N/A: Hmm... Nenhuma review... Snif, snif

Disclaimer: Eu tenho que ficar repetindo isso toda hora?

Spoliers: Os quatro.

Censura: PG.

Aquela Magia Antiga

By Amelia Ebherrardt

Capítulo 3 – Um Encontro Não Tão Proveitoso

Já nos seus aposentos, Evelyn pegou o livro que estava lendo pela oitava vez, A Rapaziada de Jô, de Louisa May Alcott.

O prazer de estar lendo foi interrompido dez minutos depois por uma batida na porta. Evelyn se levantou e a abriu.

Nicole Wallace encontrava-se na porta, com um sorriso enorme no rosto. Evelyn sorriu.

- Olá, Nicole! O que está fazendo aqui?

- Tenho aula vaga agora, e resolvi fazer uma visita.

- Ah, claro, entre.

Nicole entrou e sentou-se em uma das cadeiras chippendale que Evelyn trouxera de casa.

- Como foi que você achou meu quarto?

- A Gina tem um mapa incrível de Hogwarts, não foi difícil.

Nicole se levantou e foi examinar as prateleiras.

- Uau, você tem muitos livros aqui!

- Gosta de ler?

- Amo!

- Eu também. O que gosta mais?

- Gosto dos clássicos...

- Estou vendo que temos gostos parecidos.

Nicole continuou examinando as prateleiras, até que por fim exclamou:

- Ah, eu não acredito! Você tem a primeira edição de Os Miseráveis? Deve ter custado uma fortuna!

- Não, eu paguei barato. Mas foi muito difícil de achar.

- E você tem muitos Charles Dickens aqui.

- Gosta dele?

- Gosto, mas só li David Copperfield e Oliver Twist dele.

- Então pegue As Aventuras do Sr Pickwick. Pode levar.

- Ah, muito obrigada!

- Já leu Mark Twain?

- Não, mas já ouvi falar, claro. Você tem?

- Tenho, e te emprestarei os dois que mais gosto dele. Aventuras de Huckleberry Finn e O Príncipe e o Mendigo. Depois que você terminar, poderá ler Aventuras de Tom Sawyer, também dele.

- Ah, muito obrigada! De novo! Deixe-me ver, você está emprestado-me três livros... devolvo em duas semanas.

- Você lê rápido.

- Leio, é o costume. Você tem Persuasão, da Jane Austen?

- Tenho. Pegue aí.

Nicole pegou o livro e disse:

- A Gina vai me matar!

- Por quê?

- Ela diz que eu leio muito.

- Mas é bom ler!

- Eu sei, ela é que não consegue ver isso!

- Onde ela está agora?

- Aula de Adivinhação. Eu larguei o curso, porque a professora é uma tonta que não sabe de nada.

Evelyn riu, e as duas ficaram conversando por mais um tempo, até que Nicole foi embora por que tinha aula de Defesa Contra As Artes das Trevas.

~*~

A noite pareceu chegar muito rápido para Evelyn. Ela ao estava nem um pouco ansiosa em rever Severo Snape. Para falar a verdade, ela estava com medo de encará-lo.

Mas não tinha jeito. Ela saiu do seu aconchegante dormitório, tentando encontrar disposição para ir até as masmorras.

Quando achou a sala de Snape, coma ajuda do mapinha que tinha, bateu na porta.

- Olá, Srta Greenstone. – disse Snape, quando abriu a porta.

- Olá, Sr Snape.

- Entre.

Evelyn entrou, tentando esboçar um sorriso. Como Snape não retribuiu, ela acabou desistindo.

Ela sentou-se numa cadeira estudantil, e Snape disse:

- Eu creio que você não é uma estudante, por isso devo pedir-lhe que se levante.

Evelyn levantou-se a contragosto, enquanto Snape pegava alguns papéis em cima de sua mesa.

- De acordo com as minhas anotações, - ele começou – você tem cinco poderes. Telecinese, premonições, levitação, projeção astral e congelamento. É isso?

- Sim, é isso.

- Bom, você já deve saber que irá desenvolver mais poderes com o passar do tempo...

- O que?

- Você não sabe?

- Considerando o fato que eu cheguei aqui apenas ontem à noite, não, é lógico que eu não sei.

Snape apertou os olhos, encarando Evelyn.

- Bem, agora você já sabe. Recomendo que você leia o livro Bruxos Incomuns.  Está na biblioteca.

- Ah, está bem.

- De qualquer modo, quais são os poderes que você não consegue controlar?

- Eu não consigo controlar nenhum.

- Entendo. Então iremos começar com o congelamento.

- Ok.

Snape abriu uma gaveta na mesa, e dela puxou um livro.

- Eu tomei a liberdade de pegar isso no seu quarto enquanto você estava no jantar.

Evelyn viu que Snape segurava sua preciosa primeira edição de Os Miseráveis, o que a deixou terrivelmente assustada. Ele puxou a varinha e acendeu a lareira.

- Bom, faremos um teste pratico. O poder de congelamento se usa com as duas mãos.

Ele fez um gesto, mostrando a Evelyn o que ela deveria fazer.

- Como seu poder está descontrolado, você só consegue usá-lo quando está nervosa. Então é aí que entra seu livro. Faremos o nosso teste prático. Tente congelá-lo.

Evelyn tentou, mas não teve sucesso.

- Você precisa de incentivo. – disse Snape.

Com isso, ele atirou o livro na lareira.

A única coisa que Evelyn pensou no momento era a sua preciosidade. Ela desesperadamente ergueu as duas mãos e...

Conseguiu. O livro foi congelado a poucos centímetros do fogo.

Ela cuidadosamente recolheu a preciosidade, depois se virou para Snape, com raiva.

- Nunca mais faça isso, está bem?

- Você conseguiu.

- Mas poderia não ter conseguido. Você não faz idéia do que esse livro significa para mim!

Enquanto gritava com Snape, Evelyn sem querer mexeu uma das mãos.

O resultado foi inesperado.

Snape foi jogado para trás com tanta violência que, ao bater na parede, sua cabeça começou a sangrar, e ele ficou inconsciente.

Evelyn, cega de ódio, deixou seu tutor para trás e seguiu para seu dormitório.