Cap. 3 "O DIA A DIA"

Depois do acontecido no primeiro dia, Sheila passou a vigiar os dois que logo se acostumaram com isso, e como não estavam realmente namorando não se importaram nem um pouco, apesar de que para manter as aparências ficavam sempre de mãos dadas, e vez por outra Mione o beijava no rosto, no mais continuaram a agir como sempre agiu um com o outro.

Sheila havia contado aos pais de Mione o que tinha acontecido, mas eles mesmos pareceram não se importar muito com o acontecido, mesmo assim a Srª. Granger conversou durante muito tempo com a filha na primeira oportunidade que teve, o assunto Harry nunca soube, porque a garota afirmou muito enigmaticamente ser: "assunto de mulher", e ele achou melhor não insistir. Também não se esqueceram do Rony que foi informado por Harry em detalhes de tudo o que aconteceu, com uma grande ênfase no fato de que a idéia não havia sido dele e que tudo não passou de um contratempo. Rony, que aparentemente não sabia da "grande" idéia de que os dois fingissem serem namorados, mandou uma resposta praticamente assim que a carta chegou em suas mãos, à Harry pareceu que estava completamente ofendido com a idéia, mas para a garota não havia nada na carta que demonstrasse isso "ele esta apenas chateado com o fato de você esta se divertindo comigo e não na casa dele" afirmou com convicção.

Era bem verdade que estava sendo muito mais divertido do que o garoto achou que seria. No segundo dia haviam ido a um parque de diversões e passado o dia inteiro lá; "eu ainda prefiro a minha vassoura, é muito mais emocionante" comentou o garoto após saírem da Montanha Russa. No terceiro dia, aproveitando um raro dia de sol foram à praia onde foi repreendido por uma aborrecida Hermione quando "quase por acaso" olhou para uma mulher fazendo topless; "não se esqueça de que EU sou sua namorada, seja mais discreto", "Tudo bem, se prefere assim vou olhar apenas para você" respondeu; não era nem um pouco difícil cumprir o prometido, Mione estava usando um belo biquíni que não deixava duvida nenhuma que não era mais aquela garotinha que ele havia salvado do Trasgo no primeiro ano, e o fazia pensar seriamente como é que não havia notado isso antes? E assim passavam os dias; mas mesmo assim o garoto quase não dormia, apesar de sempre chegarem cansado, ele passava a maior parte da noite lendo, na terceira noite já havia terminado de ler HOGWARTS, UMA HISTORIA, que realmente era um bom livro (claro que nunca ia admitir), depois foi ler: "GRANDES FEITOS MÁGICOS DO SÉCULO XX". Que como a garota tinha mencionado trazia um longo relato sobre: "o garoto que sobreviveu", e assim passava as noites lendo os inúmeros livros da coleção da amiga, lendo cada vez mais rápido cada livro apesar de todos serem imensos "talvez todo aquele tempo na biblioteca ano passado tenha contribuído pra que eu passasse a ler mais depressa" pensou um dia. Seus sonhos por outro lado estava começando a mudar, quando finalmente conseguia dormir ainda sonhava com o fim do Torneio Tribuxo, e com Voldemort, mas por outro lado também sonhava regularmente com a amiga, nada comprometedor: O dia que voaram no Bicuço, o passeio no parque de diversões, o dia na praia (que se repetiu durante muitos meses após o ocorrido), e é claro que também não dava para deixar de sonhar com o quase beijo do primeiro dia, mas toda vez que isso acontecia ele acordava bravo consigo mesmo e dizendo que devia esquecer, o que feliz ou infelizmente não conseguia.

Depois de uma semana de diversões o garoto finalmente usa um de seus muitos dons (o de escutar, o que não devia) ao passar em frente à biblioteca da casa, procurando Hermione, ele à escuta conversando com seus pais:

- Realmente, Mione, você soube escolher bem seu namorado. (nessa hora ele resolveu que devia ouvir toda a conversa, muito embora estivesse em duvida quanto a se realmente gostaria de saber onde acabaria). - Obrigado, mãe, mas porque esta me dizendo isso? - Ora, ele é educado, alegre, divertido, bonito (Harry fica completamente vermelho na hora), e o principal parece realmente gostar de você. Para ser perfeito só faltava ser rico. - disse uma divertida Srª. Granger. - Bom então eu realmente escolhi muito bem, porque ele é também muito rico. - diz a garota também rindo. - Como rico se o coitado usa as roupas usadas daquele primo horrível dele? (a Srª. Granger também não fora com a cara do Duda, e para falar a verdade com nenhum dos Dursley) - É que os pais dele eram bruxos, e portanto não tinham dinheiro dos trouxas, que é como chamamos as pessoas que não possuem poderes mágicos, mas deixaram para ele uma pequena fortuna no Gringotes o banco dos bruxos, eu nunca vi mas o Rony, um outro amigo nosso, já viu disse que é uma verdadeira montanha de ouro e prata, sem contar os nuques de bronze, agora quanto a ser alegre e divertido, a senhora devia ter conhecido o Harry antes do que aconteceu e ai sim ia acha-lo divertido, agora ele e só uma sombra do garoto alegre que conheci. - Como assim depois do que aconteceu? O que houve com o garoto? - Bem, ele foi escolhido para um torneio em que a taxa de mortalidade é muito alta, embora não quisesse concorrer e também ainda fosse menor de idade; de qualquer maneira ele concorreu, e ainda venceu o torneio concorrendo com alunos que tinham cerca de três anos a mais de instrução mágica do que ele. Mas no final, quando ele e mais um colega nosso terminaram a ultima prova, foram seqüestrados pelo bruxo que matou os pais do Harry. Aquele..., aquele monstro matou o nosso colega na frente do Harry. (a esta altura estava a beira das lagrimas) e bem... eu nem quero pensar o que fez com ele, mas o Harry conseguiu fugir e apesar dos riscos ainda trousse o corpo o Cedrico de volta, quando chegou na escola, como era de se esperar estava em estado de choque, machucado, e mal se agüentando em pé, e ainda se culpando pelo que tinha acontecido, embora mão tivesse culpa nenhuma. Na verdade esse foi um dos motivos que me fizeram ter a idéia de traze-lo aqui, para ver se ele esquece o que aconteceu, mas esta sendo difícil. Agora mãe, pai, eu peço que não comentem nada com o Harry, não quero que ele pense que estamos fazendo isso apenas por pena dele. (era exatamente o que o garoto estava pensando) - Claro, filha, nós gostamos muito do menino e não faríamos nada que pudesse faze-lo ficar triste. - Obrigada, pai, mãe.

Achando que a conversa já havia chegado aonde podia, o garoto resolve aparecer. Fingindo estar chegando naquela hora entra na biblioteca com a cara mais inocente do mundo.

- Mione eu estava te procurando (dizia enquanto a garota rapidamente limpava as lagrimas do rosto, que ele finge não ver), Ah! Boa noite Sr. e Srª. Granger. - Boa noite meu querido como foi o seu dia - disse a Srª Granger com um leve tom de pena na voz que o garoto fingiu não notar, bem como o olhar de Hermione para a mãe. - Foi muito bom, obrigado, está sendo uma das melhores férias da minha vida. - diz sem mentir.

Nessa hora Sheila chega avisando que o jantar estava pronto e todos foram para a sala de jantar, interrompendo o que prometia ser uma conversa muito constrangedora, pelo tom que todos estavam empregando na conversa.

Depois daquele dia o garoto ficou um tanto mais arredio, o que Hermione não tardou em perceber.

- Harry, está tudo bem? Já faz alguns dias que você está estranho, aconteceu alguma coisa? - Claro que não, o que poderia ter acontecido? - responde com ar de inocente. - Não sei, mas eu te conheço melhor do que ninguém e sei que tem algo errado, mas se não que falar o que é tudo bem, só quero que saiba que eu sempre vou estar aqui e que você pode contar comigo para qualquer coisa esta bem? (o comentário incomodou o garoto, embora não soubesse porque, pois sabia que era verdade, talvez fosse o tom de voz com que a garota disse isso). - Tudo bem Mione, eu sei que sempre posso contar com você e o Rony (disse destacando o nome do amigo, como que para lembra-la ou a si mesmo que ele ainda existia)

Assim que disse isso ouve uma leve batida na janela:

- Edwiges, eu já estava preocupado com sua demora, em trazer a resposta do Sirius (havia escrito ao padrinho contando sobre sua ida à casa da garota, omitindo é claro o suposto namoro, e ainda não tivera resposta)

A carta não era o que esperava, Sirius não havia gostado nada da idéia da garota.

Harry.

Que idéia foi essa de sair de casa sem avisar ninguém, principalmente agora que Voldemort voltou? Devia ter perguntado ao Prof. Dumbledore sobre isso, ele me escreveu, contando que você havia sumido e eu quase tive um ataque, nunca mais, esta me entendendo? Nunca mais faça isso de novo, e eu quero que de agora em diante passe a andar sempre com sua varinha no bolso, mão quero saber se você é ou não menor de idade, todo cuidado é pouco, Há seguidores de Voldemort por todos os lados e você sabe muito bem que ele não vai perder nenhuma oportunidade de por as mãos em você. Mande-me uma resposta com sua promessa de que vai tomar cuidado. O aluado manda lembranças, e caso queira saber, o Bicuço está muito bem, mande lembranças minhas para a Mione. Vou aproveitar e já lhe mandar seu presente de aniversario porque eu não sei se poderei fazer isso depois.

Um grande abraço de seu padrinho que se preocupa.

Sirius.

O garoto levou algum tempo para processar toda a informação, mas quando conseguiu disse:

- Até parece que eu saio por aí aparecendo em todos os noticiários e paginas de jornais. - mas no fundo estava muito feliz com a carta do padrinho. - Ele está preocupado com você, agora olha o que ele mandou, estou curiosa. - Está bem, está bem, calma, vou abrir.(o garoto não havia ainda notado que já era dia 30, véspera de seu aniversario)

O presente de Sirius era realmente muito bom, na verdade era mais de um presente:

Ele mandou o mapa do maroto que havia recuperado com o Prof. Dumbledore "tome mais cuidado com ele" (estava escrito em um bilhete junto ao mapa); mandou um grande livro sobre feitiços e azarações avançadas. "este é do aluado", que veio junto um estranho relógio que tinha doze ponteiros e planetas que giravam no lugar dos números "eu vi que estava precisando". O garoto gostou muito dos presentes, embora ainda não entendesse como o tal relógio funcionava; "como vou saber que horas que são nisto?"

- Ah, Harry, eu te ensino, mas de qualquer maneira se você apertar este botão aqui - disse a menina apertando o tal botão - ele passa a ser um relógio analógico comum, viu? - Obrigado Mione, eu não sei o que faria sem você, é claro que quero aprender como esta coisa funciona, mas eu tenho certeza que mesmo quando eu aprender vou preferir "o jeito trouxa de ver as horas". - disse rindo. - agora me diz como é que você sabe mexer nesse negocio? - Você já se esqueceu que eu fiz "estudo dos trouxas" no terceiro ano? Um dos assuntos era as diferentes maneiras que os bruxos e os trouxas tinham para marcar o tempo, e a professora trousse um relógio desses para nos mostrar, a principal finalidade dele é que os bruxos possam andar de relógio entre os trouxas sem chamar a atenção, caso quisesse saber as horas basta que o bruxo aperte rapidamente o botão e após olhar as horas aperte novamente para que volte a parecer um relógio trouxa, mas o melhor desse relógio é que ele nunca para, é a prova d'água e ainda se ajusta automaticamente a localidade em que esteja, não importa em que região do mundo seja, assim se estiver viajando, não precisa se preocupar com os fusos horários. - Puxa! Estou impressionado! O Sirius realmente acertou, estava mesmo precisando de algo assim. - Agora só não se esqueça de mandar a resposta ao Sirius, de que vai fazer o que mandou.

Mais tarde foi a vez da garota receber uma carta que veio de Hogwarts, o que deixou ambos curiosos, mas o garoto, certo de que a amiga lhe contaria do que se tratava, deixou que lesse a carta sozinha, e não se decepcionou, assim que acabou de ler, tremendo, ela gritou:

- HARRY, HARRY, - Calma, o que foi Mione? - EU, EU... - FALA, você já esta me deixando nervoso.(o garoto começou a ficar preocupado toda vez que ela começava a gaguejar deste a sua idéia dos beijos) - EU FUI NOMEADA MONITORA. - grita enquanto se atira nos braços do garoto e lhe da um rápido beijo. - Que gritaria é essa? - pergunta a Srª. Granger que chegava naquela hora. - MÃE EU FOI NOMEADA MONITORA, EU FUI NOMEADA MONITORA - dizia a garota que pulava e parecia nem ter notado que havia beijado o amigo (que no entanto estava bem ciente disso e muito vermelho, observando a cena) - Meus parabéns minha filha. - diz a Srª Granger, depois pergunta baixinho para o garoto: - isso é bom ou ruim? - Ainda não sei, mas pelo menos ela esta feliz - reponde também baixo.(na verdade a pergunta da Srª Granger o deixou preocupado, afinal a garota sabia de todas as vezes que quebrara o regulamento, e agora seria monitora, e responsável para que todos o cumprissem). - Olhem só o meu distintivo - diz a garota tirando o objeto de prata que ainda não tinham notado de dento da carta, e notando o olhar intrigado de Harry complementa, sabendo o que esta pensando - agora eu vou por você e o Rony na linha - diz brincando. - É o que parece - diz o garoto num tom de brincadeira, embora estivesse realmente preocupado com o ocorrido.

O restante do dia ocorreu normalmente, com a garota polindo varias vezes o seu distintivo (parecia até uma versão feminina do Percy, o que preocupava ainda mais o garoto), enquanto o garoto ficou desejando não ter enviado Edwiges tão cedo com a resposta ao seu padrinho, para poder contar a "grande novidade" a Rony (que estranhamente não voltara a escrever desde a sua resposta a primeira carta de Harry sobre sua chegada). Pouco antes das onze, a Srª Granger mandou que os dois fossem dormir, pois o dia seguinte seria o aniversario do garoto e iriam levantar cedo, quando Harry disse que não precisavam se preocupar com isso que só estar ali já era um presente, ela, com um sorriso no rosto, disse: "e claro que nos importamos não é todo dia que se faz quinze anos, mas não se preocupe não é incomodo nenhum, estamos muito felizes de você estar aqui nesta data tão especial", diante de um comentário desses o garoto fica sem fala e murmurando um "obrigado" vai para o seu quarto.