Disclaimer: nenhum destes personagens pertence a mim, mas a J.K.Rowling. NÃO pretendo roubá-los. fic Snape/Remo romance capítulo 2 - "Ajuda Inesperada"

Lua cheia, temperatura suave. Vez por outra, um vento que bate muito de leve, mostrando que não havia secura no ar. Remo Lupin estava parado no meio de um corredor, apoiado numa parede. Apoiado mesmo, pois se ela não estivesse ali, ele cairía direto no chão frio. Um suor frio escorria por seu rosto exausto, enquanto ele apertava os olhos com muita força. Ondas de dor percorriam seu corpo, uma dor insuportável. Ia e voltava cada vez mais forte. Ele sentiu os joelhos tremerem, não se suportando mais um minuto em pé. Caiu de joelhos no chão e segurou um grito de dor, não queria incomodar ninguém. O grito morreu em sua garganta, manifestando-se apenas em forma de gemidos. Lágrimas de agonia escorreram pelo rosto de Lupin, misturando-se ao suor, e ele baixou a cabeça, sentindo-se tonto.

"Remo!" Snape veio correndo em sua direção, nem tentando esconder a preocupação em seu rosto geralmente frio. Agarrou-o pelos ombros e o virou para si, vendo o sofrimento no rosto de Lupin.

"Deixe-me, Severo! Não é nad..." outra onda forte de dor o impediu de falar, fazendo com que se encolhesse mais. Snape o abraçou com força, trazendo a cabeça de Lupin para descansar em seu peito. Ficou fazendo um carinho muito suave nos cabelos dele, e logo Lupin parecia um pouco mais calmo.

"Acho que suas mãos são encantadas, Severo. Têm o poder de expulsar a dor..."disse Lupin, fazendo esforço para sorrir após o que passara.

"Não seja exagerado, Remo." disse Snape. O único segredo é a vontade de te ajudar, pensou. "Porque não gritou por ajuda, Remo? Eu estava, por sorte, vindo procurá- lo." disse Snape, percebendo que ainda abraçava Lupin com carinho.

"Eu não queria incomodar ninguém, Severo. É época de Natal, e..."

"Sua vida é mais importante que o Natal!" gritou o mestre das poções, interrompendo Lupin. Snape estava realmente impressionado, era a primeira vez que via o efeito de sua poção bem na hora em que Lupin deveria estar se transformando. Se tinha que sofrer assim para não virar lobisomem,, era melhor não tomar a poção, pensou irritado. Olhou para Lupin, que sorria só pra variar. Este sorriso, pensou Snape, é tudo... Uma luz para todos...

De repente, Lupin se levantou um pouco e beijou a bochecha de Snape com muita doçura. "Obrigado por aparecer quando eu precisei, Severo."

"E você não é um incômodo", foram as palavras de Snape antes de abaixar-se e beijar a boca de Remo, puxando-o para bem perto de si, envolvendo-o com os braços. Durou uma eternidade aquele beijo em que Snape explorou com a língua a boca de Remo, sentindo o gosto que era açúcar puro. Só podia esperar isso de Lupin, pensou. Tudo o que ele, Severo Snape, não era. Mas procurou isto em seu parceiro. Partiram o beijo, um murmúrio de protesto deixando os lábios de Lupin.

"Remo" - disse Snape _ "vou procurar um meio de você não ter que sofrer assim."

"Obrig..."

"Já disse que não quero agradecimento." interrompeu Severo, passando os dedos pelo rosto cansado e fraco de Lupin. "Quero apenas que você vá se cuidar agora. Depois de sentir tanta dor, você precisa de descanso. É uma ordem."

Lupin sorriu "Sim, é claro." mas não parecia querer sair do conforto dos braços de Snape.

"Remo Lupin, eu quis dizer neste momento." disse Snape sério, mas arrancando risadas fracas de Lupin, que saiu muito a contragosto do abraço. A verdade era que queria pedir a Snape para ficar com ele enquanto descansava, mas faltava coragem. Para Lupin, aliás, não era segredo que Snape podia ser sensível. Não sabia como, mas entendia que o professor de poções apenas não era uma pessoa que mostrava facilmente o que sentia.

Tentou levantar-se com dificuldade, mas foi ajudado por Snape, que o apoiou, passando o braço em volta de sua cintura.

E Severo Snape o levou para o quarto, mandando várias vezes que ele calasse a boca, pois não queria agradecimentos, e Lupin só sabia dizer "obrigado" sem parar.

continua...