Oi! Não vou ficar enrolando aqui com notinhas. Vamos ao que interessa:
Capítulo 6: Uma vitória do mal
Após longos minutos, Shaoran largou Melanie. Ela estava vermelha como um pimentão. (Se ela estava vermelha, imagine Shaoran!). Ele ia falar algo, quando ela o impediu:
– Não diga nada Shaoran. Eu sei que foi culpa minha.
– Que isso. A culpa foi minha. Eu que a beijei e...
– É, mas eu tinha agido primeiro. Desculpe, foi só um impulso. Não vai mais acontecer. Eu prometo.
– Claro, mas...
– Melhor eu ir. Boa noite Shaoran.
– Boa noite.
E após dizer, levantou-se e foi embora deixando um Shaoran super confuso. Depois de respirar fundo, ele também se levantou e foi para sua casa.
No outro dia...
Sakura chegou em cima da hora como sempre. Segundos após ela entrar na sala, o professor chegou dizendo:
– Conseguiu de novo não é senhorita Kinomoto?
Sakura apenas deu um risinho. As aulas caminharam tranqüilamente, mas ninguém percebia que havia algo estranho no ar. Apenas Eriol e Flory. Mas o que seria?
No fim das aulas, todos estavam se despedindo. Foi quando Eriol puxou Shaoran e lhe disse:
– Posso conversar com você?
– Hã? Claro.
– Meninas? Vão na frente, eu preciso falar com Shaoran. Vocês sabem, coisa de meninos.
– Engraçadinho. Até mais querido.
Era Tomoyo quem falava enquanto dava um beijo nele. Depois Sakura fez a mesma coisa e as duas se foram. Assim que elas foram, Eriol virou-se para Shaoran com uma cara séria e disse:
– Aconteceu alguma coisa ontem?
– Hã? Gasp é...der... não porque?
– Não minta pra mim Shaoran, eu te conheço. O que aconteceu ontem de incomum?
– Como assim?
– Você vai contar por bem ou terei que usar a magia? (nossa! Como o Eriol ta bravo!)
Após dizer isso, ele suspirou, sentou-se na grama e disse:
– Escuta, eu só estou perguntando porque eu estou preocupado com você!
Ao escutar isso, Shaoran resolveu contar. Então se sentou também e contou tudo: a voz que começou a ouvir, o seu encontro com Melanie, a sua conversa com ela, o seu...beijo. Após ter contado tudo, finalizou dizendo:
– E foi isso.
– Mas onde você estava com a cabeça Shaoran?
– Eu não estava usando a cabeça. E além disso, aquela voz não saía da minha cabeça.
– Que voz?
– Que mandava eu beija-la. Eu não consegui resistir.
– Meu deus...
Atrás de uma árvore, Flory ouvia tudo. Quando ouviu que Shaoran não resistiu a voz, deu um sorriso triste. E pensou: "Eu sabia. Mas o que o portador da espada de Mantis quer fazendo isso com ele?".
Anoitece em Tomoeda. (eu adoro a noite! Por isso, se vocês repararem, toda a ação se passa à noite. ). Temos aquele mesmo ser de novo no topo do prédio. E ele está sorrindo.
– Finalmente! Poderei terminar o encanto! E aí, você estará derrotada Sakura! Ahahahahahahahahaha!
E ao dizer isso, tirou do bolso um pequeno saquinho de pano. Encostou a espada no chão e abriu o saquinho. Dele tirou um pequeno pó dourado. Enquanto soprava na noite ia recitando:
Poderes obscuros!
Eu vos invoco!
Há um ser humano
Que caíste em teu feitiço.
Faça o que peço.
Voe pelo ar,
Encontre suas forças nesta lua cheia,
Ache esse ser e termine
O encantamento começado.
Após terminar esse pó mágico.
Ouça minhas palavras!
Continuou repetindo até que o saquinho se esvaziou. Então, a pessoa pegou a espada, empunhou pra frente e disse em voz alta:
– Que seus lábios sintam esse poder! Que cada vez que beijar Sakura, não sinta o mesmo gosto adocicado de antes! Que sinta aversão desses lábios! E então, que se separe dela para não se sentir mais mal!
Ao terminar essas palavras, um raio azul saiu da ponta da espada e percorreu a noite. Entrou num certo apartamento e cobriu o corpo de um certo jovem que nem percebeu nada. Após isso, a pessoa disse:
– Pronto. O encantamento está terminado! Agora, é só esperar pra ver! Ahahahahahahahahahahahahaahaaha! Sakura, você já era! Aahahahahahahahaaha!
No outro dia... (depois dessa noite conturbada...)
Shaoran acordou se sentindo estranho. Parecia que algo estava nele, mas não sabia o que era. Resolveu tomar logo o café e ir pra escola. Ao longo do caminho, essa sensação passou e ele resolveu deixar pra lá. Quando chegou na sala de aula, viu que todos já estavam l�, inclusive Sakura. Ela chegou perto dele e disse:
– Bom dia querido Shaoran!
– Bom dia Sakura.
Então ela o beijou. Quando sentiu aqueles lábios encostados nos seus, sentiu um arrepio que subiu da ponta do dedo do pé a te o último fio de cabelo. Depois, sentiu uma sensação de aversão como nunca sentira antes. Com todos essas sensações misturadas, ele se afastou de Sakura. Ao fazer isso, Sakura perguntou:
– O que foi?
– Nada, nada. Só me senti um pouco tonto. Não é nada de mais. Vamos nos sentar?
– Claro.
Flory, Eriol e até Tomoyo estranharam aquela atitude de Shaoran. Flory suspirou tristemente. "Acho que já está feito." Pensou resignada.
A semana passou normalmente, exceto por Shaoran agir tão estranhamente. Ele estava mais frio com Sakura, quase não a abraçava, sequer a beijava. Nem pareciam namorados. Isso deixava Sakura muito triste e Tomoyo e Eriol muito preocupados. Então, um dia, Shaoran chegou a Sakura e disse:
– Você vai fazer algo hoje à tarde?
– Não porque?
– Podemos dar uma volta?
– Claro! – disse Sakura toda feliz enquanto pensava – "Será que vai voltar tudo ao normal?"
– Então depois da aula a gente se encontra aqui.
– Tudo bem.
E dizendo isso, Shaoran se afastou. Mas Sakura não estava mais triste. E foi com uma cara muito melhor do que nos últimos dias que Sakura correu até Tomoyo e contou-lhe o que Shaoran falou. Após terminar disse toda contente:
– Acho que ele quer pedir desculpas por esses últimos dias!
– Tomara Sakura, tomara.
No final da aula, Sakura e Shaoran saíram juntos e foram até o parque. Tomoyo é claro, não querendo perder uma oportunidade, foi atrás disfarçadamente para filma-los, enquanto levava Eriol a tiracolo.
– Mas porque quer filma-los Tomoyo querida?
– Ora Eriol, não percebe que isso será uma reconciliação entre os dois? Não posso perder isso! Ai, ai, será encantador!
Eriol a olhou com uma gota na cabeça.
Os dois caminhavam normalmente e Sakura tentava dar a mão para Shaoran que não fazia objeção, mas também não parecia muito entusiasmado. Isso fez Sakura perder um pouco a esperança. Então ele se sentou e a convidou a fazer o mesmo. Após isso, Shaoran começou:
– Sakura, eu queria pedir desculpas por andar tão estranho ultimamente.
– Que isso Shaoran. – disse Sakura caprichando no sorriso.
– Acontece que esses dias eu tenho andado muito ocupado pensando em certos assuntos e por isso te chamei aqui, Tenho algo muito sério para te falar.
– Pode falar, sou toda ouvidos.
– Acontece que... acho... que não... devemos namorar mais.
Essa notícia pegou Sakura de surpresa. Ela ficou muda, parecia que o chão tinha sumido de seus pés. Lágrimas começaram a brotar de seus olhos. Quando conseguiu falar, tudo o que disse foi:
– Mas... porque?
– Sinto que não gosto mais de você como gostava antes. E não queria ficar te enganando.
(OHHHHHHH. Não!)
Quando Shaoran se levantou e se despediu de Sakura, Tomoyo percebeu que alguma coisa estava errada. Ela permaneceu parada e depois de alguns segundos, saiu correndo. Ela podia jurar que Sakura estava chorando.
Sakura não acreditava no que tinha ouvido.Porque aquilo estava acontecendo? Num dia estava tudo bem com os dois, e no outro ele veio estranho e começou a evita-la. Chegou em casa e subiu direto para o quarto. Quando chegou se atirou na cama e começou a chorar como nunca havia chorado em sua vida. Não se sentia tão triste desde que... Shaoran havia partido para Hong Kong. Kero ficou preocupado.
– O que houve Sakura?
– Nada Kero. Nada.
– Porque não quer me contar?
– Só quero ficar sozinha. Por favor.
Kero olhou para ela com muita tristeza. Resolveu descer (não havia ninguém em casa) e ligar para a Tomoyo. Quem sabe Sakura contava para ela? Ele ligou e disse como Sakura estava. Tomoyo ficou ainda mais preocupada e resolveu visita-la. Quando chegou, Viu Touya e Fujitaka sentados na sala com desânimo.
– Olá Tomoyo.
– Olá senhor Fujitaka. Sakura est�?
– Sim, está lá no quarto. Converse com ela, talvez ela se sinta melhor.
– O senhor sabe o que aconteceu?
– Ela não falou com ninguém desde que chegamos. Mas quem sabe você ela receba.
– Então vou subir. Com licença.
Tomoyo bateu na porta e entrou. O que viu foi deprimente. Sakura estava olhando na janela. Seu rosto estava lívido, sem sentimento algum. Parecia que tinha desistido de viver. Tomoyo se aproximou e disse:
– Sakura, não agüento ver você assim! O que aconteceu?
Sakura virou o rosto. Seus olhos estavam brilhantes, com lágrimas escorrendo. Então ela murmurou:
– Ele... me abandonou.
– Oh, Sakura não fique assim.
Então ela a abraçou. Sakura se sentiu protegida e muito melhor.
– Terá que superar essa Sakura. Sei que conseguirá porque estarei do seu lado no que precisar.
– Obrigado.
Depois de muito tempo conversando, Tomoyo foi embora deixando Sakura mais animada. Teria que enfrentar a vida. Teria que enfrentar Sahoran. Resolveu dormir.
No outro dia, ela não acordou atrasada e desceu para o café.
– Que milagre hein monstrenga?
Sakura nem respondeu. Touya viu que a situação era séria e resolveu ficar quieto. Depois de comer o café da manhã, Sakura pegou suas coisas e disse beeeeeeem desanimada.
– Até logo papai, até logo Touya.
E foi. Chegou na escola e Tomoyo já estava lá. Eriol chegou logo depois e reparou o que havia acontecido só de olhar pra Sakura. Então pensou: "Sahoran você é mesmo um tolo."
O professor entrou na sala. Shaoran não havia chegado ainda. Depois de fazer a chamada, ele disse:
– Hoje nós temos uma triste notícia. O aluno Shaoran Lee irá voltar para Hong Kong depois de amanhã.
Continua...
Ohh! Que tragédia! Espero que tenham gostado! Estamos chegando na reta final! Qualquer coisa, mandem e-mails!
Mystik
