Nota das autoras: MILLLLLLLLLLLLLLLLL DESCULPAS!!!!!!!! Pessoal, nós estamos realmente tristes por ter deixado vocês esperando por tanto tempo, mas foi necessário. A escola acabou conosco nesse bimestre. Tivemos que fazer um simulado absurdo, discutimos com o professor, enfim... tudo aconteceu de uma vez só. Tentaremos não ficar mais tanto tempo sem atualizar. Recebemos vários e-mails pedindo para não acabar coma  fic. Fiquem tranqüilos. Nós temos muitas idéias na mente e com certeza essa fic será terminada. Nós queremos fazer uma trilogia e essa é só a primeira. Não se preocupem. De presente, dois capítulos, várias surpresas, descobertas, suspense e boa parte do mistério revelado! Divirtam-se!!!!!

[À memória de Richard Harris, nosso eterno Dumbledore]

Capítulo 9- A  Ordem

Chegaram até a passagem para a sala. Hermione murmurou "chiclete de uva" e os três entraram. A profª McGonagall estava parada perto da mesa do diretor.

- Sigam-me, por favor.- A professora tornou a sair da sala, seguida pelos três meninos.- A reunião será no corredor do 3º andar, onde estava escondida a Pedra Filosofal no primeiro ano de vocês. Creio que se lembram bem de onde é.- Os três sorriram nervosamente, até que chegaram até a tão conhecida porta. A professora virou-se para eles.

- Prestem bem a atenção. Esta é a última chance para desistirem de tudo. Por que, para entrar, é preciso fazer um juramento e este, não pode ser quebrado. Necessitamos que vocês se dediquem inteiramente a isso. Querem realmente prosseguir?

Harry, Rony e Hermione concordaram.

- Então, cada um de vocês repita o que eu irei dizer, com suas devidas alterações, é lógico.- A professora deu um passo à frente e encostou a sua mão na porta.

-" Eu, Minerva McGonagall, juro perante a memória do grandioso Merlin, que farei tudo o possível pelo bem do mundo mágico."

Mione foi a primeira, logo depois, Rony e finalmente Harry. Entraram em uma sala escura, apenas iluminada por velas e alguns archotes. Havia uma grande mesa, redonda, de pedra, onde havia cerca de vinte pessoas sentadas. Harry viu que lá estavam praticamente todos os professores de Hogwarts, o Sr. Weasley, Hagrid, Madame Maxime. Sirius também estava presente, mas como um cachorro. O que mais surpreendeu a Harry, foi ver que Fleur Delacour também estava presente à reunião.

- Sejam bem-vindos!- Dumbledore iniciou- Podem se sentar.

Harry, Rony e Hermione  sentaram-se nos seus lugares, um ao lado do outro. Harry percebera que  uma cadeira estava vazia. Dumbledore logo iniciou a reunião.

- Boa-noite a todos- Ele estava sério, o que mostrava que aquilo era realmente importante.- Acho que já podemos iniciar essa reunião. Infelizmente, como vocês podem perceber, uma pessoa não está conosco hoje, mas espero que se junte a nós em pouco tempo.- Dumbledore pigarreou- Bom,  acho que todos os presentes sabem o motivo deste encontro. Necessitamos derrotar Voldemort.... mas desta vez definitivamente. Creio que isso não será nada fácil e que estamos iniciando um longo período de luta, um longo caminho a se percorrer. E hoje, damos o pontapé inicial. Nós passamos anos nas mãos de Voldemort e perdemos muitas pessoas que amamos. Nosso erro foi acreditar que ele estava morto. Hoje, tantos anos depois, ele se torna uma nova ameaça... mas, dessa vez eu tenho a solução. Todos vocês devem estar se perguntando qual é... A  resposta é a mesma de catorze anos atrás: Harry Potter.

Todos voltaram sua atenção para o menino. Harry prendeu a respiração. Sentiu-se incomodado com os olhares em sua direção. Impaciente, se mexeu na cadeira. Dumbledore, continuou a falar, mas dessa vez começava a caminhar pela sala, onde o único som era os dos seus sapatos roçando o chão.

- Espero que vocês sejam compreensivos, já que estamos falando sobre a vida de uma pessoa. Por isso, gostaria que especulações e certos comentários fossem evitados. Saibam que o que eu contarei aqui, ninguém mais sabe e seria essencial que assim continuasse. E que, tudo o que eu esclarecer aqui já foi devidamente pesquisado e confirmado. Sem mais demora, vamos ao que realmente nos interessa nesse momento.

Harry respirou fundo, o que parecia para ele, ser a milésima vez que fazia isso nessa reunião. Olhou para os seus amigos que lhe sorriram em apoio.

- Todos aqui já perceberam que Voldemort tem, podemos chamar de... psicose, pelo jovem Potter. Muitos aqui podem pensar que isto se deva ao fato de que o Lord das Trevas tenha perdido os poderes ao tentar mata-lo e por isso quer vingança. Realmente, os fatos ocorridos nos levam a pensar isso. Porém, tenho que lhes informar que a história do nosso jovem é tal qual um iceberg. Nós vemos somente a ponta. Mas a sua maior, mais importante e mais perigosa parte está submersa. E é essa parte que matará Voldemort.

- Vocês se perguntarão como ninguém nunca ficou sabendo disso, portanto responderei logo. Somente os diretores de Hogwarts tiveram acesso a essa história. Foi passando de diretor para diretor. E precisávamos jurar que só poderíamos contar o fato, quando fosse a hora certa. E essa é a hora certa. Perguntarão-me também porque não agi antes. Meus caros, tudo tem o seu tempo e a sua hora. Não adiantaria nada contar toda a verdade para Harry em um momento em que ele não estava psicologicamente e fisicamente preparado. Durante todo esse tempo, dei todo o apoio que ele precisava e creio que ele não poderia ter escolhido melhores amigos. Rony e Hermione o ajudaram muito e também merecem congratulações.

Os três se entreolharam e sorriram, com um tom de cumplicidade.

- Não é mistério para ninguém a história de Gryffindor, Slytherin, Ravenclaw e Hufflepuff. Eles foram os maiores bruxos já existentes e criaram a nossa escola: Hogwarts. Menos segredo ainda, é a cisão de Gryffindor e Slytherin. O primeiro queria permitir a entrada de trouxas na escola enquanto o segundo queria selecionar aqueles que poderiam ou não estudar. O que aconteceu foi que, com essa briga entre Salazar e Godric, Ravenclaw e Hufflepuff ficaram extremamente tristes e dividas, já que eram amigas dos dois. Pensando no melhor para Hogwarts e seus amigos, elas resolveram fazer um feitiço. Um feitiço poderosíssimo, onde só os maiores magos poderiam fazê-lo. Eu não me atreveria nem ao menos tentar. Esse feitiço consistia em fazer que um dia, nasceria um ser, que teria o sangue de Slytherin e Gryffindor reunidos e este mataria o deus das Trevas e reinaria absoluto, trazendo de volta a paz para o mundo mágico.

Harry afundou na cadeira. Sentiu a mão de Hermione sobre a sua, em um gesto de apoio. Rony deu-lhe um tapinha nas costas. Por um momento, Harry levantou a cabeça e viu que Dumbledore olhava para ele. Este balançou a cabeça de modo acolhedor. Começou um falatório assustador na sala que a pouco se escutava o farfalhar da roupa do diretor. Dumbledore permitiu que especulassem um pouco, para depois pedir silêncio.

- Quem tem alguma pergunta, faça agora.

Moody levantou o dedo.

- O senhor tem certeza que é o Harry?

- Sim, Moody. Analisei atentamente a genealogia dos pais de Harry e foi comprovado que um era descendente de Gryffindor e o outro de Slytherin.  Harry é o único em mil anos que possui esse tipo de descendência. A prova real é que ele apresenta características vitais dos dois bruxos.

- Então- Mundungus interrompeu- não precisamos fazer nada não é? É só deixar por conta do Harry, já que ele irá matar o Lord das Trevas!

- Não é bem assim, Mundungus. Se fosse, eu não teria convocado esta reunião. Nunca tire conclusões precipitadas. Em primeiro lugar, nada acontece se nós não quisermos. Não importa qual feitiço é e quem o fez. Se Harry não quiser matar Voldemort, ele não o fará. Em segundo lugar, nós temos que trilhar o nosso próprio destino. Imagine se por acaso, Lílian e Tiago não tivessem se apaixonado. Hoje não existiria Harry Potter. E nós teríamos que esperar não se sabe mais quantos anos, pra termos o verdadeiro descendente. Em terceiro lugar, nós temos que dar muita força para Harry porque o que ele vai enfrentar não é uma tarefa muito fácil. Muitos de vocês, em toda a sua vida, não passaram por um terço do que esse menino já passou. Portanto, é nosso dever com a comunidade mágica ajudá-lo. E por último, a história não acaba aí. Essa foi apenas a primeira parte das três que eu tenho que contar para vocês.

Harry se sentia incomodado ao ver que todos falavam dele. Era como se sua vida fosse um jogo e que qualquer pessoa poderia chegar e opinar sobre ela. Será que nunca teria uma vida normal? Será que nunca teria paz e viver sem ameaças em si? Harry via os olhares na sua direção. Tentava evitá-los. Não gostaria de ver Snape encarando-o nesse momento.

Dumbledore prosseguiu.

-Quando Slytherin descobriu o que Ravenclaw e Hufflepuff fizeram, ele ficou furioso. Não conseguiria suportar o fato de em algum tempo remoto no futuro, teria seu sangue misturado com o de Gryffindor. Por isso, deixou um pouco sua rixa de lado e resolveu se concentrar em algo que pudesse terminar com o feitiço de Ravenclaw e Hufflepuff. Porém, nem o maior mago do mundo pode desfazer um feitiço como aquele. Ao perceber isso, Slytherin modificou os seus planos. Criou algum tipo de monstro, que quando fosse liberto... – Dumbledore respirou fundo – matará o escolhido.

Harry tremeu na cadeira. Ficou totalmente pálido. Seus olhos correram ao redor da mesa e olhou para Rony e para Hermione. Em seguida olhou para Dumbledore, e sacudiu a cabeça negativamente, com a tentativa de negar para si mesmo a verdade.

- Sinto muito, Harry...você precisava acreditar...e precisa encarar de frente.

- Como diretor...? Como é que eu vou encarar algo de frente sabendo que vou morrer? – Harry passava as mãos pelo cabelo, tentando não olhar para as outras pessoas, para que não vissem o terror que passava pelos seus olhos.

- Harry...nem tudo está acabado.- Dumbledore tranqüilizou-o – Nunca se sinta derrotado antes mesmo da guerra começar. Pense que você será sempre pode lutar. Isso nos mantém lúcidos nos momentos mais críticos. Ainda falta terminar de contar a terceira e última parte. Esta parte é a que lutaremos para concretizar. É claro, Gryffindor, Ravenclaw e Hufflepuff, descobriram o que Slytherin havia feito. Gryffindor não se opunha em nada ao fato de alguém ter o seu sangue e o sangue de Slytherin. Mas não gostou de saber o que  Slytherin havia feito. Por isso resolveu ajudar Ravenclaw e Hufflepuff em uma outra magia. Falaram que, quando o escolhido nascesse, nasceria uma outra pessoa. Que guardaria um amuleto. Amuleto este que mata o tal monstro criado por Slytherin. Eles poderiam continuar nisso por muitos e muitos anos, porém Salazar morreu antes que pudesse criar algo contra. Eles brincaram com o futuro, o que não é certo e agora, nós temos que arrumar tudo isso. Resumindo, Harry Potter é o escolhido, ele matará Voldemort, mas antes a guardiã do amuleto deverá matar o monstro para libertar os poderes de Harry. Alguma pergunta? – Todos começaram a falar ao mesmo tempo, porém Dumbledore interrompeu-os.

- Por favor...um de cada vez...Moody? -  O verdadeiro Olho Tonto Moody, virou com seu olho verdadeiro em Dumbledore e seu olho mágico posto em Harry.

- Dumbledore....você já sabe quem é a pessoa?

- Sim, sei quem é. É uma menina que estuda aqui.

- E ela já sabe disso? – Moody perguntou.

- Já sabe. E desde o primeiro ano dela aqui em Hogwarts, estamos ajudando-a. Ajudas psicológicas são as maiores.

- Por que ela não está aqui? – Agora Mundungus Fletcher era quem perguntava.

- Ela achou melhor não vir. Eu também achei melhor. Nesse momento ela não é tão importante.

- Dumbledore...será que Voldemort sabia que Harry era o escolhido ao tentar matá-lo da primeira vez? – Moody voltou a perguntar. Harry percebeu que ele não tinha medo de falar Voldemort.

- Sabia...só que Harry não está imune a Voldemort até que o monstro seja liberto. – Todos falaram de novo, mas Dumbledore continuou. – Como assim?

- Bom...eu disse que a guardiã matará o monstro e libertará os poderes de Harry. Só aí ele poderá derrotar Voldemort. Antes disso, ele só se salvou todas as vezes por sorte e por mérito tanto dele, quanto de Rony e Hermione. – Os dois esboçaram um sorriso. - Creio que, quando Harry era pequeno, ele não morreu porque sua mãe fez isso para ele. Exatamente o que acreditávamos até hoje.

Todos ficaram em silêncio e Harry respirou fundo. Todos olharam para ele, que abaixou a cabeça.

Dumbledore prosseguiu.

- A questão é: nós temos que matá-lo. Como consolo, posso afirmar que Voldemort está muito pior que nós, já que nós temos a escolhida, que é a única que pode manipular o amuleto. Temos que descobrir rapidamente o que é, já que a única pista que temos é que o portal se abrirá às 23:50 do dia 25 de abril do ano que o escolhido fizer 16 anos e se fechará pontualmente às 00:00 hs do dia 26 de abril. O que significa que temos apenas alguns meses para descobrir tudo. Precisamos de muita ajuda. E a idéia, por mais absurda que seja, pode conter a resposta  para os nossos problemas.

- Ah... esqueci de comentar...temos uma outra pista. O amuleto tem 365 pedras preciosas gravadas nele, que representam os 365 dias do ano. É só isso que temos.

- Pode deixar Dumbledore. Faremos o possível e o impossível para salvarmos Harry, esta menina e toda a comunidade mágica. – Arthur Weasley se pronunciou pela primeira vez em toda a reunião.

Os presentes começaram a conversar, pensando no melhor modo para resolver o problema. Harry perguntou para o diretor se poderia se retirar, que consentiu. Harry, Rony e Hermione saíram da sala seguidos por Sirius. Desceram muito tempo em silêncio, até que Sirius mordeu a veste de Harry de modo a chamar a atenção do menino.

- Você quer que eu entre nessa sala? – Sirius fez algo que lembrava um sim. Harry se virou para Rony e Hermione e pediu para que eles fossem para o salão comunal e que não o esperasse. Então, ele entrou na sala, onde seu padrinho já estava, agora em sua forma humana. Trocaram olhares e Sirius não  encontrou palavras. Apenas abraçou o afilhado, que estava paralisado. A preocupação estampada no rosto. Preocupação pelo que pudesse acontecer se ele falhasse. Se o monstro o matasse, o mundo estaria nas mãos de Voldemort. Isso o aterrorizava de vez.    

- Sirius...eu vou morrer, não é? – Harry sorriu no fim, mas não era um sorriso alegre. Era um sorriso para esconder as tristezas.

- Não Harry! Nunca diga isso! Você ouviu o que Dumbledore disse...todas as vezes que você escapou de Voldemort foi por mérito seu! Você se salvou do maior bruxo das trevas do século! Não será um monstro que irá abatê-lo... e mais! Eu ainda acho que você não irá lutar sozinho contra esse monstro. Harry levantou a cabeça.

- Como assim Sirius?

- Pelo que eu saiba, uma pessoa só, não consegue abrir um portal...é necessário ter um conjunto de forças, uma combinação de forças. Isso é chamado de Poder Único. Logo, se quisermos matar esse monstro e fechar esse tal portal, teremos que realizar o Poder Único.

Harry sorriu, com um pouco mais de esperança no olhar.

- Harry, escuta. Você é o bruxo de 15 anos mais forte que eu já conheci. Não é pra qualquer um suportar o que teve que suportar até hoje. Eu confio em você. Sei que você não irá desistir. Nunca mesmo vá para uma guerra achando que já sabe o final. Nunca se ache um vitorioso, mas nunca se ache perdedor. Pense somente que você pode enfrentar os desafios, não importa qual que seja. Dê o melhor de você e lute para salvar o nosso mundo do mesmo jeito que seus pais fizeram por você. Eu acredito em você e sempre estarei ao seu lado.

Harry sacudiu a cabeça em afirmativo.

-     Eu não decepcionarei vocês. Eu ainda tenho muito que viver.

- Hum... eu realmente estou grato por você ter decidido isso... mas quando um garoto diz que ainda tem muito que viver... é por quê está apaixonado.

- Eu? Apaixonado? Imagina Sirius! Está vendo coisas demais.

- Engraçado... já escutei essa mesma frase. Quando ainda estudava em Hogwarts. Alguns anos depois, nasceu você.

- E um ano depois eles morreram.- Harry completou

- Harry! Por favor! Você não pode mudar o passado! O que aconteceu já aconteceu! O que você pode e deve fazer é lutar pra mudar o presente e o futuro.

- Eu sei Sirius. Desculpe.

- Ok Harry. Não se preocupe. Agora vá dormir. Você precisa descansar.

Harry concordou e saiu da sala. Sirius se transformou em cachorro e o levou até o Salão da Grifinória.