Bom, aqui, vai o segundo capitulo, espero que gostem.

E A VIDA CONTINUA...

Capitulo dois: gotas de amor e amizade

- Com licença. – Sakura correu mais rápido e chegou em uma varanda, de onde conjurou um campo de energia que cobriu toda a mansão.

- Sakura, assim na podemos sentir nada do que se passa lá fora! – disse Yelan.

- Espere, ela está vendo tudo lá fora. – disse Eriol.

- São quinze homens e duas mulheres. As mulheres possuem grande poder oculto e estão tentando passar pela entrada principal. Os homens estão espalhados, cinco em cada direção, Norte Leste e Oeste. – ela cambaleou um pouco.

- Sakura! – Shaoran a segurou.

- Eriol, ligue para Yukito, precisamos dos guardiões. Talvez Meiling também ajude.

- Sakura, você tem que voltar ao Japão, não pode ficar aqui desse jeito. – disse Shaoran.

- Você só pode estar sonhando se acha que vou deixar vocês aqui. – disse Sakura, se apoiando na grade da varanda e se afastando dele. – Posso não estar bem para uma batalha de frente, mas posso dar apoio. – ela quase caiu no chão. – A barreira não vai durar muito mais tempo. Arranjem uma forma de contra-atacar antes que estejamos perdidos.

- Sakura, é loucura... – disse Yelan.

- Escutem aqui, se não lutarmos não vamos sair vivos daqui. Eu mesma não iria conseguir nem se eu quisesse sair. A batalha é inevitável, agora vão logo antes que não consiga mais proteger a casa.

- Vamos fazer o que ela disse. É melhor. – disse Eriol, pegando o telefone, ligando para o Japão. – Yukito, problemas. Avise os guardiões e venham para cá com Meiling. Ela está aqui sim, não se preocupe. Venham o mais rápido possível. – ele desligou.

- Vamos, temos que fazer frentes em todas as direções da mansão. – disse Yelan.

- Sakura, se cuida. Eu já volto. – disse Shaoran.

- Shaoran, pegue o grupo de frente. Você é o mais hábil para esse tipo de combate. – disse Sakura. – E se cuide você, não se precipite. – ela segurou a mão dele. – Promete?

- Prometo, vou fazer o máximo que puder. – ele se aproximou e a beijou. – Te amo.

Os outros se foram, deixando Sakura cuidando da barreira enquanto eles faziam um plano de contra-ataque. Não tiveram tempo, logo sentiram a barreira desaparecer e Sakura desmaiar.

Shaoran se segurou para não ir até ela e foi para a batalha. Yelan conseguiu reunir uns vinte integrantes do clã para a batalha. Shaoran e Eriol foram para o sul, lutar com as duas mulheres. Os outros se dividiram nas direções restantes.

Meiling, Yukito, Nakuru, Spinel e Kero chegaram próximo a hora do almoço e entraram de frente na batalha, depois de Yue ir conferir sobre a segurança de Sakura.

A batalha foi dura (Shaoran estava detonado), e a batalha quase virou a noite, mas, onze e meia, os inimigos recuaram com varias baixas.

Todos foram para o interior da mansão, dos vinte integrantes do clã, 10 estavam com feridas relativamente graves, mas nada que um bom kit de primeiros socorros não curasse. Já Shaoran estava ferido no braço esquerdo (bem profundo), na perna direita (não muito grave) e na região da cintura (queimadura leve).

- Shaoran, fica parado. – dizia Eriol enquanto limpava e enfaixava os ferimentos do amigo.

- Assim que você parar de me machucar eu paro. – respondeu, de maus modos.

- Você não muda, não é? Já participou de tantas batalhas e ainda assim reclama quando é para limpar os ferimentos. – ele riu um pouco.

- Não enche a anda logo com isso.

- Você não está em condições de exigir nada aqui, meu caro amigo, Shaoran.

- Olha quem fala. – os dois se olharam e começaram a gargalhar sem motivo algum.

- Acho que a batalha afetou o cérebro deles. – comentou Yelan com Meiling.

- Isso é normal, não liga tia. – disse Meiling, se aproximando dos dois. – Olha, vocês vão demorar muito com isso?

- Não, já acabei com ele, amor. – disse Eriol. – Onde estão Yue e Kerberos, ainda precisar de tratamento, estavam bastante feridos.

- Estão em meu quarto, junto com Sakura. Mandei que a levassem para lá e eles pediram para ficar ao lado dela. – disse Yelan.

- Pode deixar que vou lá chamá-los. Estava indo vê-la mesmo. – disse Shaoran, indo até o quarto de sua mãe. – Yue, Kerberos. Eriol está chamando para que possa limpar seus ferimentos.

- Obrigada, mas estamos bem assim. – disse Kerberos.

- Não precisa ser tão formal comigo, Kerberos. Você nunca foi.

- Não é hora de brigarmos. – disse Kerberos. – Sakura está muito mal, não quero causar-lhe transtorno algum.

- OK, mas eu insisto para que vão se tratar, Sakura diria a mesma coisa e vocês sabem.

- Está certo, vamos Yue. – disse Kerberos.

- ... – ele saiu do quarto em silêncio.

- Ah, Sakura... – Shaoran suspirou e se sentou ao lado dela.

Sakura dormia tranqüilamente, mas estava pálida. Seus cabelos, agora bem compridos (um pouco mais curtos que os da Tomoyo), se espalhavam por todo o travesseiro. Shaoran sabia que ela não gostava de manter o cabelo solto durante a noite, a não ser que ele pedisse ou soltasse o cabelo dela, ela dormia com ele preso para não ficar no rosto dela e ficar incomodando no meio da noite. Suspirou mais uma vez e resolveu acorda-la um pouco para que pudesse comer algo, já que parecia estar precisando. Mas preferiu acordar quando já estivesse com algo pronto ali mesmo. Foi para a cozinha e preparou m jantar completo para ela.

- Filho, por que vai cozinhar nessas condições, deveria descansar, deixe que as cozinheiras façam isso. – disse Yelan assim que ele entrou na cozinha.

- Não mãe, quase nunca faço alguma coisa para Sakura. Agora que posso fazer não vou deixar de fazer.

Ele levou para o quarto de sua mãe uma bandeja com o jantar para Sakura. Colocou na mesa de cabeceira e se sentou ao lado dela na cama.

- Sakura, meu anjo. – ele acariciou levemente e face dela e ela se mexeu um pouco. – Acorda, meu amor.

- Shaoran, o que foi? – ela acordou, mas estava meio desligada ainda.

- Você passou o dia todo desacordada. Preparei um jantar para você.

- Shaoran, não precisava. Você já está todo machucado e ainda faz isso pra mim?

- Eu nunca faço nada, quase nunca paro em casa. Sou um marido desnaturado.

- Não diz isso, você só é um pouco ocupado. Você é maravilhoso, Shaoran, sabe disso.

- Sou nada, sempre que chego em casa e estou cansado, você vem, me faz uma massagem, já está com a janta pronta assim que eu estiver com fome... E eu não faço nada pra você.

- Eu faço isso porque te amo, você não precisa me mimar. – ela se sentou.

- Claro que preciso. – ele prendeu o cabelo dela com uma fita banca que ele tinha nas mãos. – Ainda mais agora com você nesse estado.

- Ah, Shaoran, não quero que fale assim.

- Assim como?

- Só porque estou grávida, não quer dizer que eu seja uma inútil.

- Não acho isso, só acho que esteja na hora de eu começar a te dar mais atenção. – ele beijou o pescoço dela. – Dar a atenção que você merece.

- Você não precisa se preocupar tanto comigo. – ela começou a comer. – Mas você pode ir para a cozinha de vez em quando. – os dois riram.

Sakura comeu calmamente e depois se deitou mais um pouco. Ela deitou com a cabeça no colo dele e adormeceu com ele fazendo cafuné nela.

- Shaoran. – Yelan entrou no quarto com Fuutie.

- Diga, mãe.

- Eu realmente sinto muito pelo que fiz. Sei que é meio tarde para isso, mas...

- Não precisa disso, mãe. Espero que tenha entendido que não há ser neste mundo capaz de nos separar.

- Eu entendi. Mas queria pedir-lhe um favor. Se possível, eu gostaria que viessem morar aqui.

- Sinto, muito, mãe, mas isso é impossível. Sakura nunca deixaria Tomoeda e eu também não. Aquele é meu lar agora, não há mais lugar para mim aqui.

- Mas quem vai chefiar o clã?

- A senhora não chefiou até agora? Passe para Fuutie ou Shiefa, elas saberão como cuidar de tudo.

- Mas, filho...

- Mãe, sinto muito, mas não vou deixar todas as coisas maravilhosas que tenho lá por nada nesse mundo. Além do mais, se eu aceitasse, Sakura não viria de modo algum. Não poderia deixa-la nem agora nem nunca.

- Eu entendo, sei o que está sentindo, filho.

- Sakura é uma pessoa maravilhosa, merece ser feliz. Sempre que há perigo ela faz de tudo para proteger a todos. A senhora viu isso, quando ela protegeu toda a mansão com aquela barreira.

- Ela tem que ser uma pessoa maravilhosa para conseguir mexer tanto com você, filho.

- Sakura consegue mexer com todos. Ela sempre é muito doce e gentil, não importa o que a pessoa faça. Quando há perigo ela faz de tudo para proteger a todos e não desiste até não poder mais ficar em pé.

- Isso pode acabar matando-a.

- Temo que isso aconteça. Por isso não posso deixa-la só, entende?

- Até onde eu sei esse é o papel dos guardiões.

- Não estou fazendo isso por obrigação e nem desprezo o que os guardiões fazem. Pelo contrário, ambos estão sempre prontos a ajudar quando necessário.

- Eu vi, Yue principalmente.

- Yue se envolveu demais com Sakura, já que sua falsa identidade não sabia de nada até bem depois de Sakura se tornar mestra das cartas. Se bem que essa não é a única razão. Não há modo de conviver com Sakura e não se envolver totalmente. Eu mesmo já me envolvi tanto que agora não conseguiria viver sem ela.

- Entendo… bom, não vou querer prende-los aqui, mas se quiserem passar alguns dias por aqui, para descansarem, não há problema algum.

- Podemos ficar sim, Sakura vai adorar a idéia.

- Sabe, maninho, desde que saiu daqui nunca tinha imaginado você assim, casado, quase para ser pai...

- Isso não é para menos, Fuutie, eu era muito fechado naquela época. Menos do que quando criança, mas ainda era bastante fechado.

- Não sei como Sakura conseguiu gostar de você do jeito que você era.

- Você mesma sabe, mesmo sendo fechado, Shaoran sempre foi uma pessoa doce. – disse Sakura.

- Não sabia que você estava acordada. – disse Fuutie.

- Com esse colinho bom não é fácil, mas eu estou. – ela riu. – Shaoran poderia ser o mais rude possível comigo, eu não conseguiria responder a ele da mesma forma.

- Maninho, telefone. – Shiefa entrou no quarto.

- Quem é? – mas suas perguntas foram respondidas ao ouvirem um berro vindo do telefone. – Touya.

- Deixa que eu fale com ele. – disse Sakura, se sentando na cama.

- Aqui está. – Shiefa entregou o telefone a Sakura.

- Alô? Oi, Touya. Eu estou bem, não se preocupe. Touya, calma. Touya, para de gritar. – ela tirou o telefone do ouvido e todos puderam ouvi-lo gritar.

- Você deve ter muitos problemas com ele. – comentou Yelan.

- Não, eu tenho. – disse Shaoran. – O problema dele é comigo.

- Desde o começo, Touya foi contra nosso namoro. – disse Sakura. – Quanto eu disse que íamos nos casar, ele ficou completamente louco, mas acabou cedendo. Eu estava com ele quando me senti mal há duas semanas atrás. Ele me levou ao médico e ficou louco de novo quando o médico me disse que estava grávida de dois meses e meio.

- Então você agora está com três meses? – perguntou Yelan.

- Sakura! Você está me ouvindo? – eles ouviram Touya berrar.

- Tô sim, Touya. – disse Sakura. – Olha, eu te ligo para avisar quando formos voltar, assim está bom para você? Ótimo, tchau. – ele desligou. – Que pesadelo. – todos riram. – Bom, é isso, estou com três meses.

- Bom, se vocês quiserem, podem passar algum tempo conosco. – nessa hora eles sentem uma presença desconhecida próxima a mansão.

- Acho que vamos ter que passar. – disse Sakura saindo correndo com todos. Sakura presta mais atenção na presença e para no meio do caminho. – Fiquem tranqüilos, é o Eriol.

- Mas, essa presença não é dele. – disse Shaoran.

- Ele aprendeu um pequeno truque com Mizuki e agora consegue misturar duas presenças. Não é muito difícil, até eu aprendi.

- Se for assim deve ser fácil. – brincou Shaoran.

- Bobo, só você também. – disse Sakura.

- Shaoran nunca faz piada das coisas, o que houve? – perguntou Fanmei, que se juntara a eles quando correram para a parte da frente da mansão.

- Ele vive fazendo essas piadinhas infames, já estou ficando cansada. – comentou Sakura.

- Bom, acho que é hora de irmos dormir. – disse Yelan. – Shaoran, o seu quarto tem espaço para os dois.

- Tem sim, mãe. Obrigado.

- Sakura, as suas coisas já foram pegas no hotel e estão no quarto de Shaoran.

- Obrigada, senhora.

- De nada. Boa noite a todos. – ela se retirou.

Todos foram para seus respectivos quartos. Sakura e Shaoran ficaram conversando deitados.

- Shaoran, você acha que devemos ficar por aqui?

- Se você não quiser, podemos ir amanhã mesmo.

- Não é que eu não queira, mas veja bem, foi só eu chegar aqui e a batalha começou. Além disso, Eriol vai acabar arranjando problemas se ficar por aqui.

- Você tem razão, mas minha família está acostumada com isso, amor.

- Mesmo assim, Shaoran, não quero causar mais problemas. Além disso, semana que vem... – lágrimas brotaram de seus olhos.

- É mesmo, você tem razão. Podemos ir embora amanha mesmo, se você quiser. – ele secou as lágrimas dela.

- Não queria que sua mãe entendesse mal as coisas, mas eu gostaria de ir logo.

- Nós vamos, meu anjo, nós vamos. – ele a abraçou. – Não fica assim, sabe que eu não gosto que você fique chorando desse jeito.

Ae, gente, o que acharam desse capitulo? Sei que as coisas estão acontecendo rápido demais, mas muita água ainda vai rolar nesse fic, então saibam que estão redondamente enganados os que acham que esse fic vai ser curto.

Bom, voltando ao fic. O que será que tem na próxima semana? O próximo capítulo será crucial para vocês entenderem direitinho essa história, já que as coisas estão meio confusas. A propósito, acho que a maioria já notou que no meu fic não tem primeiro filme, mas também não aconteceu o segundo, já que eu vou precisar disso mais para frente.

Outra coisinha, para os que acham que Shaoran está um pouco aberto demais, eu o fiz assim porque não achava muito legal ele com 23 anos fechado daquele jeito, queria que a convivência com Sakura fizesse algo com ele, então essa idéia veio na minha mente.

Enfim, sugestões, críticas, dúvidas (principalmente sugestões, como sempre) me mandem um mail (stella_oro@hotmail.com), ou postem um comentário aí embaixo.

Gente, no meu outro comentário eu coloquei o mail do terra (como eu sou burra, não?^_^0), mas mandem para o hotmail, por favor.

Bjs para vocês.