Capítulo Onze: Conquista e Deslize
O Dia das Bruxas amanheceu com o habitual saboroso cheiro de abóbora pelo castelo. O Salão Principal estava decorado com as caras-de-abóboras e os morcegos de sempre, a comida impecável. A única novidade se via na mesa da Grifinória. Aline se abriu e estava inteira, conversando com os colegas, rindo, brilhando como uma estrela.
Hermione levara um susto ao acordar e ver como a amiga mudara.
- Resolvi assumir o risco.
Seus olhos brilhavam e ela estava orgulhosa, resplandecente com uma veste branca, o cinto de folhas e uma pedra verde suspensa apenas por um filete de prata na testa.
- O que você achou? Já estava na hora de parar de me esconder, não é mesmo?
- Você está ótima! É assim que costuma se vestir?
- Apenas em dias de festa, que raramente acontecem. Este é um berilo, é a pedra dos Elfos e amigos-dos-elfos de antigamente. - Aline explicou ao ver Hermione admirando a jóia.
- Bem, não quero acabar com sua felicidade, mas você sabe o que vão dizer quando a virem assim, não sabe?
- Não se preocupe. Tomei minha decisão. Vou vivê-la até o fim.
Depois que Hermione se arrumou elas desceram para encontrar os garotos. O choque na sala comunal foi tremendo, mas Aline passou por todos sem dar atenção até aproximar-se de Harry e Rony. Ela quase riu da cara de Rony, tentando disfarçar o espanto enquanto Hermione olhava para ele.
Imediatamente sentiu a atração de Harry. Ele parecia hipnotizado, mas ela decidira não espionar a mente dele. Se tivesse mantido a atenção por mais um segundo, teria sentido que Harry finalmente se decidira. Era como se nunca a tivesse visto antes, como a gente se espanta ao observar a flor em nosso jardim que passou desapercebida por séculos. Ele a amava.
- Por favor, Srta. Hunter, dê-me a honra de acompanhá-la! - ele disse, sorrindo e oferecendo o braço a ela.
A reação dos habitantes de Hogwarts foi, em geral, de surpresa. Durante todo o dia e, principalmente, à noite, tiveram a sensação de que uma estrela descera dos céus. As garotas beliscavam e gritavam com os namorados que desviavam o olhar para ver Aline passar.
Ela, por seu lado, pouco via de tudo aquilo. (Exatamente como fez no esconderijo de um bruxo nas Malvinas. Ela entrara lá para recuperar o anel de Madame Finn, capaz de tornar quem o usasse infalível por 120 dias. Descera até a câmara subterrânea onde o bandido estava e o enfeitiçara ao se revelar.)
Não desejava enfeitiçar ninguém, mas não podia evitar que a alegria extravasasse por sua pele.
- Todos os Elfos eram assim?
- Não, Gina. Os Elfos não se exibiam tanto. Não consigo controlar esse brilho totalmente ainda. Desde pequena sou assim. É o meu espírito se revelando.
- Viver com Elfos de verdade deveria ser um espanto!
- Sim. Deveria ser maravilhoso. Às vezes desejo ter nascido quando eles ainda caminhavam pelas florestas, cantando para alegrar os corações.
*********************************************************************
Harry Potter não estava preocupado com a ameaça iminente de Lord Voldemort, nem com o campeonato de quadribol que logo começaria. Muito menos com as aulas e os exames de formatura.
O jovem bruxo usava todos os neurônios pensando na criatura que surgira de repente em sua vida. Ele simplesmente não conseguia ficar longe dela, sua voz não parava de ecoar em seus ouvidos. Harry lembrava-se do namoro com Cho como uma brincadeira de crianças.
Desde que Rony e Mione começaram a namorar, Harry sentia-se um pouco afastado dos dois melhores amigos. Eles ainda eram os melhores amigos, mas agora ele não compartilhava todos os momentos com eles; e não desejava novas amizades intimas, de modo que tornou-se mais introvertido que de costume, até Aline chegar.
Os dois amigos preocupavam-se com esse isolamento, porém todas as tentativas de aproximar Harry de alguém foram mal-sucedidas. Hermione acreditava que Cho influenciava um pouco, já que exigia exclusividade na atenção do namorado. Por isso, quando Aline Hunter apareceu, ela e Rony incentivaram uma aproximação.
Ele surpreendeu-se conversando com a garota assuntos nos quais mal tinha coragem de tocar com os outros. Ela possuía um dom para fazê-lo falar sem receio de gozações e teorizações. Em pouco mais de um mês, Aline adquirira sua confiança em certos aspectos. Harry sentia que ela o entendia quase tão bem quanto Mione, Rony ou Sirius.
E era exatamente por causa do padrinho que ele andava chateado. Sirius escrevera, contando da volta dele e Remo a Hogsmeade - e proibindo-o de vê- los antes da visita da escola ao povoado. Há meses não via os amigos de seus pais. Não comentara com Aline, pois envolveria explicar sobre Sirius Black, o fugitivo de Azkaban. Com certeza, pensava Harry, a amiga não conhecia a história verdadeira.
Quando a Profª McGonagall anunciou o adiamento da visita por uma semana, antes da turma da Grifinória sair para Trato das Criaturas Mágicas, o ânimo de Harry despencou.
Enquanto os colegas admiravam as Fadas Mordentes esvoaçando em duas grandes gaiolas, ele ficou sentado recostado na parede da cabana de Hagrid. Pediu aos amigos que não se preocupassem e fossem assistir a aula. Aline permaneceu no lugar. Seu olhar acompanhou a amiga se distanciando e perdeu- se no aglomerado ao redor das fadas.
- Entendo. - Aline falou baixinho. - Eu também nunca tive tantos amigos como agora.
- Fiquei contente ao saber que era simpático o suficiente para ter amigos, apesar dos Dursley. - Harry olhou para ela e forçou um sorriso. - Mas, às vezes, sinto-me culpado... Sei que todos que amo correm perigo... São iscas para mim... - suspirou, abaixando a cabeça.
Aline aproximou-se e pousou a mão em seu ombro.
- Muitas vezes, penso se não seria melhor me afastar... Depois, vem a conclusão de que se eu desistir tudo pioraria...
Harry sentiu Aline ajoelhar-se na sua frente, sua mão deslizar por seu rosto, ajeitar a franja para o lado e desenhar de leve a cicatriz. Um calor agradável espalhou-se pelo corpo e ele desejou que o contato não se desfizesse. Gentilmente, ela levantou seu queixo, fazendo-o olhar direto para os profundos olhos cinzentos.
- Você carrega tanta dor... Por isso amadureceu tão rápido. - a voz dela era só um sussurro. - Não brinquei ao dizer que o admiro, Harry... Seus amigos têm orgulho de você e jamais cogitariam a hipótese de obterem segurança estando distantes de você.
Ele concordou com um aceno. Era incrível como ela o acalmava.
- Harry, Aline, venham ver! Nasceram duas fadinhas! - Mione os trazia de volta ao mundo real.
Aline levantou-se e estendeu a mão ao amigo. Ele sorriu, deixando-se levar. Precisava mesmo desanuviar as idéias antes de enfrentar a tarde toda na sala da Profª Trelawney.
A Profª Sibila, como de costume, predizia a morte próxima de Harry.
- Sinto, meu querido, que este será um ano negro para você. - parlamentava ela, esvoaçando pela sala, a voz um tom mais alto que um sussurro. - Já começou a fase escura da sua existência. Você não percebe isso?
- Não - respondeu Harry, revirando os olhos para Aline, que acompanhava a ele e Rony naquele dia (ela geralmente ia com Hermione para a aula de Aritmancia - privilégio de aluna especial!).
- Inclusive, professora, devo lembrá-la de como nossas noites têm sido estreladas este ano. - Aline não pôde refrear a língua. - E, se me permite um adendo, vejo grandes oportunidades para Harry.
As discípulas da professora amarraram a cara para ela.
- Oh, minha querida menina, não creio que você seja capaz de ver coisas assim.
- Sra. Trelawney, estou mais próxima a ele do que a senhora. Talvez a senhora não tenha conhecimento da profecia sobre a pessoa que trará equilíbrio...
- Já ouvi algo a respeito, mas, francamente querida, uma profecia tão direta não pode ser levada a sério!
- Se duvida do que digo, convido-a para um casamento daqui a exatamente dois anos e trinta e nove dias. Até lá, por favor, não nos assuste mais.
- Você precisava ver a cara da professora, Hagrid! - Rony comentava quando eles se reuniram na cabana antes do jantar. Mione estava numa reunião de monitores para acertar a visita ao povoado. - Ela não disse mais nada. Dispensou os alunos.
- Não gosta de ser contrariada, a Profª Sibila.
- Ela é cheia de mistérios, a Aline. - continuou Rony, olhando para Harry em busca de apoio. - Falou da tal profecia, mas não quis dar maiores detalhes.
Harry notou um olhar entre Hagrid e Aline.
- Não, não foi nada. Apenas mais uma profecia a respeito de um enviado para salvar o mundo, nada mais.
Mas os dois não acreditaram muito que era "nada".
- Se era nada, por que você falou dela?
- Porque queria fazê-la parar de dizer bobagens! Já temos problemas suficientes...
- Então você blefou?
Aline mirou os dois e voltou-se para Hagrid com uma expressão suplicante.
- E que história de casamento foi essa, Aline? - ele tentou mudar o assunto.
- Não sei. Apenas um pressentimento, mas não sei quem era...
Harry achou melhor não insistir e ajudou a conduzir a discussão para o casamento inesperado. Prometeu a si mesmo descobrir que raio de "profecia direta" era essa. A amiga parecia um pouco encabulada, sem querer encará- lo.
Misteriosamente, ela virou-se muito triste para ele, quando voltavam ao castelo. Parecia ler seus pensamentos:
- Não podemos pensar nesses assuntos agora, Harry. Temos preocupações demais!
O Dia das Bruxas amanheceu com o habitual saboroso cheiro de abóbora pelo castelo. O Salão Principal estava decorado com as caras-de-abóboras e os morcegos de sempre, a comida impecável. A única novidade se via na mesa da Grifinória. Aline se abriu e estava inteira, conversando com os colegas, rindo, brilhando como uma estrela.
Hermione levara um susto ao acordar e ver como a amiga mudara.
- Resolvi assumir o risco.
Seus olhos brilhavam e ela estava orgulhosa, resplandecente com uma veste branca, o cinto de folhas e uma pedra verde suspensa apenas por um filete de prata na testa.
- O que você achou? Já estava na hora de parar de me esconder, não é mesmo?
- Você está ótima! É assim que costuma se vestir?
- Apenas em dias de festa, que raramente acontecem. Este é um berilo, é a pedra dos Elfos e amigos-dos-elfos de antigamente. - Aline explicou ao ver Hermione admirando a jóia.
- Bem, não quero acabar com sua felicidade, mas você sabe o que vão dizer quando a virem assim, não sabe?
- Não se preocupe. Tomei minha decisão. Vou vivê-la até o fim.
Depois que Hermione se arrumou elas desceram para encontrar os garotos. O choque na sala comunal foi tremendo, mas Aline passou por todos sem dar atenção até aproximar-se de Harry e Rony. Ela quase riu da cara de Rony, tentando disfarçar o espanto enquanto Hermione olhava para ele.
Imediatamente sentiu a atração de Harry. Ele parecia hipnotizado, mas ela decidira não espionar a mente dele. Se tivesse mantido a atenção por mais um segundo, teria sentido que Harry finalmente se decidira. Era como se nunca a tivesse visto antes, como a gente se espanta ao observar a flor em nosso jardim que passou desapercebida por séculos. Ele a amava.
- Por favor, Srta. Hunter, dê-me a honra de acompanhá-la! - ele disse, sorrindo e oferecendo o braço a ela.
A reação dos habitantes de Hogwarts foi, em geral, de surpresa. Durante todo o dia e, principalmente, à noite, tiveram a sensação de que uma estrela descera dos céus. As garotas beliscavam e gritavam com os namorados que desviavam o olhar para ver Aline passar.
Ela, por seu lado, pouco via de tudo aquilo. (Exatamente como fez no esconderijo de um bruxo nas Malvinas. Ela entrara lá para recuperar o anel de Madame Finn, capaz de tornar quem o usasse infalível por 120 dias. Descera até a câmara subterrânea onde o bandido estava e o enfeitiçara ao se revelar.)
Não desejava enfeitiçar ninguém, mas não podia evitar que a alegria extravasasse por sua pele.
- Todos os Elfos eram assim?
- Não, Gina. Os Elfos não se exibiam tanto. Não consigo controlar esse brilho totalmente ainda. Desde pequena sou assim. É o meu espírito se revelando.
- Viver com Elfos de verdade deveria ser um espanto!
- Sim. Deveria ser maravilhoso. Às vezes desejo ter nascido quando eles ainda caminhavam pelas florestas, cantando para alegrar os corações.
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Harry Potter não estava preocupado com a ameaça iminente de Lord Voldemort, nem com o campeonato de quadribol que logo começaria. Muito menos com as aulas e os exames de formatura.
O jovem bruxo usava todos os neurônios pensando na criatura que surgira de repente em sua vida. Ele simplesmente não conseguia ficar longe dela, sua voz não parava de ecoar em seus ouvidos. Harry lembrava-se do namoro com Cho como uma brincadeira de crianças.
Desde que Rony e Mione começaram a namorar, Harry sentia-se um pouco afastado dos dois melhores amigos. Eles ainda eram os melhores amigos, mas agora ele não compartilhava todos os momentos com eles; e não desejava novas amizades intimas, de modo que tornou-se mais introvertido que de costume, até Aline chegar.
Os dois amigos preocupavam-se com esse isolamento, porém todas as tentativas de aproximar Harry de alguém foram mal-sucedidas. Hermione acreditava que Cho influenciava um pouco, já que exigia exclusividade na atenção do namorado. Por isso, quando Aline Hunter apareceu, ela e Rony incentivaram uma aproximação.
Ele surpreendeu-se conversando com a garota assuntos nos quais mal tinha coragem de tocar com os outros. Ela possuía um dom para fazê-lo falar sem receio de gozações e teorizações. Em pouco mais de um mês, Aline adquirira sua confiança em certos aspectos. Harry sentia que ela o entendia quase tão bem quanto Mione, Rony ou Sirius.
E era exatamente por causa do padrinho que ele andava chateado. Sirius escrevera, contando da volta dele e Remo a Hogsmeade - e proibindo-o de vê- los antes da visita da escola ao povoado. Há meses não via os amigos de seus pais. Não comentara com Aline, pois envolveria explicar sobre Sirius Black, o fugitivo de Azkaban. Com certeza, pensava Harry, a amiga não conhecia a história verdadeira.
Quando a Profª McGonagall anunciou o adiamento da visita por uma semana, antes da turma da Grifinória sair para Trato das Criaturas Mágicas, o ânimo de Harry despencou.
Enquanto os colegas admiravam as Fadas Mordentes esvoaçando em duas grandes gaiolas, ele ficou sentado recostado na parede da cabana de Hagrid. Pediu aos amigos que não se preocupassem e fossem assistir a aula. Aline permaneceu no lugar. Seu olhar acompanhou a amiga se distanciando e perdeu- se no aglomerado ao redor das fadas.
- Entendo. - Aline falou baixinho. - Eu também nunca tive tantos amigos como agora.
- Fiquei contente ao saber que era simpático o suficiente para ter amigos, apesar dos Dursley. - Harry olhou para ela e forçou um sorriso. - Mas, às vezes, sinto-me culpado... Sei que todos que amo correm perigo... São iscas para mim... - suspirou, abaixando a cabeça.
Aline aproximou-se e pousou a mão em seu ombro.
- Muitas vezes, penso se não seria melhor me afastar... Depois, vem a conclusão de que se eu desistir tudo pioraria...
Harry sentiu Aline ajoelhar-se na sua frente, sua mão deslizar por seu rosto, ajeitar a franja para o lado e desenhar de leve a cicatriz. Um calor agradável espalhou-se pelo corpo e ele desejou que o contato não se desfizesse. Gentilmente, ela levantou seu queixo, fazendo-o olhar direto para os profundos olhos cinzentos.
- Você carrega tanta dor... Por isso amadureceu tão rápido. - a voz dela era só um sussurro. - Não brinquei ao dizer que o admiro, Harry... Seus amigos têm orgulho de você e jamais cogitariam a hipótese de obterem segurança estando distantes de você.
Ele concordou com um aceno. Era incrível como ela o acalmava.
- Harry, Aline, venham ver! Nasceram duas fadinhas! - Mione os trazia de volta ao mundo real.
Aline levantou-se e estendeu a mão ao amigo. Ele sorriu, deixando-se levar. Precisava mesmo desanuviar as idéias antes de enfrentar a tarde toda na sala da Profª Trelawney.
A Profª Sibila, como de costume, predizia a morte próxima de Harry.
- Sinto, meu querido, que este será um ano negro para você. - parlamentava ela, esvoaçando pela sala, a voz um tom mais alto que um sussurro. - Já começou a fase escura da sua existência. Você não percebe isso?
- Não - respondeu Harry, revirando os olhos para Aline, que acompanhava a ele e Rony naquele dia (ela geralmente ia com Hermione para a aula de Aritmancia - privilégio de aluna especial!).
- Inclusive, professora, devo lembrá-la de como nossas noites têm sido estreladas este ano. - Aline não pôde refrear a língua. - E, se me permite um adendo, vejo grandes oportunidades para Harry.
As discípulas da professora amarraram a cara para ela.
- Oh, minha querida menina, não creio que você seja capaz de ver coisas assim.
- Sra. Trelawney, estou mais próxima a ele do que a senhora. Talvez a senhora não tenha conhecimento da profecia sobre a pessoa que trará equilíbrio...
- Já ouvi algo a respeito, mas, francamente querida, uma profecia tão direta não pode ser levada a sério!
- Se duvida do que digo, convido-a para um casamento daqui a exatamente dois anos e trinta e nove dias. Até lá, por favor, não nos assuste mais.
- Você precisava ver a cara da professora, Hagrid! - Rony comentava quando eles se reuniram na cabana antes do jantar. Mione estava numa reunião de monitores para acertar a visita ao povoado. - Ela não disse mais nada. Dispensou os alunos.
- Não gosta de ser contrariada, a Profª Sibila.
- Ela é cheia de mistérios, a Aline. - continuou Rony, olhando para Harry em busca de apoio. - Falou da tal profecia, mas não quis dar maiores detalhes.
Harry notou um olhar entre Hagrid e Aline.
- Não, não foi nada. Apenas mais uma profecia a respeito de um enviado para salvar o mundo, nada mais.
Mas os dois não acreditaram muito que era "nada".
- Se era nada, por que você falou dela?
- Porque queria fazê-la parar de dizer bobagens! Já temos problemas suficientes...
- Então você blefou?
Aline mirou os dois e voltou-se para Hagrid com uma expressão suplicante.
- E que história de casamento foi essa, Aline? - ele tentou mudar o assunto.
- Não sei. Apenas um pressentimento, mas não sei quem era...
Harry achou melhor não insistir e ajudou a conduzir a discussão para o casamento inesperado. Prometeu a si mesmo descobrir que raio de "profecia direta" era essa. A amiga parecia um pouco encabulada, sem querer encará- lo.
Misteriosamente, ela virou-se muito triste para ele, quando voltavam ao castelo. Parecia ler seus pensamentos:
- Não podemos pensar nesses assuntos agora, Harry. Temos preocupações demais!
