclamou Cho Chang. "A Professora Hooch disse-me que serias uma boa seeker!"

Não, pensou Artio, Cho Chang ficaria triste, Artio podia roubar-lhe o lugar na equipa de Quidditch; ela certamente não iria gostar da ideia...

"Sim, eu... eu não aceito treinar contigo, és muito melhor do que eu, não te preocupes, és sem dúvida a seeker dos Ravenclaw."

"Não, eu quero treinar contigo!" disse Cho.

"O quê?" Artio não entendia.

"Sim, este ano não vamos ter a taça de Quidditch, a única maneira de jogarmos Quidditch é treinando para o lugar de seeker. Tens de aceitar a proposta da Professora Hooch."

"Mas..."

"Por favor, Artio, vamos treinar, eu quero jogar Quidditch. A melhor ganha!"

Artio estava surpreendida. Na realidade ela gostava da ideia de fazer parte da equipa de Quidditch, mas ela não queria começar uma guerra com Cho Chang pelo lugar. Ela gostava de Fair Play.

"Bem, estou encarregada dos alunos que te vão ajudar. Vou explicar Poções, okay?"

"Quantas pessoas me vão ensinar?" perguntou Artio, interessada.

"Eu vou ensinar Poções, Voo e Encantamentos. Bem, acho que não te vou ensinar a voar..." Ela sorriu. "Michael Cloud vai te ajudar com Cuidados com as Criaturas Mágicas e Transfiguração, Andrew Malton está encarregue de História da Magia e Herbologia e finalmente, Cedric Diggory vai-te ajudar em Astronomia e Defesa Contra as Artes das Trevas."

"São todos Ravenclaws?" perguntou Artio.

"Não, Cedric é um Hufflepuff, Michael é Slytherin e Andrew é um Gryffindor. Hermione Granger devia-te ajudar em História da Magia mas ela é uma Gryffindor do quarto ano e por isso o Director Albus Dumbledore não lhe disse nada, já que ela está no mesmo ano que tu."

"Ainda bem. Espero aprender depressa para ser do quinto ano e não do quarto..."

"Vamos começar, o que é que aprendeste hoje a Poções?" perguntou Cho.

"Nada de especial, o Professor Snape só nos recordou das regras e de outras coisas do género, falou um pouco sobre a História das Poções, só para o meu próprio interesse."





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Depois de jantar, Cynthia foi à procura de Jeremy.

"Jeremy, quero falar contigo," disse ela.

"O quê?" Ele estava a sorrir. Tinha estado a contar piadas a alguém; os outros rapazes também sorriam. "Okay."

Ele levantou-se e saíram do castelo. Apesar de já terem jantado, o sol ainda era visível, e ia-se pôr em breve.

Eles sentaram-se na relva.

"O quê?" perguntou ele.

"Quero-te dizer que não tenho nada a ver com os teus problemas com a Artio, não tenho motivos para estar zangada contigo." Ela estava determinada.

"Ainda bem, também penso o mesmo," disse ele. Olhou para a relva. "Tentei não pensar nela." A alegria que Cynthia vira nos seus olhos dentro do castelo quando estava com os outros rapazes já lá não estava.

"Jeremy, mandaste-lhe uma coruja?" perguntou Cynthia.

"Porquê eu?" disse ele. "Ela é que se foi embora e eu é que tenho de lhe mandar uma coruja? Ela é que me deve mandar uma coruja a explicar tudo. Eu sei que somos novos e que a única coisa que aconteceu foi um simples beijo. Mas sinto que ela é a rapariga da minha vida, eu amo-a mesmo."

"Jeremy, um de vocês tem de o fazer primeiro, não podem ficar os dois à espera que o outro mande uma coruja. Se pensas assim ela também pode pensar da mesma maneira e assim nunca mais se vêem um ao outro."

"Tens razão, mas é o dever dela de me dizer como está."

"Não, também é o teu dever. Eu sei que ela também te ama, mas ela não sabe se tens certeza do que sentes, acho que é esse o problema. Tenta entender, os pais dela divorciaram-se, ela está triste. Por favor, Jeremy, manda-lhe uma coruja."

"Okay, vou pensar nisso," ele finalmente concordou.

"Ainda bem." Cynthia acenou; ela queria-lhe contar sobre o feitiço. Mas ela não tinha permissão para o fazer. Ela tinha de se controlar; sabia que se lhe dissesse o feitiço não funcionava.

"Vou-me esquecer da nossa discussão no outro dia. Temos de ser amigos, a Artio precisa da nossa amizade acima de tudo, " disse Jeremy.

"Foi por isso que vim," disse Cynthia.

"Vou-lhe escrever uma carta," disse ele. "E vai ser agora. Cynthia," ele levantou-se, "vejo-te amanhã."

"Okay" disse ela, feliz, ele finalmente escutou-a. "Vou ficar aqui um bocado."

Ele foi-se embora e entrou no castelo.

O pôr do sol era magnífico! Cynthia nunca tinha visto um pôr do sol assim, o sol estava reflectido na água azul-escura do mar.

Ela pegou na garrafa que continha o Glumbumble. Ela abriu a garrafa, Cynthia não gostava de animais nas prisões.

O insecto voou para fora da garrafa e não fugiu como Cynthia esperava que fizesse.

Em vez disso, parou na relva, a cerca de um metro de distância dela.

Subitamente, o animal começou a crescer. Cynthia estava assustada e preparou-se para se levantar e fugir. Mas não o fez, percebeu que era um Animagi.

Uma mulher loira com belos olhos azuis-esverdeados olhou para Cynthia.

"Finalmente libertaste-me daquela prisão!" ela exclamou.

Ela estava vestida com um longo e macio vestido roxo, de mangas curtas. Tinha certamente vindo de um local quente, vinha vestida para um dia de verão. No seu braço esquerdo podia ser vista a imagem de uma caveira.

Cynthia olhou para a estranha mulher, que estava a ajeitar as roupas. "Quem és tu?"

Antes que a mulher respondesse à pergunta de Cynthia, ela virou a sua cabeça e olhou para os seus olhos. Cynthia sentiu um arrepio frio nas suas costas.





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No próximo capítulo: Quem é a mulher que se transformou de um simples Glumbumble? O que era aquela caveira no seu braço? Será que ela vai magoar Cynthia? E Jeremy? Irá ele realmente escrever a carta para Artio? Acham que Artio se adaptará à nova escola e aos seus métodos de ensino? Vemo-nos no próximo capítulo! ;)

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Nota do Autor: OBRIGADÃO à Nentari, que traduziu este capítulo para mim! Beijos!

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