E A VIDA CONTINUA...

Capítulo sete: lágrimas do passado

O vôo foi tranqüilo, Sakura não dormiu, mas ficou calada a viagem toda. Shaoran e Hiroshi conversavam animadamente. Shaoran sempre quis saber sobre os quatro anos que ele passara fora. Hiroshi contava o que sabia, mas Sakura percebia que ele nunca entrava nos detalhes de como eles se conheceram. Era exatamente isso que ela queria que ele fizesse, Shaoran nunca poderia saber do que acontecera, não poderia encara-lo se ele soubesse do que ela fora capaz. Felizmente Shaoran estava tão distraído conversando com Hiroshi que não notou sua melancolia.

Desembarcaram sem problemas e Shaoran iria levar todos para um restaurante próximo ao aeroporto que era muito bom.

- Vão vocês. – disse Sakura. – Estou um pouco cansada, vou para casa.

- Você tem certeza, Sakura? – perguntou Shaoran, preocupado.

- Tenho sim, divirtam-se. – e sorriu. Realmente o sorriso demonstrava cansaço.

- Então acho que é melhor eu ir com você. – disse Shaoran.

- De jeito nenhum, eu vou sozinha.

- Não vai não. – disse Tomoyo (Tomoyo conhecia Hiroshi, por isso não a mencionei no fim do outro capitulo). – Eu vou com você.

- Touya deve estar preocupado, eu me viro.

- Eu vou. – disse Fuutie. – Pode deixar, também quero conhecer a casa onde meu irmãozinho mora.

- Não precisa, Fuutie. – disse Sakura.

- É mesmo, isso vai ser bom. – disse Yelan. – Assim você vai arrumando as coisas para nós, não é Fuutie? – Yelan piscou para Fuutie.

- OK, então ficamos assim. – disse Fuutie.

- Então nos vemos depois. – disse Shaoran. Ele beijou Sakura. – Se cuida, meu anjo.

- Tá.

Sakura e Fuutie foram para a casa de Sakura e Shaoran e os outros foram almoçar. Elas ficaram arrumando as coisas e logo Sakura foi se deitar alegando estar cansada. Entrou no quarto e chorou, chorou tudo o que queria chorar naquelas últimas horas. Logo escutou uma batida na porta. Limpou os olhos.

- Entra. – disse, com a voz embargada.

- Sakura, será que a gente pode conversar? – perguntou Fuutie, entrando.

- Claro, o que é?

- Sakura, desde que embarcamos você está muito deprimida.

- Você nunca me viu deprimida realmente Fuutie, não fale assim.

- Não quer me contar o que está te atormentando?

- Ah, Fuutie, eu jurei para mim mesma que ninguém nunca ia saber disso. É demais pra mim.

- Sakura, você não estava assim desde que nos vimos. Quando Hiroshi chegou que você ficou assim.

- Não foi bem quando ele chegou, foi quando Shaoran começou a perguntar sobre o passado.

- Aconteceu algo entre você e Hiroshi?

- Não bem entre nós, mas aconteceu algo.

- Ele te fez algo?

- Fez sim.

- O que?

- Salvou minha vida. – lágrimas brotaram de seus olhos.

- E porque isso te deixa assim?

- Você tem que me jurar que nunca vai contar a ninguém. Mas ninguém mesmo.

- Eu juro.

- Tudo aconteceu quando eu estava com treze anos, ou seja, dois anos depois de Shaoran ir embora. Eu estava muito deprimida, até meu pai estava preocupado comigo. Uma vez, na milésima tentativa de me animar, Tomoyo me levou para tomar sorvete no parque pingüim que é perto daqui. Foi naquela tarde que tudo aconteceu… um feiticeiro chegou ao parque, e eu senti sua energia. Mandei Tomoyo ir embora e, quando Kero e Yue chegaram os mandei evacuarem o parque. Eles estavam tão ocupados com isso que nem viram quando eu falei com o feiticeiro. Ele queria acabar com a minha vida e eu queria parar de sofrer. Entreguei a batalha. Ajoelhei no chão e comecei a chorar, rezando para que um dia todos me perdoassem. Quando o feiticeiro ia me matar, Hiroshi chega e o mata antes que ele sequer me ferisse. Naquele momento o odiei do fundo de minha alma. Kero e Yue chegaram e me viram chorando feito uma louca enquanto Hiroshi tentava me acalmar. Eles esperaram que eu me acalmasse, então me levaram para casa. Meu pai já sabia de tudo sobre a minha magia, então não disse nada. – ela suspirou. – No dia seguinte fiz Hiroshi prometer que iria manter isso em sigilo absoluto. Ele concordou, desde que eu contasse o porque de eu ter tentado me matar. Contei tudo a ele, e, apesar de ele não admitir, sei que ele ficou com muita pena de mim. Passou a andar comigo o tempo todo, me ajudava em tudo. Mas eu ainda era muito deprimida. Quando ele teve que deixar o Japão, me fez prometer que nunca mais tentaria me matar. Quando eu disse que não poderia prometer isso, ele quase desistiu de ir embora, mas ele acabou indo mesmo. Por isso a grande surpresa dele ao me ver no aeroporto.

- Sakura, como isso passou pela sua cabeça?

- Eu me sentia sozinha, não conseguia mais suportar. – ela voltou a chorar.

- Mas, porque você não quer que ninguém saiba?

- Imagine o que os anciões do clã iriam dizer? Uma louca fraca desse jeito não é digna de ser da família Li. Além do que, Shaoran iria ficar louco se soubesse que eu quase fiz essa loucura, foi muito egoísmo.

- Sakura, todos nós temos nossos momentos de fraquezas.

- Chega, Fuutie. – Sakura ainda chorava muito. – Não quero mais falar disso.

- Ei, desçam conosco, trouxemos uns doces. – disse Shaoran, entrando no quarto. – Sakura o que foi? – ele foi direto para a cama onde Sakura estava quase deitada, chorando descontroladamente. – O, meu anjo, o que aconteceu? – ele a abraçou. – Fuutie, o que houve?

- Nada, Shaoran. Esqueça. – ela se levantou e saiu dali.

- Calma, Sakura, está tudo bem. – ele a abraçou mais forte. – Eu estou aqui, agora fica calma.

- Eu não mereço isso. – choramingou ela.

- O que foi?

- Me solta, por favor. Me deixa sozinha, Shaoran.

- Você tem certeza que é isso o que você quer?

- Tenho sim. – ela se afastou dele e voltou a chorar no travesseiro.

- Se você quiser alguma coisa, vou ficar lá embaixo.

- Tudo bem, obrigada.

- De nada. – ele saiu do quarto com uma dor no coração. – O que está acontecendo, Sakura?

Ele desceu e se sentou na sala, ainda pensativo.

- Shaoran, onde está Sakura? – perguntou Yelan.

- Ela não quis vir.

- O que houve? – perguntou Tomoyo.

- Ela não pára de chorar, não sei porque.

- Eu sabia que isso ia acontecer. – disse Hiroshi. – Você se importa se eu for lá falar com ela?

- O que está acontecendo?

- Você se importa? – ele repetiu a pergunta, não poderia quebrar a promessa que fizera a Sakura.

- Me diga o que está acontecendo com minha esposa. – Shaoran se levantou.

- Não posso. Sakura me fez prometer que nunca contaria a ninguém.

- Mas eu sou o marido dela.

- E é exatamente por isso que não posso contar. Sakura me mataria.

- ... – Shaoran se sentou, resignado. – Subindo a escada, a primeira porta à esquerda.

- Obrigado. – disse Hiroshi, subindo. Assim que chegou, bateu à porta.

- Vá embora, Shaoran. Já disse para me deixar sozinha!

- Sakura, sou eu, Hiroshi.

- Ah, desculpe, entra.

- Obrigado. – ele entrou e logo se sentou ao lado dela na cama. – Sakura, não pode ficar assim.

- Shaoran vai descobrir tudo, seria melhor que eu tivesse morrido naquele dia.

- Sakura, não pense nisso. Shaoran vai te aceitar como você é. Aquela sua atitude foi precipitada, mas era muito para você só com treze anos. Conte a ele, ele vai te entender.

- Você não o conhece. Ele provavelmente nunca olharia em meu rosto novamente, não suportaria isso.

- Você tem que arriscar. Se ele te amar tanto quanto diz, não vai suportar se afastar de você.

- Não sei, Hiroshi. Não sei.

- Bom, vou falar para Shaoran guardar alguns doces para você. Estão deliciosos. – ele saiu do quarto.

- O que eu faço? Pai, como eu queria que estivesse aqui agora... – ela voltou a chorar, mas agora um pouco mais calma.

Enquanto isso, na sala...

- Conseguiu alguma coisa? – perguntou Shaoran, preocupado quando Hiroshi voltou para a sala.

- Ela logo vai se acalmar, mas deixe-a sozinha por hora. – ele pegou seu casaco. – Diga para ela me ligar se precisar de algo. Tenho que resolver umas coisas agora. Só mais uma coisa, Shaoran, guarde uns doces para ela.

- Espera, Hiroshi. – disse Tomoyo. – Eu vou com você. Touya deve estar louco da vida.

Os dois saem da casa e vão andando calmamente.

- Hiroshi, o que está havendo com Sakura tem a ver com o dia que vocês se conheceram, não tem?

- Tem sim, Tomoyo, mas não posso contar nada a você.

- Eu sei que não pode. Mas, escute, não há nada que Sakura conte a Shaoran que possa separa-los. Shaoran a ama muito para se deixar abater por algo que aconteceu há dez anos.

- Eu disse isso a ela, mas ela insiste que ele nunca mais vai querer olhar para o rosto dela novamente.

- Sakura não suportaria algo assim, mas Shaoran não seria capaz disso. Não com Sakura esperando um filho dele.

- Sakura está grávida?

- Está sim, três meses.

- Isso não é bom, ela não pode ficar assim.

- Me dói muito ver Sakura daquele jeito, ela ficou tão abalada aquele dia. Você não pode mesmo contar o que houve?

- Sinto muito, Sakura me fez prometer que eu não contaria.

- Tudo bem, deixa quieto. Vamos ver como as coisas se desenrolam. Sakura deve contar tudo a Shaoran hoje de noite, ela não agüentará muito tempo. Obrigada por me acompanhar. – disse Tomoyo, quando pararam na frente de uma casa de dois andares, com um enorme jardim e as paredes em um tom amarelado.

- De nada, mande lembranças ao velho rabugento do Touya.

- Eu mando. – ela riu.

- Até mais. – ele se afastou.

Todos já haviam ido embora da casa de Sakura e Shaoran. Shaoran preparava o jantar e nada de Sakura sair do quarto. Assim que o jantar ficou pronto, disse para Fuutie ir lá chamá-la, mas a irmã não conseguiu tirar Sakura do quarto. Todos foram dormir, somente Shaoran ficara na sala. Resolveu acabar logo com isso: fez um prato de macarrão que ele fizera e sobrara, pôs em uma bandeja e levou para o quarto. Bateu à porta.

- Entra. – disse Sakura, parecendo cansada, mas não chorando.

- Sakura, eu trouxe o seu jantar. – o coração dele ficou apertado ao ver Sakura descabelada e de olhos vermelhos, deitada na cama.

- Obrigada, mas estou sem fome.

- Isso não pode ser verdade. – insistiu ele, sentando-se ao lado dela. – Você já não almoçou e nem comeu nada durante a tarde. Sakura, você está grávida, precisa se alimentar bem.

- Tudo bem. – ela comeu silenciosamente. – Obrigada.

- Sakura, vem aqui. – ele a puxou levemente para perto de si. – Você não quer conversar sobre isso? – perguntou, calmamente.

- Shaoran, tem algo que eu preciso te contar.

- Pode falar.

- Será que a gente podia dar uma volta?

- Sakura, são dez e meia da noite.

- Não importa.

- Tudo bem, vamos.

Os dois saíram e andaram um pouco. Sakura respirava fundo, tentando decidir como contaria tudo. Shaoran a observava preocupado, não fazia idéia do que a estava perturbando tanto. Finalmente chegaram ao Parque Pingüim. Sakura se sentou em um dos bancou e Shaoran se sentou a seu lado.

- Bem... – ela suspirou. – Eu vou te pedir que me deixe terminar de falar, se me interromper não sei se vou ter coragem para continuar.

- Tudo bem. – ele estranhou, o que poderia ser tão grave para ela ter medo de contar para ele?

- Tudo aconteceu aqui mesmo... – ela contou tudo, da mesma forma que narrou para Fuutie. Shaoran não a interrompeu, mas agora entendia a preocupação de sua flor. Ela sabia que ele a via como uma pessoa forte, achou que ele poderia despreza-la se soubesse disso. Era verdade que, se fosse antes, ele realmente poderia fazer isso, mas, à essa altura do relacionamento deles, ele não teria coragem de fazer algo assim. – Shaoran, você está bem? – perguntou ela, após alguns minutos de silêncio que se seguiram à história.

- Sakura, eu entendo seu medo de me contar isso, mas achou mesmo que, depois de tudo o que passamos, eu seria capaz de te deixar?

- Shaoran, eu sei como você é orgulhoso. Havendo a mínima possibilidade eu não podia arriscar.

- Sakura, eu vou te confessar uma coisa. Naqueles quatro anos, eu também pensei em me matar. Mas nunca cheguei tão perto de fazer isso. Você sabe que o que fez era egoísmo, não sabe?

- Sei.

- Mas, de certa forma, me sinto lisonjeado em saber que sou tão importante na sua vida como você é na minha. – ele a abraçou.

- Me perdoa por ter escondido isso de você por tanto tempo.

- Claro que perdôo, já que se você me contasse no começo do namoro eu acho que seus pressentimentos teriam se concretizado. – ele sentiu o perfume dos cabelos dela. – Mas agora, nada que você me diga poderá nos separar. Mas eu espero que não tenha mais surpresas dessas para mim.

- Não tenho. – ela riu. – Eu juro.

- Então me beija. – ele pediu e ela o fez. – Amo você.

- Idem. – ela se aconchegou no abraço dele. – Amo muito.

- Eu sei, agora vamos para casa. – ele se levantou e ela fez o mesmo. Ambos foram andando calmamente, abraçados à luz da lua cheia... (acho que viciei na lua cheia)

No dia seguinte, Sakura acordou antes que todos. Estava de muito bom humor, desceu as escadas e começou a fazer o café.

- Ora, bom dia. – disse Yelan, entrando na cozinha.

- Bom dia. – Sakura sorriu.

- Vejo que está bem melhor.

- É, ontem eu realmente não estava bem. Desculpe.

- Tudo bem. Mas hoje quero um tour pela cidade.

- Feito. – ela riu. – Panquecas? – perguntou, servindo um prato.

- Parecem deliciosas.

- Bom, Shaoran ainda não enjoou. – as duas riram.

- Que delícia! – disse Yelan, após experimentar. – Incrível, vai ter que me ensinar a fazer.

- É simples, depois ensino com prazer.

- Bom dia. – Shaoran entrou na cozinha. Beijou o rosto da mãe e depois abraçou e beijou Sakura. – O cheiro está delicioso, meu anjo. – Shaoran fez menção de comer um pouco da massa crua da panqueca, mas Sakura bateu no pulso dele.

- Nem pense nisso. Já faço as suas, agora senta ali.

- Tá bom, tá bom. – ele se sentou ao lado da mãe. – Dormiu bem, mãe?

- Muito bem. O quarto é muito bom, quem foi que decorou o quarto.

- A parte de decoração é toda minha. – disse Sakura. – Com uma mãozinha da Tomoyo, claro.

- É, ela decidiu e eu que paguei. – disse Shaoran, brincando.

- Mentiroso, foi meio a meio. Além do que, a Tomoyo e o Touya acabaram pagando quase tudo. – disse ela, virando a panqueca.

- Você tem pratica com isso. – comentou Yelan.

- Faço isso desde criança.

- Sakura poderia ser mestre cuca, cozinha bem demais.

- Pára com isso, Shaoran. – ela serviu as panquecas dele.

- E você, Sakura, não vai comer?

- Daqui a pouco. – disse ela, começando a fazer mais panquecas, já que percebeu que as outras irmãs haviam acordado e estavam descendo.

Todos tiveram um tranqüilo café da manhã e um dia bem tranqüilo. Naquela tarde, Sakura foi até a casa de Tomoyo e Touya ajudar o irmão com a missa. A família Li resolveu ficar por ali por algum tempo, na segunda feira da semana seguinte a missa iria acontecer as três e meia da tarde, no templo Tsukimine. Hiroshi, que soube de tudo por Touya, resolveu ir também para dar apoio a Sakura.

A missa estava linda, rosas brancas espalhadas por todo o templo, Touya fez questão de fazer assim. Em alguns pontos, havia alguns ramos de flores de cerejeira e cravos. Sakura estava linda, com um vestido branco até um pouco acima dos joelhos, de mangas até os cotovelos e com uma luva também branca que completava a manga. O decote no pescoço era pequeno, era em v simples, mas a deixava linda e os cabelos estavam presos em um coque bem arrumado. Shaoran usava um terno branco (imagina que coisa linda é ele de terno? Huhuhu!), assim como todos os outros homens. As mulheres haviam vindo de vestido branco também, cada uma em seu estilo (para quem não sabe, luto oriental é a cor branca).

Apesar de todos pensarem que Sakura iria estar inconsolável nesse dia, ela estava muito bem, até. Estava em paz consigo mesma, após aquela discussão com Shaoran, ela havia realmente encontrado a paz consigo mesma. Mesmo sendo uma missa, todos estavam bem alegres, eram amigos de Sakura e Touya, ficavam felizes ao vê-los tão bem mesmo após a morte do pai.

Sakura e Shaoran não desgrudavam, sempre eram vistos juntos, durante toda a missa. Fora Shaoran que propusera isso, ele queria estar perto dela a missa inteira. Ela achou um exagero, mas não disse nada, não queria que discutissem, não naquele dia. A missa foi bem tranqüila, acabou por volta das seis. Então Shaoran resolveu chamar a turma de sempre para jantarem fora. Se encontrariam no restaurante dali a uma hora e meia no restaurante.

Eles iam se trocar antes de irem, Shaoran foi o primeiro a entrar correndo em casa para se trocar. Sakura riu, lembrando que seu marido odiava roupas formais.

- É uma pena que ele não goste de roupas assim. – comentou Sakura.

- Por que? – perguntou Shiefa.

- Ué, ele fica tão bem de terno. – disse Sakura e as cinco riram. – Seria uma injustiça com ele se eu não passasse algum tempo o admirando, não acha? – e riram de novo.

- Será que eu posso saber o motivo de tanta risada? – Shaoran chegou.

- Nada não, amor. – Sakura o beijou e foi se trocar também.

- Opa, espera aí. – Shaoran foi atrás dela e entrou no quarto.

- O que é? – perguntou, procurando algo no armário.

- Sakura, deixa de se fazer de difícil.

- Como assim?

- Na missa, você simplesmente agiu como se eu não fosse nada.

- Shaoran, era a missa de meu pai. Não era o momento.

- Ótimo, então quero juros. – ele se aproximou dela, passando a mão nos cabelos dela, desfazendo o coque e fazendo-a suspirar. – Para mim você é presa fácil. – ele a virou e a beijou.

- Eu sei, mas isso são anos de experiência. – disse ela, quando os lábios se separaram enquanto começava uma leve massagem na nuca do rapaz. – E você também é presa fácil para mim. – completou, beijando-o.

- Isso é covardia. – ele reclamou.

- Acho que foi por isso que você se casou comigo, não foi? – ela se afastou dele e voltou a procurar uma roupa para o jantar.

- De certa forma, sim. Vou esperar você lá embaixo.

- Está certo.

Eles passaram aquela hora conversando na sala e depois foram todos para o restaurante e tiveram um ótimo jantar.

Dois dias depois, a família Li voltaria para Hong Kong.

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Bom, aí está o sétimo capítulo.

Gente, eu queria agradecer a todos vocês, que me apóiam tanto... Sem vocês esse fic estaria no lixo agora e eu falo sério, quase deletei tudo...

Agradeço a todo mundo que lê isso e que me atura, tanto no ICQ como no MSN, ou aqui mesmo, só eu pra fazer um história louca dessa...

Bjs, Miaka.