N/A: Capítulo nove. Pode-se dizer que as coisas começam a evoluir. Um pouquinho.

Disclaimer: A Evelyn é minha. Os poderes são dos criadores de Charmed. E o resto é da JK.

Censura: PG.

Spoilers: Quase não tem. Mas por segurança, os quatro livros.

Aquela Magia Antiga

By Amelia Ebherrardt

Capítulo 9 – Uma Questão de Pijamas

Depois daquele pequeno desentendimento, a amizade de Evelyn e Snape cresceu ainda mais. Claro, não era o que Evelyn queria, mas ela estava feliz em ter seu amigo de volta.

Seus poderes estavam bem desenvolvidos agora. Ela controlava a telecinese, congelamento, premonições, refletir, levitação e o poder de cura. Só não controlava as premonições, porque realmente não tinha como controlar, elas apenas vinham.

Evelyn tinha desenvolvido um poder novo, o de explodir coisas. Era extremamente perigoso, e ela quase explodiu Snape num treinamento. E era exatamente num treinamento que ela estava agora, dia quinze de janeiro.

Os dois tinham tirado o dia para fazer Poções. Snape estava ensinando Evelyn a fazer a poção Veritaserum.

Ela já tinha adicionado todos os ingredientes, e agora estava mexendo a poção, enquanto Snape estava corrigindo algumas provas. Ele ocasionalmente olhava para ver se Evelyn estava fazendo tudo certo.

- Não mexa desse jeito. – ele falou depois de um tempo.

- Então como devo mexer?

Ele se levantou, se posicionou atrás dela e pegou a colher junto com a mão dela, ensinando a mexer direito.

- Faça assim.

Evelyn prendeu a respiração. Snape estava com o seu corpo levemente pressionado no dela, com a mão esquerda em volta de sua cintura, enquanto a mão direita segurando a colher junto com Evelyn.

Ele a segurou desse jeito por uns cinco minutos, e quando a soltou, Evelyn sentiu um ar frio percorrer pelo seu corpo.

Ela continuou fazendo a sua poção, quieta, enquanto Snape foi terminar de corrigir as provas, como se nada tivesse acontecido. E nada aconteceu, sua tola. Ele não gosta de você do jeito que você gosta dele, Evelyn pensou.

Quando a poção estava quase pronta, o Prof Dumbledore apareceu na porta. Ele sentou-se em uma cadeira, e disse:

- Eu tenho algo que quero pedir para vocês.

- Sim? – perguntou Snape, erguendo a cabeça.

- Madame Pince pediu um livro novo sobre Poções, para a biblioteca. Mas como é um livro raro, eu gostaria que vocês fossem pegá-lo para mim. Severo, você, como professor de Poções, tem influencias, e eu sei que a Srta Greenstone tem seu jeito de arranjar livros raros. Quero que partam essa noite. Ficarão em Bath, cidade perto de Londres. O livro está lá. Aqui está o endereço.

Dumbledore entregou um papelzinho na mão de Snape, continuou.

- Vocês pegarão o trem, já reservei lugares. Boa sorte.

 Ele saiu da sala, deixando Evelyn e Snape muito confusos.

~*~

- Quanto tempo o Prof Dumbledore disse que íamos ter que ficar lá? – perguntou Evelyn.

Os dois já estavam no trem para Bath. Tinham ido até a Londres, e depois, na estação de Paddington, tomaram o trem que estavam agora.

- Até conseguirmos o livro.

- Ficaremos em qual hotel?

- Não sei, o diretor disse que não difícil achar hotel nessa época do ano. Então ele não reservou nada.

O resto da viagem foi silencioso.

Quando chegaram na cidade de Bath, tomaram um ônibus até o centro da cidade, e os dois encontraram uma pequena pensão, onde o preço era razoável.

Evelyn se encaminhou ao balcão, sendo que Snape não sabia lidar com dinheiro trouxa, e pediu um quarto.

- Só temo um quarto, com uma cama de casal.

- Oh... tem algum sofá no quarto.

- Tem, um pequeno.

- Então, fico com o quarto.

Evelyn assinou seu nome, e depois se dirigiu a Snape.

- Só tinha um quarto de casal, mas tem um sofá.

- Está bem.

A própria balconista os levou até o quarto dezoito, enquanto Snape carregava as pequenas sacolas.

Assim que Evelyn abriu a porta do quarto, ela viu que não era bem um sofá que tinha no quarto. Era uma poltrona minúscula, com um pé quebrado.

A balconista se retirou, deixando Evelyn e Snape para resolver aquela inconfortável situação.

- Eu durmo na cadeira. – disse Snape.

- Ah, claro. Aí a poltrona despenca no meio da noite e você fica com uma costela quebrada.

- Você pode me curar.

- Você entendeu o que eu quis dizer.

- Então o que você sugere?

- Eu durmo na poltrona, eu sou mais leve.

- Não. Você não vai dormir na poltrona. Por que se ela despencar, não vai ter ninguém para te curar, já que seus poderes não permitem que você cure a si mesma.

- Então o que você sugere? Que nos dois durmamos na cama?

Os dois ficaram em silencio por um tempo, até que Snape perguntou:

- Você se mexe muito enquanto dorme?

- Não, você?

- Não. Então, o problema está resolvido.

- Ok. Eu vou ao banheiro me trocar, já são mais de onze horas. Amanhã a gente começa a procura do livro.

Evelyn se enfiou no minúsculo banheiro, e saiu de lá com uma camisola longa de seda. Snape a olhou, e ela falou:

- Eu achei que nós iríamos ficar em quartos separados.

- Nota-se.

Snape entrou no banheiro, e quando saiu, Evelyn achou que acabara de ver a coisa mais bizarra do mundo.

- O que foi? – perguntou ele.

- Nada. Mas nunca imaginei você de pijama.

- Achou que eu dormia de roupa?

- Não... ah, esquece!

Snape riu, e os dois se enfiaram debaixo das cobertas.