O último foi um pouco mais intrigante né? Preparem-se então!

Capítulo 5: Sentimentos confusos

Após a apresentação de Melanie, houve um pequeno intervalo para que todos pudessem comer alguma coisa. Sakura puxou Shaoran que acordou do transe. Eriol o olhou preocupado.

– Isso não é nada bom... – sussurrava enquanto via Sakura empurrar Shaoran até a cantina.

– O que não é nada bom querido? – disse Tomoyo

– Hã? Nada, nada não. – disse Eriol forçando um sorriso. – vamos atrás deles.

Depois do pequeno intervalo, a apresentações recomeçaram. Todos estavam indo bem, mas Shaoran já não prestava mais atenção. Ele apenas se lembrava de Melanie dançando e aquela voz ecoando na sua mente: "Shaoran...Shaoran..."

O show de talentos acabou umas cinco horas e todos já estavam indo pra casa. Tomoyo e Flory conversavam animadamente.

– Você canta muito bem Tomoyo.

– Que isso. E você que toca violino maravilhosamente bem. É encantador!

– Ainda bem que fizemos nossa apresentação juntas, ficou muito bom!

– É mesmo!

Eriol apenas olhava. Flory escondia algo e ele iria descobrir. Enquanto isso Sakura conversava com Melanie.

– Você arrasou! Nunca vi uma dança tão linda!

– Além de tudo é fácil. Até você pode aprender Sakura!

– Sério? Seria muito legal!

– Só é preciso de alguns toques. Por exemplo, para dançar, você tem que...

Shaoran olhava pra Melanie insistentemente. Foi quando pensou:

"O que está acontecendo comigo? Preciso tirar isso da cabeça. Não quero magoar Sakura e nem ferir seus sentimentos. Mas preciso parar de pensar nela".


Cai à noite em Tomoeda. A cidade dorme, mas alguém insiste em ficar acordado. Essa pessoa está no topo de um dos vários prédios de Tomoeda. Olha atentamente para a cidade com um sorriso maligno. Enquanto observa, se nota um brilho reluzente em suas mãos. É uma espada. A espada de Mantis. Então a pessoa começa a conversar consigo mesma:

– Falta pouco. Muito pouco. Shaoran já está enfeitiçado e só falta cair na minha armadilha. Hahahahaha! Como os homens são fracos! Bem, a Lua já está alta. Vamos começar.

Então a pessoa começa a cantar suavemente. Sua voz ecoa em toda a cidade, especialmente num certo apartamento conhecido nosso, onde um certo jovem dorme. Ao ouvir a voz, ele acorda de repente.

– Que voz é essa? Não consigo dormir assim!

A voz cantava repetidamente. (ATENÇÃO! Essa música, fala, sei l� eu inventei agora ta?)

Enquanto a cidade dorme,

A Lua sobe no céu.

Sei que quer dormir,

Mas algo te impede.

E é meu chamado.

Venha, me atenda.

Não me deixe esperando,

Acorde e venha.

Pois sei que não consegue resistir,

Você não quer resistir.

Então atenda sua mente,

Mesmo que o coração seja contra.

Shaoran, meu querido.

Não resista, não.

Pois você...já é meu.

Ao terminar os últimos versos, A pessoa repetiu novamente mais duas vezes e então parou. Após um minuto, deu um leve sorriso e desceu do topo do prédio.

Shaoran não conseguia tirar a voz da cabeça. Aquilo estava deixando-o louco. Resolveu dar uma volta para por as idéias no lugar. Trocou de roupa e foi até o Parque Pingüim (point da galera ). Ao chegar l� parece que voz parou de cantar. Então resolveu ficar um pouco mais lá até relaxar um pouco. Foi quando ouviu passos e se preparou em posição de luta. Foi quando viu a pessoa chegando e deu um suspiro de alívio. Era apenas Flory.

– Shaoran, você por aqui?

– Oi Flory. Pensei que fosse outra coisa.

– O que?

– Sei l� outra coisa. O que faz aqui?

– Resolvi dar uma volta. Não conseguia dormir. E você?

– O mesmo. Mas acho que já vou pra casa. Boa noite.

– Boa noite.

Shaoran virou-se e foi se dirigindo pra casa. Enquanto observava Shaoran ir, Flory pensou: "Eu estava certa. Melhor tomar cuidado Shaoran. Ainda bem que não consegui dormi hoje. Melhor ir pra casa".

Flory foi pra casa. Atrás das sombras das árvores, alguém se escondia bufando de raiva.

– Que droga! Porque ela tinha que aparecer? Mas não importa. Se não foi hoje, será amanhã. Hahahahahaa!

(Que coisa horrível! Bem, vamos continuar!)

No outro dia, Shaoran foi pra escola como se nada tivesse acontecido. Ao chegar na sala todos estavam l� inclusive Sakura. Mas a primeira pessoa que lhe dirigiu a palavra foi Flory:

– Você está melhor?

– O que? Ah, nem me lembrava mais de ontem.

– Toma cuidado ta? – e terminou a frase olhando em seus olhos.

– O que aconteceu ontem Shaoran? – era Sakura quem perguntava.

– Ah nada de mais. Estava sem sono e fui dar uma volta no parque. Lá acabei encontrando a Flory e foi só.

– Mas se estiver sentindo algo, não hesite em me chamar ta?

– Claro, Sakura querida.

(QUE FOFO!)

Tudo transcorreu normalmente na aula. No final da aula, estavam todos saindo quando Flory parou Eriol e os outros. Menos Mel (vou chamar Melanie assim agora) que já tinha ido embora.

– Será que posso conversar com vocês?

– Sobre o que? – disse Eriol com receio.

– Acho que é um assunto de interesse de todos. Onde podemos nos encontrar?

– Na minha casa. – disse Eriol.

– Certo. Então vejo vocês daqui uma hora lá. Até logo.

Mais tarde...

Quando Flory chegou, já estavam todos lá. (Eriol, Sakura, Shaoran, Tomoyo, e claro, Spinel, Ruby Moon, Yue e Kero). Flroy sentou-se e já foi falando:

– É melhor falarmos sem enrolações. Vim aqui por tenho um assunto de interesse de vocês. É sobre a Espada de Mantis.

– Hã? – foi o que todos disseram ao mesmo tempo.

– Sei que devem estar espantados, mas é de grande importância isso não acham?

– Mas como? Quando? – disse Sakura ainda em choque por ter ouvido isso.

– Creio que sabe porque possui poderes mágicos não é? – disse Eriol com grande calma.

– Você tem poderes mágicos? – disse Tomoyo entusiasmada – isso é tão contagiante!

Todos apenas olharam pra ela constrangidos.

– Você já sabia disso Eriol – disse Sakura – e porque não me contou?

– Com tantas coisas acontecendo não deu tempo de lhe falar Sakura. Além disso, acho que era pra ser um segredo não é mesmo Flory?

– No começo sim, mas como as coisas estão mudando de figura, acho que está na hora de contar certas coisas.

– Como assim mudando de figura? – disse Shaoran que até agora estava calado.

– Talvez posso começar por ontem Shaoran. Diga-me: ontem você não foi dar uma volta apenas por falta de sono, não é?

– O que? Como assim?

– Tenho informações que consegui, e posso afirmar que você saiu de sua casa por causa de um feitiço.

– Feitiço? – disse Sakura – Que tipo de feitiço?

– Não sei ao certo, mas acho que é um feitiço de hipnotismo muito antigo e muito poderoso.

– O que te leva a crer nisso? – se manifestou Yue.

– O fato de ter ouvido um canto muito estranho ontem à noite, o que me fez sair de casa procurar pela pessoa que fez aquilo e encontrar Shaoran totalmente perdido.

– Mas porque alguém iria querer enfeitiçar Shaoran? – disse Tomoyo.

– Não tenho certeza, mas...creio que quer chegar até você Sakura.

– EU! – disse Sakura assustada.

– E porque essa pessoa simplesmente não ataca Sakura em vez de Shaoran? – disse Eriol.

– Isso eu não sei. Mas de uma coisa eu tenho certeza: aquele que é o portador da Espada de Mantis quer te...destruir...Sakrua.

– O QUE? – disse Kero. – Como ele ousa pensar numa coisa dessas? E porque?

– Concordo com ele – disse Shaoran que já começava a ficar nervoso com toda aquela história. – Porque?

– Isso eu quero descobrir. Essa foi uma das razões por eu ter vindo pra cá.

Eriol apenas suspirava. A situação estava mais grave do que ele tinha suposto. Depois dessa reunião de muitos esclarecimentos, todos se dirigiram pra casa.

– "Não contei tudo que sei. Mas não posso. Por enquanto não. Espero que Shaoran resista".

Era noite novamente. Noite de lua cheia. E o mesmo ser estava lá novamente.

– Será hoje! E nem aquela Flory irá me impedir!Hahahahaha!

Então a pessoa se pôs a cantar novamente. Dessa vez, Shaoran já estava acordado, pensando naquilo tudo que tinha ouvido à tarde. Quando ouviu a voz, nem se preocupou em tentar não escuta-la. Achou melhor descobrir de uma vez quem estava chamando-o.

– Dessa vez foi fácil. Vejo que Shaoran não está mais resistindo. Isso é muito bom!

Quando Shaoran chegou no parque pingüim, a música parou novamente. Ele ouviu novamente passos e até achou que fosse Flory, mas não era. Era Melanie. Ao vê-lo, ela levou um susto, mas disse calmamente:

– Você por aqui e essa hora?

– Não foi nada. E você?

– Eu também. Quer dar uma volta?

Shaoran olhou pra ela com receio.

– O que foi? Eu não mordo.

– Hã? Vamos, vamos.

Os dois começaram a andar. Conversavam sobre vários assuntos: escola, amigos, provas. Então eles se sentaram num banco. Melanie começou a falar:

– E aquele assunto da Sakura resolveu?

– Que assunto?

– Que você não conseguia dominar seus sentimentos.

– Ah, aos poucos eu consigo.

– Que bom.

Os dois ficaram se olhando por um tempo. Shaoran tentava não olhar diretamente para o rosto dela, pois tinha medo de sentir aquela sensação esquisita de novo. Foi então que os dois disseram ao mesmo tempo:

– Shaoran...

– Mel...

Ela riu e depois ficou séria. Então ela de repente segurou-o pela nuca e beijou-o. Shaoran levou um susto e tentou se desvencilhar. Mas ela mesma o soltou dizendo:

– Desculpa Shaoran, eu não devia ter feito isso.

Shaoran ainda estava meio surpreso com a reação dela. Foi quando então a famosa voz começou a ecoar em seu pensamento:

"Então atenda sua mente,

Mesmo que o coração seja contra.

Shaoran, meu querido.

Não resista, não.

Pois você...já é meu."

Esse verso não parava de repetir na sua cabeça. Mas ao contrário das outras vezes, ele não conseguia mais resistir. Não queria mais resistir. Foi quando passou sua mão pela nuca de Melanie e a beijou. Ela se assustou, mas retribuiu. E naquele momento tão conturbado, ele não pensava em mais nada. Nem mesmo em...Sakura.

Continua...

E agora? Será que Shaoran virou um cafajeste? Nãããõoo sei. Só sei que dúvidas, críticas, elogios, sugestões, e só mandar um e-mail.

Mystik