Notas da Autora: Olá para todos, e desculpem por Ter demorado tanto a atualizar. Mas, com Natal e Ano Novo, acabei me desleixando... Bom, agora estou me redimindo: para quem pediu, o novíssimo capítulo de Um Amor Vindo do Espaço.
Capítulo Anterior: Depois da chegada de Kamiria, e da inesperada revelação de seu noivado com Vegeta, o príncipe saiyajin não tem saída a não ser levar a noiva para a casa de Bulma. A espevitada, por sua vez, fica irritada e bota Vegeta, a noiva e o cunhado, Saddith, porta afora.
Sinopse do capítulo: Saddith, mandado por Vegeta, vai conversar com Bulma a respeito de hospedagem para ele e Kamiria. Para desespero do príncipe saiyajin, seu cunhado fica encantado com a coragem e destemor da terráquea. Para piorar a situação, Yamcha vai visitar a ex. namorada e fica visivelmente interessado na noiva de Vegeta.
Um Amor Vindo Do Espaço: Capítulo III – Vegeta... Com Ciúme?!
Enfurecido e atordoado com o "atrevimento" de Bulma, Vegeta voltou para seu pequeno, apinhado e aconchegante aposento na casa dela. Lá, instalada com visível desconforto na pequena, estreita e desalinhada cama de solteiro do irascível príncipe alien, estava a principal razão da histeria de Bulma. Kamiria Ketalo, jovem, atraente e poderosa nobre saiyajin... Além de todos os predicados, segundo compromisso firmado pelas famílias Vegeta e Ketalo, Kamiria seria a futura princesa consorte do extinto Planeta Vegeta.
Linda, jovem, doce, submissa, e assustadoramente forte, aquela era a esposa ideal para um príncipe. No entanto, faltava em Kamiria um fogo que, pelo contrário, sobrava em Bulma... 'Que diabos estou pensando?' indignou – se Vegeta, e tornou seu olhar para a bela figura feminina na cama 'Kamiria é a esposa dos meus sonhos. É do meu nível, tem sangue nobre, é doce e submissa'.
Notando o olhar fixo de seu noivo sobre ela, Kamiria entreolhou – se com seu irmão. Saddith encorajou – a, com o olhar, a ir conversar com Vegeta. Sorrindo afavelmente, a bela levantou – se e sua cauda acariciou de leve o queixo quadrado e proeminente do príncipe. Sem mover – se, Vegeta dirigiu – se a seu cunhado.
"Saddith?"
"Sim, Sua Alteza?"
"Procure aquela louca que gritou comigo e... convença – a de que ela é afortunada por hospedar o príncipe e a futura princesa – consorte do Planeta Vegeta" Grunhiu Vegeta. Kamiria sorriu e encolheu – se prazer.
Saddith saiu, mas não esqueceu – se de alertar a irmã quanto à necessidade de manter – se virgem e pura até o casamento. A mãe de ambos não ficaria feliz se sua única filha fosse desonrada. E Kami – sama sabia o quanto os saiyajins do sexo masculino eram indóceis quanto aos assuntos sexuais.
Pressionando um botãozinho no visor do detector de ki que usava (NA: Lembram – se daqueles aparelhos que Vegeta, Raditz, Nappa, Freeza e seus homens usavam no rosto? É um detector de ki), Saddith localizou um pequeno ki no telhado do estranho prédio. Com um sorriso satisfeito no rosto atraente, Saddith dirigiu – se para o telhado.
Bulma, depois de sair do quarto do insuportável Vegeta, largou vassoura, escovão, baldes, pano de chão e desinfetante na cozinha, aos cuidados dos robôs. Correu para o último andar, esgueirou – se atrás de um armário e abriu uma portinhola. A luz invadiu o espaço estreito.
Uma brisa suave e geladinha remexeu com os cachos azuis da jovem, acentuando – lhe a sensação de liberdade. Respirando profundamente, sentiu a fúria cega que sentia desvanecer – se como um passe de mágica. O telhado da empresa do pai tinha o condão de acalmá – la, e sempre que sentia que estava a ponto de explodir, corria para aquele lugar.
Sentou – se em posição de lótus e começou a fazer exercícios de respiração que uma de suas místicas amigas lhe ensinara. O Sol queimava de leve sua pele muito clara, o que dava – lhe uma sensação gostosa. Portanto, quando uma sombra cobriu o Sol, jogando o frio sobre ela, Bulma encolheu – se e abriu os olhos, pronta para reclamar. Só poderia ser Vegeta...
Os olhos azuis encararam o mais reluzente par de olhos negros que ela já vira, emoldurados por uma massa desordenada de fios lisos, que baloiçavam ao vento. A cauda também mexia – se, livre e leve, atrás do homem. Bulma não pôde deixar de perceber como ele era bonito.
"Senhorita, posso sentar – me?"
Bonito e educado. Elementos raros nos homens jovens que a cercavam. Se um homem era bonito, também era mal educado. Se era polido, era feiinho de dar pena. Ela lembrou – se dos dois belos sem educação que a cercavam: Vegeta, arrogante e pretensioso; e Yamcha, bonito e simpático, mas muito infiel.
"Claro, fique à vontade"
Saddith percebeu que, tranqüila, o ar despretensioso, aquela mulher era a mais sedutora que ele já conhecera. De aparência, jovem e muito atraente; de caráter, voluntariosa e destemida. Pena não ser saiyajin. Seria uma guerreira invejável e cobiçada.
"Perdoe o príncipe. Ele está meio aturdido com as notícias. O Rei Vegeta faleceu antes que pudesse lhe participar o compromisso com Kamiria" Explicou o desconhecido "Kamiria, ao contrário, está confortável e feliz com a situação. Fui encarregado por nossa mãe de cuidar dela e educá – la até que encontrássemos o príncipe e o casamento se realizasse"
"Compreendo" Bulma disse, indolente "O problema é que Vegeta não passa de um arrogante com o orgulho ferido. Foi derrotado por Goku... o filho de um guerreiro saiyajin" Bulma encolheu – se ao mencionar o sangue alien do amigo de infância.
"O filho de Bardack, eu presumo. Kakarotto. Fraco, para os padrões de um bebê saiyajin" Falou Saddith.
"Oh, não!" Retrucou Bulma, veementemente "Goku é extremamente poderoso! Foi ele que derrotou Freeza, você sabe, e também alcançou o nível super saiyajin" Acrescentou ela, depressa.
Saddith estava embasbacado. Para defender Kakarotto, ela se erguera, e mostrara que, além de um rosto bonito, ela tinha um corpo fenomenal. 'Felizardo será o homem com quem ela escolher se casar' pensou, nocauteado 'Jovem, bonita, destemida e voluntariosa, faria qualquer homem feliz'
"Gostaria de conhecê – lo" Saddith falou, devagar. Ainda estava recobrando – se do impacto que a beleza física de Bulma havia causado nele.
"BULMA!" gritou uma mulher de cabelos louros e baixa estatura, do gramado "YAMCHA CHEGOU, E QUER VÊ – LA!"
"MANDE – O ESPERAR, MAMÃE!" Bulma gritou "Se me dá licença, senhor, tenho que ir receber... um amigo" Reprimindo uma risadinha, ela esgueirou – se de volta para o interior da casa. "Oh, diga a Vegeta que lhe agradeça. Vou deixar que você e sua irmã fiquem, porque você reforcou minha crenca de que nem todos os saiyajins são estupidos"
"Que pena..." Saddith falou, em tom baixo e muito devagar "Ela já escolheu com quem vai se casar"
"YAMCHA!" Uma alegre voz feminina gritou, e um borrao azul desceu as escadas. Bulma atirou – se nos braços do amigo, radiante "Como vai, meu caro? Vá para o jardim. Vou levar uns sanduiches, sucos, e trocar de roupa. Assim posso tomar um solzinho enquanto você fica na piscina"
"Claro, Bulma" Concordou Yamcha, rindo. Ela não mudaria nunca.
Bulma subiu novamente e Yamcha seguiu para o jardim. Foi quando a viu.
Linda, uma visao num pequeno biquini branco. Uma deusa. Um anjo. Os cabelos negros estavam presos em cachos lustrosos e uma saída de praia amarela mal escondia os contornos do corpo esguio e delicado. Seu rosto jovem estava cheio de uma curiosidade sedutora.
"Estou bonita?" Perguntou a santa, com sua musical voz, a Yamcha. O guerreiro sentiu a boca seca, os olhos passeando na pele branca e acetinada. A deusa estendeu – lhe a pequena mão, e Yamcha segurou – a, apenas para beijá – la, cavalheiramente. O anjo deu uma risadinha divertida, e Yamcha sorriu de volta, deslumbrado.
"Acho melhor que você largue a moça, Yamcha" Disse uma voz feminina, quebrando o encantamento. Yamcha largou a aveludada mão e virou – se. Num pequenino biquini cor de rosa, estava Bulma, um largo chapelao de palha nos cabelos azuis, a cesta de piquenique num dos braços e uma bola de praia colorida debaixo do outro braço.
"Por que eu deveria, Bulma?" Perguntou Yamcha, sem despregar os olhos do anjo de branco.
"Bem..." Bulma deu uma risadinha zombeteira "Ela é noiva de Vegeta, princesa – consorte do Planeta Vegeta, e tem um irmão que tem o dobro do seu tamanho. Satisfeito?"
"Oh, Bulma!" Censurou a deusa "Não fale assim de Saddith. Devo dizer que, daqui a pouco, você será minha cunhada... Saddith ficou bem impressionado com sua beleza física e seu carater moral"
"O QUÊ?" As duas belas e o embasbacado rapaz ouviram um rugido. Flutuando acima de suas cabeças, Vegeta ouvira da boca da noiva todos os planos de seu cunhado "SADDITH VAI SE CASAR... COM ELA? ELA É UMA TERRÁQUEA VAGABUNDA! NÃO PODE! NÃO É DO NÍVEL DELE!" O guerreiro berrava.
"SE ELA É, OU NÃO, DO MEU NÍVEL, PRÍNCIPE, É PROBLEMA MEU!" Saddith interrompeu "Deveria cuidar melhor de minha irmazinha, Sua Alteza. O terraqueo estava deslumbrado com ela... Pode perder a noiva" O outro saiyajin gracejou.
"NÃO OUSE APROXIMAR – SE DE KAMIRIA! ELA É MINHA NOIVA, MINHA! SE OUSAR TOCAR NELA, VOU FAZER PICADINHO DE VOCÊ!" Vegeta berrou, cego de raiva (NA: Isso é tão típico do Vegeta... Primeiro, ter ciúme da Bulma... Depois, demonstrar indiferença).
Yamcha piscou, atordoado. Saddith aterrissou ao lado de Bulma e enlaçou – a pela cintura, com sua cauda negra. Kamiria levitou com suavidade até o lugar onde deveria estar, por dever e direito: ao lado de seu noivo e futuro marido.
Mas, depois do encontro com o galante e cavalheiro jovem terráqueo, a jovem saiyajin não estava tão certa se queria mesmo ser Kamiria Ketalo, condessa de Ketalo, noiva do príncipe – herdeiro Vegeta e futura princesa – consorte do Rei Vegeta II.
