Um beijo não é apenas um beijo
Capítulo 12: o Feitiço
"O que diabos está fazendo aqui, Malfoy?" Harry conseguiu finalmente dizer, ainda chocado.
Malfoy parou em frente a Harry e baixou a varinha. Ele tinha uma expressão estranha, quase como se não conseguisse se concentrar.
"Sei o que você e Weasley estão tentando fazer," ele disse, olhando Rony com desprezo. "Estou aqui para impedi-lo de cometer um erro."
Harry arregalou os olhos, descrente. O que Malfoy queria?
"Ah, você quer, não é mesmo?" Rony falou enraivado. "E como você sabe disso?"
Malfoy apenas lançou para Rony outro olhar de desprezo e virou-se para Harry. "Você está tentando o recurso de Merlin, não é mesmo, Potter?"
"É, como você sabe?"
"Não importa como sei," Malfoy disse impaciente, "Você tem que me deixar ser o outro no feitiço, e não o Weasley."
Harry jogou a cabeça para trás e forçou uma risada. "Essa é a coisa mais engraçada que você disse esse ano, Malfoy. Eu nunca aceitaria sua ajuda, nem se minha vida dependesse disso! Mas... peraí! Minha vida dependeria disso se eu te deixasse fazer esse feitiço comigo, não é Malfoy? Certo. Acho que já sabe minha resposta, Malfoy: NÃO! Agora caia fora."
"Já esperava que agisse assim," Malfoy disse, virando-se para Crabbe e Goyle e acenando a cabeça. Eles guardaram as varinhas. Ele se virou para Harry, um olhar de dor e desespero em seu rosto. "Mas tem que me deixar ajudar," ele continuou, "preciso salvá-la, eu não suportaria vê-la morrer só porque você foi idiota demais pra achar o bruxo certo. Tem que me deixar ajudar, Harry."
Malfoy nunca havia chamado Harry pelo primeiro nome antes. Isso, combinado com a expressão de desespero e a necessidade de ajudar Hermione deixaram Harry completamente desnorteado.
"O que está dizendo, Malfoy? Que você ama Hermione? Isso não pode ser!" Harry não conseguiu segurar, ele teve que perguntar. Olhou um instante para Rony e viu que o queixo dele estava caído. Rony olhava para Malfoy como se fosse a primeira vez que visse um fantasma.
"Sim! Eu admito! Eu a amo! Feliz agora?" ele disse, correndo os dedos pelos cabelos, com uma expressão de tristeza. Crabbe e Goyle colocaram suas mãos nos ombros dele, para acalmá-lo, mas ele as tirou.
"Eu não acredito em você. Está inventando isso. Não sei porque, mas tenho certeza que você tem alguma razão maluca pra fazer isso," Harry falou, ficando nervoso por causa desse incidente bizarro.
"É, Malfoy," Rony disse com raiva, indo até a mesa, onde largou seu cálice. "Você está apenas tentando matá-los. Além disse, mesmo que você a ame, você não se encaixa nos critérios. Diz que você não pode ter nenhuma mágoa em seu coração contra nenhum dos dois, e você com certeza tem."
Malfoy olhou de Rony, que tinha os punhos fechados colados ao quadril, para Harry que balançava a cabeça descrente, com os olhos estreitados. Ele colocou a mão nas vestes, de onde tirou dois pequenos frascos de vidro. Um estava cheio com um liquido transparente, o outro com um preto opaco. O vidro dos frascos brilhava contra as luzes das tochas da enfermaria.
"Sabia que não acreditariam em mim, então trouxe isso," Malfoy disse, balançando os frascos. "Eles vão me ajudar a provar que eu deveria te ajudar e não o Weasley," ele deu um sorriso sarcástico.
"Certo, aceito," Harry disse sarcasticamente, olhando ao redor do quarto fingindo que se divertia, os olhos finalmente repousando sobre Malfoy. "O que tem nos frascos, se posso perguntar?"
"Que bom que perguntou, Potter," Malfoy disse, rivalizando o tom de Harry com um pouco de seu sarcasmo. "O transparente é veritaserum, o preto é um anti-serum."
"Vertiraserum? Onde conseguiu isso?" Rony perguntou impressionado. "Snape o guarda numa corrente ao redor do pescoço." Malfoy ignorou.
"Aposto que o papai dele mandou," Harry disse. "Mas o que é anti-serum?"
"Você já prestou atenção à aula, Potter?" Malfoy disse friamente. "Nós os estudamos na sexta. Espere! É mesmo, você não estava lá – provavelmente se lamentando por causa de seu verdadeiro amor."
Harry o olhou feio enquanto ele continuava. "Cancela o efeito do serum para qual foi feito. Não quero ficar dizendo meus segredos para seu prazer, Potter. Se eu tomar o anti-serum depois de dizer o que preciso dizer, vai anular o efeito do Veritaserum instantaneamente."
"O que me lembra, por que tenho que fazer isso tudo quando já tenho Rony para me ajudar?"
"Porque Weasley não a ama de verdade. Vi o jeito que ele olha para aquela bruxa da Lufa-lufa que ele convidou para o baile de inverno. Ele é muito lerdo pra saber o que é amar de verdade."
Rony fez um som de irritação e Harry perguntou, "E você sabe, então? Você sabe como é amar de verdade? Não sei porque, não acho que você seja capaz de amar mais ninguém além de si mesmo."
"Continue a me insultar o quanto quiser. Está perdendo tempo. Pra provar o que digo, porque não damos Veritaserum para o Weasley? Aí você mesmo pode perguntar se ele a ama de verdade."
"Não vou tomar nada que esse cara me der. Essa coisa no frasco provavelmente é venenosa," Rony disse.
"Bem pensado, Rony," Harry disse, olhando para Malfoy na expectativa.
"Está bem, eu tomo primeiro, depois dou ao Weasley," Malfoy disse, como se Rony nem estivesse lá. Harry não sabia porque estava deixando Mlafoy fazer isso, mas finalmente descobriu. Talvez fosse porque não quisesse que o desgosto que sentia por ele atrapalhasse o seu raciocínio em algo tão importante. E talvez aquele mimado idiota estivesse certo.
Malfoy tirou a rolha do frasco contendo a poção da verdade. Ele virou um pouco e lambeu o lábio inferior. Em menos de um segundo, ele estava sentado no chão, os olhos vidrados e sem foco.
Harry colocou seu cálice na mesa e se abaixou com Rony para que eles pudessem olhar nos olhos de Malfoy. Uma forte tentação de perguntar coisas não relacionadas com a tarefa a sua frente passou rapidamente pela cabeça de Harry. A vontade de fazer logo o feitiço o manteve concentrado, e ele olhou para Crabbe.
"Escreva a senha do salão comunal de Sonserina em um pedaço de pergaminho."
Crabbe parou um segundo, confuso. "Malfoy vai poder mudar depois," Harry disse impaciente, "ele é um monitor, lembra?" Crabbe apenas continuou a olhar para ele. Rony virou os olhos e pegou uma pena e um pedaço de pergaminho na mochila de Harry. Ele os entregou para Crabbe, que rabiscou algo e devolveu para Harry.
"Qual a senha para o salão comunal da Sonserina?" Harry perguntou a Malfoy, que estava pálido, um expressão vazia.
"Flecha venenosa," Malfoy respondeu, sua voz monótona. Sua resposta correspondia a que estava no pergaminho. Harry e Rony trocaram olhares impressionados. Talvez isso fosse de verdade. Talvez Malfoy não estivesse brincando com eles.
"Qual era o nome de seu elfo domestico?"
"Dobby."
Harry teve que respirar fundo antes das próximas perguntas.
"Você ama Hermione?"
"Sim."
"Você tem algo contra ela?"
"Não. Eu a amo com todo meu coração. Eu a amo tanto que dói. Eu amo tant-,"
"Certo, já entendi! Basta!" Harry o interrompeu. Isso era demais, Malfoy realmente amava Hermione. Harry estava tão pasmado por ouvi-lo dizer isso que parou tempo suficiente para que Rony fizesse uma pergunta.
"Você tem algo contra Harry?"
"Não. Não consigo sentir nada além de amor por Hermione. Não há espaço em meu coração para sentir mais nada além de um amor ardente por ela."
Harry quase riu de nervoso por causa da ultima resposta. Como Malfoy podia dizer algo assim? Ele tinha aproveitado todas as oportunidades nos últimos quatro anos para provar o quanto odiava Harry – e Hemrione também. Ele estava enfeitiçado? Harry tinha que saber?
"Você está sob algum feitiço para fazer você falar isso?"
"Não," veio a resposta direta. Malfoy depois olhou para Goyle, que tirou o anti-serum da mão de Malfoy, tirou a rolha, e deu para ele beber. Instantaneamente, seus olhos retomaram o foco e ele se levantou sorrindo.
"Viu, Potter. Não estava mentindo. Eu tenho que fazer o feitiço com você, não ele. Mas devemos testa-lo de qualquer jeito, porque eu sei que você ainda não confia em mim."
"Concordo," Rony falou, surpreendendo Harry. "Eu devo tomar. Mas não para testar se eu estou ou não falando a verdade sobre o que sinto por ela. Eu posso te dizer agora: não tenho certeza. Eu ia te dizer isso antes do Malfoy entrar... eu lamento, Harry."
"Pensei que você tivesse dito que tinha certeza que a amava."
"Eu sei, mas depois do que você disse no banheiro da Murta hoje, eu não tenho mais tanta certeza."
"Ah-ha!" veio a voz de Malfoy atrás deles. Harry olhou por cima do ombro, os olhos estreitos para Malfoy. "Quer calar a boca?" ele disse entre os dentes cerrados.
Malfoy o ignorou, "Eu sabia! Eu sabia que ele não a amava! Ele é muito idiota pra amar alguém do porte dela. A classe, a inteligência e a beleza dela seriam perdidas com ele."
Totalmente perturbado pela declaração de amor de Malfoy, Harry olhou para Rony, que continuava a falar "eu lamento". Harry não acreditava no que estava acontecendo. Ele olhou para o teto como se algo fosse lhe dizer o que fazer. Ele pensou em Hermione e no tempo que estava perdendo. Ele tinha dado a poção para ela minutos atrás, quanto tempo demoraria até que eles tivessem que fazer outra?
"Mesmo assim devo tomar o veritaserum," Rony disse, interrompendo os pensamentos de Harry. "Temos que ter certeza que é verdade, e não Malfoy fingindo."
"Está certo, temos que testar. Malfoy, dê o veritaserum para Rony" Harry disse.
"Pergunte algo que você ache que não quero lhe dizer," Rony disse, bebendo o Veritaserum. Ele caiu de joelhos e ficou com o mesmo olhar fora de foco que Malfoy quando estava sob o efeito do serum. Harry se abaixou para questioná-lo.
"Qual o nome da primeira garota que você beijou?"
"Millicent Bulltrode," Rony respondeu. Apesar da ansiedade que estava sentindo por causa do feitiço, Harry riu. Malfoy, Crabbe e Goyle se juntaram a ele.
"Certo, me dê o anti-serum," Harry disse, ficando logo sério. Ele deu o anti-serum para Rony, cujo olhar voltou a foco. Ele se levantou e cruzou os braços.
"Por que me perguntou isso, Harry?" ele disse, corando e evidentemente irritado.
Harry engoliu a seco e tentou ficar sério, enquanto Malfoy, Crabbe e Goyle ainda riam. "Você me pediu para perguntar alguma coisa que você não quisesse me dizer. Foi a única coisa que pensei. Acho que isso que dizer que a poção funciona?"
"Dá pra dizer que sim," Rony disse, as orelhas ainda vermelhas.
Harry virou-se para olhar pra Malfoy, que tinha parado de rir e olhava para Hermione arrebatado. Crabbe e Goyle trocaram um rápido olhar antes de voltar a suas caras de costume.
Harry decidiu fazer uma oferta, ainda sem acreditar nas palavras que saiam de sua boca. "Bem, parece que você é o único que pode me ajudar. Acho que você está certo – apesar de eu odiar admitir. Se você prometer não contar a ninguém sobre isso, então concordo que você seja o outro bruxo no feitiço."
"Eu juro solenemente pela honra do nome da família Malfoy que não vou contar a nenhuma alma viva sobre isso," ele prometeu, cruzando o coração. Ele batia o pé impaciente.
"Crabbe e Goyle também?"
"Crabbe e Goyle também."
Algo dentro de Harry ainda estava inquieto por confiar em Malfoy. Mas ele não parecia ter escolha, então ele decidiu se apressar por causa do tempo.
Cheio de insegurança, Harry pegou os dois cálices e entregou um a Malfoy. Ele pegou e olhou o líquido.
"Espere um pouco, Potter. Se eu vou beber essa coisa, tenho que ter certeza que você fez certo. Está com a receita?" Malfoy perguntou, cheirando a poção com dúvidas.
Harry expirou irritado. Ele pegou a folha rasgada com as instruções da poção e entregou com raiva para Malfoy.
Malfoy desamassou a página e começou a ler. Seus olhos pararam concentrados e ele parou para olhar para Harry. "Você fez a substituição?" ele perguntou.
"Fiz, por que?"
"Nada não," Malfoy disse, um sorriso torto em seus lábios.
"Não podemos ir logo com isso?" Harry perguntou. Ele estava ficando bastante impaciente. "Eu dei a poção a ela há uns minutos, não sei ao certo o quanto vai durar."
"Uma vez na vida, Potter, você está certo. Vamos terminar logo com isso," Malfoy recolocou a pagina na mesa.
"À saúde dela," ele disse, levantando o cálice como num brinde. Os dois beberam a poção.
Tinha um gosto estranho de cobre e fez Harry queimar por dentro. Ele olhou a reação de Malfoy, mas ele apenas olhava Hermione como se nunca tivesse visto uma mulher.
Harry segurou o pergaminho com o que eles tinham que dizer de um jeito que Malfoy pudesse ler com ele. Ele deu um cutucão nas costelas dele pra que prestasse atenção.
"Certo, eu começo," Harry disse, nervoso. Ele nunca tinha feito um feitiço tão complicado antes, com tantas palavras e tantos riscos. Ele tirou sua varinha e apontou para Hermione. Eles recitaram o feitiço, alternando as falas.
"Audiatme, Morgana, priestess de Avalon, defedo de su soros. Audiatme mi desiderium per liberare mi amor verus de su incantata dormio," Harry falou, concentrando-se ao máximo para que toda sua energia fosse canalizada no feitiço. Uma leve brisa passou por seus cabelos.
"Audiatme, Morgana, priestess de Avalon, defedo de su soros. Audiatme mi desiderium per liberare la lamiae que amor de su incantato dormio," Malfoy disse, sua varinha apontada para Hermione. Harry podia sentir um tipo de energia ao redor dele. A brisa aumentou, espalhando pergaminhos soltos pela enfermaria. Malfoy estava inquieto a seu lado.
Harry disse a fala seguinte mais alto, com mais urgência, "Invoko su amor de Merlin, lo amplus e fortus veneficum e defensoris de vita, permittat expergiscora libre de memoria de su dormio. Declaro amor aeternus per suusa, mi amor verus, mi universitas." Um forte vento soprou na enfermaria, seu uivo ecoando nas paredes e aumentando de volume. Malfoy teve que gritar para que sua fala fosse ouvida.
"Invoko su amor de Vivaine, tuus mentor e priestess, permittat expergiscora libre de memoria de su dormio. Abicio todo causa en suusa de mi amor creatur. Mi cor cordis est libre de malevolentia que abominat en hominis."
Eles gritaram a última parte juntos. "Tres num bibamur de la Elixir de Paenitentia, libre su soro de vestra consecro e permittaturla amblatur con nos denuo.
No último verso do feitiço, jatos de luz azul brilhante voaram das duas varinhas. Um sopro de vento ainda mais forte passou pela enfermaria, apagando tochas, espalhando suprimentos por todos os lados. Harry estava completamente concentrado em Hermione, seus ouvidos vibrando com o som da ventania e com a canalização de energia. Seus olhos lacrimejavam e suas roupas rasgavam-se com a força do vento ao redor deles.
A lua azul-clara mágica no pulso de Hermione começou a brilhar no centro do vento girante e iluminou a energia mágica. A imagem saiu do braço dela e aumentou, virando uma imagem tri-dimensional sobrevoando-os. Com um grito que perfurou os ouvidos de Harry, a imagem se explodiu em milhões de pequenas partículas douradas, que dissiparam quase instantaneamente. O vento e feixes de luz brilhantes intensificaram. Harry teve a impressão que Rony gritara alguma coisa, mas não conseguiu ouvir, por causa do rugido do vento. De repente, tudo parou. Harry e Malfoy foram atirados para trás, caindo no chão da enfermaria.
Harry se sentou apoiando-se nos cotovelos. Sentia-se fisicamente exausto. Ele tentou ajeitar os óculos e depois se levantar, mas descobriu que não tinha forças. O cômodo estava quase na completa escuridão e tão silencioso quanto um cemitério. "Lumos," ele ouviu Rony dizer. Ele estava em pé ao lado de Hermione, a varinha acesa, a expressão preocupada.
"Bem, funcionou?" ele ouviu Malfoy falar. Olhando em volta, ele viu que Malfoy também tentava desesperadamente se levantar. Crabbe e Goyle seguraram pelos braços e o colocaram de pé. Eles continuaram apoiando-o, com a cara feia.
"Eu não sei," Rony respondeu, procurando por algum sinal de consciência. Ele segurou o pulso dela e o virou. "Mas parece que a lua sumiu. Isso é um bom sinal."
Harry lutou por alguns instantes e finalmente pôs-se de pé, cambaleando. Antes que ele pudesse chegar a Hermione, Malfoy gritou, lutando contra Crabbe e Goyle e indo até o lado dela. Ele empurrou Rony para o lado, surpreendendo, e ele caiu no chão.
"Hermione, meu amor," ele disse gentilmente. "Acorde. Sou eu, Draco." Antes que qualquer pudesse impedir, ele se dobrou para beija-la, seus lábios descendo para fazer contato com os dela.
A tradução do Recurso de Merlin:
Harry: Ouça-me Morgana, sacerdotisa de Avalon, protetora de suas irmãs. Ouça meu apelo para libertar meu amor verdadeiro de seu sono encantado.
Draco: Ouça-me Morgana, sacerdotisa de Avalon, protetora de suas irmãs. Ouça meu apelo para libertar essa bruxa que eu amo de seu sono encantado.
Harry: Eu invoco seu amor por Merlin, o grande e poderoso mago e protetor da vida, deixe-a sair livre das memórias de seu sono. Eu declaro meu amor imortal por ela, meu amor verdadeiro, meu tudo.
Draco: Eu invoco seu amor por Vivaine, sua mestra e sacerdotisa, deixe-a sair livre das memórias de seu sono. Eu abandono qualquer reivindicação de meu amor por ela. Meu coração está livre da maldade que você tanto odeia nos homens.
Ambos: Nós três bebemos do Elixir do Arrependimento, liberte sua irmã da maldição e permita que ela caminhe entre nós outra vez.
