Capítulo 3 - Revelações
A guerra era sangrenta e ele vira muitos morrerem. Mas aquele inferno ainda era melhor que Azkaban, e Sirius dava graças por finalmente ter provado a sua inocência e agora poder lutar ao lado das forças de Dumbledore. Agora, ele se encontrava numa floresta, aguardando o inimigo. Podia senti-lo de longe, e não se surpreendeu quando Lucio Malfoy passou diante de si.
Você não vai muito longe, Malfoy - Sirius gritou, com a varinha empunhada. Ora, ora se não é o Black - os dois homens se encararam, com ódio no olhar - ou seria melhor dizer, o Potter bastardo... Isso não é uma vergonha para mim...pior seria se eu tivesse sido traído durante mais de dois anos pela minha esposa... O que você quer dizer... Pergunte à Narcissa, Malfoy...- Sirius sorriu malicioso - eu adorava fazê- lo de idiota... Maldito... - Lucio levantou a varinha, e desferiu contra Sirius um feitiço. Mas ao invés da costumeira luz verde, saiu um raio vermelho que o atingiu em cheio - Femina Mortales. - Lucio sorriu triunfante - sim, meu caro. O feitiço que precisa de uma mulher do seu sangue para ser quebrado. Não sobrou nenhuma, não é mesmo Black? Porque a sua irmã, essa eu mesmo cuidei...aquela traidora...
Malfoy não pôde dizer mais nada. Um jato de luz verde o atingiu pelas costas e ele caiu morto. Mesmo quase desmaiado, Sirius viu o rosto de Dumbledore e o aura de poder o cercando.
Preciso levá-lo para Hogwarts, Sirius...e tomar algumas providências...
**
Narcissa Malfoy cuidava do jardim da sua mansão, quando um elfo doméstico trouxe uma carta. Ela olhou interessada para o pergaminho, principalmente por ter sido remetida por Dumbledore.
Cara Sra Malfoy,
É com pesar que a informo do falecimento do seu marido, Lucio Malfoy. Infelizmente, estamos numa guerra e eu lamento que o talento dele como bruxo tenha sido desperdiçado, ao ser utilizado em favor das Trevas. Mas há uma pessoa em Hogwarts que deseja muito a sua presença, e gostaria que a senhora estivesse aqui. Seu filho também recebeu a notícia da morte do pai, e eu também já solicitei a sua vinda.
Aguardo sua resposta.
Respeitosamente,
Alvo Dumbledore
Narcissa caminhava hesitante pelos corredores de Hogwarts. Há quanto tempo ela não pisava naquele chão ou tocava aquelas paredes? Tantas histórias...tanto amor conhecera ali. Lamentava a morte de Lucio, mas sabia que aquilo um dia poderia acontecer.
Dumbledore abriu a porta da enfermaria, e mesmo de longe ela reconheceu os cabelos negros de Sirius. Mas o seu rosto estava magro e abatido, e lembrava muito pouco o garoto alegre que ela conhecera.
Sirius...estou aqui. Narcissa...há quanto tempo - ele murmurou, de olhos fechados. Sra Malfoy, ele está muito fraco. O que houve com ele? Foi enfeitiçado por Lucio. E agora a única pessoa que pode ajudá-lo é a sobrinha dele. Não me consta que ele tenha uma sobrinha...apenas o garoto Potter. Sim, eu sei. É uma longa história, e seu filho me ajudou a completar o quebra-cabeça. A menina se chama Hermione Granger. Eu já ouvi esse nome antes... Sim. Ela é a filha de Marian Potter. E do Lucio? Exatamente.
Narcissa suspirou.
Onde está o Draco? Me acompanhe, Sra Malfoy.
**
Eu já disse ao Dumbledore que não vou procurar a Hermione. Eu pedi para ele chamar o Potter ou o Weasley, mas ele me disse que eles estão muito longe. E talvez não dê tempo... Por que, Draco? Por que você não pode encontrá-la? Por que? Simplesmente porque descobrimos que nós somos irmãos... ela é a mulher da minha vida, e não posso tê-la comigo, mãe! Espero que você me perdoe... A culpa não foi sua, mãe. Você foi traída. Mas eu traí também! - Narcissa gritou - Draco, me escute por tudo o que é mais sagrado: vocês não são irmãos... Como? Me perdoe meu filho...eu não amava o Lucio, nem ele a mim... Quem...? - Draco começou a perguntar, mas logo ficou óbvio - o Black?
Narcissa concordou com um gesto.
O que todos vocês pensam? Que podem brincar com nossas vidas? - ele perguntou, indignado. Por fim, resignou-se - eu vou procurá-la.
**
Os trouxas aplaudiam o show de Hermione e ela fez uma reverência graciosa para o seu público. No entanto, enquanto guardava os seus bastões, sentiu que alguém pressionava o seu ombro.
Mione... O que você está fazendo aqui, Draco? Você sabe que... Tudo mudou, meu amor - os olhos dele brilhavam de alegria - nós não somos irmãos... Não? Mas... Shhh...eu lhe explico no caminho...preciso que você venha comigo para Hogwarts. Sirius Black precisa da sua ajuda. Você não vai negá-la ao seu tio, não? Você está falando a verdade? Eu jamais mentiria para você, Mione - ele disse, e a beijou apaixonadamente. Alguns trouxas, achando que ainda se tratava de um show , aplaudiram entusiasmados.
**
Hermione entrou na ala hospitalar, naquele momento cheia de pessoas apreensivas. Além de Dumbledore e o próprio Sirius, deitado numa cama semi- inconsciente, ainda estavam ali Narcissa Malfoy, Snape e Harry. A moça aproximou-se do leito, e assustou-se com a aparência de Sirius. Lembrou-lhe a primeira vez que o vira, naquela noite na Casa dos Gritos.
Ele vai ficar bem? Após tomar a poção, com três gotas do seu sangue sim - respondeu Dumbledore - Profº Snape, por favor.
Snape entregou um cálice cheio a Dumbledore. Este pegou um pequeno punhal e com delicadeza furou o dedo de Mione, e deixou três gotas de sangue caírem dentro do líquido. Depois, com um feitiço simples fez o ferimento se fechar. Em seguida, fez Sirius ingerir toda a poção.
Agora vamos deixá-lo dormir. Amanhã ele estará bem melhor. Profº...será que eu não poderia ficar com ele? - Narcissa perguntou, hesitante. Como quiser. Mas somente a senhora. O Sirius precisa de descanso.
Quando a porta fechou-se, Harry, Mione e Draco pararam no corredor, e os três se encararam por alguns instantes. Era uma situação estranha, mas Harry decidiu quebrar o gelo, abraçando Hermione com carinho.
Eu devia chamá-la de louca. Não imagina o quanto ficamos preocupados. Potter, com licença - Draco fez menção de afastá-los, mas Hermione se interpôs entre os dois rapazes. Acho que é hora de acabarmos com essas diferenças. Somos uma família agora, não? - disse, olhando para os dois. Nem precisa me lembrar disso - respondeu Harry, mal-humorado. Nem a mim - disse Draco. Vocês conseguem ser patéticos às vezes - Mione riu. Ah sim...por que vocês não vão até a sala dos professores? A Gina está lá - Harry sorriu para Mione - há alguém com saudades de você...e acho que o Draco vai gostar de conhecer o filho.
Draco olhou para Hermione, e depois sorriu surpreso. Hermione não esperou, puxou-o pela mão e juntos foram buscar o filho.
A guerra era sangrenta e ele vira muitos morrerem. Mas aquele inferno ainda era melhor que Azkaban, e Sirius dava graças por finalmente ter provado a sua inocência e agora poder lutar ao lado das forças de Dumbledore. Agora, ele se encontrava numa floresta, aguardando o inimigo. Podia senti-lo de longe, e não se surpreendeu quando Lucio Malfoy passou diante de si.
Você não vai muito longe, Malfoy - Sirius gritou, com a varinha empunhada. Ora, ora se não é o Black - os dois homens se encararam, com ódio no olhar - ou seria melhor dizer, o Potter bastardo... Isso não é uma vergonha para mim...pior seria se eu tivesse sido traído durante mais de dois anos pela minha esposa... O que você quer dizer... Pergunte à Narcissa, Malfoy...- Sirius sorriu malicioso - eu adorava fazê- lo de idiota... Maldito... - Lucio levantou a varinha, e desferiu contra Sirius um feitiço. Mas ao invés da costumeira luz verde, saiu um raio vermelho que o atingiu em cheio - Femina Mortales. - Lucio sorriu triunfante - sim, meu caro. O feitiço que precisa de uma mulher do seu sangue para ser quebrado. Não sobrou nenhuma, não é mesmo Black? Porque a sua irmã, essa eu mesmo cuidei...aquela traidora...
Malfoy não pôde dizer mais nada. Um jato de luz verde o atingiu pelas costas e ele caiu morto. Mesmo quase desmaiado, Sirius viu o rosto de Dumbledore e o aura de poder o cercando.
Preciso levá-lo para Hogwarts, Sirius...e tomar algumas providências...
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Narcissa Malfoy cuidava do jardim da sua mansão, quando um elfo doméstico trouxe uma carta. Ela olhou interessada para o pergaminho, principalmente por ter sido remetida por Dumbledore.
Cara Sra Malfoy,
É com pesar que a informo do falecimento do seu marido, Lucio Malfoy. Infelizmente, estamos numa guerra e eu lamento que o talento dele como bruxo tenha sido desperdiçado, ao ser utilizado em favor das Trevas. Mas há uma pessoa em Hogwarts que deseja muito a sua presença, e gostaria que a senhora estivesse aqui. Seu filho também recebeu a notícia da morte do pai, e eu também já solicitei a sua vinda.
Aguardo sua resposta.
Respeitosamente,
Alvo Dumbledore
Narcissa caminhava hesitante pelos corredores de Hogwarts. Há quanto tempo ela não pisava naquele chão ou tocava aquelas paredes? Tantas histórias...tanto amor conhecera ali. Lamentava a morte de Lucio, mas sabia que aquilo um dia poderia acontecer.
Dumbledore abriu a porta da enfermaria, e mesmo de longe ela reconheceu os cabelos negros de Sirius. Mas o seu rosto estava magro e abatido, e lembrava muito pouco o garoto alegre que ela conhecera.
Sirius...estou aqui. Narcissa...há quanto tempo - ele murmurou, de olhos fechados. Sra Malfoy, ele está muito fraco. O que houve com ele? Foi enfeitiçado por Lucio. E agora a única pessoa que pode ajudá-lo é a sobrinha dele. Não me consta que ele tenha uma sobrinha...apenas o garoto Potter. Sim, eu sei. É uma longa história, e seu filho me ajudou a completar o quebra-cabeça. A menina se chama Hermione Granger. Eu já ouvi esse nome antes... Sim. Ela é a filha de Marian Potter. E do Lucio? Exatamente.
Narcissa suspirou.
Onde está o Draco? Me acompanhe, Sra Malfoy.
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Eu já disse ao Dumbledore que não vou procurar a Hermione. Eu pedi para ele chamar o Potter ou o Weasley, mas ele me disse que eles estão muito longe. E talvez não dê tempo... Por que, Draco? Por que você não pode encontrá-la? Por que? Simplesmente porque descobrimos que nós somos irmãos... ela é a mulher da minha vida, e não posso tê-la comigo, mãe! Espero que você me perdoe... A culpa não foi sua, mãe. Você foi traída. Mas eu traí também! - Narcissa gritou - Draco, me escute por tudo o que é mais sagrado: vocês não são irmãos... Como? Me perdoe meu filho...eu não amava o Lucio, nem ele a mim... Quem...? - Draco começou a perguntar, mas logo ficou óbvio - o Black?
Narcissa concordou com um gesto.
O que todos vocês pensam? Que podem brincar com nossas vidas? - ele perguntou, indignado. Por fim, resignou-se - eu vou procurá-la.
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Os trouxas aplaudiam o show de Hermione e ela fez uma reverência graciosa para o seu público. No entanto, enquanto guardava os seus bastões, sentiu que alguém pressionava o seu ombro.
Mione... O que você está fazendo aqui, Draco? Você sabe que... Tudo mudou, meu amor - os olhos dele brilhavam de alegria - nós não somos irmãos... Não? Mas... Shhh...eu lhe explico no caminho...preciso que você venha comigo para Hogwarts. Sirius Black precisa da sua ajuda. Você não vai negá-la ao seu tio, não? Você está falando a verdade? Eu jamais mentiria para você, Mione - ele disse, e a beijou apaixonadamente. Alguns trouxas, achando que ainda se tratava de um show , aplaudiram entusiasmados.
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Hermione entrou na ala hospitalar, naquele momento cheia de pessoas apreensivas. Além de Dumbledore e o próprio Sirius, deitado numa cama semi- inconsciente, ainda estavam ali Narcissa Malfoy, Snape e Harry. A moça aproximou-se do leito, e assustou-se com a aparência de Sirius. Lembrou-lhe a primeira vez que o vira, naquela noite na Casa dos Gritos.
Ele vai ficar bem? Após tomar a poção, com três gotas do seu sangue sim - respondeu Dumbledore - Profº Snape, por favor.
Snape entregou um cálice cheio a Dumbledore. Este pegou um pequeno punhal e com delicadeza furou o dedo de Mione, e deixou três gotas de sangue caírem dentro do líquido. Depois, com um feitiço simples fez o ferimento se fechar. Em seguida, fez Sirius ingerir toda a poção.
Agora vamos deixá-lo dormir. Amanhã ele estará bem melhor. Profº...será que eu não poderia ficar com ele? - Narcissa perguntou, hesitante. Como quiser. Mas somente a senhora. O Sirius precisa de descanso.
Quando a porta fechou-se, Harry, Mione e Draco pararam no corredor, e os três se encararam por alguns instantes. Era uma situação estranha, mas Harry decidiu quebrar o gelo, abraçando Hermione com carinho.
Eu devia chamá-la de louca. Não imagina o quanto ficamos preocupados. Potter, com licença - Draco fez menção de afastá-los, mas Hermione se interpôs entre os dois rapazes. Acho que é hora de acabarmos com essas diferenças. Somos uma família agora, não? - disse, olhando para os dois. Nem precisa me lembrar disso - respondeu Harry, mal-humorado. Nem a mim - disse Draco. Vocês conseguem ser patéticos às vezes - Mione riu. Ah sim...por que vocês não vão até a sala dos professores? A Gina está lá - Harry sorriu para Mione - há alguém com saudades de você...e acho que o Draco vai gostar de conhecer o filho.
Draco olhou para Hermione, e depois sorriu surpreso. Hermione não esperou, puxou-o pela mão e juntos foram buscar o filho.
