Esta era a noite. Era provável que Snape e Lupin ficassem até de madrugada
arrumando Poções.
"Cheguei! Posso entrar, Severus? - disse Lupin por trás da porta, ao invés de bater para entrar."
"Entre, Remo."
Lupin entrou.
"Boa noite, Severus. Vamos começar o nosso trabalho?"
"Agora mesmo."
Remo e Snape puseram-se a arrumar as Poções, tirando-as do lugar e colocando-as em ordem alfabética. Remo não parava de perguntar os nomes das Poções. Não conhecia quase nenhuma. "Se não souber o nome delas não poderei organiza-las em ordem alfabética!", disse ele uma hora.
Não deram 10 minutos para Lupin derrubar uma Poção, que aliás, caiu bem em sua cabeça, deixando-o todo molhado.
"Aiiiiii... eu avisei que era desastrado... desculpa, Severus, desculpa mesmo, não foi a minha intenção, oh, meu Deus, como eu sou descuidado, eu..."
"Ta, Remo, já captei a mensagem, agora me deixe var que Poção era esta."
Snape estava mais preocupado com o estado de Lupin do que com a Poção derrubada. "E se for uma Poção que vai causar algum efeito em Lupin?", pensava ele.
Snape arregalou os olhos quando viu qual era a Poção que havia caído em Lupin.
"Mas que sorte. Era apenas a Poção da verdade. Não vai ter nenhum efeito... grave."
"Que efeito terá?"
"Hum... talvez você fique um pouco cansado."
Obviamente não era verdade. Snape sabia muito bem que, agora que Lupin fora banhado pela Poção da verdade, ele responderia qualquer coisa que lhe perguntasse. Qualquer coisa. "Eu poderia perguntar quais são as suas intenções comigo", pensou Snape. "Mas não vou. Seria uma grande injustiça."
Snape ajudou Lupin a se secar e limpar os cacos de vidro.
"Continue arrumando agora, e tome mais cuidado."
"Não tenha dúvidas!", respondeu Lupin sorrindo.
O silêncio tomou conta da sala de Snape.
Lupin se sentia completamente bem. Mas não Severus; ele simplesmente não podia deixar de se aproveitar daquela situação. Ele podia saber tudo o que quisesse. E tinha que ser agora, pois o efeito já podia estar passando. "Mas não vou simplesmente chegar e perguntar a ele", pensou.
Snape estava confuso demais. Como sabia que não suportaria ficar lá com Lupin sem lhe perguntar nada, resolveu acabar com a arrumação.
"Remo!"
"Hm?"
"Já está tudo muito bem arrumado."
"Mas..."
"Ouviu o que eu disse?"
"Você quer me dispensar porque eu derrubei aquela Poção?" perguntou Lupin, os olhos tristes.
"Mas é claro que não." respondeu Snape com firmeza.
Mais uma vez fez-se silêncio.
"Você parece confuso, Severus, algum problema?" perguntou Lupin se aproximando de Snape.
Passou a mão pelo rosto do mestre das Poções.
"Não, Lupin. Não há motivos para se preocupar, há?"
Nesta hora Lupin arregalou os olhos castanhos. Parecia ter algo entalado na garganta que ele não podia evitar que saísse.
"O que houve, Remo?"
"Há... há... há motivos para que eu me preocupe, Severus."
Ao dizer isto, Lupin olhou para baixo cheio de vergonha. Estava com medo da reação de Severus.
Snape, por sua vez, acabara de se tocar e que sem querer ele se utilizara da situação. E certamente estava muito feliz com a notícia que acabara de receber. Levantou o queixo de Lupin, fazendo-o encará-lo. Lupin estava com os olhos semicerrados e tristes.
"Está assustado?" perguntou Snape enquanto passava o dedo polegar pelos lábios de Remo.
"Não." Murmurou ele. "Só estou com medo."
"Medo de que?"
"Não sei..." disse Lupin ainda mais baixo, não podendo conter duas lágrimas que escaparam de seus olhos. Snape o abraçou.
"Não precisa ficar com medo. Não tem do que ter medo."
Lupin sabia que por mais que Snape gostasse dele, nunca diria isso, ou então, demoraria a dizer.
"Há duas coisas que não consigo entender." Continuou Snape.
"Quais?" perguntou Lupin enxugando as lágrimas, mas parecendo cada vez mais nervoso.
"A primeira e lãs, é como uma pessoa assim' ao dizer isto levantou o rosto de Lupin"pode me admirar tanto assim."
Lupin sorriu. "E a segunda delas?"
"A segunda delas é mais significativa... às vezes fico tentando entender, Remo, como é que você pode fazer eu me sentir assim..."
"Assim como?"
"Assim tão diferente."
Lupin olhou para Snape.
"Eu te amo, Severus."
Snape semicerrou os olhos e deu um pequeno sorriso.
"Vá lá, Remo. Já passa de meia - noite. Vá dormir."
"Amanhã nos falaremos... não é?" perguntou Lupin ansioso.
"Sim. Amanhã nos falaremos."
"Boa noite, Severus."
"Boa noite, Remo."
"Cheguei! Posso entrar, Severus? - disse Lupin por trás da porta, ao invés de bater para entrar."
"Entre, Remo."
Lupin entrou.
"Boa noite, Severus. Vamos começar o nosso trabalho?"
"Agora mesmo."
Remo e Snape puseram-se a arrumar as Poções, tirando-as do lugar e colocando-as em ordem alfabética. Remo não parava de perguntar os nomes das Poções. Não conhecia quase nenhuma. "Se não souber o nome delas não poderei organiza-las em ordem alfabética!", disse ele uma hora.
Não deram 10 minutos para Lupin derrubar uma Poção, que aliás, caiu bem em sua cabeça, deixando-o todo molhado.
"Aiiiiii... eu avisei que era desastrado... desculpa, Severus, desculpa mesmo, não foi a minha intenção, oh, meu Deus, como eu sou descuidado, eu..."
"Ta, Remo, já captei a mensagem, agora me deixe var que Poção era esta."
Snape estava mais preocupado com o estado de Lupin do que com a Poção derrubada. "E se for uma Poção que vai causar algum efeito em Lupin?", pensava ele.
Snape arregalou os olhos quando viu qual era a Poção que havia caído em Lupin.
"Mas que sorte. Era apenas a Poção da verdade. Não vai ter nenhum efeito... grave."
"Que efeito terá?"
"Hum... talvez você fique um pouco cansado."
Obviamente não era verdade. Snape sabia muito bem que, agora que Lupin fora banhado pela Poção da verdade, ele responderia qualquer coisa que lhe perguntasse. Qualquer coisa. "Eu poderia perguntar quais são as suas intenções comigo", pensou Snape. "Mas não vou. Seria uma grande injustiça."
Snape ajudou Lupin a se secar e limpar os cacos de vidro.
"Continue arrumando agora, e tome mais cuidado."
"Não tenha dúvidas!", respondeu Lupin sorrindo.
O silêncio tomou conta da sala de Snape.
Lupin se sentia completamente bem. Mas não Severus; ele simplesmente não podia deixar de se aproveitar daquela situação. Ele podia saber tudo o que quisesse. E tinha que ser agora, pois o efeito já podia estar passando. "Mas não vou simplesmente chegar e perguntar a ele", pensou.
Snape estava confuso demais. Como sabia que não suportaria ficar lá com Lupin sem lhe perguntar nada, resolveu acabar com a arrumação.
"Remo!"
"Hm?"
"Já está tudo muito bem arrumado."
"Mas..."
"Ouviu o que eu disse?"
"Você quer me dispensar porque eu derrubei aquela Poção?" perguntou Lupin, os olhos tristes.
"Mas é claro que não." respondeu Snape com firmeza.
Mais uma vez fez-se silêncio.
"Você parece confuso, Severus, algum problema?" perguntou Lupin se aproximando de Snape.
Passou a mão pelo rosto do mestre das Poções.
"Não, Lupin. Não há motivos para se preocupar, há?"
Nesta hora Lupin arregalou os olhos castanhos. Parecia ter algo entalado na garganta que ele não podia evitar que saísse.
"O que houve, Remo?"
"Há... há... há motivos para que eu me preocupe, Severus."
Ao dizer isto, Lupin olhou para baixo cheio de vergonha. Estava com medo da reação de Severus.
Snape, por sua vez, acabara de se tocar e que sem querer ele se utilizara da situação. E certamente estava muito feliz com a notícia que acabara de receber. Levantou o queixo de Lupin, fazendo-o encará-lo. Lupin estava com os olhos semicerrados e tristes.
"Está assustado?" perguntou Snape enquanto passava o dedo polegar pelos lábios de Remo.
"Não." Murmurou ele. "Só estou com medo."
"Medo de que?"
"Não sei..." disse Lupin ainda mais baixo, não podendo conter duas lágrimas que escaparam de seus olhos. Snape o abraçou.
"Não precisa ficar com medo. Não tem do que ter medo."
Lupin sabia que por mais que Snape gostasse dele, nunca diria isso, ou então, demoraria a dizer.
"Há duas coisas que não consigo entender." Continuou Snape.
"Quais?" perguntou Lupin enxugando as lágrimas, mas parecendo cada vez mais nervoso.
"A primeira e lãs, é como uma pessoa assim' ao dizer isto levantou o rosto de Lupin"pode me admirar tanto assim."
Lupin sorriu. "E a segunda delas?"
"A segunda delas é mais significativa... às vezes fico tentando entender, Remo, como é que você pode fazer eu me sentir assim..."
"Assim como?"
"Assim tão diferente."
Lupin olhou para Snape.
"Eu te amo, Severus."
Snape semicerrou os olhos e deu um pequeno sorriso.
"Vá lá, Remo. Já passa de meia - noite. Vá dormir."
"Amanhã nos falaremos... não é?" perguntou Lupin ansioso.
"Sim. Amanhã nos falaremos."
"Boa noite, Severus."
"Boa noite, Remo."
