N/A- Ficamos um bom tempo sem atualizar as fics por motivos escolares. Ou seja, queremos dizer que fomos obrigadas a estudar e não tivemos tempo de continuar a escrever. Além do que este capítulo tomou um grande tempo de nós. Não menos do que está tomando o próximo capítulo... Que é onde vocês descobrirão porque é tão importante para Voldemort matar o nosso protagonista. Mas, prometemos não demorar muito já que a galera do colégio deu uma aliviada. E nós agradecemos de todo o coração as reviews e as pessoas que elogiaram as nossas fics. Valeu!
Capítulo 8- O segredo de Snape
Ao chegar ao Salão Comunal, viu que Hermione e Rony ainda não haviam ido dormir. Na realidade os dois estavam discutindo em um canto do Salão Comunal. A coisa que Harry menos queria neste momento era as perguntas que com certeza Mione e Rony iriam fazer. Por isso, resolveu tentar passar despercebido pelos dois, aproveitando o momento de distração.
- Rony! Você deveria estar no seu dormitório agora!- Hermione quase gritava com as mãos na cintura.
- Você também deveria estar no seu dormitório...
- Mas eu agora sou monitora. É meu dever cuidar dos alunos que estão fazendo algo de errado!
- Pois saiba que antes de você ser monitora, você também é aluna! Logo, você também está errada!
- Você tem que ir pro seu dormitório Rony!
- Não vou até o Harry chegar! Preciso conversar com ele. O que Dumbledore queria falar com ele não era algo muito agradável... tenho certeza!
- Converse amanhã Rony... Senão vou ter que tirar pontos da Grifinória!
- Mione, não tem nem duas horas que você se tornou monitora e já está insuportável!- Rony bufou e foi embora. Hermione sacudiu a cabeça e também seguiu para o dormitório. Os dois nem ao menos haviam visto o Harry passar por eles.
Harry entrou debaixo das cobertas e fechou as cortinas da sua cama. Não queria conversar. Quando Rony abriu a cortina, ele fingiu que dormia. Rony não o acordou e também foi deitar.
Harry pensava em tudo aquilo que havia escutado. Queria que nada daquilo fosse verdade, mas sabia que Dumbledore nunca iria mentir sobre isso. Talvez estivesse enganado. Mas não. Harry sabia que Dumbledore não contaria pra ele algo tão grave quanto isso se não soubesse inteiramente da verdade. Isso pra Harry não fazia sentido algum. Como pode alguém ser tão ruim e ter uma neta tão boa quanto sua mãe era? Ou pelo menos todos diziam que era. Nunca soube como era a sua mãe por causa dele. Lembrou-se do que Dumbledore havia dito. Sua mãe havia morrido somente para salvá-lo. Talvez se ele não existisse, eles ainda estariam vivos. "Mas por quê?"- perguntava-se. Depois disso, começou a lembrar das evidências que ele tinha do fato da mãe ser filha adotiva. Ela era totalmente diferente da tia Petúnia. Tanto fisicamente quanto na personalidade. Nas fotos dos seus avós que ele havia visto, também havia reparado que eles eram diferentes. Mas nunca havia pensado nessa hipótese. Lembrou-se também, que nunca haviam comentado sobre a casa que sua mãe havia ficado. Falaram muito do seu pai, mas quase nunca comentavam sobre a sua mãe. Ela poderia sim ter sido da Sonserina. Ele que havia fantasiado que ela era da Grifinória. E o Snape?-No sonho que tivera no verão, Snape dizia que ele era pra ser filho dele. E também dava a entender que era filho do Voldemort. Como poderia ser filho dele, se na realidade ele era- Harry nesse momento parou para pensar no que Snape era da sua mãe- ele era tio da minha mãe! Mas como poderia ser tio da minha mãe se eles eram da mesma idade? " Não.. isso não tem nada haver", pensou, lembrando de casos em que a sobrinha chega a pegar o próprio tio no colo. Depois disso subitamente se lembrou. Se Snape era tio da sua mãe, ele era o seu tio-avô. Essa idéia o agradou tanto quanto saber que Voldemort era o seu bisavô. Nesse momento seus olhos já estavam pesados, por isso logo adormeceu.
No outro dia acordou bem cedo e perdeu totalmente o sono.Ainda tentou voltar a dormir, mas apenas revirava na cama.Viu que ainda faltava 1 hora pra que todos acordassem, mas mesmo assim foi logo se arrumar e desceu para o Salão Comunal. Sentou-se em um sofá de frente para a lareira e todos os pensamentos da noite anterior voltaram com toda a força na sua cabeça, porém foram interrompidos pelo barulho que avisava que alguém estava descendo também. Para sua surpresa, essa pessoa era a Gina.
- Oi Gina...
- Oi Harry. O que está fazendo aqui embaixo?- Gina se aproximou e se sentou ao lado dele.
- Eu acordei e perdi o sono. Não consegui mais dormir. E você?
- Eu tive um pesadelo e também perdi o sono.
- Um pesadelo? Com o que?- Harry se virou para ela, sentando com as pernas cruzadas em cima do sofá.
- Não me lembro direito. Só sei que eu estava no sonho...- Gina também se sentou de frente para ele.
- Hum.. interessante... teve um pesadelo com você...
- O que você quer dizer com isso Potter?- Gina colocou as mãos na cintura, como se estivesse brava, mas não agüentou o riso. Harry também começou a rir, mas não conseguia tirar os olhos dela.
- Gina.. posso te fazer uma pergunta?
- Claro que pode Harry. O que é?
- É que... antigamente... você nem conseguia conversar comigo direito. Ficava sempre vermelha e derrubava as coisas.- Gina sorriu e abaixou a cabeça- E... e... agora... você nem se importa mais com a minha presença....
- Você... queria que eu me importasse?- Gina nesse momento ficou totalmente vermelha, pela primeira vez desde as férias.
- Não- Harry respondeu apressadamente- É que eu só queria saber o motivo da mudança.
- Ah.. Harry... eu cresci. Sei que ninguém reparou... mas eu cresci.
Harry fez uma cara de interessado e perguntou:
- Sério???? Quantos centímetros???- Gina demorou um tempo para entender, mas não tempo o suficiente para que Harry conseguisse fugir do tapa que ela deu no braço dele.
Os dois continuaram conversando e só pararam quando viram que os outros grifinórios já estavam acordando e Gina precisava se arrumar. Harry então desceu para o Salão Principal. Não demorou muito, Rony e Hermione também desceram.
- Qual é a aula de agora?- Harry perguntou para Mione, que estava com o livro " Guias de transfiguração nº 5" aberto sobre a mesa.
- É de Defesa contra a arte das trevas- respondeu a menina sem nem ao menos tirar os olhos do livro.
- Será que o Lupin já voltou?- Rony lembrou que o professor não estava no colégio nos últimos dias.
- Não sei... provavelmente não... O que me pergunto é quem deve substituí-lo, já que o Snape nem está dando aula de Poções.- Harry perguntou, servindo-se com um pouco de tortinhas de abóbora.
- Boa pergunta Harry. Só saberemos a resposta na hora da aula. Hermione...- Rony virou-se para a menina- o que está acontecendo com você? Está muito quieta...
-Só estou estudando Rony... Só isso.
- Mas não tem nem uma semana que as aulas começaram!
- Eu sei Rony! Mas é que isso pe bastante interessante.- Rony fez uma careta
- Desde quando um livro que fala sobre- Rony levantou a capa do livro pra ver o nome- Transfigurações, pode ser interessante?
-Primeiro, você tem que começar a se interessar por ele, afinal ele é o livro de Transfiguração deste ano, se você não percebeu. Iremos utilizá-lo bastante por causa dos NOM´s. E eu estou lendo aqui uma parte sobre como transfigurar um certo objeto pra que ele mude de forma constantemente.
- Como assim Mione?- Harry perguntou, esticando o pescoço para dar uma olhadinha no livro.
- Por exemplo: Você não quer que um objeto seja encontrado certo? Você o transfigura para que ele mude de forma constantemente, fazendo com que as outras pessoas nunca saibam qual é a forma real do objeto. Somente quando você tocar essa objeto, ele voltará para sua forma original. É uma matéria interdisciplinar, Feitiços junto com Transfiguração.
- Isso era pra ser interessante?- Rony fez uma cara de nojo- você só fez diminuir o meu interesse por esse livro.
Hermione o olhou severamente e continuou a ler o livro. Rony virou-se para Harry.
- Harry... o que Dumbledore queria conversar com você ontem?- Hermione levantou a cabeça e olhou para Harry.
- Ah.. é uma história muito grande, complicada e meio absurda pra quem escuta pela primeira vez. Eu ainda quero ter algumas respostas. Quando eu souber de tudo, eu conto pra vocês. Num lugar em que estivermos sozinhos.
- Quando que você terá essa resposta?
- Hoje à tarde irei conversar com Dumbledore.
- Tudo bem então Harry. Você é quem sabe.
Rony então puxou um assunto sobre quadribol e Hermione voltou-se para seu livro.
Os três terminaram de tomar o café e foram para a sala de DCAT. Ao chegarem no corredor, viram os alunos do 5º ano alvoroçados na porta da sala.
- O que será que aconteceu?- Hermione perguntou.
-Não sei- Harry tinha uma cara de preocupado- Vamos lá ver o que é.
Os três deram passos apressados e ao chegar perto, esticaram os pescoços para tentar ver o que estava acontecendo.
"Um cachorro em Hogwarts? Engraçado, nunca vi um com exceção do Canino..."
" É só mais um pulguento para ficar se coçando aí no corredor"- A voz arrastada de Draco deu o ar da graça. O cachorro rosnou pra ele que deu um passo para trás, deixando Harry passar. Harry, por sua vez, ignorou o comentário e continuou empurrando um por um para chegar até o tal cachorro, onde suas hipóteses foram comprovadas.
- SI... SNUFFLES!!!- O cachorro levantou a cabeça, virou-a para o lado e gemeu baixinho. Parvati e Lilá estavam abaixadas, acariciando o cachorro.
- Com licença! Com licença! Deixe-me tirar esse cachorro daqui! É do Dumbledore! Deve ter se perdido!- Harry falava, puxando o cachorro por uma mão e empurrando os outros pela outra.
Caminhou com o cachorro durante pelo menos três corredores, até achar um vazio. Sirius, então, voltou ao normal.
- Ufa! Harry... voê não sabe o sufoco que eu passei...
- Imagino, todo mundo em cima de você. Mas bem que você estava gostando da Parvati e da Lilá acariciando você.
- Harry! Não sou pedófilo!!!- Harry e Sirius caíram na gargalhada.
- Sirius... mas o que você estava fazendo ali?- Harry já parava de rir.
- Ah, eu ia assistir a aula de DCAT de vocês.
- Por quê?
-Porque eu queria ver se o Snape iria cometer algum abuso de autoridade.
- Ué? É o Snape que vai dar aula? Então porque ele
não pode dar aulas de Poções?
Harry escutou passos vindo do corredor. Sirius imediatamente se transformou em
sua forma canina. A professora McGonagall apareceu no final do corredor.
- Potter??? Você não está em aula?
- S.. sim professora.. mas... é.. que...- A professora desviou seu olhar de Harry para o cachorro, que estava ao lado do menino.
- Ah.. entendi...- prosseguiu a professora- Vá pra sua aula agora.
Harry foi caminhando, mas ainda olhou pra trás e viu que Sirius, na sua forma canina, abaixava a cabeça, como se estivesse com medo. Harry sorriu e continuou andando. Ao chegar na sala, Snape já estava lá.
- Potter. Você está bem atrasado. Pensou que já seria o professor bonzinho do Lupin suponho. Mas não... sou eu... Surpreso?- Snape arrastava a voz cada vez mais.
- Pra mim não foi surpresa alguma professor. Eu já sabia.
- Sente-se!- disse Snape rispidamente- E menos 10 pontos pra Grifinória! - Harry abriu a boca para retrucar, mas percebeu que seria inútil.
Snape virou-se para a turma para continuar a dar a aula.
- Bom.. como eu estava dizendo antes de ser interrompido, vi que o professor Moddy se aprofundou nas Maldições Imperdoáveis... interessante... Então, voltaremos a estudar as criaturas das trevas, como o Lupin, muito demoradamente, fez com vocês no terceiro ano, o que atrasou bastante todos vocês.
A aula correu no mesmo estilo de todas as aulas do Snape, brigando com os alunos da Grifinória e elogiando os da Sonserina. Harry, às vezes, olhava para o professor, vendo se algo havia mudado em relação a ele. Mas pelo que via, tudo continuava o mesmo. Exceto que Harry, tinha a impressão que o professor não o olhava mais com tanto desprezo como olhava antes. " Deve ser só impressão minha. Melhor me concentrar nessa aula.".
Quando a aula finalmente acabou, os alunos imediatamente levantaram e se retiraram o mais rápido possível. Harry ficou um tempo para trás e quando passou por Snape, olhou-o firmemente. No momento que alcançou a porta, escutou Snape falar:
- Você já sabe não é Potter?
- Ahn?- Harry se virou para o professor
- Você já sabe de tudo não é?- Nesse momento a sala já estava vazia.
- Depende do que o senhor qualifica como "tudo"...
- Não seja estúpido! Você sabe muito bem do que estou falando.- Snape apoiou as duas mãos sobre a mesa.
- Dumbledore conversou comigo ontem à noite. Contou-me sobre tudo.
- Sobre mim também?
- Não...- Harry percebeu que Snape dava um suspiro aliviado- mas eu tive um pesadelo em que você conversava com Voldemort.
Snape ficou branco. Virou-se de costas para Harry, mexendo em algo no quadro-negro.
- O que você viu?
- Professor.. estou vendo que o senhor não está à vontade com esta conversa... Posso me retirar?- Harry já estava indo em direção à porta.
- Não.. fique... mais cedo ou mais tarde você saberá de tudo, já que está na Ordem. Agora me diga... o que você viu?- Snape agora estava ode frente para Harry, sentado na cadeira, mas evitava olhar para ele.
- Ah... eu vi em um dia que vocês conversavam, se é que posso chamar aquilo de conversa. Ele queria saber sobre o que Dumbledore planejava...- E Harry contou tudo aquilo que aconteceu no seu sonho.Snape por um momento ficou parado por um momento, como se pensasse. Depois de um tempo ele finalmente falou:
- Isso que você viu realmente aconteceu Harry.
- Então quer dizer que isso tudo que eu escutei era verdade?- Depois disso Harry percebeu que pela primeira vez em cinco anos, o professor lhe chamara pelo primeiro nome.
- É... Eu realmente sou filho dele.- Snape emitiu um som de desgosto ao dizer isso.- Eu sempre soube disso e nunca me orgulhei. Ao entrar para Hogwarts, Dumbledore me chamou para uma conversa. Falou que sabia quem eu era e de onde eu vinha e que a primeira vez que eu fizesse algo de errado, eu seria expulso de Hogwarts. Eu não queria isso. Queria ser uma pessoa normal. Não queria ser como meu pai. Dei, então, minha palavra a Dumbledore e ele me aceitou, porém pedi segredo absoluto. Ninguém mais em Hogwarts sabia disso. Fui selecionado para Sonserina, é claro. E lá tive um grande amigo, Lúcio Malfoy. No início não confiava nele o suficiente para contar. Porém, Voldemort estava ficando cada vez mais forte e fazendo cada vez mais atrocidades. E eu me sentia pressionado com isso. Até que um dia criei coragem e resolvi contar para alguém. É claro que só podia contar para o Lúcio, já que ele era meu melhor amigo em 4 anos, achei que não fosse me decepcionar. E não me decepcionou. Não espalhou para ninguém. Mas, no dia em que contei tudo isso, não percebi que uma pessoa nos escutava. Sua mãe, Harry, havia escutado tudo. Ela ficou apavorada e nunca mais nem chegou perto de mim. Nessa época eu já... já...- Snape pela primeira vez parecia hesitar em contar para Harry.
- Você já gostava dela?- Harry resolveu mostrar para o professor que não se importava.
- Exatamente. E quando eu me aproximei dela... ela me disse que sabia quem eu era... e que não queria namorar comigo...- Snape abaixou a cabeça- Então eu fiquei com um grande ódio daquele que se diz meu pai. Eu imaginava que ele era o único motivo pelo qual eu não fiquei com a sua mãe. Logo depois, ela começou a namorar seu pai e eu a perdi.... Definitivamente. E eu acreditei que Voldemort era o único culpado durante toda a minha vida, só fui descobrir o resto no mês passado. Depois que tive aquele encontro com Voldemort e fui encontrado naquela floresta, Dumbledore me chamou para uma conversa e me contou sobre a sua mãe. Que ela era neta dele.- o desgosto apareceu mais uma vez.- E que ela pediu segredo para todo mundo. Só ela, Dumbledore e provavelmente, seu pai, sabiam disso. Eu sempre fui muito cego. Sua mãe nunca gostou de mim e sendo eu, filho do Voldemort ou não, ela nunca iria gostar. Ela sempre amou seu pai. Só que eu não enxergava isso. Esse foi o meu grande erro. Juntou também que eu nunca tinha tido uma relação muito amigável com seu pai e muito menos com Black, e com isso minha fúria para com eles era cada vez maior. Detonando de vez no dia que Black tentou me matar.
- Eu entendo... O senhor pode não acreditar, mas eu entendo...
- Harry... você não sabe o quanto está sendo difícil contar tudo isso para você. Mas é essencial que você saiba de tudo daqui para frente se quisermos acabar de vez com o Lord das Trevas.
- Agora eu sei o porque que você sempre me tratava mais mal do que os outros. Porque amava a minha mãe e odiava o meu pai.- Harry passou a mão pelos cabelos, achando que havia falado demais. Snape, mais uma vez, ficou silencioso, aumentando as expectativas de Harry.
- Na realidade... Eu não agüentava te chamar de Potter. Não agüentava olhar para você e ver exatamente o seu pai na minha frente. Não agüentava olhar pra você e ver os olhos idênticos ao da sua mãe. Por isso, eu te tratava tão mal. Era um modo de me defender do passado que vinha todo à tona quando eu lhe via diante de mim.
Harry engoliu em seco. Nunca imaginara o professor Snape desse modo. Não escondera que não gostava de seu pai, não gostava de seu padrinho, mas pela primeira vez demonstrara ter algum sentimento, o que era totalmente diferente. Olhou por um momento para ele e não teve como não sentir pena. Harry sabia como era viver com um grande estigma nas costas. O dele, que era ter sobrevivido ao ataque de Voldemort, já era complicado, imagina o de Snape que era ser filho do maior bruxo das Trevas do século. O bruxo que muitos não diziam nem o nome. Via que o professor estava totalmente desarmado naquele momento. Não parecia nem um pouco com aquele Snape que existia até o ano passado e que já havia tratado tão mal a ele.
- Professor. Não precisa se amargurar pelo seu passado e nem ficar embaraçado, agora que já sei de tudo. Eu compreendo muito bem e não te culpo por nada. Desde quando vi aquela conversa do senhor com Voldemort, eu o admiro.- Snape pela primeira vez olhou diretamente para Harry.
- Como assim?
- O senhor foi forte e leal o suficiente para não revelar o segredo de Dumbledore. Sofreu, foi torturado, mas manteve a sua palavra. Isso conta muito pra mim. Principalmente quando vi o que Rabicho fez com meus pais. Depois de saber disso, eu passei a valorizar muito mais a lealdade, o que o senhor mostrou que tem de sobra.
Snape esboçou um sorriso para Harry, que retribuiu. Ficou um silêncio fúnebre entre eles. Até que Harry resolveu começar a falar.
- Bom.. acho que já vou indo então...
- Isso.. vá... você já deve ter perdido uma aula inteira!
- Não tem problema... Ultimamente tenho perdido muitas aulas mesmo...
- Como assim Potter? Perdendo aulas aonde? Perambulando pelos corredores com o amiguinho Weasley suponho?- Harry se assustou com a mudança brusca de temperamento. Há um minuto atrás Snape parecia fraco e agora voltara a ser o mesmo de antes.- Pois fique sabendo que eu posso ser o seu tio-avô, mas eu não vou deixar de ser o velho Snape com você estamos entendidos?- Snape não sorrira, mas a sua feição estava muito mais branda. Harry sorriu.
- Isso já era pedir demais. Tchau professor.- Harry então se virou e saiu, deixando um Snape muito mais jovem pra trás, que tinha a sensação de ter tirado um peso de anos das costas.
