Notas de autor:
Olá vocês todos! Essa fanfiction foi e voltou e eu resolvi começar da estaca zero. Mudei o começo, coloquei uns personagens originais aqui e acolá (prometo não deixa-los virar Mary Sues!!), mas só figurantes, no máximo coadjuvantes, não se preocupem, nenhum deles vai ter papéis maiores na trama. ^.~ Diferenças nos nomes podem acontecer, eu li a série em inglês e não sei o nome de algumas coisas em português, ou mesmo o nome dos personagens pode mudar de uma hora para outra, me avisem se isso ocorrer! Os personagens e universo de Harry Potter pertencem a J.K. Rowling, e à Warner Bros. Eu não possuo direito algum, a não ser de alguns personagens originais, eu não estou ganhando dinheiro algum com essa história, ou me favorecendo de outros meios, bla bla bla... (declaração de praxe)
I Pó de Flu
E mais uma vez, se encontrava Harry Potter espichado em sua cama, em uma modesta, porém impecável casa pertencente à sem dúvida mais irritante família de trouxas de toda a Bretanha. Em cima de uma mesa velha e descascada, manca de uma perna e calçada por um tênis velho para não ceder para a direita, dezenas de livros espalhados, papéis e tinta, coisas comuns no quarto de um jovem de 15 anos. Mas Harry Potter não era um menino comum. Não só era um bruxo, como também era o bruxo mais celebrado de toda a região Bretã, sendo o herói que livrou o mundo dos magos do inescrupuloso Lorde das Trevas, Voldemort. Voldemort assassinara centenas de bruxos e bruxas no passado, incluindo os pais de Harry, Lílian e Tiago Potter, e o teria feito a Harry também, não fosse um pequeno detalhe; inexplicavelmente, o feitiço mortal que Voldemort ateou contra o menino, que contava apenas um ano, não só falhou como voltou contra o mago, fazendo com que desaparecesse, pelo que o povo mágico esperava ser a eternidade.
Porém, não foi bem o que aconteceu. Unindo suas forças restantes e com a ajuda de alguns seguidores, voldemort conseguiu retornar à antiga forma de pura maldade que o constituía, gozando agora de um poder quase onipotente, ameaçando novamente toda a sociedade dos Bruxos e o mundo dos trouxas.
E era isso que pesava na cabeça do jovem Harry Potter naquele momento. Estirado sobre os lençóis desarrumados de sua cama, as mãos sobre o rosto cansado, pensava em tudo que estaria por vir em seu próximo ano. Só uma coisa lhe dava segurança; dentro de não muito tempo estaria de volta à escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, sob a proteção de Alvo Dumbledore, e, na opinião de Harry, se aquele não era um lugar seguro, nenhum outro o seria.
Um barulho á janela fez com que se levantasse. " Edwiges!" Harry sorriu ao ver sua coruja.
Trazia presa ao tornozelo uma carta, Seria a resposta de Dumbledore? Harry esperava ansioso pela permissão do diretor para deixar a casa dos Dursley, não havia mais como suportar os maus tratos de seus tios.
Desatando o envelope, Harry percebeu que a carta tinha um volume um pouco maior que o que esperava. O que seria? Abriu-o e leu a nota a ele destinada.
Harry,
O professor Dumbledore me avisou da sua situação com os Dursley (imagino que deva ser mesmo terrível, lembro-me de Petúnia mais jovem.. era intragável!). Caso queira deixar a casa hoje ainda, (creio que sim, não?), estou mandando uma dose de pó-de-flu no envelope. Às 6:25 a lareira da casa de seus tios estará conectada à rede dos Bruxos. Você terá 20 minutos, depois disso, a lareira voltará ao normal (medidas de precaução contra trouxas, coisas do ministério...). Esteja n'O Caldeirão Furado, estaremos aguardando. Ah, não esqueça de suas malas! Espero vê-lo em breve!
Remus Lupin
Harry olhou para o relógio em sua cabeceira. Seis e trinta. Tinha cerca de quinze minutos para arrumar suas coisas e aparecer no Beco Diagonal! Jogou tudo que pôde dentro de seu malão e tentou como pôde move- lo para a sala sem acordar os tios - Era sábado e tio Valter ficaria menos que satisfeito em ser acordado tão cedo num fim de semana.
Edwiges foi solta para achar o caminho sozinha, Harry sabia que conseguiria. O problema maior agora era chegar ao Beco Diagonal com o pó de flu. Só uma vez Harry havia viajado por esse método nada convencional, e havia sido um desastre. Agora não tinha outro jeito, se queria sair da casa dos Dursley, era naquele momento, ou nunca. Acomodou a bagagem dentro da lareira com alguma dificuldade, mas com sucesso ela estava lá dentro. Arremessou um pouco do pó contido no envelope, exclamando:
"Beco Diagonal!"
A bagagem desapareceu em um lampejo de chamas verdes, agora era a sua vez sumir.
Concentração. Dessa vez vai dar certo. Nada pode dar errado agora, você sabe como usar o pó de flu agora, e sabe o que acontece se disser a palavra errada...
"POTTER!!!"
Uma voz muito brava grunhiu na porta da sala. Tio Valter acordara no que Harry estava mandando sua mala pela lareira.
Mais que rapidamente, Harry esgueirou-se para dentro da lareira, mas Valter já estava em seu encalço. Conseguiu agarrar o pé de Harry, mas com um puxão rápido o garoto conseguiu livrar o pé das mãos do tio, mesmo que seu tênis tivesse ficado para trás.
Atirando o último bocado de pó na lareira, Harry exclamou apressado, para não ser pego novamente pelo tio; "Becodiagonal!Becodiagonal!Becodiago -" e sumiu nas chamas de cor verde, assim como fez sua mala.
........................................................................
Numa cadeira nos fundos do Beco Diagonal, em frente a uma grande lareira, uma figura em seus trinta e tanto anos, cabelos castanhos quase louros salpicados de fios brancos e olhos mansos aguardava pacientemente com seu cão deitado ao seu pé.
Balançava a perna impacientemente enquanto os dedos tamborilavam na superfície da mesa. O que o estava atrasando?
Lupin olhou mais uma vez para Sirius em sua forma canina, que agora já havia se levantado novamente.
- Te acalme almofadinhas! Daqui a pouco ele deve chegar.. ainda tem cerca de dez minutos...
O cão grunhiu alguma coisa e tornou a deitar-se no chão, com jeito aborrecido.
BANG!
Uma canastra coberta de livros, pedaços de roupa presos para fora, juntamente com uma vassoura, pergaminhos e tintas entre outras coisas aterrissou sobre o desavisado Sirius Black, deitado em frente à lareira.
Lupin apressou-se em retirar toda aquela bagagem de cima do velho amigo, e puxa-lo para outro lugar. Oras, se a bagagem chegara, tão logo Harry Potter estaria chegando também.
Sirius levantou-se, a cauda balançando animadamente, os olhos com um brilho que era visto tão ocasionalmente nos últimos tempos. Lupin aguardava em pé, os braços cruzados e um sorriso quase paterno entre os lábios.
...
...
...
Alguns minutos se passaram e nada de Harry aparecer na lareira, como sua Bagagem. O que teria acontecido de errado. Sirius olhou para Remo com uma expressão de interrogação no rosto.
"Ora, Almofadinhas, meu amigo.. ele deve aparecer a qualquer momento.. não se preocupe..." - Remo sorriu. Embora, no fundo estivesse mais tentando convencer a si mesmo que o que dissera era verdade, e que Harry Potter, filho de um de seus melhores amigos do passado, estria são e salvo ao seu lado dentro de alguns momentos.
O que não parecia que ia acontecer tão cedo...
.........................................
Num baque surdo, Harry aterrissou em um lareira desconhecida. Tateando o chão à procura de seus óculos, procurava, em vão reconhecer o ambiente em que se encontrava. Ao que levou os óculos ao rosto, percebeu o porque. Aquele definitivamente não era o Beco Diagonal.
O chão de pedra Bruta, assim como as paredes, teias de aranha nos cantos do teto sem forro e o cheiro de mofo davam uma aparência menos que agradável ao lugar. Estava dentro de algum cômodo à parte, Harry notou. Era um cubículo imundo, onde se encontravam caixas e mais caixas de alguma coisa que ele não tinha muita certeza se queria saber o que exatamente. Uma pequena porta de madeira parecia ser a saída daquela saleta. Ao menos agora ele saberia onde exatamente estava, e talvez, quem sabe, conseguir ajuda para chegar ao Beco Diagonal.
Não fosse a parede escorar as costas de Harry naquele momento, ele certamente teria se estatelado no chão com o odor fétido que emanava do lugar. Barris e mais barris de líquidos gosmentos, caixas com pós de cores variadas, ervas desconhecidas para os olhos de Harry. Outros Barris que a princípio despertaram a curiosidade de Harry, ficaram completamente desinteressantes quando leu qual o seu conteúdo nas pequenas placas; coisas como fígado e olhos humanos, cérebro de diversos animais, e outras coisas que Harry não teve a coragem de ler. Se havia alguém que deveria simpatizar com aquele lugar, seria Snape.
O fedor da loja deixava Harry um pouco zonzo. Onde estava sua bagagem? Ahn.. pelo menos ela deveria ter chegado no lugar certo... ou não? Bem.. isso ele resolveria depois. Agora só precisava cuidar de descobrir onde estava, e sair dali o mais rápido possível.
Atravessando a loja com cuidado para não ser percebido, não foi muito difícil, não havia ninguém, aparentemente, Harry conseguiu chegar à porta de saída, tendo tempo apenas para olhar a placa em frente à loja, que dizia "Casa de alquimia" e, para seu profundo desgosto, descobrir onde estava ao que reparou no ambiente da rua - A Travessa do Tranco.
A última vez que Harry estivera na Travessa do Tranco não fora nada agradável, por sorte havia sido encontrado por Hagrid. E, se em seu segundo ano, quando todos pensavam que Voldemort havia sido liquidado, já não era muito seguro aparecer por aquelas bandas, Harry não imaginava o que poderia acontecer se alguém o reconhecesse na ocasião turbulenta em que o mundo da Magia estava.
Tomando a precaução de cobrir sua cicatriz com a franja e esgueirar-se pelas paredes com a intenção de passar despercebido, Harry tentava atravessar o nada acolhedor lugar. O problema era achar a saída para o Beco diagonal, e Harry não se sentia nem um pouco seguro para perguntar às pessoas à sua volta.
A cada minuto que passava, Harry sentia o coração pulsar mais rápido. Estava tremendo agora. Pessoas de aspecto estranho fitavam-no com ares nada agradáveis. Bruxas carregando o que pareciam ser pedaços de cadáveres humanos, Harry não tinha certeza, Magos de ar sombrio, com suas longas vestes negras, o rosto parcialmente coberto por um capuz. Mendigos sentados no chão, escorados pelas paredes descascadas e cheias de limo das lojas - Uma coisa que chamou a atenção de Harry, não sabia que havia esse tipo de gente no mundo mágico - em grande parte deformados, cobertos por ataduras sujas, cobertas de sangue eco e podre.
Harry começou a passar mal depois de algum tempo naquele lugar. Tudo era cinzento, uma leve neblina corria pelo chão de pedras, que, como quase tudo na rua estava úmido. Apesar de ser verão, um vento frio percorria as ruelas, passando entre as casas e lojas. Harry nunca desejara tanto sair dali, até a casa dos Dursley era melhor que aquilo. Se ao menos pudesse encontrar alguém que conhecesse, antes que fosse encontrado por alguém que não queria, talvez pudesse -
- Te peguei! - de súbito, uma voz desconhecida bradou aos ouvidos de Harry no que mãos enlaçavam seu pescoço.
Harry Potter desmaiou.
Olá vocês todos! Essa fanfiction foi e voltou e eu resolvi começar da estaca zero. Mudei o começo, coloquei uns personagens originais aqui e acolá (prometo não deixa-los virar Mary Sues!!), mas só figurantes, no máximo coadjuvantes, não se preocupem, nenhum deles vai ter papéis maiores na trama. ^.~ Diferenças nos nomes podem acontecer, eu li a série em inglês e não sei o nome de algumas coisas em português, ou mesmo o nome dos personagens pode mudar de uma hora para outra, me avisem se isso ocorrer! Os personagens e universo de Harry Potter pertencem a J.K. Rowling, e à Warner Bros. Eu não possuo direito algum, a não ser de alguns personagens originais, eu não estou ganhando dinheiro algum com essa história, ou me favorecendo de outros meios, bla bla bla... (declaração de praxe)
I Pó de Flu
E mais uma vez, se encontrava Harry Potter espichado em sua cama, em uma modesta, porém impecável casa pertencente à sem dúvida mais irritante família de trouxas de toda a Bretanha. Em cima de uma mesa velha e descascada, manca de uma perna e calçada por um tênis velho para não ceder para a direita, dezenas de livros espalhados, papéis e tinta, coisas comuns no quarto de um jovem de 15 anos. Mas Harry Potter não era um menino comum. Não só era um bruxo, como também era o bruxo mais celebrado de toda a região Bretã, sendo o herói que livrou o mundo dos magos do inescrupuloso Lorde das Trevas, Voldemort. Voldemort assassinara centenas de bruxos e bruxas no passado, incluindo os pais de Harry, Lílian e Tiago Potter, e o teria feito a Harry também, não fosse um pequeno detalhe; inexplicavelmente, o feitiço mortal que Voldemort ateou contra o menino, que contava apenas um ano, não só falhou como voltou contra o mago, fazendo com que desaparecesse, pelo que o povo mágico esperava ser a eternidade.
Porém, não foi bem o que aconteceu. Unindo suas forças restantes e com a ajuda de alguns seguidores, voldemort conseguiu retornar à antiga forma de pura maldade que o constituía, gozando agora de um poder quase onipotente, ameaçando novamente toda a sociedade dos Bruxos e o mundo dos trouxas.
E era isso que pesava na cabeça do jovem Harry Potter naquele momento. Estirado sobre os lençóis desarrumados de sua cama, as mãos sobre o rosto cansado, pensava em tudo que estaria por vir em seu próximo ano. Só uma coisa lhe dava segurança; dentro de não muito tempo estaria de volta à escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, sob a proteção de Alvo Dumbledore, e, na opinião de Harry, se aquele não era um lugar seguro, nenhum outro o seria.
Um barulho á janela fez com que se levantasse. " Edwiges!" Harry sorriu ao ver sua coruja.
Trazia presa ao tornozelo uma carta, Seria a resposta de Dumbledore? Harry esperava ansioso pela permissão do diretor para deixar a casa dos Dursley, não havia mais como suportar os maus tratos de seus tios.
Desatando o envelope, Harry percebeu que a carta tinha um volume um pouco maior que o que esperava. O que seria? Abriu-o e leu a nota a ele destinada.
Harry,
O professor Dumbledore me avisou da sua situação com os Dursley (imagino que deva ser mesmo terrível, lembro-me de Petúnia mais jovem.. era intragável!). Caso queira deixar a casa hoje ainda, (creio que sim, não?), estou mandando uma dose de pó-de-flu no envelope. Às 6:25 a lareira da casa de seus tios estará conectada à rede dos Bruxos. Você terá 20 minutos, depois disso, a lareira voltará ao normal (medidas de precaução contra trouxas, coisas do ministério...). Esteja n'O Caldeirão Furado, estaremos aguardando. Ah, não esqueça de suas malas! Espero vê-lo em breve!
Remus Lupin
Harry olhou para o relógio em sua cabeceira. Seis e trinta. Tinha cerca de quinze minutos para arrumar suas coisas e aparecer no Beco Diagonal! Jogou tudo que pôde dentro de seu malão e tentou como pôde move- lo para a sala sem acordar os tios - Era sábado e tio Valter ficaria menos que satisfeito em ser acordado tão cedo num fim de semana.
Edwiges foi solta para achar o caminho sozinha, Harry sabia que conseguiria. O problema maior agora era chegar ao Beco Diagonal com o pó de flu. Só uma vez Harry havia viajado por esse método nada convencional, e havia sido um desastre. Agora não tinha outro jeito, se queria sair da casa dos Dursley, era naquele momento, ou nunca. Acomodou a bagagem dentro da lareira com alguma dificuldade, mas com sucesso ela estava lá dentro. Arremessou um pouco do pó contido no envelope, exclamando:
"Beco Diagonal!"
A bagagem desapareceu em um lampejo de chamas verdes, agora era a sua vez sumir.
Concentração. Dessa vez vai dar certo. Nada pode dar errado agora, você sabe como usar o pó de flu agora, e sabe o que acontece se disser a palavra errada...
"POTTER!!!"
Uma voz muito brava grunhiu na porta da sala. Tio Valter acordara no que Harry estava mandando sua mala pela lareira.
Mais que rapidamente, Harry esgueirou-se para dentro da lareira, mas Valter já estava em seu encalço. Conseguiu agarrar o pé de Harry, mas com um puxão rápido o garoto conseguiu livrar o pé das mãos do tio, mesmo que seu tênis tivesse ficado para trás.
Atirando o último bocado de pó na lareira, Harry exclamou apressado, para não ser pego novamente pelo tio; "Becodiagonal!Becodiagonal!Becodiago -" e sumiu nas chamas de cor verde, assim como fez sua mala.
........................................................................
Numa cadeira nos fundos do Beco Diagonal, em frente a uma grande lareira, uma figura em seus trinta e tanto anos, cabelos castanhos quase louros salpicados de fios brancos e olhos mansos aguardava pacientemente com seu cão deitado ao seu pé.
Balançava a perna impacientemente enquanto os dedos tamborilavam na superfície da mesa. O que o estava atrasando?
Lupin olhou mais uma vez para Sirius em sua forma canina, que agora já havia se levantado novamente.
- Te acalme almofadinhas! Daqui a pouco ele deve chegar.. ainda tem cerca de dez minutos...
O cão grunhiu alguma coisa e tornou a deitar-se no chão, com jeito aborrecido.
BANG!
Uma canastra coberta de livros, pedaços de roupa presos para fora, juntamente com uma vassoura, pergaminhos e tintas entre outras coisas aterrissou sobre o desavisado Sirius Black, deitado em frente à lareira.
Lupin apressou-se em retirar toda aquela bagagem de cima do velho amigo, e puxa-lo para outro lugar. Oras, se a bagagem chegara, tão logo Harry Potter estaria chegando também.
Sirius levantou-se, a cauda balançando animadamente, os olhos com um brilho que era visto tão ocasionalmente nos últimos tempos. Lupin aguardava em pé, os braços cruzados e um sorriso quase paterno entre os lábios.
...
...
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Alguns minutos se passaram e nada de Harry aparecer na lareira, como sua Bagagem. O que teria acontecido de errado. Sirius olhou para Remo com uma expressão de interrogação no rosto.
"Ora, Almofadinhas, meu amigo.. ele deve aparecer a qualquer momento.. não se preocupe..." - Remo sorriu. Embora, no fundo estivesse mais tentando convencer a si mesmo que o que dissera era verdade, e que Harry Potter, filho de um de seus melhores amigos do passado, estria são e salvo ao seu lado dentro de alguns momentos.
O que não parecia que ia acontecer tão cedo...
.........................................
Num baque surdo, Harry aterrissou em um lareira desconhecida. Tateando o chão à procura de seus óculos, procurava, em vão reconhecer o ambiente em que se encontrava. Ao que levou os óculos ao rosto, percebeu o porque. Aquele definitivamente não era o Beco Diagonal.
O chão de pedra Bruta, assim como as paredes, teias de aranha nos cantos do teto sem forro e o cheiro de mofo davam uma aparência menos que agradável ao lugar. Estava dentro de algum cômodo à parte, Harry notou. Era um cubículo imundo, onde se encontravam caixas e mais caixas de alguma coisa que ele não tinha muita certeza se queria saber o que exatamente. Uma pequena porta de madeira parecia ser a saída daquela saleta. Ao menos agora ele saberia onde exatamente estava, e talvez, quem sabe, conseguir ajuda para chegar ao Beco Diagonal.
Não fosse a parede escorar as costas de Harry naquele momento, ele certamente teria se estatelado no chão com o odor fétido que emanava do lugar. Barris e mais barris de líquidos gosmentos, caixas com pós de cores variadas, ervas desconhecidas para os olhos de Harry. Outros Barris que a princípio despertaram a curiosidade de Harry, ficaram completamente desinteressantes quando leu qual o seu conteúdo nas pequenas placas; coisas como fígado e olhos humanos, cérebro de diversos animais, e outras coisas que Harry não teve a coragem de ler. Se havia alguém que deveria simpatizar com aquele lugar, seria Snape.
O fedor da loja deixava Harry um pouco zonzo. Onde estava sua bagagem? Ahn.. pelo menos ela deveria ter chegado no lugar certo... ou não? Bem.. isso ele resolveria depois. Agora só precisava cuidar de descobrir onde estava, e sair dali o mais rápido possível.
Atravessando a loja com cuidado para não ser percebido, não foi muito difícil, não havia ninguém, aparentemente, Harry conseguiu chegar à porta de saída, tendo tempo apenas para olhar a placa em frente à loja, que dizia "Casa de alquimia" e, para seu profundo desgosto, descobrir onde estava ao que reparou no ambiente da rua - A Travessa do Tranco.
A última vez que Harry estivera na Travessa do Tranco não fora nada agradável, por sorte havia sido encontrado por Hagrid. E, se em seu segundo ano, quando todos pensavam que Voldemort havia sido liquidado, já não era muito seguro aparecer por aquelas bandas, Harry não imaginava o que poderia acontecer se alguém o reconhecesse na ocasião turbulenta em que o mundo da Magia estava.
Tomando a precaução de cobrir sua cicatriz com a franja e esgueirar-se pelas paredes com a intenção de passar despercebido, Harry tentava atravessar o nada acolhedor lugar. O problema era achar a saída para o Beco diagonal, e Harry não se sentia nem um pouco seguro para perguntar às pessoas à sua volta.
A cada minuto que passava, Harry sentia o coração pulsar mais rápido. Estava tremendo agora. Pessoas de aspecto estranho fitavam-no com ares nada agradáveis. Bruxas carregando o que pareciam ser pedaços de cadáveres humanos, Harry não tinha certeza, Magos de ar sombrio, com suas longas vestes negras, o rosto parcialmente coberto por um capuz. Mendigos sentados no chão, escorados pelas paredes descascadas e cheias de limo das lojas - Uma coisa que chamou a atenção de Harry, não sabia que havia esse tipo de gente no mundo mágico - em grande parte deformados, cobertos por ataduras sujas, cobertas de sangue eco e podre.
Harry começou a passar mal depois de algum tempo naquele lugar. Tudo era cinzento, uma leve neblina corria pelo chão de pedras, que, como quase tudo na rua estava úmido. Apesar de ser verão, um vento frio percorria as ruelas, passando entre as casas e lojas. Harry nunca desejara tanto sair dali, até a casa dos Dursley era melhor que aquilo. Se ao menos pudesse encontrar alguém que conhecesse, antes que fosse encontrado por alguém que não queria, talvez pudesse -
- Te peguei! - de súbito, uma voz desconhecida bradou aos ouvidos de Harry no que mãos enlaçavam seu pescoço.
Harry Potter desmaiou.
